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A Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu manter uma das prisões preventivas a que foi condenado o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Os desembargadores rejeitaram recurso da defesa de Cabral que pedia a suspensão da prisão, decretada em 2017 no processo da Operação Eficiência, que é desdobramento da Lava Jato. O ex-governador tem 20 condenações e juntas as penas ultrapassam os 350 anos de prisão.

Nessa ação, o ex-governador é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, praticadas em um esquema de propinas para favorecer o empresário Eike Batista. Outras três prisões preventivas estão em vigor contra Cabral, uma pela Operação Calicute, também da Justiça Federal do Rio de Janeiro, uma na Justiça Federal do Paraná e outra do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

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Segundo o TRF2, a defesa do ex-governador alegou no pedido de suspensão da prisão preventiva que ele teria se oferecido para colaborar com as investigações e que, por isso, não haveria motivos para mantê-lo no cárcere. Outros argumentos foram o de que não haveria risco de fuga, já que seu passaporte está retido, e que não oferecia risco à ordem pública por estar fora do governo estadual desde 2014.

Para a relatora do processo, a desembargadora federal Simone Schreiber, a soltura de Cabral poderia, sim, pôr em risco a ordem pública, porque ele ainda poderia exercer influência política mesmo estando afastado de mandatos eletivos.

A magistrada destacou a quantidade e a gravidade das ações delituosas de que Cabral é acusado e reiterou que ele foi denunciado por ocupar posição de liderança de uma “organização criminosa de grande capacidade de organização e atuação”.

 

Por unanimidade, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, manteve nesta quarta-feira, 15, as prisões preventivas do vice-presidente de futebol do Flamengo e braço direito de Eike Batista, Flávio Godinho e do advogado Thiago Aragão, ex-sócio da mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) Adriana Ancelmo.

Ambos tiveram a prisão decretada na Operação Eficiência, deflagrada por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal no Rio, para investigar um esquema de corrupção e lavagem de US$ 100 milhões envolvendo Cabral, Eike Batista e outros investigados. Atualmente os dois são réus na Justiça Federal no Rio acusados de corrupção e lavagem e entraram com habeas corpus no TRF2 para tentar sair da prisão.

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As decisões do colegiado atendem às manifestações da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2) de que não há constrangimento ilegal contra a liberdade dos dois. Para a Procuradoria,a prisão impede a reiteração de crimes econômicos e atos a tentativa dos réus de impedir, embaraçar ou ocultar outros crimes.

Para o Núcleo Criminal de Combate à Corrupção da PRR2, deve continuar fortalecida pelo TRF2 a jurisprudência dos tribunais superiores de que a gravidade da conduta e a periculosidade social do acusado justificam a prisão para "resguardar a ordem pública", também em casos de crimes econômicos.

"Diversas circunstâncias demonstram a gravidade concreta dos fatos criminosos, como o valor dos recursos envolvidos, os sujeitos envolvidos nos crimes, o desperdício de recursos públicos com elevados gastos do Estado para beneficiar empresas privadas, que não proporcionaram vantagens relevantes à sociedade e ainda causaram prejuízos ao meio ambiente, contribuindo para acarretar a falência que o Estado do Rio de Janeiro ora enfrenta", frisou a PRR2 num dos pareceres acolhidos.

Quanto a Flávio Godinho, a PRR2 ressaltou que, embora ele tenha deixado o grupo de Eike Batista em 2013, ele continuou auxiliando o empresário "de modo a garantir a ocultação do crime de corrupção e o prosseguimento de crimes de lavagem de dinheiro cometidos no período em que atuou com Eike".

No caso de Thiago de Aragão, sua liberdade foi vista pelo MPF como um risco concreto à sociedade tanto pelo cerceamento das investigações como por seu envolvimento no grupo do ex-governador Sérgio Cabral.

"Ainda que não se possa vincular a gravíssima crise pela qual passa o Estado exclusivamente à corrupção que se instalou no governo, desconsiderar este laço é impossível", dizem os procuradores regionais da República Silvana Batini, Mônica de Ré, Carlos Aguiar e Andréa Bayão. "A população sofre, de forma pública e notória, os efeitos de um governo de incúria, cujo líder máximo acumulou, no mínimo, 100 milhões de dólares. A resposta imediata da justiça no encarceramento dos principais membros desta organização é forma de preservar a dignidade da justiça e também garantir a ordem pública, hoje seriamente ameaçada."

