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Uma "trama" impediu a aprovação da reforma da Previdência, disse nesta quarta-feira (19), o presidente Michel Temer, em reunião ministerial encerrada no final da manhã no Palácio do Planalto. Ao dizer que a harmonia de sua equipe com as lideranças no Congresso Nacional permitiram a aprovação de uma série de reformas, ele frisou que só a da Previdência não foi aprovada.

"Isso só não foi possível porque houve uma urdidura, uma trama de tal natureza que foi depois desvendada, ou seja, os meus detratores, aqueles que urdiram a trama, acabaram presos", disse.

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Temer se referiu à gravação de uma conversa sua com um dos donos do grupo J&F, Joesley Batista, na qual, o executivo disse ter "zerado" pendências com o ex-deputado Eduardo Cunha e que por isso estaria "de bem" com ele. Ao que, aparentemente, o presidente responde: "tem de manter isso, viu?"

Em seu discurso, Temer frisou que essa foi uma trama construída contra ele, e que isso já foi revelado. "O pessoal que entrou com gravadorzinho da feira do Paraguai (centro popular de comércio de eletrônicos em Brasília) acabou preso", disse. "Procuradores que já trabalhavam para a empresa enquanto estavam na Procuradoria foram denunciados", acrescentou, referindo-se ao ex-procurador Marcelo Miller, que trabalharia também para o escritório Trench Rossi Watanabe, que na época tinha a J&F entre suas clientes.

"Devo enfatizar o fato que naquela gravação criou-se uma frase falsa, uma frase falsa depois detectada quando se ouviu o áudio", afirmou o presidente. "Mas certos setores da imprensa pegaram aquilo e tentaram cravar na minha voz, na minha palavra, a frase que não existe."

Temer reivindicou para si o fato de ter colocado o tema da reforma da Previdência na pauta do País. "O que mais se fala agora é precisamente o momento em que se fará a reforma da Previdência", comentou. "Ela será feita, não tem a menor dúvida de que isso será feito."

Na última reunião ministerial de seu governo, o presidente Michel Temer fez piada com a própria popularidade e os percalços de fim de governo. "Vou mandar servir um café, para os senhores verem que ele continua quente", brincou.

Logo no início do discurso, ele ressaltou a virada no resultado da economia. Lembrou que sua equipe assumiu o comando do País com um Produto Interno Bruto (PIB) negativo de 5,4%. Ao final de 2016, o resultado ainda continuava negativo, mas num patamar menor: 3,6%. E, em 2017, o dado já foi positivo em 1%.

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"Este ano teremos um PIB positivo, sem embargo a greve dos caminhoneiros que, convenhamos, temos de apontar esse dado como um que dificultou um PIB muito maior, que poderia chegar a 3% ou 3,2%", disse.

Temer ressaltou que, fora a greve dos caminhoneiros, houve poucas greves e protestos em seu governo. "Havia uma manifestação política que eu até vou sentir muita falta, do 'fora Temer'", disse. "Quando falava 'fora Temer', quer dizer que eu estava dentro. Agora, estarei fora mesmo." O presidente acusou "parte da imprensa" de tentar derrubá-lo.

O presidente frisou que sua popularidade "aumentou 100%", passando de 4% para 8%. Em contraponto, citou pesquisa da XP segundo a qual 78% do mercado aprova o governo, e outros 18% dos pesquisados o consideram regular. Os dados, disse Temer, estão dissonantes com as taxas de popularidade, mas já estão no mercado. Em "brevíssimo" tempo, afirmou ele, chegarão ao conhecimento de todos. "E isso vai resultar na formulação da verdade."

Para Temer, os protestos populares foram poucos por causa de medidas adotadas pelo seu governo. Ele citou como exemplo o "abril vermelho" de ocupação de terras. Segundo avaliou, o movimento não ocorreu porque seu governo distribuiu 230 mil títulos de regularização fundiária. Além disso, o governo comprou R$ 300 milhões em alimentos de produtores familiares para a alimentação do Exército.

Entre os resultados de seu governo, O presidente ressaltou a queda da inflação e dos juros, pelos quais agradeceu ao presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ao ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e a toda a equipe econômica.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse que vai mudar a direção do país a partir de 2019. Em publicação no Twitter, ele afirmou que passará o dia desta quarta-feira (19) com os futuros ministros para receber informações e metas iniciais das pastas para o próximo ano.

"Em Brasília, onde passaremos o dia com futuros ministros, recebendo informações e estabelecimentos de metas iniciais para que comecemos agindo de forma efetiva no dia primeiro de janeiro de 2019. Não há dúvidas que mudaremos a direção que os governos anteriores colocaram o Brasil", escreveu no Twitter. Esta é a primeira reunião ministerial após Bolsonaro definir todos os 22 ministros que vão compor o novo governo.

