Tópicos | Praça do Sebo

A compra de livros didáticos costuma ser motivo de preocupação para a maioria dos pais ou responsáveis por crianças e adolescentes em idade escolar, diante dos gastos de Natal, ano novo, material escolar e matrícula já causarem “danos” ao orçamento, além do alto custo que esses livros costumam ter. Nesse cenário, os sebos, que costumam vender livros usados (e até novos) por preços mais baixos costumam atrair quem quer trocar, comprar ou vender livros didáticos economizando. O LeiaJá foi até a Praça do Sebo, que fica no centro do Recife, para saber se nesses lugares os preços são realmente melhores do que nos colégios e livrarias tradicionais. Confira:

Comodidade versus Economia

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Flávia Regina tem um filho de 11 anos e veio pela primeira vez aos sebos, pois costumava comprar os livros escolares na própria escola, obtendo um desconto ao fechar o valor inteiro junto com a matrícula. No entanto, para 2018, o colégio não dispunha do material necessário para o ano em que o menino está. Assim, Flávia decidiu procurar o material em sebos por ter percebido, segundo ela, que é possível conseguir fazer uma economia grande em relação aos valores cobrados em livrarias. Segundo ela, “a diferença é muito grande, pelo que pesquisei e com os preços que estou vendo aqui, espero conseguir uma economia de cerca de 50 a 70% no valor total, de todos os livros que meu filho precisa”, disse ela.

Apesar de estar contente com a economia, Flávia também diz que a necessidade de deslocamento para chegar aos sebos e para fazer pesquisas de preços envolve um custo com combustível ou passagem de ônibus. Ela também destaca que a comodidade, a rapidez e a praticidade de fazer a compra do material na escola no mesmo momento da matrícula é um ponto positivo.

Cuidados com o estado dos livros

Ana Cláudia, que tem uma filha que fará o 6º ano do ensino fundamental neste ano de 2018, estava procurando os livros da menina em sebos pelo segundo ano consecutivo e enxerga a diferença de preços como um fator decisivo. Apesar disso, ela se diz cuidadosa e, enquanto falava com a nossa equipe, olhava atentamente os livros que comprava página por página. Ana Cláudia explicou que em 2017 comprou os livros no sebo, mas todos eram novos. Optando pelo material de segunda mão desta vez para economizar mais, ela afirmou que “tem que olhar tudo direitinho para não comprar o livro danificado nem muito riscado, se não a criança pode reclamar e se sentir desestimulada a estudar”, explicou a mãe.

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Comprador experiente

Genideibson Xavier tem dois filhos, um no 1º e outro no 4º ano do ensino fundamental e sempre faz compras nos sebos não só para a os estudos dos meninos mas também para toda a família. Frequentador de sebos há cerca de cinco anos, ele explica que consegue economizar bastante tanto nos livros didáticos quanto com outros tipos de leitura como, por exemplo, material para estudar para provas de concursos públicos ou romances. Genideibson destaca a diferença de preço, que ele afirma perceber em cerca de 50%, como um fator determinante para que ele opte pelos sebos.

Trocar no sebo ou no colégio?

Maria Das Graças tem um filho que vai cursar o 7º ano do ensino fundamental em 2018. Com dois livros didáticos do 6º ano que desejava trocar pelos que o menino precisará em este ano, ela encontrou ofertas para troca, mas que não estava satisfeita com os valores. Sua próxima tentativa, explicou ela, seria recorrer a outros pais e familiares de alunos da escola de seu filho para buscar um bom negócio.

20 anos de sebo

Cátia Sales é vendedora da praça do sebo há 20 anos e trabalha junto com sua nora e alguns dos seus cinco filhos. Antes dela, o seu pai, que já faleceu, já tinha uma banca de sebo há muito mais tempo, antes mesmo do espaço da praça ser destinado aos comerciantes de livros. A tradição familiar, segundo ela, fez muito bem à educação de suas filhas, que adquiriram o hábito da leitura desde pequenas, seguem gostando de livros e tirando boas notas.