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que o empresário Eike Batista "comprou apoio" do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) no interesse de sua holding EBX no Estado do Rio em negócios bilionários.

O pagamento foi concretizado em pelo menos duas oportunidades, apontam os procuradores da República que atuam na força-tarefa da Operação Eficiência - US$ 16,5 milhões em 2011 e R$ 1 milhão em janeiro de 2013, este último por meio de contrato fictício da empresa de Eike, a EBX, com o escritório de advocacia da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo.

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Nesta sexta-feira, 10, a Procuradoria entregou à Justiça Federal no Rio denúncia criminal contra Eike, Cabral, Adriana e mais seis investigados na Operação Eficiência.

Eike e Cabral são formalmente acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

A contrapartida das propinas, na conclusão do Ministério Público Federal, passa pelos negócios de Eike no Rio. "O sr. Eike tinha diversos interesses no Estado do Rio, diversos empreendimentos que dependiam da atuação do Estado e, sobretudo, da atuação do seu governador", disse o procurador Leonardo Cardoso de Freitas.

Na avaliação de Leonardo de Freitas, "o sr. Eike não podia dar de presente 16 milhões e meio de dólares para o governador do Estado e o governador do Estado não poderia ter aceitado 16 milhões e meio de dólares". "Ponto. É simples assim. O crime de corrupção está configurado."

Segundo o procurador Rafael Barreto, também da força-tarefa da Eficiência, "em relação ao sr. Eike há inúmeros empreendimentos de interesse dele que foram relacionados à época dos pagamentos de propinas (para Sérgio Cabral)".

"Havia uma série de empreendimentos de interesse do sr. Eike Batista que poderiam ser beneficiados pela atuação do sr. Sérgio Cabral", afirma Barreto.

O procurador destacou: "O Ministério Público Federal entende que houve pagamento de propina para uma compra de apoio do sr. Sérgio Cabral e de todos os atos decisórios que poderiam ser por ele praticados para beneficiar as empresas do Grupo X."

No texto da denúncia da Operação Eficiência, os procuradores da República - nove ao todo subscrevem a acusação - destacam que "é ressabido que as empresas de Eike Batista que compunham a holding EBX detinham projetos bilionários em execução no Estado do Rio de Janeiro nos anos 2010 e 2011, período em que se deu a solicitação e o pagamento da propina entregue no exterior".

"Tais projetos eram relacionados aos setores da infraestrutura e aos segmentos de óleo e gás, indústria naval, energia, mineração e logística portuária, sendo de destaque a LLX, companhia de logística do grupo, que coordenava a construção do Superporto do Açu, em São João da Barra/RJ, com a pretensão de ser o maior complexo por porto-indústria da América Latina, com atração de investimentos da ordem de US$ 40 bilhões", narram os procuradores.

"Nesse local a OSX, que atuava na indústria naval offshore, seria responsável pela construção de unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de óleo e gás, além de plataformas fixas."

Os procuradores apontam, ainda, os empreendimentos das empresas MPX, consistentes em duas termelétricas, e MMX, relativo a um mineroduto no corredor logístico do Açu, composto por porto marítimo e instalações de beneficiamento de minério no norte fluminense, em relação aos quais Sérgio Cabral emitiu vários decretos de desapropriação por interesse público, com autorização de urgência, nos anos de 2008 a 2010, todos inseridos no contexto do Distrito Industrial de São João da Barra criado pelo Decreto Estadual 41.585/200818, "e em nome do qual o ex-governador também desapropriou no interesse de Eike Batista no ano de 2010".

Eike foi denunciado por dois crimes de corrupção ativa e dois de lavagem de dinheiro. O ex-governador foi denunciado por dois crimes de corrupção passiva, dois de lavagem e um de evasão de divisas.

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro não explicitou exatamente quais vantagens o empresário Eike Batista teria recebido com o pagamento de propina ao ex-governador Sérgio Cabral, mas disse que o pagamento de somas vultosas em meio a tantos interesses empresariais do fundador do grupo X no Estado já configuram o crime de corrupção. De acordo com a denúncia, o ex-bilionário pagou propina ao então governador em troca de vantagens diversas.

