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A menos de seis meses das eleições para o Governo de Pernambuco, o senador e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), aparece liderando a corrida eleitoral. Dados do levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) e encomendados pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, neste sábado (12), apontam que o petebista receberia 39% das intenções de voto, caso as eleições fossem hoje. No entanto, o desconhecimento dos demais pré-candidatos e a distância para o início oficial da campanha eleitoral poderá colocar em segundo plano a vantagem inicial de Armando, configurando assim uma disputa mais acirrada.
##RECOMENDA##Para o levantamento o IPMN entrevistou, em Pernambuco, 2.448 pessoas nos dias 7 e 8 de abril. A amostra registrada na Justiça Eleitoral com os números PE-00002/2014 e BR-00071/2014 apresenta no primeiro quadro analisado uma disputa travada entre Armando e o ex-secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), pré-candidato da Frente Popular de Pernambuco. A maioria dos pernambucanos, 39%, declarou que votaria no petebista. Já 12% optaram pelo nome de Câmara como o preferido para assumir o Palácio do Campo das Princesas. Os percentuais apontam que, apesar de existir ainda um intervalo de tempo significativo para o pleito oficial, a influência do senador diante da população, bem como um percentual considerável para Paulo Câmara, visto que é neófito nas eleições.
Contudo, há de se apontar a desvantagem de Câmara quando se analisa as intenções por região. Enquanto no Sertão 51% votaria em Armando, apenas 5% optaria por Paulo Câmara. Já na Região Metropolitana (RMR), o petebista tem 35% da preferência e o socialista tem uma menor desvantagem por obter 8% das intenções de voto. No Recife a diferença diminui ainda mais. O senador teria 38% dos votos e o indicado do ex-governador Eduardo Campos (PSB), aparece com 23%.
Com a distância da homologação oficial das candidaturas e somando o fato das campanhas não terem efetivamente começado, neste cenário o total de intenções de voto branco/nulo (34%) e os que não souberam/não responderam (15%) chega a 49%.
No cenário 2, incluindo outro nome à disputa – o da vereadora do Recife Michele Collins (PP) –, o percentual de intenções de voto para Armando Monteiro permanece o mesmo, 39%. Já os que escolheriam Paulo Câmara configuram 13% dos entrevistados. Enquanto a vereadora, apesar de ter ao lado a classe evangélica e ser a única mulher a possivelmente postular a vaga, atinge 3% das intenções de voto.
Observando o cenário por regiões, Armando seria a opção para 53% dos que residem no sertão de Pernambuco, Câmara receberia 6% dos votos e 2% votaria em Collins. No Recife, o petebista garantiria 37% das intenções, o socialista 25% e a progressista 5%. Já nas demais cidades da RMR, Armando voltaria a protagonizar uma larga vantagem aparecendo com 35% dos votos, enquanto Câmara teria 8% e Michele Collins 5%.
Ao serem apresentados três candidatos na corrida eleitoral, o percentual de intenções de voto branco/nulo (29%) e os que não souberam/não responderam (16%) totaliza 45%.
Cenário Espontâneo
O levantamento do IPMN também contém um cenário espontâneo, no qual os eleitores não têm os nomes dos políticos sugeridos, a maioria dos entrevistados respondeu que votariam. Neste quesito, o senador Armando Monteiro (PTB) aparece na liderança. O petebista obtém 21% da preferência, destes 36% do Sertão do Estado e 24% tem o nível superior.
O segundo lugar é configurado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), que de acordo com as normas eleitorais não pode se candidatar ao Executivo estadual. O socialista é o mais indicado por 9% dos pernambucanos, destes 12% tem entre a 4ª e a 7ª série do ensino fundamental e 12% é da Região Metropolitana do Recife (RMR).
Já baseado nas diretrizes da Justiça Eleitoral, Campos deixou o governo no último dia 4 para disputar a presidência da República e indicou um nome para a disputa local, o do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB). O “afilhado político” do ex-governador é assinalado entre os pré-candidatos para gerir o Estado por 8% dos entrevistados. Destes a maioria tem o ensino superior, 21%, e 20% reside no Recife.
Mesmo em um contexto diferente do qual está inserida, a presidente Dilma Rousseff (PT) também é citada como opção para governar Pernambuco. Dos que participaram da pesquisa, 2% acredita que a petista deveria ser a gestora estadual, 3% estudaram até a 3ª série e 4% são moradores da Zona da Mata.
Entre os percentuais já apresentados, o que mais chama a atenção no levantamento é o número de pernambucanos que votariam em branco ou nulo, eles somam 19% dos que responderam ao IPMN. A porcentagem pode ser justificada por outro item aferido na amostra, o de interesse da população pela eleição deste ano. 21% afirmaram não se interessar pelo pleito e, em contraponto, 17% se colocaram como muito interessados da disputa eleitoral. "Ainda é cedo para as pessoas definirem os votos. A questão agora é para qual candidato irão os votos dos indecisos e até aqueles que optaram por votar branco ou nulo”, avaliou o cientista político Adriano Oliveira.
De acordo com o especialista, os dados levantados pelo IPMN revelam o nível da disputa na esfera estadual. "Essa pesquisa sugere claramente que teremos uma eleição disputadíssima para o governo do Estado. Não é porque o senador Armando Monteiro inicia muito bem sua jornada eleitoral que podemos afirmar que ele é favorito nesta disputa“, destacou.
O especialista também avaliou os percentuais do pré-candidato Paulo Câmara, que apesar de ainda não ser muito conhecido, apareceu com mais de 10% entre os nomes colodados na disputa. "Devemos considerar que embora Paulo Câmara seja um candidato desconhecido, ele tem algumas vantagens iniciais: a primeira vantagem é que ele parte muito bem por ser desconhecido, em torno de 12% ou 13% de votos. A segunda vantagem é que ele tem o apoio de um governador muito bem avaliado e a terceira vantagem é que na Região Metropolitana do Recife, e em particular no Recife, Paulo Câmara tende a crescer", ressaltou.
Diante do conhecimento de Câmara entre os entrevistados, Oliveira alertou para uma possível ampliação de sua campanha e com isso, a perda de espaço para Armando Monteiro. "O senador Armando Monteiro precisar ficar atento de como lidar com os eleitores da Região Metropolitana. Ele precisará ter um discurso afinado para que esses eleitotres não partam, em peso, para Paulo Câmara porque se isso ocorrer, ele poderá perder a eleição, mas também exisitirá um peso na disputa presidencial. Se Eduardo for bem, Paulo Câmara tende a se tornar mais conhecido, se ele não crescer, Armando ganha a capital", alertou o cientista político.
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Confira a pesquisa completa:
Artes: João Lima