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A Oi venceu a licitação para oferecer serviços de telecomunicação na Conferência Rio + 20, evento promovido pelas Nações Unidas, que irá debater sobre desenvolvimento urbano, envolvendo temas como água, clima e pobreza. O evento acontecerá entre os dias 13 e 22 de junho deste ano.

Segundo a empresa, os serviços serão de telefonia fixa, Wi-Fi, videoconferência e conexão de mais de 150 totens, espalhados em hoteis e aeroportos, com divulgação de informações sobre o evento. Ao todo, serão instalados mil ramais telefônicos e quase 1,7 mil pontos cabeados para acesso à Internet, além de servidores da plataforma Oi Smart Cloud. As informações são da Negócios &Cia, do Jornal O Globo, do Rio de Janeiro.

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A rede Wi-Fi que será instalada pela Oi terá capacidade para atender até 67 mil usuários ao mesmo tempo, tanto no centro do Rio, quanto em outros pontos envolvidos no evento. A infraestrutura montada pela operadora deve atender ao menos a 135 chefes de Estado já confirmados e outros participantes da conferência internacional promovida pelas Nações Unidas.

O valor do contrato assinado entre a Oi e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) ainda não foi revelado.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), acatou pedido do governo federal e anunciou nesta sexta-feira que enviará na próxima semana à Camara Municipal um projeto de lei para decretar feriado nos três últimos dias da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada na cidade de 13 a 22 de junho. Segundo Paes, a medida será votada em regime de urgência.

Após reunião de quase três horas entre representantes dos governos federal, estadual e municipal no Palácio da Cidade, também foi anunciada a decisão de preparar a Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, para pousos e decolagens de aviões oficiais durante a Rio+20.

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O objetivo das duas medidas é facilitar a locomoção das delegações e o esquema de segurança nos três dias reservados para a reunião de cúpula da conferência. A questão do transporte é apontada como uma das principais preocupações na logística da Rio+20. "Para nós seria importante (o feriado), porque isso facilitaria muito a realização do evento. A presidente Dilma (Rousseff) também pediu que a base aérea da Aeronáutica fosse preparada para receber chefes de Estado, como estrutura adicional", disse a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Apesar do temor de esvaziamento dos eventos programados pela sociedade civil com a decretação de feriado antes do fim de semana (de quarta a sexta-feira), Paes disse que a medida "vai permitir que a população participe ainda mais". Com o feriado, não será necessário criar corredores exclusivos para o trânsito de chefes de Estado e de governo, disse o prefeito. "O deslocamento ficará mais fácil. Não será um transtorno, mas uma honra para a cidade receber chefes de Estado 20 anos depois da Rio-92".

Além de Paes e Gleisi, participaram da reunião o governador Sérgio Cabral (PMDB), a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a secretária de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, o secretário executivo da Comissão Nacional da Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, e o responsável pela logística do Comitê de Organização da Rio+20, ministro Laudemar Aguiar.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, rebateu nesta quinta-feira críticas feitas recentemente à conferência Rio+20. A reação da ministra ocorreu durante solenidade de abertura do evento "I Diálogo Federativo Rumo à Rio+20", no Palácio do Planalto. "Falar que não tem tema ambiental na conferência talvez sejam (críticas de) pessoas que não estão tão bem informadas sobre os assuntos", disparou Izabella Teixeira no discurso. Ela se recusou a falar com jornalistas após o evento.

Segundo Izabella, haverá debate sobre desenvolvimento sustentável nos dez temas do I Diálogo Federativo Rumo à Rio+20, incluindo pobreza, florestas, cidades sustentáveis, energia, fronteiras energéticas e água. "Tem a água, florestas, padrão de consumo sustentável, energia renovável, produção de alimentos, erradicação da pobreza. Meu Deus, isso não é meio ambiente? Então vocês me digam o que é meio ambiente. É impossível debater qualquer desses temas sem que a questão climática esteja passando por eles", disse a ministra.