Cátia explica que os bons preços, a possibilidade de trocas, de parcelamento do valor e a variedade de títulos e gêneros de livros faz com que ela tanto tenha clientes fidelizados que começaram comprando livros para seus filhos na escola e hoje adquirem o material deles para a universidade. Além de cultivar clientes, segundo ela, as facilidades e oportunidades de economia que os sebos oferecem também vêm atraindo mais pessoas ao longo dos últimos anos.

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Na noite da última sexta-feira (27), a Praça do Sebo, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, foi tomada por câmeras, cenários, atores e um monte de profissionais de cinema. O local foi usado como locação do filme A Morte Habita à Noite, primeiro longa-metragem do cineasta Eduardo Morotó.

As filmagens tiveram início no dia 23 de setembro e estão na fase final. Além da Praça do Sebo, o Mercado de São José e uma pensão no centro do Recife também aparecerão no filme. Inspirado em contos do escritor Charles Bukowski, o roteiro acompanha a trajetória de Raul (Roney Villela) e seus encontros afetivos. O longa traça uma crônica sobre o amor, a morte e a melancolia urbana, retratando o cotidiano dos que habitam a marginalidade da cidade.

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A Morte Habita à Noite é um desdobramento do curta-metragem Quando Morremos à Noite. “A experiência de rodar o curta, em 2011, colocou-me diante de um cinema mais radical no sentido de uma interpretação de mundo mais complexa, onde habitam personagens não romantizados ou estetizados. Durante os anos que se passaram, o personagem em questão, Raul, continuou vivo em minha mente e naturalmente renasceu no formato do longa, entre mensagens e trocas presenciais com o ator Roney Vilella que em muito contribuiu para que o projeto fosse desenvolvido”, conta Morotó.

A atriz Endi Vasconcelos interpreta a personagem Cássia, uma das amantes de Raul, e explica que precisou viver de verdade o Recife decadente retratado na tela para se preparar para o papel. ”Dormi duas noite na pensão da rua Leão Coroado para ficar em contato com as pessoas de lá e sentir o clima. É uma parte da cidade não muito vista, é como um mundo marginal”, disse.

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A Praça do Sebo, que fica localizada no centro do Recife, ganha nesta sexta (30) uma programação especial. O espaço completa 32 anos de existência e aproveita a ocasião para festejar sua reforma junto a poetas, professores, estudantes, artistas e amantes da leitura, que cantam parabéns e cortam o bolo em formato de livro.

A festa começa às 14h e segue até às 17h com apresentações do LiterAtos, grupo teatral do IFPE, projeto Ler, Transformar e Construir, grupo Imaginautas, atividades do artista plástico Ghustavo Távora e declamações do poeta Wagner Rocha. Com cerca de R$ 100 mil de investimento, a reforma recuperou os 470 m² do piso em pedras portuguesas, gradil, mureta de proteção, iluminação, pintura, banheiros e também a estatua do poeta Mauro Motta e passou dois meses para ser concluída.

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As obras de restauração da Praça Professor Calazans, localizada no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife, foram iniciadas nesta segunda-feira (13). O custo para a execução do serviço, que deve durar 45 dias, será de R$ 146 mil.

No local, serão recuperação os brinquedos, bancos de jogos, alambrados, além de todo o passeio em concreto que circunda o parque. Também haverá restauração paisagística, substituição de luminárias e pintura geral.

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Paralelamente foi iniciada a recuperação da Praça do Sebo, que fica entre as ruas da Roda e Siqueira Campos, no centro da cidade Serão realizadas obras no piso, no gradil e na mureta de proteção, serviços de jardinagem, iluminação e pintura geral. A obra para requalificação da Praça do Sebo vai durar 20 dias e custar R$ 51 mil.

Com informações da assessoria

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