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O grupo do novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PB), conseguiu manter sua hegemonia no PP e elegeu nesta segunda-feira o deputado Arthur Lira, de Alagoas, para a liderança do partido na Câmara. Com uma bancada de 38 deputados, o PP da Câmara está dividido: parte é aliada ao ex-ministro Mário Negromonte (BA), que foi "fritado" pelos seus próprios colegas de legenda. A maioria dos deputados é, no entanto, vinculada ao ex-líder e novo ministro Aguinaldo Ribeiro.

Apesar da divisão interna do partido, Artur Lira assumiu ontem o cargo com o discurso de que o "processo da renovação da liderança foi construído em cima da harmonia, do consenso partidário". Afirmou ainda que vai se empenhar e trabalhar todos os dias para manter o PP unido.

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Na semana passada, depois de tomar conhecimento de sua substituição por Aguinaldo Ribeiro, o ex-ministro Negromonte afirmou que foi alvo de "fogo amigo". Magoado, Negromonte atribuiu sua queda ao próprio partido. Em sua visão, a saída do ministério das Cidades aconteceu por problemas políticos e não de gestão.

Demitido pela presidente Dilma Rousseff na última segunda-feira, em Salvador, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, avisou hoje ao PP que se despedirá amanhã do governo. O ritual de desembarque do governo deve ser oficializado em reunião no Planalto. A informação é de um importante dirigente do PP que participou das negociações com o Palácio para garantir que as Cidades continuassem sob o comando do partido.

O dirigente nacional do partido já dá como certa a substituição de Negromonte pelo líder da bancada da Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB). Não apenas ele. Diante da reabertura oficial dos trabalhos do Congresso amanhã, os deputados já estão marcando a eleição do novo líder para próxima terça-feira. Por enquanto, o único candidato ao posto é o deputado Arthur Lira (AL), filho do senador Benedito de Lira (PP-AL).

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Ainda segundo o dirigente pepista, tudo está sendo feito dentro do "script" combinado com o próprio Planalto. Aguinaldo Ribeiro responde a processo na Justiça Federal por improbidade administrativa, mas um dos interlocutores do PP junto ao governo diz que tudo já foi avaliado pelo Planalto. E aposta que não haverá impedimento.

O processo vem dos tempos em que o líder foi secretário de Agricultura da Paraíba, entre 1998 e 2002, quando Aguinaldo foi acusado de improbidade administrativa por ter comprado remédios e equipamentos médicos para combate à febre aftosa sem licitação.

Os apoiadores do líder na bancada argumentam que a própria Justiça já se manifestou favorável ao deputado no processo que analisou as compras emergenciais. Lembram que o deputado foi absolvido no pleno do Tribunal Regional Federal da 5ª região, que é insuspeito até porque fica em Pernambuco, e não na Paraíba.

Depois de três meses de desgaste por conta de denúncias de irregularidades em sua Pasta, ficou acertado que, finalmente, Negromonte tomaria a iniciativa de entregar formalmente o cargo, facilitando a conversa com a presidente Dilma. Ele retorna ao Congresso depois de ser derrotado na disputa pela liderança e, como hoje é minoria na bancada, não exercerá nenhum cargo relevante. Nem mesmo a presidência da Comissão Técnica permanente que couber ao PP na partilha dos postos de poder da Câmara. Segundo um correligionário, Negromonte sai da Esplanada dos Ministérios para a planície.

O juiz espanhol Baltasar Garzón se declarou inocente nesta quinta-feira, no último dia do julgamento no qual é acusado de ordenar escutas telefônicas ilegais em 2009 contra suspeitos de lavagem de dinheiro nas administrações regionais de Valência e Madri, governadas na época em que ocorreram as escutas pelo Partido Popular (PP), de centro-direita. O PP atualmente governa a Espanha com o primeiro-ministro Mariano Rajoy. A Lei espanhola não permite escutas telefônicas em tais casos. O veredicto do julgamento de Garzón, de 56 anos, só será conhecido em algumas semanas.