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Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente e especialistas na área apresentou quarta-feira, em São Paulo, o documento "Rio Mais ou Menos 20". Para ambientalistas e representantes da sociedade civil, a agenda da conferência está diluída, fraca e sem foco. Izabella argumentou que a Eco-92 foi uma "conferência de chegada". "Não podemos ficar numa pauta de 92, queremos olhar daqui para frente, acho que o Brasil tem de continuar esse caminho sobre a governança ambiental", defendeu a ministra.

A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva (sem partido) disse que os brasileiros andaram duas décadas, mas para trás. Ela comparou a postura ambiental do governo brasileiro hoje, às vésperas da realização da Rio+20, com a de antes da Eco-92, primeiro megaevento sobre o tema realizado no Brasil. "O País andou 20 anos para chegar onde estava antes de 1992, quando ainda separava desenvolvimento de meio ambiente", disse Marina, que concorreu nas eleições presidenciais de 2010.

A ex-senadora referiu-se à posição atual do governo brasileiro em relação à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável que acontecerá em junho no Rio de Janeiro. Marina Silva acredita que é um "retrocesso" separar desenvolvimento de meio ambiente. "Estamos colocando uma pá de cal na memória da Eco-92", afirmou Marina, lembrando que o encontro de 20 anos atrás no Rio consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável, que estabelece a ligação entre desenvolvimento econômico, social e equilíbrio ambiental.

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Para ela, o País tem de ser protagonista na busca de uma solução para a crise ambiental global. Marina esteve em São Paulo para a divulgação de documento que pede maior dedicação do País para trazer ao centro dos debates o meio ambiente e a transição para uma economia de baixo carbono. O rascunho zero do que deve ser o documento final da Rio +20 foi criticado por focar o desenvolvimento, deixando de lado o meio ambiente.

"Nós tivemos recentemente uma mulher liderando a saída para uma crise econômica, por que não ter aqui no Brasil outra mulher liderando uma saída para a crise ambiental global?", disse, se referindo primeiramente ao papel da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nas negociações frente à crise da União Europeia, e depois à presidente Dilma Rousseff. "Para mim, como mulher, seria motivo de orgulho ver uma mulher liderando um processo de transição para uma agenda de economia sustentável", afirmou Marina, cobrando atuação incisiva de Dilma.

No início de março, Marina criticou a política ambiental de Dilma. A ex-senadora assinou carta aberta, em conjunto com organizações não governamentais, acusando a presidente de contrariar compromissos assumidos na campanha eleitoral sobre, entre outras coisas, artigos do Código Florestal. Marina disse nessa quarta-feira acreditar que "agora a presidente Dilma está respaldada para vetar um Código Florestal que seja contrário à floresta e que promova anistia para desmatadores". E completou: "não há como liderar pelo discurso, nós temos que liderar pelo exemplo".

"O Brasil poderia se unir à posição francesa para a criação de um organismo para o meio ambiente", disse Marina, que, quando esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente (entre 2003 e 2008), já havia defendido, junto com o então ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, a criação de um órgão internacional no sistema das Nações Unidas sobre meio ambiente. "Poderia nos dar força, audiência e visibilidade, além de integrar um conjunto de acordos que hoje não conversam", afirmou.

O embaixador da Alemanha no Brasil, Wilfried Grolig, defendeu nesta segunda-feira a posição europeia de criação de uma agência ambiental global na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Em entrevista durante o seminário "No Caminho da Rio+20", promovido pela fundação alemã Konrad Adenauer em parceria com o Grupo Estado, Grolig disse que a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel ainda não definiu se virá para a reunião de cúpula da conferência, em junho.

O embaixador citou como possível obstáculo para as negociações o contexto político internacional e disse que a Alemanha espera resultados concretos. "Essa conferência não acontece no vácuo, não é isolada da conjuntura mundial", declarou Grolig, citando o nível de consciência em relação ao tema ambiental como outro possível obstáculo. "O importante é que não estamos falando sobre o futuro, estamos falando sobre hoje. As expectativas e aspirações são muito altas. Não temos tempo sobrando".