"Havendo interesse, há configuração de crime de corrupção", afirmou o procurador regional da República José Augusto Vagos em coletiva de imprensa.

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Eike foi denunciado por duas ações de corrupção ativa e duas de lavagem de dinheiro. Se considerado culpado, o empresário pode ser sentenciado a até 44 anos de prisão. O MPF ofereceu denúncia na 7ª Vara Federal Criminal também contra o ex-governador Sérgio Cabral e mais sete pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro. Cabral está preso e já foi denunciado anteriormente pelo MPF. Eike também está detido.

Cabral é denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Somadas as penas de todas as acusações, o ex-governador pode ser sentenciado a até 50 anos de prisão, caso seja condenado à pena máxima por todos os crimes.

Eike é acusado de ter pago US$ 16,5 milhões em propina para o ex-governador Sérgio Cabral e mais R$ 1 milhão através do escritório da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, por uma prestação de serviços de advocacia fictícios. As denúncias referem-se a atos criminosos apurados pela Operação Eficiência e pela Operação Calicute, desmembramentos da operação da Lava Jato no Rio.

"Um dos maiores empresários no Estado do Rio de Janeiro pagou US$ 16,5 milhões para o (então) governador do Rio de Janeiro. Isso é crime de corrupção. O senhor Eike Batista tinha diversos interesses no Estado do Rio, diversos empreendimentos, que dependiam da atuação do Estado, do Governo do Rio de Janeiro. Eike não podia dar de presente US$ 16,5 milhões para o governador do Estado. E o governador não poderia ter aceitado. O crime de corrupção já está configurado", resumiu o procurador da República Leonardo Cardoso de Freitas.

Segundo o procurador da República Rafael Barretto, as decisões do governo estadual poderiam beneficiar ou prejudicar interesses das empresas do grupo EBX. O pagamento de propina não era exatamente para dar prioridade ao grupo em alguma obra, mas para obter vantagens de qualquer natureza.

Entre os empreendimentos de Eike listado na denúncia figuram a concessão do Maracanã - no qual uma empresa do ex-bilionário participava do consórcio para administrar o estádio - e a construção do Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense.

"Não estamos vinculando pagamento de propina a empreendimentos específicos do Eike. Havia uma série de interesses do Eike no governo e uma série de empreendimentos aqui (no Estado do Rio). Era para comprar apoio", esclareceu Barretto.

O procurador Vagos contou que Cabral solicitou propina ao empresário Eike Batista em 2010. A operacionalização da transferência do valor foi inicialmente negociada por Carlos Miranda, ex-executivo do grupo X, denunciado também pelos procuradores por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

"A exigência do Cabral era que fossem pagos no exterior. Miranda concebeu toda a engenharia financeira da operação", contou Vagos.

De acordo com a denúncia, o pagamento de US$ 16,5 milhões a Cabral ocorreu em 2011. Para realizar a transação, o doleiro Renato Chebar criou a pedido de Cabral a offshore Arcadia Associados, que assinou um contrato fictício de aconselhamento com a Centennial Asset Mining Fund, holding de Eike, para a possível aquisição de uma mina de ouro da empresa Ventana Cold Corp. Pela falsa intermediação, a Arcadia receberia da Centennial uma comissão de 1,2% do valor da transação.

Eike fez uma transferência de cerca de US$ 4,7 milhões para a empresa Arcadia através de uma conta no Uruguai, segundo o procurador regional da República José Augusto Vargos.

"O restante foi pago em ações da AmBev, Vale e Petrobras, que foram negociadas na bolsa dos Estados Unidos", disse Vagos.

Em 2015, o resgate dessas ações foi em torno de US$ 4,3 milhões, em razão de desvalorização. "Os valores estão sendo objeto de repatriação", afirmou o procurador.

O segundo pagamento de propina ocorreu através de uma simulação de prestação de serviços do escritório de advocacia da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, ao grupo EBX, de Eike. O escritório de Adriana recebeu R$ 1 milhão em 2013, mas os investigadores não encontraram nenhuma evidência que constatasse a prestação de serviços do escritório Ancelmo Advogados.

De acordo com os procuradores, as investigações contradizem um depoimento do próprio Eike Batista, em que o empresário justificou o pagamento ao escritório de Adriana dizendo que tinha sido indicado pela Caixa Econômica Federal para criar um fundo de investimentos com o objetivo de captar projetos de interesse do grupo EBX.

