As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta quarta-feira (6) em meio a um alívio nas preocupações dos investidores com o impasse da Grécia, que pagou mais uma parcela de sua dívida com credores internacionais. As ações também foram impulsionadas por bons resultados em indicadores do setor de serviços no continente e lucros maiores em balanços trimestrais divulgados por grandes empresas.
Logo no começo do dia, o governo grego informou que pagou mais US$ 200 milhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A notícia trouxe mais otimismo ao mercado e afastou por alguns dias o risco de calote, contribuindo para que o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, encerrasse o dia com ganho de 0,09%, a 6.933,74 pontos, e o FTSE Mib, da Bolsa de Milão, subisse 0,37%, a 22.659,85 pontos.
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Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,43%, a 4.981,59 pontos, com um empurrão do banco Credit Agricole, que anunciou hoje um aumento anual de 3% no lucro líquido do primeiro trimestre, para 784 milhões de euros, acima do esperado. Os papéis da instituição financeira fecharam em alta de 0,55%. Os investidores também estão na expectativa pelos resultados trimestrais da Alcatel-Lucent e da AXA, que serão divulgados nos próximos dias.
Em Londres, o foco é nas eleições gerais do Reino Unido, marcadas para a quinta-feira, 7. Sem uma direção firme, o índice FTSE 100 teve ganho tímido, de 0,1%, a 6.933,74 pontos, em parte impulsionado pelo resultado do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do país, que saltou de 58,9 em março para 59,5 em abril, o maior patamar em oito meses.
O PMI de serviços da Espanha, por sua vez, registrou seu maior ganho mensal em nove anos, de 57,3 em março para 60,3 em abril. A melhora expressiva contribuiu para que o índice Ibex 35, de Madri, ganhasse 0,43%, a 11.163,60 pontos. A exceção do dia foi a Bolsa de Lisboa, que fechou em queda pela segunda vez seguida, a 0,32%, para 6.034,63 pontos.
De uma maneira geral, as bolsas europeias também foram influenciadas pelo PMI composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços e ficou em 53,9 em abril. Embora tenha caído levemente em relação a março (54,0), superou a previsão dos analistas de mercado, que esperavam queda a 53,6.
O único dado que pesou contra as ações foi o de emprego no setor privado dos Estados Unidos, que criou 169 mil postos de trabalho em abril, número abaixo do previsto pelos economistas, que esperavam geração de 205 mil novas vagas. O levantamento é considerado um indicador sobre a tendência do relatório mensal sobre o mercado de trabalho do governo dos EUA (payroll), que engloba também dados do setor público e será divulgado na sexta-feira (08). *Com informações da Dow Jones Newswires.