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Bolsonaro e os futuros ministros estão reunidos na Granja do Torto, uma das residências oficias da Presidência da República, em Brasília, desde as 10h desta quarta-feira. O presidente eleito chegou à capital federal por volta das 9h e deve retornar ao Rio de Janeiro no início da noite.

O futuro ministro da pasta de Cidadania e Ação Social, Osmar Terra (MDB-RS), afirmou que na próxima quarta-feira (19) uma reunião entre os ministros nomeados e o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), irá tratar sobre metas e organograma.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (17), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local da transição do novo governo. Terra disse que por enquanto não há secretário para anunciar. 

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"Falar de organograma, sim, os secretários necessariamente não vão estar definidos ainda, mas cronograma tem que ter, tem que ter uma ideia do que fazer", afirmou o futuro ministro.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) mudou os planos e decidiu voltar para Brasília esta semana para a última reunião do ano com seus futuros ministros. O encontro com todos os indicados por ele está programado para ocorrer quarta-feira (19), às 10h, na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República.

Segundo a assessoria, Bolsonaro deve voltar no mesmo dia para o Rio de Janeiro. A previsão é que ele chegue à capital federal por volta das 8h30 e retorne no início da noite, às 19h.

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Na semana passada, a equipe do presidente eleito disse que ele só voltaria para Brasília no dia 29 de dezembro, perto da cerimônia de posse.

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 15, que "o que é bom tem que continuar, mas pode ser melhorado" ao citar as ações sociais do seu governo nos últimos dois anos. Em cerimônia no Palácio do Planalto, Temer afirmou que o governo zerou a fila de espera no Bolsa Família e concedeu neste ano um reajuste de mais de 5% ao benefício. Temer também citou a criação do programa Criança Feliz.

"Quando fui presidente da Câmara, em 1997, já se falava em reforma do Ensino Médio e só agora a aprovamos. A mudança na Educação já começou: o País só é forte com Educação de qualidade", afirmou, ao citar também a criação de 500 mil vagas na educação integral e o crescimento de vagas do ProUni.

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Temer elencou também as mudanças no Financiamento Estudantil (FIES), com a abertura de 100 mil vagas com juro zero. "Depois de sete anos, a merenda escolar teve aumento de recursos", completou.

Até mesmo a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro foi citada pelo presidente nesse balanço de dois anos de governo. "Seguimos apoiando o esporte brasileiro com Bolsa Atleta e Bolsa Pódio rumo aos jogos de Tóquio de 2020. E vamos torcer também para o Brasil ganhar a Copa do Mundo na Rússia neste ano", acrescentou.

Petrobras

O presidente afirmou ainda que a atual gestão "salvou a vida" da Petrobras. "Ao assumir o governo, recebi a Petrobras em colapso, mas hoje é com alegria que anunciamos que a empresa está recuperada e teve quase R$ 7 bilhões de lucro no primeiro trimestre", afirmou.

Temer citou que o governo arrecadou R$ 18 bilhões nos últimos leilões de óleo e gás, mas destacou que a principal vitória foi resgatar o nome e a confiança na empresa. "Quando a Petrobras cresce, diversas cidades também crescem. Acabamos de distribuir R$ 4 bilhões para Estados e os mais de 200 municípios que recebem royalties do petróleo", completou.

Eletrobras

Ele também defendeu a privatização da Eletrobras. "Vamos modernizar a Eletrobras para ganhar mais eficiência nas suas operações", afirmou, defendendo que a Eletrobras também precisa renovar-se.

Temer lembrou que o programa Luz Para Todos foi renovado por mais quatro anos. "Nos rincões mais afastados do Brasil, há ainda gente que não tem energia elétrica. São programas do passado, mas que temos capacidade de continuar esses programas melhorando-os", completou.

O Japão anunciou na sexta-feira (1º) que organizará uma reunião ministerial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em 15 de dezembro com o objetivo de encontrar maneiras pacíficas de pressionar a Coreia do Norte a suspender os seus testes nucleares e de mísseis balísticos e desnuclearizar a península coreana. O embaixador do Japão nas Nações Unidas, Koro Bessho, disse em entrevista coletiva que é preciso fazer mais além das sanções "muito robustas" que o conselho já impôs, tendo como alvo o financiamento e materiais para os programas nucleares e de mísseis de Kim Jong Un. Bessho, que preside o conselho neste mês, disse que os membros estão discutindo um "produto" da reunião ministerial, mas não está claro se pode ser uma declaração ou uma resolução.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, deve informar o conselho, e autoridades dos EUA dizem que o secretário de Estado do país, Rex Tillerson, provavelmente participará da reunião. Bessho disse que o ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Kono, presidirá a reunião e vários ministros e vice-ministros, cujos nomes não foram revelados, também são esperados.

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Os 15 membros do conselho condenaram fortemente o lançamento pela Coreia do Norte de seu mais poderoso míssil balístico intercontinental na terça-feira. Segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, o míssil é capaz de atingir alvos a até 13 mil quilômetros, o que colocaria Washington ao alcance.