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O embaixador disse que, em uma posição unificada com outros países da União Europeia, a Alemanha trabalha para a criação de uma entidade mais forte na área ambiental, com a elevação do status do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que hoje depende de contribuições voluntárias. "Precisamos criar estruturas relevantes para expressar o nível de importância dos assuntos tratados", declarou. "Temos por exemplo a Organização Mundial do Comércio (OMC), porque o comércio é importante, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Unesco. Acreditamos que o Desenvolvimento Sustentável é um tema tão importante quanto a igualdade das mulheres".

Apesar de o Brasil não defender a criação de uma agência ambiental da ONU, o embaixador disse que seria prematuro falar de divergências entre países europeus e o governo brasileiro. Grolig é embaixador no Brasil desde 2010. Antes, serviu nas embaixadas da República do Congo, de Marrocos e da Indonésia, e foi embaixador da Alemanha na Finlândia.

O representante da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Thomas Knirsch, também defendeu a criação de uma agência especializada para o meio ambiente. "A ONU precisa de um fortalecimento". Em palestra no seminário, o embaixador aposentado Marcos Azambuja, que coordenou a delegação brasileira na Rio-92, alertou para a gravidade das mudanças climáticas como problema central hoje e avaliou que o modelo de negociações no âmbito da ONU é insuficiente.

"Quando a humanidade quis fazer coisas radicais, ela usou métodos radicais, que são as revoluções. Para mudar dramaticamente as coisas, há instrumentos dramáticos de ação. A negociação lenta, paritária e consensual não é um instrumento que leve a isso. Então estamos com um problema, que é um impasse, entre metodologia e objetivo". Azambuja avaliou que a discussão de mudanças climáticas tende a ser carregada de um "absolutismo quase religioso" e citou o caso do Partido Republicano, nos EUA, que "simplesmente não acredita no aquecimento global causado pelo homem". O diretor da sucursal do Estado no Rio, Marcelo Beraba, representou o jornal na abertura do evento.

O estado de Pernambuco começou a discutir, na tarde desta sexta-feira (13), os rumos para minimizar os impactos ambientais do planeta. O evento foi preparatório do Rio Climate Challenge, Rio Clima (RCC), evento paralelo a Rio+20. Proposta do "Pernambuco no Clima" é estabelecer metodologias e propor uma agenda de trabalho do RCC.

Márcio Macedo, que é presidente de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, começou cumprimentando o governador do Estado a quem chamou de “jovem talento da política brasileira". Depois de rasgar elogios ao governador, o deputado disse que o Rio+20 será um momento significativo para o País. “Poder traçar novas estratégias para o desenvolvimento sustentável para o planeta, fazer correções de rumo desses vinte anos (em relação ao que foi deliberado no Rio 92) e amplificar os acertos que foram feitos no Rio+20 estão entre nossas prioridades”, afirmou.

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Para a deputada federal do Rio de Janeiro, Aspásia Camargo, é necessário que os políticos ponham o assunto em pauta com urgência. “Precisamos criar desenvolvimentismo sustentável, mas para isso, é necessário ação. É preciso que os políticos acordem para este problema, assim como estão fazendo alguns políticos jovens e experientes que aqui estão. É importante que a temática seja discutida e que entre na pauta política”, avaliou. Segundo ela, o Rio+20 iria cometer um erro em não discutir um tema de tanta relevância, quanto é o clima.

Sarney Filho (PV-MA) pontuou as mudanças climáticas que o mundo vem sofrendo e frisou que tais situações sugerem uma “pré-catástrofe”. “Há três anos tivemos a grande seca na Amazônia. Vivemos com a realidade de muita chuva em lugares que normalmente fazem sol e muito sol nos lugares que normalmente chove. Portanto, duas são as questões que o assunto nos impõe: primeiro, precisamos mitigar o aquecimento global e, segundo, nos adaptarmos a ele. Se temos um grande fórum que é o Rio+20 temos que focar na questão do aquecimento global”.