Cabral e a mulher Adriana estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona Oeste do Rio, suspeitos de receberem mesadas milionárias de empreiteiras.

O empresário Eike Batista foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro por duas acusações de corrupção ativa e duas de lavagem de dinheiro. Se considerado culpado, o empresário pode ser sentenciado a até 44 anos de prisão. O MPF ofereceu denúncia na 7ª Vara Federal de Justiça também contra o ex-governador Sérgio Cabral e mais sete pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro.

Cabral é denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Somadas as penas de todas as acusações, o ex-governador pode ser sentenciado a até 50 anos de prisão, caso seja condenado à pena máxima por todos os crimes.

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As denúncias referem-se a atos criminosos apurados pela Operação Eficiência e pela Operação Calicute, ambas um desmembramento da atuação da Lava Jato no Rio.

Eike é acusado de ter pago US$ 16,5 milhões em propina para o ex-governador Sérgio Cabral e mais R$ 1 milhão por meio do escritório da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, por uma prestação de serviços de advocacia fictícios.

Cabral e Adriana estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona Oeste do Rio, suspeitos de receberem mesadas milionárias de empreiteiras. Eike também está detido.

O Ministério Público Federal no Rio ofereceu denúncia contra o ex-governador Sergio Cabral (PMDB), o empresário Eike Batista e mais seis pessoas pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações fazem parte da Operação Eficiência, resultado da força-tarefa da Lava Jato no Rio. O conteúdo da denúncia será apresentado pelos procuradores da Força Tarefa Rafael Barretto e José Augusto Vagos a partir das 10h30 desta sexta-feira (10).

Cabral é acusado de chefiar uma organização criminosa que recebeu propina de empresários no exercício de seus dois mandatos no governo do Estado do Rio (2007-2014). Preso na Operação Calicute há quase 3 meses, o ex-governador foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa.

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Eike foi indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Ele teria pago US$ 16,5 milhões em propina ao esquema liderado por Cabral para ter benefícios em seus negócios. O empresário foi preso no dia 30 de janeiro. Ambos estão em celas no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. O crime de corrupção prevê pena de dois a 12 anos de prisão; o de lavagem de dinheiro, de três a dez anos.

O empresário Eike Batista foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelo crime de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Ele está preso desde o dia 30 de janeiro em decorrência da Operação Eficiência, da Polícia Federal.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) também foi indiciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Cabral já havia sido indiciado em dezembro em inquérito da Operação Calicute. Ambos estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.

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Outras dez pessoas também foram indiciadas, entre elas o irmão do ex-governador, Maurício Cabral, por lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, e a ex-mulher, Susana Neves Cabral, apenas por lavagem de dinheiro.

Eike é suspeito de ter pago US$ 16,5 milhões em propina para ter benefícios em seus negócios. Os demais indiciados são: Wilson Carlos Carvalho; Carlos Emanuel Miranda; Luiz Carlos Bezerra; Sérgio de Castro Oliveira; Álvaro Novis; Thiago de Aragão Pereira e Silva; Francisco de Assis Neto e Flavio Godinho.

Eike Batista chegou às 9h20 desta quarta-feira, 8, à Superintendência da Polícia Federal no Rio para prestar depoimento. Ele deixará o prédio no início da tarde desta quarta-feira para retornar ao complexo de Gericinó.

O empresário Eike Batista chegou às 9h20 desta quarta-feira (8) à Superintendência da Polícia Federal no Rio para prestar depoimento. Ele está preso em Bangu 9 desde o dia 30 de janeiro. O advogado do ex-bilionário, Fernando Martins, informou que a orientação dada ao cliente é de que ele permaneça calado. O objetivo é falar somente em juízo.

Eike foi chamado para depor pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Desvio de Recursos e chegou em um camburão da PF. Também estão na PF para prestar depoimento os acusados Álvaro Novis, Ary Ferreira Filho, Francisco de Assis, Flávio Godinho e Hudson Braga, preso na Operação Calicute, que levou à cadeia o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em novembro de 2016.