A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse em uma reunião de emergência do conselho na quarta-feira que o lançamento de míssil aproximou o mundo de uma guerra que os EUA não querem. Também advertiu que, se a guerra chegar, o regime de Kim "será totalmente destruído". Isso provocou uma forte resposta na sexta-feira do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. "Se alguém está muito ansioso para usar a força para acabar com a Coreia do Norte, como a enviada dos Estados Unidos à ONU disse, foi um discurso muito sanguinário", disse Lavrov, segundo agências de notícias russas. O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, disse ao conselho na reunião de emergência de quarta-feira que a Rússia acredita que a única maneira de resolver a situação e encontrar uma solução a longo prazo é por meio de "esforços incansáveis e diplomáticos".

Como a única nação a sofrer um ataque nuclear na Segunda Guerra Mundial, Bessho disse que o Japão sente muito fortemente que o programa nuclear da Coreia do Norte precisa ser interrompido. "Nós obviamente não estamos procurando uma solução militar", disse Bessho. "Eu não acho que alguém goste de uma solução militar. Estamos tentando no

Conselho de Segurança encontrar uma maneira de fazer a DPRK (República Popular Democrática da Coreia, na sigla em inglês) mudar a sua política." Fonte: Associated Press.

O presidente Michel Temer convocou na noite desta quarta-feira (5), de última hora, uma reunião ministerial no Palácio do Planalto, antes de embarcar para a Alemanha, onde participa da reunião do G-20. No dia em que os advogados entregaram na Câmara a defesa de Temer contra a denúncia por corrupção passiva, o presidente está reunido com 22 ministros e secretários executivos. O encontro é fechado.

Segundo apurou a reportagem, a ideia de Temer ao convocar o encontro de última hora foi para pedir que os ministros trabalhem para reforçar a agenda positiva do governo e continuem se reunindo com parlamentares para tentar segurar a denúncia que está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Nos últimos dois dias, Temer e os ministros palacianos receberam cerca de cem parlamentares.

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Na quinta-feira (6), pela manhã, antes de embarcar, a previsão é de que o presidente participe de um evento de mudanças no Fies, às 10 horas no Planalto. A previsão é de que ele retorne ao Brasil na madrugada de sábado para domingo.

De acordo com a lista divulgada pelo Planalto estão presentes na reunião ministerial: Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Bruno Araújo (Cidades), Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Mendonça Filho (Educação), Leonardo Picciani (Esporte), Marcos Pereira (Indústria e Comércio), Helder Barbalho (Integração Nacional), Torquato Jardim (Justiça), Sarney Filho (Meio Ambiente), Fernando Bezerra (Minas e Energia), Dyogo Oliveira (Planejamento), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Ricardo Barros (Saúde), Maurício Quintella (Transportes), Marx Beltrão (Turismo), Eliseu Padilha (Casa Civil), general Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União), Moreira Franco (Secretária-Geral da Presidência), e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já embarcou para a Alemanha, mas esteve com o presidente mais cedo. Ele está sendo representado na reunião pelo secretário executivo da Fazenda, Eduardo Guardia. Há ainda o secretario executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Roberto Novacki, representando Blairo Maggi; e o chefe de gabinete Ministério da Defesa, Oswaldo Gomes dos Reis Jr, no lugar de Raul Jungmann.

Estão presentes ainda o ministro interino Ministério da Transparência, Wagner de Campos Rosário, e o secretário Executivo do Ministério da Cultura, Felipe Marron.

O governo federal pretende retomar em um prazo de 90 a 120 dias cerca 1.100 obras paralisadas, como creches, postos de saúde, escolas e aeroportos. O anúncio foi feito pelo presidente Michel Temer, na abertura de reunião com ministros para discutir o assunto.

De acordo com o presidente, as obras selecionadas estão em 1.071 municípios em todos os Estados e no Distrito Federal, o que poderá gerar até 45 mil empregos. A lista com todas as obras paradas totaliza 1.600 empreendimentos, que custarão R$ 2,073 bilhões ao governo.

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O presidente disse ainda que as obras foram pautada por critério de transparência e inauguram o chamado governo digital, em que a sociedade poderá acompanhar o andamento das obras pelo aplicativo "Desenvolve, Brasil". Temer ressaltou ainda a aprovação de projetos pelo Congresso Nacional, como o que institui um teto para os gastos, aprovado pela Câmara dos Deputados, e disse que o governo enviará outros projetos. "Um dos nossos lemas é reformar para crescer e atingiremos o crescimento por meio do diálogo e das reformas que vamos fazer", afirmou.

Apesar de tentar criar uma agenda positiva, o levantamento das obras inacabadas está com o cronograma atrasado. No fim de julho, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse após reunião com Temer que em 30 dias o governo já teria essa listagem com as obras que seriam priorizadas.

