O cronograma para a transição do governo de João Lyra Neto (PSB) para o de Paulo Câmara (PSB) foi definido, na manhã desta sexta-feira (14), pela equipe que comandará os trâmites legais entre a gestão atual e a eleita para gerir o Estado a partir de 2015. Durante cerca de uma hora, o vice-governador eleito, Raul Henry (PMDB), os secretários da Casa Civil, Luciano Vasquez, e de Administração, José Neto, e o ex-chefe de gabinete, Renato Thièbaut, agora da equipe de Paulo Câmara, conversaram sobre como pretendem encaminhar o processo e alinharam os discursos.
“Definimos dois calendários: um de relatórios e outro de reuniões”, informou Henry. De acordo com ele, o próximo encontro será ainda em novembro e outra série de reuniões já está prevista para dezembro, mas sem datas pré-estabelecidas. "Estamos readequando os nossos calendários", frisou o vice-governador eleito.
##RECOMENDA##Seguindo a Lei Estadual de Transição, o primeiro escalão de João Lyra Neto terá que repassar detalhes sobre a gestão orçamentária e pessoal, além das obras em andamento e dos projetos sociais. Segundo Vasquez, primeiro serão apresentados dados sobre as secretarias de Infraestrutura, Cidades, Saúde e Educação, além de á reas que abrangem mobilidade urbana, obras, habitação, índices de desenvolvimento e outros assuntos considerados prioritários para a próxima gestão. Depois desta etapa os dados sobre programas sociais, como o Mãe Coruja e o Pacto Pela Vida, serão repassados.
Da parte do Governo do Estado a transmissão das informações será comandada pela Seplag e a Casa Civil. “Seplag vai liderar as apresentações e depois vai passar para o modelo de apresentação mais aprofundada e individual. Hoje temos ferramentas que não tínhamos anos atrás, como o monitoramento semanal. Estamos concentrando (a saída das informações) na Casa Civil e Seplag”, esclareceu o secretário da Casa Civil.
Considerado como um governo de continuidade, a equipe classificou como tranquilos os próximos passos a ser tomados pelos dois lados. “A continuidade é permanente, inclusive João deixou isso bem claro em conversa com Paulo Câmara. Estamos tranquilos por ser uma transição de um governo que se encera o ciclo e se abre outro aliado”, observou o secretário. “O governador, então candidato, era o nosso candidato. E independente, se não fosse Paulo Câmara escolhido pela população seria do mesmo jeito. Acabou o tempo de se omitir informações”, acrescentou.
Esta foi a primeira vez que o grupo se reuniu para tratar sobre a transição dos governos. O processo acontece até o último dia do ano, no encontro desta sexta nenhuma informação técnica foi repassada.