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O pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL)  opinou sobre a grande dúvida na política nacional: o ex-presidente Lula será solto ou não? No último domingo (8), o desembargador plantonista Rogério Favreto chegou a decidir pela liberdade do líder petista, mas depois de um “vai e vem” a decisão final do presidente do TRF-4, Thompson Flores, foi para que ele continuasse preso. 

Para Bolsonaro, após toda essa polêmica, a liberdade de Lula é uma questão de tempo. “A esquerda, ao contrário como muitos pensam, está melhor preparada que o pré 1964”, escreveu por meio do seu Facebook. Em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo nesta semana, o presidenciável corroborou a declaração. “O Lula deu um suspiro agora, não sai agora, mas, mais cedo ou mais tarde eu acho que ele vai sair”, ressaltou. 

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Bolsonaro também falou que Lula, assim como José Dirceu, já poderiam ter saído do Brasil. “O José Dirceu está solto, ninguém sabe onde ele anda, pode até sair do Brasil pelo que me consta e eu sempre falei que Lula e Zé Dirceu poderiam há muito tempo ter saído do Brasil, ter uma boa vida lá em Cuba, senão saíram é porque tem uma carta na manga, Zé Dirceu já mostrou que tá valendo a carta dele”, declarou. 

“Nós estamos, eu entendo, em uma situação pior do que o período pré 64. Em 64, a esquerda não estava tão aparelhada como está hoje. No pré 64, eles achavam que estavam bem e não estavam, hoje eles estão bem. É um caos aqui no Brasil, uma instabilidade pode levar a uma ruptura”. 

Bolsonaro ainda garantiu que não está preocupado com a corrida eleitoral. “A minha preocupação é com o futuro do Brasil. Qualquer um que queira fazer a coisa certa em Brasília, caso seja eleito presidente, vai enfrentar duríssima resistência desse pessoal que não quer sair do poder”.

Ciente de que o cenário econômico é adverso e de que a eleição deste ano será mais disputada do que a de 2010, a presidente Dilma Rousseff montou com sua equipe de campanha uma série de argumentos que serão usados como vacina contra as críticas da oposição em sabatinas e debates daqui para a frente, além da tentativa de convencimento dos empresários, de que não tomará nenhuma atitude que possa prejudicá-los.

A ideia é que a candidata petista insista, à exaustão, que a oposição tem um discurso pessimista e agourento contra o País e que ela, Dilma, tem o domínio completo de todos os assuntos, desde os que lhe são mais familiares, como os de energia, aos espinhosos, como o escândalo do mensalão. A unificação da linguagem para a criação de uma série de vacinas direcionadas à campanha à reeleição de Dilma teve início em fevereiro. Um dos coordenadores da campanha afirmou que a presidente se preparou em vários ensaios e media training para responder a todas as cobranças que forem feitas pela oposição e por segmentos da sociedade.

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Diante da constatação de que a economia ia mal, que a tendência era um Produto Interno Bruto (PIB) de baixo crescimento, de inflação em alta e subida nas taxas de juros, a candidata foi aconselhada a criar um fórum permanente de diálogo com empresários para a campanha da reeleição. A ideia era reunir sugestões dos mais diversos segmentos empresariais para tentar neutralizar as críticas amplificadas pela oposição.

Na época, pensou-se até na possibilidade de Dilma editar um documento específico, fixando compromissos da presidente para alavancar a indústria. Nos bastidores do PT, o plano é chamado de versão 2.0 da Carta ao Povo Brasileiro, texto usado na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, em 2002, destinado a acalmar o mercado. A ideia não foi descartada. A carta poderá mesmo ser editada antes da eleição, a depender da taxa de rejeição da candidata no empresariado.

No momento, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) tem conversado com empresários ligados à indústria para levar o recado de que o setor será muito bem tratado num eventual segundo mandato de Dilma.

Durante a sabatina de quarta-feira na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mercadante conversou longamente com Robson Andrade, presidente da entidade. Quando Dilma e sua equipe se preparavam para sair, empresários sopraram no ouvido do ministro: "Parece que o Aécio Neves não se saiu bem".

A presidente falou o que o empresariado queria ouvir sobre os anos que virão: "O pré-sal vai se constituir no mais importante fator individual de demandas, tecnologia, e aprimoramento de nossa capacidade de inovação industrial". Como resposta aos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que têm pregado a reforma tributária, Dilma passou a dizer que dará prioridade ao tema e que fará mudanças no PIS/Cofins.

"Pode ter certeza de que a presidente Dilma está preparada para qualquer debate ou sabatina, qualquer casca de banana que tentem pôs em seu caminho", diz o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE). "Ela vai derrubar todos os argumentos da oposição demagógica, pois tem mostrado - e vai mostrar - que é a mais bem preparada, que sabe tudo o que acontece no Brasil, que não tem o menor problema em dizer que certas coisas poderiam ter sido melhor realizadas, que é a única capaz de fazer mudanças", defende.

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