O pleito principal é dos senadores, mas as obras também atendem deputados da base aliada. O governo pretende retomar e concluir obras de infraestrutura que tenham demanda de recursos entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões. De acordo com Temer, futuramente serão incluídas obras de maior valor.

Participam da reunião os ministros Dyogo Oliveira (Planejamento), Bruno Araújo (Cidades), Eliseu Padilha (Casa Civil), Helder Barbalho (Integração Nacional), Leonardo Picciani (Esporte), Marcelo Caleio (Cultura), Maurício Quintella (Transportes), Ricardo Barros (Saúde) e Henrique Meirelles (Fazenda), que chegou atrasado.

O presidente Michel Temer, que assumiu o cargo na tarde desta quarta-feira, 31, de forma efetiva, comanda neste momento a primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto. A fala de Temer aos ministros será aberta à imprensa, depois a reunião será fechada. Após o encontro, há a previsão da coletiva dos ministros da área econômica para detalhar o envio do Orçamento no Planalto. O tempo da participação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na coletiva é incerto, já que ele embarcará com Temer na comitiva para a China.

O desejo do Planalto é que Temer embarque às 19 horas. Entretanto, com a possibilidade de atrasos, já foi prevista também uma nova possibilidade de voo às 21 horas.

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A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto corrigiu e informou que, ao contrário do que divulgou mais cedo, o vice-presidente da República, Michel Temer, não participa da reunião de coordenação política nesta terça-feira (3). Segundo a assessoria, Temer ainda está em trânsito para Brasília.

A presidente Dilma Rousseff comanda reunião no Palácio do Planalto com 11 ministros e líderes na Câmara dos Deputados e no Senado. De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República, o encontro começou por volta de 9h30.

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Participam do encontro os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Jaques Wagner (Casa Civil); Gilberto Kassab (Cidades); Gilberto Occhi (Integração Nacional); Eduardo Braga (Minas e Energia); André Figueiredo (Comunicações); Aldo Rebelo (Defesa); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Marcelo Castro (Saúde); José Eduardo Cardozo (Justiça) e Eliseu Padilha (Aviação Civil).

Pelo Congresso, participam os líderes do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE), e na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), além do líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS).

A presidente da República, Dilma Rousseff, comanda, na manhã desta terça-feira (3) reunião de coordenação política no Palácio do Planalto com o vice-presidente, Michel Temer, 11 ministros e líderes na Câmara dos Deputados e no Senado. Segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República, o encontro começou por volta de 9h30.

Participam do encontro os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Jaques Wagner (Casa Civil); Gilberto Kassab (Cidades); Gilberto Occhi (Integração Nacional); Eduardo Braga (Minas e Energia); André Figueiredo (Comunicações); Aldo Rebelo (Defesa); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Marcelo Castro (Saúde); José Eduardo Cardozo (Justiça) e Eliseu Padilha (Aviação Civil).

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Os líderes do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), e na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e o líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), também participam do encontro, de acordo com a assessoria de imprensa do Planalto.

A presidente Dilma Rousseff realiza hoje à noite, no Palácio da Alvorada, uma reunião ministerial. O vice-presidente Michel Temer, que é o articulador político do Planalto, também deve participar, assim como o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e outros ministros do "núcleo duro" do PT . O encontro ministerial está previsto para começar às 19 horas.

Tradicionalmente, reuniões como essa ocorrem às segundas-feiras, mas amanhã a presidente não estará em Brasília, pois cumprirá duas agendas no Maranhão. Às 11h30, Dilma participa de cerimônia de inauguração do terminal de grãos no Porto do Itaqui e, às 14 horas, entrega 2.020 unidades habitacionais do "Minha Casa, Minha Vida". Diante do agravamento da crise política, a reunião não poderia esperar e terá de ser realizada neste domingo (9), Dia dos Pais.

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Na última quinta-feira (6), Dilma se reuniu Michel Temer, Padilha e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para discutir a delicada relação com a Câmara dos Deputados, na qual o Planalto vem sofrendo sucessivas derrotas, inclusive em matérias relacionadas ao ajuste fiscal. Na semana passada, por exemplo, os deputados aprovaram as contas governamentais dos ex-presidentes Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006 e 2008), abrindo caminho rumo à apreciação das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, sobre as quais pesam as acusações das "pedaladas fiscais". As contas de Dilma, entretanto, ainda precisam passar pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Por ora, o governo aposta no Senado Federal para barrar o avanço das propostas negativas. O Planalto acredita que o perfil dos senadores - mais velhos, experientes e, em muitos casos, ex-governadores e gestores públicos - os torna mais sensíveis às consequências dessas matérias. Na noite da última quinta-feira, inclusive, Dilma pediu ajuda ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), para ajudar o Planalto a desarmar uma série de "bombas fiscais" em tramitação no Congresso Nacional.

