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Joseph Pulitzer, que dá nome ao prêmio de jornalismo mais importante do mundo, nasceu em Mako, Hungria, em 10 de abril de 1847. Filho de uma família judia bem estabelecida, sua formação inicial foi de professores particulares em francês e alemão, enquanto ainda era jovem. Finalmente, quando seu pai se aposentou e se mudou para Budapeste, Joseph continuou sua educação na capital.

Quando tinha 17 anos, ele tentou se juntar ao exército austríaco. No entanto, ele estava com problemas de saúde e devido à pouca visão, o exército rejeitou seu alistamento. Joseph então decidiu que iria aos Estados Unidos procurar trabalho.

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Em 1864, chegou em Boston. Pulitzer foi para Nova York e encontrou um recrutador do Exército dos Estados Unidos e se alistou como parte da cavalaria de Lincoln. Serviu no exército por oito meses e retornou brevemente a Nova York antes de voltar para Massachusetts. Por causa de seu serviço, Pulitzer tornou-se um cidadão naturalizado dos Estados Unidos, em 1867.

Depois de alguns anos, Joseph tornou-se conhecido como jornalista empreendedor e, em 1872, teve a chance de ter um controle sobre o "Westliche Post". O jornal estava com dificuldades financeiras e quase falindo. No entanto, obstinado, Joseph Pulitzer tornou-se editor aos 25 anos.

Pulitzer se tornou advogado e foi eleito para a Câmara dos Deputados do estado de Nova York. Também contribuiu com dinheiro para construir a primeira escola de jornalismo, a Escola de Jornalismo de Columbia, que não foi aberta até 1912, um ano depois de sua morte. Em sua homenagem, a universidade iniciou a tradição do Prêmio Pulitzer em 1917, a fim de reconhecer conquistas artísticas e jornalísticas.

Pulitzer tornou-se a pedra angular do que o jornalismo se tornaria nos Estados Unidos. Seu jornal era um instrumento que suscitava preocupações sobre corrupção, fraude e práticas ilegais por funcionários eleitos.

Há 70 anos, em 01 de setembro de 1952, o escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961) publicou pela primeira vez o livro “O Velho e o Mar”, um dos seus títulos mais emblemáticos, cujas mensagens giram em torno do valor da amizade, resiliência, esperança e respeito aos mais velhos. A obra venceu o Prêmio Pulitzer em 1953 e, no ano seguinte, também o Nobel de Literatura.

“Apesar de celebrar 70 anos de produção, este livro é considerado atemporal porque fala de temas que continuam atuais. O protagonista da história, o pescador Santiago, como toda pessoa de idade, sente o peso dos anos e começa a duvidar da sua capacidade em continuar pescando. Ele já está há 84 dias sem pescar qualquer peixe, mas sempre incentivado pelo jovem Manolin, ele não desiste. Isso é atemporal, a importância do incentivo de outra pessoa, a fé que outros depositam na nossa capacidade, quando não acreditamos em nós mesmos. Além de atemporal é também universal”, explica Miriam Bevilacqua, jornalista, escritora, dramaturga, mestre e doutora em literatura

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Não deixa de ser curioso que nos anos 1950, Hemingway tenha sido considerado por parte da crítica especializada como um escritor “acabado”. Morando em Cuba há dez anos, não publicava nada desde seu último romance de sucesso, “Por quem os sinos dobram” (1940). Uma década mais tarde, seu retorno literário com “Na outra margem, entre as árvores” (1950) foi mal recebido pelo público e pela crítica. As constatações de que se tratava de um romance muito emocional, estático e sem a precisão da característica de Hemingway o dedicou a escrever sua “obra-prima”. Apesar da brevidade narrativa, a história do protagonista tem sido interpretada como uma metáfora do processo artístico do autor e da própria condição humana.   

Hemingway opta por uma narrativa mais objetiva, com pouca descrição, seja de cenário ou de personagens. Seus livros têm mais ação e pouca digressão, então, no geral, não é um escritor difícil. “O escritor acreditava que não precisava entregar todos os detalhes na narrativa e que cabe ao leitor enxergar embaixo do iceberg, o que ele costumava chamar de teoria do iceberg”, ressalta Bevilacqua.