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Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio defenderam que Eike continue em prisão preventiva em documento entregue à Justiça na última segunda-feira (6). Entre os motivos, apontam que o empresário comprou passagem para os Estados Unidos na mesma data de sua viagem, dois dias antes da deflagração da Operação Eficiência.

Eike é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção liderado pelo ex-governador. Todos os acusados estão presos em Bangu.

A PF concluiu o inquérito nesta terça-feira, 7. Doze pessoas foram indiciadas por lavagem, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. Eike, que já foi o homem mais rico do Brasil, teria pago US$ 16,5 milhões em troca de benefícios a seus negócios.

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio levantaram dúvidas sobre a alegada postura colaborativa de Eike Batista com as investigações da Operação Eficiência, deflagrada no último dia 26, em documento entregue à Justiça na segunda-feira, 6. Nele, defendem que Eike continue em prisão preventiva. Entre os motivos, apontam que o empresário comprou passagem para os Estados Unidos na mesma data de sua viagem, dois dias antes da operação ir às ruas.

Segundo os procuradores, a compra das passagens no dia da viagem "indica uma possível fuga, tendo ele (Eike), por qualquer meio, tido ciência da sua prisão iminente".

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"Esse fato, ainda passível de apuração, contraria a afirmação do requerente (Eike) de que teria uma postura totalmente cooperativa no curso das investigações", dizem no documento enviado à 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio.

Eike só foi preso quatro dias depois da Operação Eficiência ser deflagrada, quando retornou dos EUA. "Há que se registrar que seu retorno se deu após a difusão do seu nome para o alerta vermelho da Interpol, o que, de qualquer maneira, dificultaria sobremaneira sua eventual vida como foragido", dizem.

Além disso, afirmam que há elementos nos autos que indicam que Eike, mais de uma vez, tentou obstruir as investigações, "fato que, até o momento, em nada foi elidido pelo requerente".

Sobre o alegado risco de vida em meio à notícias que Eike estaria negociando acordo de colaboração premiada, os procuradores pedem manifestação do Secretário de Estado de Administração Penitenciária. Nela, querem que a secretaria se declare sobre a sua capacidade de garantir a integridade física do empresário.

Propina

A Operação Eficiência investiga um esquema que teria lavado ao menos US$ 100 milhões em propinas para o grupo político do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), que também está preso. O dinheiro foi remetido ao exterior. Eike é acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador.

Na visão do Ministério Público Federal (MPF), além do fundador do grupo X também devem permanecer em prisão preventiva Thiago Aragão (sócio de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral) e Sérgio de Castro Oliveira (operador financeiro do esquema).

Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou liminar no pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Eike Batista.

A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (3) no Aeroporto do Galeão, no Rio, o ex-subsecretário de governo do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) Francisco de Assis Neto, conhecido como Kiko e que estava na lista vermelha de procurados da Interpol desde a deflagração da Operação Eficiência, na semana passada.

O publicitário estava de férias nos Estados Unidos com a família e retornou nesta sexta para se entregar às autoridades. Ele é um dos investigados pela Procuradoria da República no Rio sob suspeita de atuar no grupo de Cabral que teria lavado ao menos US$ 100 milhões em propinas por meio de contas no exterior.

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Kiko era o último investigado da Operação Eficiência que teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, a ser detido. Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva na operação, incluindo o do empresário Eike Batista, que também estava nos EUA e retornou ao Brasil na segunda-feira, 30, quando foi detido.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF) negou nesta quarta-feira, 1º, uma liminar no pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Eike Batista. O empresário, levado a Bangu 9 nesta segunda-feira, 30, terá que continuar preso pelo menos até o julgamento do mérito da questão pela Primeira Turma Especializada do tribunal.

A decisão é do juiz federal Vigdor Teitel, que está substituindo temporariamente o relator da ação penal em segunda instância, desembargador federal Abel Gomes. Ele está de férias até o dia 8 de fevereiro.

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O TRF destacou em nota que a prisão de Eike Batista foi decretada "por haver indícios de que ele teria tentado obstruir as investigações do caso, conforme declaração de outros acusados que assumiram compromisso de colaboração com a Justiça".

Em suas alegações, a defesa de Eike Batista sustentou que os fatos narrados pelos colaboradores seriam vagos e presumidos e não haveria provas concretas de materialidade e autoria para justificar a prisão preventiva.