O deputado maranhense teceu críticas à Lei Ambiental que será votada no Congresso. “O Brasil tem uma responsabilidade muito grande. Nós, diferentemente de muitos países, somos emissores não por causa da indústria, mas por causa do desmatamento, por causa do uso do solo. E agora, perto do Rio+20, tendo um fórum como este, dessa importância, não podemos nos omitir. O congresso, ao invés de estar discutindo formas de preservar os nossos biomas, maneiras de cobrar pelos serviços ambientais que a Amazônia presta ao Brasil e ao mundo, está discutindo um retrocesso na legislação ambiental”. E concluiu fazendo uma chamada à sociedade: “Pressionem o congresso para que não aja na contramão da história”.

Também participaram da mesa o ex-ministro da cultura, Gilberto Gil, o governador Eduardo Campos (PSB), os deputados Sarney Filho (PV-MA), Márcio Macedo (PT-SE), Aspásia Camargo (PV-RJ) e Fernando Ferro (PT-PE), o prefeito do Recife, João da Costa (PT), o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier (PV), o coordenador-geral da Prefeitura do Rio de Janeiro para a Rio+20, Sergio Bessermann, representando o prefeito Eduardo Paes; líderes das subcomissões da Rio+20 da Câmara dos Deputados e do Senado, além dos facilitadores internacionais e nacionais.

 

Protesto - No momento em que os políticos discursavam, o integrante do Grupo #OcupeEstelita e cineasta Cláudio Assis subiu ao palco para entregar uma carta de solicitação ao governador Eduardo Campos para que o projeto Novo Recife não seja concretizado. “O Recife não precisa de mais um projeto de verticalização”, disse Cláudio, que teve o áudio do seu microfone cortado pela organização do evento.

O grupo irá se reunir novamente, no próximo domingo (16), das 9h às 16h, nas calçadas dos armazéns do Cais José Estelita, no bairro do Recife, com o apoio de diversos segmentos da sociedade. Segundo a página criada no Facebook para o evento, "o #OcupeEstelita não se opõe apenas à criação, na região central do Recife, de ao menos 12 torres, algumas com mais de 40 andares. O movimento busca manter vivo o debate sobre o modelo de ocupação verticalizado que a cidade adotou nas últimas décadas. No alvo, também está a controversa construção de quatro viadutos sobre a Avenida Agamenon Magalhães".

Depois de cumprir agenda nos Estados Unidos, o governador Eduardo Campos participa na tarde desta sexta-feira (13), no Arcádia Boa Viagem, da cerimônia de abertura do “Pernambuco no Clima”, prévia do Rio Climate Challenge, Rio Clima (RCC), um evento paralelo a Rio+20. O encontro, que reúne o ex-ministro Gilberto Gil, líderes das subcomissões da Rio+20, da Câmara dos Deputados e do Senado, além de especialistas internacionais e nacionais,servirá para elaboração de documento propondo alternativas para o controle de gases carbônicos na atmosfera, para ser apresentado no RCC, em junho, no Rio de Janeiro.

O Rio Climate Challenge buscará estabelecer consenso sobre uma nova medida para calcular a emissão de gases de efeito estufa (GEE) que são lançados na atmosfera. A meta é que a concentração dos GEE esteja abaixo das 450 partes por milhão e sejam estabelecidos compromissos de redução, adaptação e financiamento de ações para atingir este objetivo. O evento “Pernambuco no Clima” é fruto das articulações da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Após a abertura do "Pernambuco no Clima", o governador irá inaugurar a nova sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais - Depatri. Na mesma solenidade serão entregues medalhas do Mérito Policial Civil a 16 autoridades, além da promoção de 177delegados da Polícia Civil, sendo 89 por merecimento e 88 por antiguidade. A nova delegacia recebeu investimentos de pouco mais de R$1 milhão e vai proporcionar uma melhor condição de trabalho aos servidores e de atendimento ao cidadão.