"A única razão de Estado que eu compreendo é a razão democrática dos cidadãos", disse Garzón em discurso no final da audiência. "Todas e cada uma das decisões que eu tomei têm justificativas. Elas foram tomadas dentro da mais estrita legalidade e interpretando as normas", afirmou. Garzón é acusado de prevaricação.

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Na próxima semana, Garzón voltará aos tribunais em outro caso em que também é acusado de prevaricação, quando ordenou a abertura de investigações sobre as desaparições sistemáticas de republicanos durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). No caso, Garzón teria prevaricado, segundo os acusadores, porque ignorou a Lei de Anistia de 1977.

As informações são da Associated Press.

Brasília - O PP e o PSDB elegeram hoje seus líderes para comandar as bancadas partidárias no ano que vem na Câmara. O PP reelegeu, por unanimidade, o atual líder, deputado Agnaldo Ribeiro (PB), para mais um ano no comando da bancada. Após a escolha, os deputados do partido assinaram uma nota de apoio e solidariedade ao ministro das Cidades, deputado Mário Negromonte, acusado de fraudes no ministério.

O PSDB elegeu, por aclamação, o deputado Bruno Araújo (PE) para a liderança do partido no ano de 2012. Durante a reunião, os tucanos indicaram o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) para a liderança da minoria na Câmara. Os novos líderes assumirão suas funções em 1º de fevereiro do ano que vem .

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Bruno Araújo substituirá o atual líder, deputado Duarte Nogueira (SP) e Mendes Thame substituirá o deputado Paulo Abi-Ackel (MG). “O PSDB não é só um partido de oposição. É, sobretudo, um partido de posição. Vamos assumir com mais força o papel de demonstrar as alternativas à sociedade”, disse Araújo.

O tesoureiro do Partido Progressista (PP), Leodegar Tiscoski, e outros executivos ligados ao partido liberavam recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), algumas delas com recomendação de "retenção dos pagamentos", segundo reportagem da edição desta semana da revista IstoÉ. A reportagem afirma que, dos gabinetes do Ministério das Cidades, comandado pelo PP, os políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram financeiramente com campanhas eleitorais do partido no ano passado.

Segundo a revista, Tiscoski é secretário de saneamento do ministério desde 2007 e no ano passado atuou também na função de tesoureiro nacional do PP. Documentos do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, em dezembro de 2010, Tiscoski assinou a prestação de contas do partido. Ele afirmou à revista que não assina mais cheques ou ordens bancárias como tesoureiro, mas admitiu que "encaminhou" a prestação de contas ao tribunal. O PP informou que as finanças do partido estão a cargo do primeiro tesoureiro, o ex-deputado Feu Rosa, que, segundo a revista, é assessor especial da pasta, cuidando do relacionamento do ministério com o Congresso.

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A reportagem diz que as empreiteiras contribuíram oficialmente com R$ 15 milhões nas campanhas do PP em 2010, sendo a maior parte (R$ 8,7 milhões) na forma de doações ocultas. "Isso significa que o dinheiro foi para a conta do partido, durante a campanha eleitoral, e imediatamente distribuído entre seus candidatos", diz a publicação. A revista afirma que três grandes construtoras, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, repassaram legalmente um total de R$ 7,5 milhões para as campanhas do PP.

Entre as obras com suspeitas apontadas pela reportagem e questionadas pelo TCU estão às relacionadas aos trens urbanos de Salvador (BA), a cargo da Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez; aos trens urbanos de Fortaleza (CE), sob responsabilidade da Camargo Corrêa e Queiróz Galvão; à implementação da linha 3 do metrô do Rio de Janeiro, tocada pela Queiroz Galvão e Carioca Christiani-Nielsen; e o complexo viário Baquirivu-Guarulhos, em São Paulo, a cargo da construtora OAS. Segundo a IstoÉ, apesar das investigações e dos alertas de irregularidades emitidos pelo TCU, os responsáveis pelo Ministério das Cidades liberaram recursos para essas obras no crédito suplementar que reforçou as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em julho do ano passado.

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