Para Teitel, a decisão do juiz de primeiro grau, Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, está devidamente fundamentada e não contém qualquer ilegalidade ou abuso de poder. O magistrado ainda destacou que a prisão foi ordenada para garantir a ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, "bem como diante da quantidade de demandas em curso no Poder Judiciário que evidenciam um oceano de corrupção sistêmica envolvendo detentores de mandatos eletivos e empresas, por intermédio de seus dirigentes, mediante a utilização de contratos simulados e de outros expedientes astuciosos para o pagamento de propinas".

O juiz federal disse ainda que o apelo à ordem pública, "em decorrência da gravidade concreta dos crimes supostamente praticados, parece suficiente para justificar a decretação da prisão preventiva".

O empresário Eike Batista deixou a sede da Polícia Federal na noite desta terça-feira (31) depois de ser ouvido formalmente pelos agentes federais pela primeira vez depois da sua prisão. Ele permaneceu 3h45 na superintendência, na zona portuária.

Na saída, Eike foi escoltado pelo estacionamento até o carro da PF que o levará de volta à Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste. Curiosos acompanharam a saída, mas não houve manifestações hostis, como ocorreu na chegada do empresário.

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Os procuradores Eduardo El Hage e Leonardo de Freitas, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio, já haviam deixado o local. A Polícia Federal informou que não divulgará o teor do depoimento do empresário.

O advogado de Eike, Fernando Martins, disse na tarde desta terça-feira que "a princípio não há possibilidade de delação" por parte do empresário. Ele aguardava a chegada de Eike para acompanhá-lo no depoimento.

Eike Batista chegou às 14h45 para depor na Delegacia de Combate à Corrupção. Preso desde segunda-feira, 30, ele chegou em uma caminhonete preta da PF, escoltado por outra viatura.

Algumas pessoas esperavam a chegada do lado de fora e entoaram gritos de "ladrão, ladrão" no momento do desembarque. Eike estava com uniforme de preso: calça jeans, camiseta e sandálias.

Entre os curiosos que foram à sede da PF, um homem estava fantasiado do super-herói Thor, mesmo nome de um dos filhos do ex-bilionário.

Esse é o primeiro depoimento de Eike desde que foi preso. A autorização para o depoimento foi dada pela juíza Débora Valle de Brito, substituta da 7ª Vara Federal.

Antes de embarcar para o Brasil, Eike sinalizou em entrevistas que pretende colaborar com as investigações, ao afirmar que vai mostrar "como as coisas são". Martins chegou a dizer, na porta do presídio Ary Franco, no Rio, que ainda não teria uma estratégia de defesa definida. A expectativa é que ele opte por uma delação premiada, mas, para isso, terá que negociar com o Ministério Público Federal (MPF).

Visitas

A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) disse que, até às 16h nesta terça-feira, nenhum familiar registrou pedido de visitação do empresário Eike Batista, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. O processo leva pelo menos 15 dias da entrada do pedido à concessão de autorização para visita. (Colaborou Constança Rezende)

Em frente à sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, algumas pessoas se aglomeraram na tarde desta terça (31). É lá que o empresário Eike Batista presta depoimento. Entre os curiosos, um chama mais atenção: um homem vestido de Thor, o deus do trovão e, atualmente, super-herói de filmes hollywoodianos. 

A irreverência tem sido admirada por muitos. Um dos filhos de Eike preso também se chama Thor. De acordo com o fantasiado Danilo Andrade, de 28 anos, a ida ao local foi coincidência. ""Eu faço cosplay de Thor há quatro anos, e venho ao Boulevard Olímpico às terças, sábados e domingo", contou ao O Estado de S.Paulo.

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Nesta terça, ele estava acompanhado de outros super-herói como The Flash, Homem-Aranha e do Naruto.

Com informações da Agência Estado

 

Quando as fotos do empresário Eike Batista no presídio Ary Franco começaram a ser divulgadas na redes sociais, uma dúvida assolou milhares de internautas: Eike teve o cabelo raspado ou, simplesmente, a peruca confiscada pela polícia?

A resposta quem dá é o próprio empresário durante uma entrevista em 2010 para a jornalista Marília Gabriela, na TV Cultura. Na ocasião, Marília Gabriela comentou que muitas pessoas tinham reparado no "topete novo" que o empresário exibia. Sem fugir da pergunta, Eike respondeu: "Tricosalus! É um tratamento revolucionário".

