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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, crê que a democracia no País não esteja em risco e que as ameaças às instituições não se concretizaram. "Realmente houve em alguns momentos manifestações retóricas detratoras da democracia ou saudosistas de regimes ditatoriais", disse Barroso, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band TV, exibida no início da madrugada desta segunda-feira (17).

Como exemplo da retórica golpista, o ministro lembrou a manifestação de 19 abril, realizada na porta do Quartel General do Exército, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, em que foi pedido o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. "Foi a única vez que eu, em defesa das instituições, achei que deveria lembrar que a vida não funciona assim", disse Barroso. "Foi a única vez que fui ao Twitter para comentar o fato político do dia." Naquele dia, o ministro escreveu em seu perfil na rede social que "é assustador ver manifestações pela volta do regime militar, após 30 anos de democracia".

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"Fora isso, não me impressiono muito com as manifestações retóricas se os fatos da vida real estiverem ocorrendo como devem ocorrer", afirmou o ministro na entrevista à Band. "E a verdade é que, apesar de manifestações retóricas indesejáveis em alguns casos, o Congresso Nacional rejeitou algumas medidas provisórias do presidente da República. Elas foram revogadas, e portanto a Constituição foi cumprida. O Supremo Tribunal Federal invalidou algumas decisões governamentais. Algumas, muitas outras validou... É que quando a gente anula é que chama a atenção."

Como as decisões do Judiciário e do Legislativo estão sendo respeitadas, segundo o ministro, "do ponto de vista objetivo, para além da retórica, não aconteceu nada que comprometesse a democracia brasileira". "Pode ter uma nota aqui, uma declaração ali menos feliz, mas ameaça verdadeira eu acho que não tem."

Barroso disse, no entanto, que está preocupado com as políticas do governo Bolsonaro para a Amazônia e os indígenas. "O que acontece na Amazônia é devastador. A devastação é devastadora para o Brasil", afirmou o ministro. "A proteção ao meio ambiente é um dever constitucional. Assim como o respeito às comunidades indígenas e às demarcações de terras indígenas." Em encontro recente com empresários estrangeiros, ele disse ter ouvido que o Brasil está em uma "lista negra" por causa da "má vontade" do governo em enfrentar esses temas.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a decisão do presidente Donald Trump de congelar a reaproximação com Cuba e seu ataque verbal a líderes da ilha do Caribe. Em um comunicado divulgado neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que Trump está "retornando para a retórica esquecida da Guerra Fria". A declaração diz que "isso só pode provocar arrependimento".

Apesar da promessa de campanha de Trump de melhorar as relações com Moscou, não houve uma melhoria significativa na cooperação entre os dois países em matéria de política externa. Na última quinta-feira, o Senado dos EUA aprovou, por ampla maioria, sanções contra a Rússia pela suposta interferência do país na eleição presidencial norte-americana de 2016.

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Moscou mantém laços estreitos com Havana e, em março, assinou um acordo para enviar petróleo para Cuba pela primeira vez em mais de uma década.

Fonte: Associated Press

O presidente americano, Donald Trump, põe em prática uma "retórica do ódio", dando as costas a refugiados e imigrantes, transformados em bodes expiatórios, denuncia a Anistia Internacional (AI) em seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo.

No informe, publicado nesta quarta-feira (22), a organização internacional chamou a atenção para um cenário no Brasil marcado por altas taxas de homicídio, violência policial e risco de perda de direitos para algumas minorias desde a posse do governo Temer, em 2016.

No mundo, a AI destacou que no ano passado, "o uso cínico" da retórica do ódio adquiriu proeminência global em uma escala nunca vista desde a década de 1930.

Além de Trump, a Anistia criticou o presidente filipino, Rodrigo Duterte, o turco Recep Tayyip Erdogan e o premiê húngaro, Viktor Orban, que "têm uma agenda tóxica que persegue, transforma em bodes expiatórios e desumaniza grupos inteiros de pessoas".

Donald Trump, segundo a organização, foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro "após uma campanha que causou consternação por seu discurso discriminatório, misógino e xenófobo", que "ilustra a tendência global mais violenta e divisiva de fazer política".

"As decisões que está tomando, seja na construção de um muro na fronteira com o México ou na aceleração das expulsões de imigrantes ilegais, terão repercussões sobre milhões de pessoas", alertou Geneviève Garrigos, encarregada da AI para as Américas.

O secretário-geral da AI, Salil Shetty, advertiu, ainda, contra o "risco de efeito dominó", quando países poderosos, como os Estados Unidos, "retrocedem em seus compromissos com os direitos humanos".

Diante deste cenário, a Anistia conclamou a mobilização de todos. "O ano de 2017 será de resistência", disse Shetty à AFP. "Nossas esperanças estão no povo".

Expulsões e repressões

Em seu informe, que abrange 159 países, a Anistia alertou para a inquietante situação dos refugiados centro-americanos que fogem da violência implacável em seus países e são frequentemente esquecidos.

Em 2016, estas pessoas foram vítimas de expulsões de México e Estados Unidos, apesar dos assoladores indícios de que muitos voltavam a situações de perigo mortal, destacou a AI.

A encarregada da Anistia para a região das Américas denunciou, ainda, a detenção de migrantes, inclusive de menores não acompanhados, nos meses passados na fronteira sul dos Estados Unidos, muitos deles sem acesso adequado a atendimento médico, nem à assistência de um advogado.

