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Enquanto os rodoviários reivindicam 12% de reajuste salarial para ganharem R$ 1.993 por mês [remuneração dos motoristas], o presidente do sindicato da categoria (Sttrepe) recebe uma remuneração de mais de R$ 15 mil. A revelação é feita por integrantes da Oposição dos Rodoviários, vinculada à Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), de onde Benilson Custódio emergiu, ano passado, como alternativa contra a gestão de Patrício Magalhães, ex-presidente da categoria.
##RECOMENDA##“Da eleição, em maio de 2014, à posse, em dezembro, a Oposição se dividiu. Benilson começou a se desviar dos compromissos firmados e a excluir integrantes das tomadas de decisão. Entre os pressupostos da Oposição estavam a retirada de salário para a presidência e a redução dos mandatos. Estas duas coisas foram mantidas. O presidente recebe mais de R$ 15 mil, fora as gratificações e extras”, afirma Maria Rita Albuquerque, advogada que apoia a Oposição, desde os protestos de 2014.
As dissidências no sindicato vão além. Segundo Rosália do Nascimento, militante vinculada ao CSP Conlutas, o secretário-geral do Sindicato e membro da Oposição, Josival Costa, está proibido de exercer suas funções e, inclusive, não pode entrar na sede sindical. “Quando é para falar com a imprensa, botam funcionários do sindicato que nem rodoviários são. Josival está sendo excluído por não compactuar com as decisões da presidência”.
No começo da tarde, após horas de reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no bairro do Recife, os rodoviários afirmaram que não entraram em acordo com as empresas de ônibus. Com a posição dos profissionais, a Justiça julgará o dissídio às 18h desta quarta-feira (15), para determinar a legalidade ou não da greve.
Benilson Custódio foi procurado pelo Portal LeiaJá para se pronunciar sobre o assunto, mas até a publicação desta matéria não atendeu as ligações.