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Sim, Tricosalus! Representantes da clínica não foram encontrados para se manifestar, mas matérias da época da revelação informam que o tratamento, que pode ter custado mais de R$ 35 mil, consistia na utilização de medicamentos, como vapor de ozônio, laser, esfoliamentos com jojaba e aplicação de fios.

A foto, no entanto, suscitou brincadeiras até mesmo entre familiares de outros presos. Uma delas, que preferiu não se identificar, jurou até ter tocado a suposta peruca, que estaria nas mãos de policiais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário Eike Batista, preso nesta segunda-feira (30) ao desembarcar no Rio procedente dos Estados Unidos, disse que a maior operação de combate à corrupção já realizada no País "está passando o Brasil a limpo". À reportagem do Fantástico, da TV Globo, que o abordou ainda no aeroporto de Nova York, na noite deste domingo (29) ele declarou: "A Lava Jato está passando o Brasil a limpo de uma maneira fantástica. Eu digo que o Brasil que está nascendo agora vai ser diferente, tá certo? Porque você vai pedir suas licenças (para obras), vai passar pelos procedimentos normais, transparentes, e se você for melhor você ganhou e acabou a história, né?."

Indagado sobre o receio que tinha ao chegar ao Brasil, ele disse: "Não, eu estou à disposição da Justiça, como um brasileiro cumprindo o meu dever. Estou voltando, essa é a minha obrigação."

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Eike teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, no âmbito da Operação Eficiência. Na quinta-feira (26), os agentes da Polícia Federal não encontraram o empresário em sua casa. Ele tinha viajado na terça-feira, 24.

Questionado se gosta da Lava Jato mesmo que a operação lhe custe a liberdade, o empresário afirmou: "Olha, aquele negócio, se foram cometidos erros você tem que pagar pelos erros que você fez. É assim, né?". "Você cometeu erros?", perguntou o repórter de TV Globo. "Eu acho que não", respondeu o empresário. "Eles (Polícia Federal e Procuradoria da República) o acusam de pagar propinas.Você vai admitir?", questionou o repórter. "Olha, como falei não posso passar isso para ninguém antes. Não fica legal", respondeu Eike Batista.

O empresário Eike Batista chegou pouco depois das 11h30 desta segunda-feira, 30, ao Presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio. O ex-bilionário desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, às 9h54, vindo de Nova York. Ele foi levado até a sede do Instituto Médico Legal, no centro da capital fluminense, para exame de corpo de delito, e deixou o local com escolta policial já em direção ao presídio.

Na chegada ao Ary Franco, dezenas de parentes de detentos que esperavam na fila para a visita gritavam para o empresário, chamando-o de "ladrão". Eike não tem o ensino superior completo, por isso pode ficar em um presídio comum.

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O advogado do empresário, Fernando Martins, chegou ao presídio antes do comboio da Polícia Federal que levava Eike. Segundo Fernando Martins, ele ainda discutiria com agentes da polícia e Ministério Público Federal para determinar quando o empresário prestaria depoimento. Martins disse que conversaria com seu cliente e tomaria ciência da situação do Eike para decidir estratégia de defesa.

"Estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis no sentido de preservar a integridade física dele. A prioridade é preservar a integridade física dele. Não por se tratar do Ary Franco, mas de qualquer instituição", declarou Martins.

O empresário estava foragido desde quinta-feira (26), quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

A Polícia Federal (PF) confirmou, por meio de nota, que o empresário Eike Batista será encaminhado ao Presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio. O ex-bilionário desembarcou nesta segunda-feira (30) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, pouco antes das 10h, vindo de Nova York.

Ele foi levado até a sede do Instituto Médico Legal, no centro da capital fluminense, para exame de corpo de delito, mas deixou o IML pouco depois das 11h, com escolta policial, em direção ao presídio.

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Eike não tem o ensino superior completo, por isso pode ficar em um presídio comum. O empresário deve prestar depoimento na terça-feira (31).

O empresário estava foragido desde quinta-feira (26), quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

O empresário Eike Batista chegou por volta das 10h30 desta segunda-feira (30) à sede do Instituto Médico Legal, no Centro do Rio de Janeiro, onde passa por exame de corpo de delito. O ex-bilionário será conduzido em seguida pela Polícia Federal ao Presídio Ary Franco, em Água Santa, contou uma fonte à reportagem. O empresário deve prestar depoimento na terça-feira (31).