Telespectadores mais atentos da novela Pantanal já perceberam que, em alguns capítulos, "O Velho e o Mar" aparece nas mãos da protagonista Juma, que lê o livro. “Em um país em que se lê tão pouco como o Brasil, quanto mais a televisão falar de livros melhor será para estimular a leitura. Mostrar um personagem interessado no livro é importante para instigar a curiosidade sobre a obra e também para passar a mensagem de que a leitura deve estar inserida na vida diária”, expõe Bevilacqua sobre a importância do livro ser mencionado no remake da TV Globo. 

 

O jornal The New York Times conquistou a maior parte dos prêmios Pulitzer de Jornalismo este ano, anunciados virtualmente nesta segunda-feira (4) devido à pandemia de coronavírus.

A organizadora da premiação Dana Canedy anunciou os vencedores em uma transmissão ao vivo pelo YouTube em sua sala de estar, em vez da cerimônia usual na Universidade de Columbia, em Nova York.

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O New York Times ganhou três prêmios, incluindo um pela investigação de Brian M. Rosenthal sobre o setor de táxis, que revelou empréstimos com taxas predatórias para motoristas vulneráveis.

Ele também conquistou o prêmio na categoria internacional por uma série de artigos sobre o governo do presidente russo Vladimir Putin.

A jornalista Nikole Hannah-Jones obteve o prêmio de Melhor Comentário por um ensaio pessoal sobre as origens dos Estados Unidos através dos olhos de escravos africanos.

O Pulitzer é considerado o mais importante reconhecimento que jornalistas e organizações de imprensa com sede nos Estados Unidos podem receber.

A Reuters ganhou o prêmio de fotografia de notícias em tempo real por suas imagens dos protestos de Hong Kong.

O Courier-Journal, em Lexington, Kentucky, venceu na categoria de notícias por cobrir centenas de anistias concedidas pelo governador do Kentucky, Matt Bevin.

O prêmio de jornalismo analítico foi concedido aos funcionários do jornal The Washington Post por uma série que mostrava os efeitos de temperaturas extremas no planeta.

O Baltimore Sun obteve o prêmio de melhor reportagem local por uma matéria sobre a relação financeira entre o prefeito daquela cidade e um sistema de hospitais públicos sob sua administração.

Duas organizações ganharam o prêmio nacional de jornalismo: o ProPublica, por uma investigação sobre uma série de acidentes na Marinha americana, e o The Seattle Times, pela cobertura que expôs falhas de projeto nas aeronaves 737 Max da Boeing.

O jornalista Ben Taub, da revista The New Yorker, ganhou o prêmio de melhor relato de texto por uma história sobre a crescente amizade entre um guarda da prisão americana em Guantánamo e um prisioneiro que foi torturado.

O cartunista nova-iorquino Barry Blitt, conhecido por seus delicados desenhos em aquarela de personagens e políticos da Casa Branca sob o governo Trump, ficou com o prêmio de melhor história em quadrinhos.

A Associated Press recebeu o prêmio de reportagem fotográfica por imagens que ilustram a vida na região da Caxemira, disputada pela Índia e o Paquistão, quando a Índia revogou o status de semi-autonomia.

Ida B. Wells (1862-1931), pioneira do jornalismo investigativo e ícone da luta pelos direitos civis, recebeu uma menção póstuma.

O rapper americano Kendrick Lamar venceu o Prêmio Pulitzer da Música, por seu álbum DAMN, lançado em 2017. De acordo com a Associated Press, essa é a primeira vez desde 1997, que um artista vence a premiação e não tem ligação com jazz ou música clássica.

Segundo os responsáveis pela eleição, o CD foi escolhido por “capturar a complexidade da vida dos negros nos Estados Unidos”.

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O Prêmio Pulitzer foi criado em 1917 pelo jornalista Joseph Pulitzer, em parceria com  a Columbia University, de Nova York.

O fotógrafo brasileiro Mauricio Lima, do jornal The New York Times, ganhou nesta segunda-feira, juntamente com outros três colegas, o Prêmio Pulitzer 2016 na categoria de fotografia de notícias por sua cobertura sobre a crise dos refugiados, anunciaram os organizadores.

Os Prêmios Pulitzer, dos mais prestigiosos do jornalismo e da literatura, são entregues desde 1917. O anúncio foi feito durante uma cerimônia na Universidade de Columbia, em Nova York.