A presidente Dilma Rousseff vai reunir neste domingo (8), o núcleo político do Palácio do Planalto para discutir os desdobramentos da Operação Lava Jato, que na sexta-feira (6), ganhou um novo capítulo com a divulgação dos nomes de 34 parlamentares que serão investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

A reunião está marcada para as 16h30, no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Participarão os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

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O ministro Cardozo deve apresentar um resumo da defesa apresentada por ele ontem à imprensa, a respeito da citação ao nome de Dilma nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O STF não abriu inquérito contra a presidente, mas os relatos de desvios na estatal para a campanha do PT em 2010 foram mantidos no pedido de abertura de inquérito contra o Antônio Palocci à Justiça do Paraná, pelo suposto pedido de R$ 2 milhões para o comitê petista.

O nome de Dilma consta do despacho do ministro Teori Zavascki, do STF, que autoriza a abertura de inquérito investigando a senadora Gleisi Hoffmann. Mas Zavascki faz menção apenas para frisar que "nada há a arquivar em relação à presidente da República".

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, registrou na petição que Yousseff afirmou que o ex-presidente Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras. Cardozo afirmou ontem, citando Teori Zavascki, que "não há indício para abrir nenhuma investigação" contra a presidente.

Está marcada outra reunião para a manhã desta segunda-feira (9), no Palácio do Planalto, às 9h30. Neste encontro, o vice-presidente Michel Temer será um dos convidados. Temer não foi convocado para a reunião deste domingo, quando Dilma deve se concentrar em avaliar os desdobramentos da Lava Jato sobre o governo.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 27. na primeira reunião com a nova equipe ministerial na Granja do Torto, que colocará o debate sobre a reforma política no primeiro semestre. Para Dilma, que já recuou da intenção de fazer um plebiscito sobre o assunto logo após ser reeleita, disse que cabe ao governo "impulsionar" essa mudança no sistema político-eleitoral.

A petista defendeu ser preciso discutir novas formas de financiamento de campanha. Ela afirmou esperar que cada um dos ministros dialogue com o Congresso e com a sociedade. Disse ainda que conta com eles para honrar todas as expectativas do eleitor. "Por fim, espero de todos muita dedicação, muita cooperação entre os ministérios, desejo muita sorte e muito sucesso a todos", destacou a presidente.

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Corrupção

A presidente afirmou que defenderá um pacto nacional contra a corrupção que envolva outras esferas de poder. O pacote, disse, será encaminhado pelo governo ao Congresso em fevereiro. Esse pacto foi uma das promessas de campanha de Dilma, embora boa parte das iniciativas já tramitem no Legislativo sem ter recebido qualquer apoio da petista.

Entre as propostas que serão encaminhadas, constam: a punição para os agentes públicos que enriquecerem sem justificativa; tornar crime passível de prisão a prática de caixa dois; confisco de bens adquiridos de forma ilícita; criar um sistema que permita acelerar julgamentos nos casos de desvio de recursos públicos; e criar uma nova estrutura para agilizar julgamento de pessoas que tenham foro privilegiado.

"Nós seremos implacáveis no combate aos corruptores e os corruptos", afirmou Dilma, durante reunião com sua nova equipe ministerial na Granja do Torto.

Desinformação

Ao abrir a reunião ministerial, a presidente Dilma Rousseff conclamou os ministros a "enfrentar o desconhecimento e a desinformação, sempre e permanentemente". Com grande ênfase, ela disse aos titulares das pastas que o governo não pode permitir que versões falsas de informações se alastrem no que a presidente classificou de "batalha das comunicações".

"Reajam aos boatos, travem a batalha das comunicações, levem a posição do governo à opinião pública. Sejam claros e precisos e se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas", disse Dilma. Na semana passada, por exemplo, gerou mal estar no Planalto uma fala truncada do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, sobre a possibilidade de racionamento de energia caso o nível dos reservatórios das hidrelétricas caia dos atuais 17% para 10%.

"Quando for dito que vamos acabar com conquistas históricas dos trabalhadores, digam que não é verdade. Não iremos revogá-los. Ao se falar de mobilidade urbana, falem dos R$ 140 bilhões que serão investidos", exemplificou.

Ao abordar a crise hídrica pela qual passa o País, Dilma argumentou que desde o início da estiagem o governo está apoiando as demandas dos governos estaduais que, segundo ela, "são responsáveis constitucionalmente pelo fornecimento de água". Ela citou obras na Região Nordeste, como a integração do São Francisco, a perenização de rios, e a construção de adutoras e açudes.

"Em São Paulo, estamos autorizando, a partir das solicitações do governador (Geraldo Alckmin), grandes obras para a oferta de água e vamos fortalecer esse apoio. Recomendo aos ministros relacionados ao assunto que se engajem no esforço dos governos estaduais para vencer a questão da segurança hídrica nas regiões Sudeste e Nordeste", completou.