O empresário estava foragido desde quinta-feira (26), quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O empresário é investigado por um suposto repasse de R$ 16,5 milhões em propina a Cabral.

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O avião que trouxe de volta ao Brasil o empresário Eike Batista pousou na manhã desta segunda-feira (30) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão. Ele embarcou na noite deste domingo no voo 973 da American Airlines, no aeroporto JFK, em Nova York. A aeronave tocou o solo brasileiro às 9h54.

O empresário, que tem prisão decretada pela Justiça, foi escoltado por policias federais logo que desembarcou na pista do aeroporto. Eike não estava algemado, carregava apenas uma mala de mão. Por volta das 10h30, ele chegou ao Instituto Médico Legal, onde passará por exame de corpo delito.

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Eike estava foragido desde quinta-feira (26) quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). O empresário é investigado por um suposto repasse de R$ 16,5 milhões em propina a Cabral.

O ex-bilionário deixou o Brasil dois dias antes da operação da PF, no dia 24. A prisão dele estava decretada pela Justiça do Rio desde 13 de janeiro.

O advogado de Eike, Fernando Martins, disse neste domingo, 29, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a estratégia de defesa do empresário ainda estava indefinida, inclusive sobre uma possível delação premiada. "Após a chegada dele é que vamos definir os procedimentos", disse Martins à reportagem, ao ser questionado sobre um pedido de habeas corpus ou de uma possível colaboração.

Eike não tem o ensino superior completo, por isso poderá ficar em um presídio comum.

Preso desde novembro do ano passado e alvo de mais uma investigação relacionada à Operação Lava Jato, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) quer fazer acordo de delação premiada. A intenção de colaborar e negociar uma pena menor em eventual condenação foi repassada a aliados próximos.

Cabral foi preso no ano passado durante a Operação Calicute, suspeito de receber mesadas de até R$ 850 mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.

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Um dos motivos que o levaram a cogitar a delação premiada, segundo aliados, é o ambiente hostil no presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio, onde cumpre prisão preventiva.

Cabral, dizem interlocutores do peemedebista, admite ter reduzidas chances de se livrar da prisão pelos caminhos tradicionais - via habeas corpus - por causa da quantidade de provas contra ele reunidas pela Procuradoria da República e pela Polícia Federal.

Ele tem contra si três mandados de prisão, dois expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, do Rio - nas operações Calicute e Eficiência -, e um pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba.

No acordo de delação premiada, Cabral ainda pode tentar negociar responder as ações penais em liberdade. Benefícios que poderiam também ser estendidos à sua mulher, Adriana Ancelmo, também presa na Operação Calicute. Em dezembro, Moro aceitou a denúncia contra o ex-governador, a mulher dele e mais cinco. Eles se tornaram réus na Lava Jato.

Operação Eficiência

Ao apontar as ramificações internacionais de um suposto esquema de lavagem de dinheiro criado para escoar os valores desviados de obras no Rio, a Operação Eficiência pode ter acelerado a busca de Cabral por um acordo.

O ex-governador peemedebista vinha conversando com seus advogados sobre a possibilidade e havia fechado a troca do atual defensor, Ary Bergher, pelo criminalista Sérgio Riera.

Riera foi o responsável pela delação premiada na Operação Lava Jato de Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB em contratos na Diretoria Internacional da Petrobrás.

O criminalista nega ter sido contratado por Cabral. Segundo ele, seu trabalho, atualmente, está relacionado somente à defesa da ex-mulher de Cabral Susana Neves Cabral. Ela foi alvo de condução coercitiva na Operação Eficiência nesta quinta.

A reportagem, entretanto, conversou com duas fontes com acesso ao núcleo de defesa de Cabral que confirmaram a escolha do político por uma negociação de acordo de delação. Essa fontes também informaram que o companheiro de cela de Cabral, o ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro Hudson Braga, é outro alvo da Calicute que já comunicou a Procuradoria e seus advogados sobre o interesse no acordo. Braga é apontado pela Polícia Federal como operador administrativo do suposto esquema criminoso ligado ao ex-governador do Rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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