A superioridade tecnológica ocidental em termos de armamento está se reduzindo, em particular em relação à China e à Rússia, afirma a organização londrina Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) em seu relatório anual difundido esta semana.
Segundo o IISS, atualmente se sobressaem duas tendências em termos de armamento. "A primeira é a proliferação de novas tecnologias entre uma série de países e atores não estatais, que reduz as diferenças na capacidade armamentística em todo o mundo", afirmou à AFP John Chipman, diretor do IISS.
Entre estas novas tecnologias, figuram os aviões não tripulados e as ciberarmas, que podem desestabilizar um país com ataques informáticos virais. "Nas últimas décadas, os países ocidentais eram os campeões das novas tecnologias, com uma clara vantagens sobre outros Estados e atores não estatais, e hoje em dia este avanço tecnológico está se reduzindo".
A segunda tendência é a decisão da Rússia e da China de investir nessas tecnologias para "modernizar suas forças armadas, o que desafia o atual equilíbrio de forças na Europa e desenha o futuro equilíbrio na Ásia". Segundo ele, os Estados Unidos "respondem à percepção de que a Rússia representa uma ameaça crescente, principalmente nos países bálticos e da Europa do Leste, e fortalecem sua presença na região".
Já no Oriente Médio, com a retirada das sanções contra o Irã graças ao acordo nuclear, Teerã terá oportunidade de modernizar seu armamento, que em sua maioria data dos anos 1970. Isso também levará a uma mudança de equilíbrio na zona, ao que as monarquias do Golfo responderiam reforçando sua cooperação. Na América Latina, o IISS destaca que a defesa se centra em combater o crime organizado e os traficantes de drogas.