Sem entrar em detalhes, Dilma alegou ainda que o governo está tomando "todas as ações cabíveis para garantir o fornecimento de energia elétrica". "Vamos nos comunicar mais e mostrar a cada cidadão que não alteramos em nenhum milímetro nosso compromisso com o projeto vencedor da eleição", reforçou.

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A presidente Dilma Rousseff disse na tarde desta terça-feira, 27, que os ajustes que estão sendo feitos são necessários para consolidar um projeto vitorioso nas urnas. Segundo a petista, a gestão será ao mesmo tempo de continuidade e de mudanças. Ela defendeu que a tarefa é continuar o projeto de desenvolvimento criado a partir de 2003. "Nós precisamos garantir a solidez dos nossos indicadores econômicos", afirmou Dilma, em sua primeira reunião de trabalho com sua nova equipe ministerial, na Granja do Torto.

A presidente disse que o País passa por dois choques. Um externo, advindo da crise de economias importantes no mundo, da redução do preço de commodities e da apreciação do dólar frente ao real. No plano interno, disse, ocorre um choque no preço dos alimentos.

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Dilma afirmou que a seca pela qual atravessa o País também teve impacto nos preços de energia e no fornecimento de água para a região Sudeste. Mas destacou que o Brasil fez o seu papel diante desses choques, ao conseguir preservar o emprego e a renda do trabalhador.

Segundo a petista, o governo absorveu a maior parte das mudanças dos cenários nas contas fiscais. Ela disse que foi reduzido o resultado primário para proteger a economia brasileira. "Estamos diante da necessidade de reequilíbrio fiscal", destacou, ao frisar que tais medidas vão assegurar a queda da inflação e da taxa de juros no médio prazo.

Orçamento

Dilma avaliou que a razão de ser da direção responsável e consistente da política econômica é sustentar o desenvolvimento com políticas que melhorem o bem estar da população. Ela citou que a inflação se manteve dentro dos limites do regime de metas durante o seu primeiro mandato, alegando que o governo não descuidou do seu controle.

"O Banco Central está adotando as medidas necessárias para o controle da inflação", afirmou. "Reduziremos gastos discricionários enquanto o Congresso discute projeto de orçamento para 2015 e reduzimos em um terço o limite orçamentário de todos ministérios no começo do ano", acrescentou. Aos ministros, Dilma alertou que as restrições orçamentárias exigirão maior eficiência nos gastos. "

A presidente destacou que o governo busca o equilíbrio fiscal também pelo lado das receitas. Ela citou medidas já anunciadas, como o aumento da Cide para combustíveis, do IOF no crédito pessoal e do PIS/Cofins para bens importados. Dilma prometeu ainda medidas para aumentar investimentos e dar competitividade à economia.

"No campo tributário estamos concluindo a proposta de aperfeiçoamento do Super Simples com mecanismos de transição para enfrentar barreiras ao crescimento de micro e pequenas empresas. Preparamos uma reforma de PIS/Cofins para o aproveitamento de créditos pelas empresas. Vamos propor um plano nacional de exportações para incrementar o comércio externo", afirmou.

Segundo Dilma, o objetivo é aumentar a pauta e destinos das exportações brasileiras. "Se empresas conseguirem competir no resto do mundo, serão competitivas também no Brasil", avaliou. Para ela, isso depende também da simplificação e desburocratização do dia a dia das empresas e dos cidadãos. "Vamos fazer um programa de simplificação das ações de governo, da relação das pessoas e empresas com o Estado, e do Estado consigo mesmo. Teremos menos gastos de recursos em tarefas secundárias", explicou.

A presidente também relatou que o governo já iniciou a definição da nova carteira de investimentos em infraestrutura.

Dilma ainda afirmou que tomou recentemente medidas estruturais para manter a saúde das contas públicas e da economia. Justificou que são medidas de caráter corretivo, que se mostram necessárias em qualquer circunstância. Logo em seguida, citou que o governo vai adequar seguro desemprego e o auxílio por morte, por adequação às novas condições do País. Argumentou que o valor real do salário mínimo cresceu nos últimos anos, assim como aumentou a expectativa de vida. "Trata-se de aperfeiçoamento de políticas sociais", disse a presidente, ao justificar as mudanças

"Nós sempre aperfeiçoamos nossas medidas, a Bolsa Família é um exemplo", defendeu a presidente. Segundo Dilma, no ano passado, um total de 1,29 milhão de famílias deixou o programa por não mais enquadrar nos critérios para recebimento do benefício. O aperto na concessão do seguro desemprego e de outros benefícios sociais, conforme anunciado pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez o segundo mandato da presidente Dilma ser alvo de críticas, movidas principalmente por centrais sindicais. "A razão de ser da gestão responsável da política econômica é estimular crescimento", comentou há pouco Dilma.