"Nos preocupa que esta situação se agrave com a grande quantidade de migrantes cubanos que foram ao Equador para depois tentar chegar aos Estados Unidos ou de haitianos que estão bloqueados na fronteira mexicana, sem nenhum recurso, em condições muito difíceis", acrescentou Garrigos.

A AI também alertou para a grave situação dos presos políticos na Venezuela e a determinação do governo em reprimir a dissidência, assim como a situação dos defensores de direitos humanos em Brasil e Colômbia, que continuam sofrendo ameaças de morte.

O Brasil na era Temer

No Brasil, a AI criticou as políticas de segurança pública adotadas pelo governo conservador de Michel Temer, que substituiu no ano passado a esquerdista Dilma Rousseff, destituída pelo Congresso.

"O foco de qualquer política de segurança pública em um país que tem 60 mil homicídios por ano, em um país que tem milhares de pessoas sendo mortas pela polícia, policiais mortos em serviço todos os anos (...) deveria ser a redução de homicídios, a proteção da vida, controle de armas, a redução da letalidade violenta", disse Renata Neider, assessora de Direitos Humanos da AI no Brasil, durante coletiva de imprensa no Rio.

Mas não foi o que aconteceu. "Hoje, a política de segurança pública é voltada para a guerra às drogas, que resulta em um superencarceramento e que resulta em milhares de pessoas mortas todos os anos", acrescentou, em alusão aos recentes acertos de contas sangrentos entre grupos rivais de narcotraficantes nas superlotadas prisões do País.

Após o impeachment de Dilma, ganharam força as bancadas do agronegócio, dos defensores do porte de armas e das igrejas evangélicas, que lançaram iniciativas que questionam os direitos de diversas minorias.

"No Congresso, várias propostas que prejudicariam os direitos das mulheres, povos indígenas, crianças e lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI) estavam em discussão", adverte o informe.

A AI também criticou a Lei Antiterrorista, promulgada por Dilma em março de 2016, dois meses antes de sua destituição, "por sua linguagem vaga e por deixar margem para que se aplique arbitrariamente em conflitos sociais".

'Mundo atento à França'

A Anistia Internacional, sediada cuja sede central fica no Reino Unido, apresentou excepcionalmente na França seu relatório anual 2016-2017 para alertar sobre a situação dos Direitos Humanos neste país faltando dois meses para as eleições presidenciais.

"A França está em um ponto de inflexão quanto aos direitos humanos", advertiu Shetty, pedindo aos cidadãos "que não caiam na armadilha dos discursos de ódio, medo e isolamento".

A AI denunciou, ainda, a restrição dos direitos humanos no âmbito das medidas antiterroristas tomadas neste país, em particular as relacionadas com o estado de emergência decretado após os atentados de novembro de 2015, que provocaram a morte de 130 pessoas.

"O governo deve proteger seu povo, mas as medidas devem ser proporcionais", destacou, antes de afirmar que "o mundo está atento à França".

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, está apelando a todas as partes envolvidas na Ucrânia "para evitar ações precipitadas e retórica provocativa". Ele alertou que "neste momento crucial, não podemos nos dar ao luxo de erros de cálculo ou inércia".

Ban alertou, em nota divulgada nesta segunda-feira, que "uma maior deterioração da situação teria sérias repercussões para a população da Ucrânia, a região e a comunidade global".

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Segundo o secretário-geral, uma resolução para a crise deve se basear em princípios da Carta da ONU, com "a solução pacífica de controvérsias e o respeito pela unidade, soberania e integridade territorial da Ucrânia".

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, destacou que o secretário-geral assistente para Direitos Humanos, Ivan Simonovic, está em Kiev. Ele irá para Kharkiv, que fica no leste do país, região pró-Rússia, e depois para a Crimeia esta semana. Fonte: Associated Press.

As mídias digitais e as possibilidades de comunicação oferecidas por elas já fazem parte da realidade social contemporânea. Além desse contexto, conhecer bem esse universo pode ajudar profissionais de diversas áreas, uma vez que trabalhar com as mídias também é uma realidade do atual mercado de trabalho.

Para o público interessado no campo de atuação, será realizado, nos dias 25 e 26 de setembro, o curso “Em busca de uma retórica das mídias digitais”, ministrado pelo professor Enrique Alonso González, do Departamento de Linguística, Línguas Modernas, Lógica e Filosofia da Ciência da Universidade Autônoma de Madri, da Espanha.

O evento tem como público alvo estudantes de comunicação, sociologia, teoria da literatura, filosofia e demais interessados. A ideia é oferecer uma melhor compreensão da base tecnológica das mídias digitais, uma classificação focada em seus diferenciais e uma análise preliminar das estratégias comunicativas de cada uma delas.

De acordo com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde a capacitação será realizada, podem participar da qualificação alunos de graduação e pós-graduação. As aulas serão realizadas no miniauditório 2 do Centro de Artes e Comunicação (CAC), no térreo, das 8h30 às 12h30, no Campus Recife da instituição de ensino. A qualificação é gratuita e não há a necessidade de pré-inscrição, uma vez que as inscrições ocorrerão no local do curso, no primeiro dia do encontro, no horário das 7h30 às 8h15, por ordem de chegada, segundo a disponibilidade de lugares.

Outros detalhes informativos sobre a capacitação podem ser conseguidos pelo e-mail enr.alonso@gmail.com. O Campus Recife fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.







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