Lima, de 40 anos, que trabalhou como fotógrafo da Agence France-Presse (AFP), foi premiado juntamente com seus colegas Sergey Ponomarev, Tyler Hicks e Daniel Etter, também do New York Times, pela cobertura da crise dos refugiados da Síria, do Iraque e do Afeganistão, que fogem dos conflitos e da violência em seus países rumo à Europa.

O prêmio foi compartilhado com a equipe da agência Thomson Reuters, contemplado pelo trabalho sobre o mesmo tema.

A americana Harper Lee, escritora do romance "O Sol é para todos", pelo qual recebeu um prêmio Pulitzer e que a alçou à fama mundial, morreu, aos 89 anos, confirmou nesta sexta-feira a prefeitura de sua cidade natal, no estado do Alabama.

Harper Lee "efetivamente morreu", limitou-se a dizer à AFP uma porta-voz da prefeitura da cidade de Monroeville, Alabama (sudeste dos Estados Unidos), onde a autora do livro considerado uma obra-prima do século XX passou seus últimos anos reclusa e sem fazer declarações.

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O fotógrafo do Washington Post Michel du Cille, três vezes ganhador do prêmio Pulitzer, morreu nesta quinta-feira (11) de um ataque do coração, aos 58 anos, enquanto cobria a epidemia de Ebola na Libéria. Michel du Cille trabalhava ao lado de outro jornalista em uma remota região da Libéria quando sofreu o ataque cardíaco, revelou o Washington Post.

O fotógrafo, nascido na Jamaica, foi levado ao hospital mais próximo, mas os médicos não puderam salvá-lo. O editor executivo do Washington Post, Martin Baron, recordou que Cille ficou conhecido por suas "imagens dramáticas da luta e da vitória humana". Era "um dos melhores fotógrafos do mundo".

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Cille deixa a mulher, Nikki Kahn, também fotógrafa do Washington Post, e dois filhos de um casamento anterior.

O fotógrafo freelancer da Agence France-Presse (AFP) Javier Manzano ganhou nesta segunda-feira o Prêmio Pulitzer de Fotorreportagem por sua cobertura do conflito sírio, anunciou a organização responsável, em nota divulgada em Nova York.

Manzano levou o prêmio pelo que o Comitê considerou "uma foto extraordinária (...) de dois soldados rebeldes sírios, entrincheirados em suas posições, enquanto a luz do dia passava pelos buracos de bala deixados em um muro de metal próximo".

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A foto, tirada em outubro de 2012 por Javier Manzano na cidade de Aleppo, mostra dois homens segurando rifles de assalto.

Javier nasceu no México e hoje vive em Istambul. O 'stringer', que deixou os EUA aos 18 anos, concentrou boa parte do seu trabalho em questões envolvendo a fronteira EUA-México. Ele começou a carreira como foto e vídeo-jornalista e, depois, passou pela televisão e pela mídia eletrônica.

Javier trabalha como freelancer cobrindo a guerra do narcotráfico no México, assim como as guerras no Afeganistão e na Síria desde que foi demitido da Rocky Mountain News, em 2009, acrescentou o website da organização responsável pelo Pulitzer.

O site The Huffington Post , um dos ícones da chamada 'nova mídia', conquistou nesta segunda seu primeiro prêmio Pullitzer - o mais prestigioso do jornalismo dos EUA.

Sites jornalísticos podem concorrer ao Pullitzer desde 2009.

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O ganhador foi David Wood, correspondente de assuntos militares do HP, pela série de 10 reportagens "Além do Campo de Batalha", uma "exploração pelos desafios emocionais e físicos enfrentados pelos soldados americanos severamente feridos nas guerras do Afeganistão e do Iraque".

"O fato é que essas organizações - Huffington Post, New York Times, Washington Post - estão ficando cada vez mais parecidas entre si. Velha mídia e nova mídia estão se tornando termos antiquados", disse o crítico de mídia Jay Rosen ao Huffington.

O prêmio certamente é um sinal de prestígio para o site, comprado pela AOL por 350 milhões de dólares no ano passado. O Huffington Post já foi muito criticado por ser, essencialmente, um site que apenas replicava conteúdo de outros blogs e sites. No entanto, nos últimos tempos, tem produzido um volume crescente de conteúdo próprio.

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