Segundo Dilma, a meta de gerar um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) representa um esforço brutal, mas que ainda pode ser suportado, podendo preservar as políticas sociais como o Bolsa Família, o programa Minha Casa Minha Vida e o Ciência sem Fronteiras.

A apresentação inicial de Dilma na reunião ministerial de hoje foi aberta, inclusive transmitida pela NRB, a rede oficial de televisão. O restante do encontro, no entanto, será fechado. O Planalto quer evitar vazamentos dos assuntos que vão ser conversados a partir de agora. Celulares ficarão de fora da sala. Assessores dos ministros não estarão presentes.

 

A primeira reunião ministerial do segundo governo da presidente Dilma Rousseff vai ocorrer em clima de vigilância total na tarde desta terça-feira (27). O clima policialesco adotado pelo Palácio do Planalto já começa a gerar ruídos nos ministérios, depois que os titulares da pastas foram proibidos de levar seus assessores de imprensa para o encontro.

Dilma quer evitar vazamentos do conteúdo da reunião e, para isso, proibiu os assessores. Geralmente, nas reuniões ministeriais realizadas na Granja do Torto, a casa de campo oficial da Presidência da República, os assessores ficam em uma sala anexa ao do encontro dos ministros com a presidente. Desta vez isto não ocorrerá.

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Toda a parte de imprensa da reunião está sendo coordenada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o jornalista Thomas Traumann. Em alguns ministérios já há queixas à condução dos preparativos da reunião por ele, com assessores reclamando veladamente da falta de participação na organização do evento.

A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar a primeira reunião ministerial do ano, na tarde desta terça-feira (27), para explicar a necessidade do ajuste fiscal e do corte de gastos, sem abandonar a retórica social. Com um discurso otimista, Dilma vai destacar que um novo ciclo de oportunidades será construído no País, após a superação das dificuldades na economia. Ela pedirá unidade da equipe.

A preocupação da presidente está em enfrentar o desgaste das medidas impopulares de forma assertiva, cobrando muito trabalho e criatividade. Auxiliares de Dilma disseram ao Estado que ela pretende injetar ânimo na tropa, driblando a agenda negativa da tesourada nos investimentos. A ideia é dizer que 2015 será um ano duro, por causa do cenário mundial de incertezas na economia, mas, se a lição de casa for feita, a colheita começará em 2016.

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A reunião com os 39 ministros ocorrerá na Granja do Torto, residência de campo da presidente, e será seguida por um jantar de confraternização. Por ordem de Dilma, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fará uma apresentação sobre as novas medidas econômicas e a titular do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, falará sobre os resultados do programa Brasil Sem Miséria.

Dilma baterá na tecla de que os direitos dos trabalhadores serão respeitados, apesar do endurecimento das regras para concessão de seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, que devem provocar uma economia de R$ 18 bilhões por ano aos cofres públicos. A ênfase nesse assunto não será sem motivo. Na semana passada, a entrevista de Levy ao jornal britânico Financial Times, durante sua passagem pelo Fórum Econômico Mundial, em Davos, repercutiu mal no Palácio do Planalto, no PT e nos movimentos sociais.

Levy disse que o atual modelo do seguro-desemprego está "completamente ultrapassado". A reação foi imediata. Após o protesto de representantes de centrais sindicais, com quem o governo vem mantendo diálogo sobre as mudanças, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, divulgou uma nota jogando água na fervura. "O seguro-desemprego é cláusula pétrea. Assim como o salário mínimo, jornada de trabalho, férias e aposentadoria fazem parte do núcleo duro dos direitos dos trabalhadores e representam conquistas civilizatórias", escreveu Rossetto.

Para o ministro, que terá nova reunião com os sindicalistas no dia 3 de fevereiro, as medidas anunciadas pelo governo preservam os direitos e buscam responder às "grandes e positivas" mudanças ocorridas no mercado de trabalho. Em conversas reservadas, porém, deputados, senadores e até dirigentes do PT manifestam desconforto com o fato de Dilma, em seu segundo mandato, só apresentar um "saco de maldades" para a população, sem qualquer agenda positiva.

Pacote do bem

No momento em que o escândalo da Petrobras assume proporções inesperadas e a falta de água e de energia elétrica batem à porta do Planalto, correligionários da presidente reclamam do custo político das medidas econômicas e da tesourada nas despesas, que vieram acompanhadas de aumento dos juros. Até os petistas cobram um freio de arrumação no discurso, para que possam defender o governo, e pedem um "pacote do bem".

Na semana passada, ministros da coordenação política do governo disseram ao Estado que Dilma prepara uma agenda positiva para se contrapor ao ajuste fiscal. A presidente deu sinal verde ao Plano Nacional de Exportações e pode anunciar uma nova etapa do programa Minha Casa Minha Vida.

Ao mesmo tempo, o governo trabalha para anunciar o corte de gastos do Orçamento, que deve atingir a cifra de R$ 70 bilhões. Nem mesmo os investimentos serão preservados do aperto, mas Dilma tenta passar a mensagem de que o social será sempre sua prioridade.

Desde setembro de 2012 o governo vem debatendo o endurecimento das regras para a concessão de benefícios trabalhistas. À época foi criado um grupo de trabalho para preparar propostas que flexibilizavam a lei trabalhista. Às vésperas das eleições municipais, no entanto, o Planalto teve receio de "atritos" com movimentos sociais e optou por engavetar o assunto, que só foi "resgatado" após o resultado das urnas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesse sábado (2), em pleno feriado de Finados, com 15 ministros para cobrar de seus auxiliares diretos resultados sobre os principais programas de governo e obras de infraestrutura que devem ser anunciadas até dezembro.

No encontro de sete horas, Dilma demonstrou preocupação com alguns temas e cobrou agilidade para o cumprimento de compromissos. "Levamos algumas broncas", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, à saída da reunião no Palácio da Alvorada.

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A presidente começou a formatar uma agenda positiva de viagens até o final do ano para ajudar, além de sua reeleição, nas campanhas dos ministros que disputarão as eleições do próximo ano. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no entanto, rejeitou relação da reunião com 2014. "Isso tem a ver com resultado de governo. Nós estamos num momento de prestação de contas e entregas." Mas admitiu que "as agendas vão ser organizadas de acordo com as entregas. Não só dela (presidente), mas dos ministros".

Agilidade

Gleisi listou como algumas ações dessa agenda a entrega de rodovias, creches e unidades do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. "São várias entregas que a presidente cobrou, que se agilizassem alguns resultados para que nós pudéssemos prestar contas para a população."

Dilma abriu a reunião, às 10 horas, pedindo aos ministros convocados, das áreas social e de infraestrutura, que expusessem ao máximo os programas prioritários e os cronogramas. Fez questionamentos individuais a cada um, no processo já apelidado de "espancamento", no qual questiona as minúcias de cada ação em desenvolvimento. Ela exigiu detalhes e cobrou cumprimento de prazos.

Gleisi observou que este é um momento de prestação de contas dos compromissos assumidos ao longo de quase três anos de governo. A ministra ressaltou que a agenda dessa prestação de contas ainda será detalhada em outros encontros.

Segundo o relato de participantes da reunião, o primeiro a fazer a exposição foi o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Dilma pediu a ele detalhes sobre o prazo para a chegada de profissionais do programa Mais Médicos e que tipo de benefício direto a ação trará já no curto prazo. O programa é visto como grande aposta para as eleições de 2014 tanto para Dilma como para Padilha, possível candidato ao governo de São Paulo.

Bernardo observou ao fim da reunião que o governo mantém a intenção de incluir o armazenamento de dados da internet no Brasil no projeto do Marco Civil da Internet, que está na pauta da Câmara dos Deputados. O ministro participará de uma comissão que debaterá o programa para defender o posicionamento do governo a favor da neutralidade da rede e armazenamento de dados no País. O programa é vendido como uma ação concreta em resposta à espionagem praticada pelos Estados Unidos no Brasil que teve Dilma como um dos alvos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A presidenta Dilma Rousseff convocou para esta segunda-feira (1º), às 16h, na Granja do Torto, reunião ministerial para discutir a onda de manifestações no país e medidas que podem ser adotadas para solucionar o impasse. A decisão foi tomada depois que Dilma conversou com vários ministros, no fim de semana, no Palácio da Alvorada e analisou os resultados das reuniões com movimentos sociais, entidades civis organizadas e centrais sindicais.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que esteve no Alvorada no fim de semana, disse que a presidente quer ouvir os ministros sobre os episódios que ocorrem no país. Porém, ele minimizou, por exemplo, as queixas sobre a desorganização em determinadas situações envolvendo a Copa das Confederações. “O volume de reclamações não é expressivo”, disse, lembrando que o sistema será aperfeiçoado.

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As manifestações no país ocorrem desde o mês passado e foram intensas no sábado (29) e domingo (30) em várias cidades. Nas ruas, os manifestantes reivindicam a redução das tarifas do transporte público, assim como melhorias nos serviços de atendimento à saúde e educação, além do combate à corrupção.

Dilma defendeu o direito de as pessoas protestarem, mas alertou que a violência é inaceitável. Nos primeiros dias de manifestações, houve uma série de atos de vandalismo, inclusive em Brasília. O Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, foi alvo de ataques, registrando 62 vidraças quebradas e pichações.

Movimentos organizados, de segmentos específicos, como os representantes dos gays, bissexuais, travestis, transexuais e lésbicas também fazem reivindicações. Eles estiveram com a presidenta, no último dia 18, no Planalto, e pediram à Dilma apoio do governo para impedir a aprovação do projeto sobre a “cura gay”, assim como reivindicaram a implementação de medidas que criminalizem a homofobia.

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