 

O embaixador André Corrêa do Lago, negociador chefe da delegação brasileira para a Rio+20, disse nesta quarta-feira que a reeleição de Barack Obama nos EUA "talvez seja mais importante" do que a presença do norte-americano na conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, que será realizada em junho, no Rio.

Corrêa do Lago fez a declaração durante seminário para jornalistas ao comentar uma pergunta sobre o eventual impacto da ausência de Obama na reunião de cúpula prevista para os dias 20, 21 e 22 de junho. Para o embaixador, a reeleição do democrata "pode ter um impacto muito grande sobre os resultados da Rio+20". "É óbvio que a presença do Obama seria muito bem-vinda. Mas não há nenhum analista que não saiba que a prioridade absoluta do presidente Obama no momento é tratar da sua reeleição. No fundo, a reeleição do Obama talvez seja mais importante do que a presença do Obama", disse Corrêa do Lago.

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A presidente Dilma Rousseff conversou pessoalmente com Obama em Washington esta semana e reiterou o convite para a conferência. Na ocasião, ela defendeu indiretamente a reeleição do norte-americano: "Nós saudamos a melhoria ocorrida nos EUA. Tenho certeza de que esta será uma tônica nos próximos meses e anos, sob a liderança do presidente Obama".

Para Corrêa do Lago, é "evidente" que um governo como o de Obama daria segmento a decisões da Rio+20 "com muito mais empenho" do que o de um representante do partido republicano. "O governo do presidente Obama, de maneira muito transparente e direta, disse desde o início que fortalecia o multilateralismo, e a Rio+20 é uma reunião multilateral". Como contraponto, o embaixador citou o Canadá. "O Canadá atualmente está com um governo que não só não quis continuar no Protocolo de Kyoto mas, mais do que isso, também anunciou que não vai cumprir aquilo que disse que ia cumprir no primeiro período de compromisso de Kyoto. São questões internas que temos que aceitar", declarou. "Não há dúvidas de que há governos que são mais favoráveis ao multilateralismo do que outros. Isso não é uma questão de opinião, é uma questão muito clara".

Quinta-feira e sexta-feira, negociadores de 45 países que integram o G77 irão se reunir no Rio para uma discussão informal de temas do chamado rascunho zero do documento que será levado para a Rio+20. O encontro será fechado, sem a participação da imprensa. "Não será uma negociação formal, mas uma discussão para sentir como está o clima para a reunião de Nova York no fim de abril (quando será realizada mais uma reunião preparatória)", disse o embaixador. Após o último encontro na sede das Nações Unidas, no fim de março, ONGs criticaram a retirada de temas relacionados aos direitos humanos da pauta da Rio+20.

"Com o crescimento do documento, certas questões que pareciam razoavelmente tratadas tiveram sua relevância reduzida, e isso preocupa muito", comentou Corrêa do Lago. Segundo ele, se uma posição é aprovada pelo grupo dos 77, é muito difícil que não se consiga avançar e incluí-la no resultado final, ou pelo menos ter grande influência. "Não é o documento em si o grande resultado da Rio+20, mas o processo que será lançado". O embaixador também apresentou o site www.riodialogues.org/. O objetivo é convocar especialistas mundiais para definir recomendações práticas que serão levadas à conferência.

A Rio+20 vai abordar dois temas principais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza, além da estrutura da governança internacional para o desenvolvimento sustentável.

Ainda não se sabe o número de chefes de Estado que participarão da Rio+20, mas para as ONGs uma coisa é certa: a orla carioca será tomada por uma grande marcha de protesto no dia 20 de junho, quando devem começar as reuniões intergovernamentais da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

"Vamos convidar representantes de movimentos como o Occupy, de Nova York, dos Indignados, da Espanha, da Primavera Árabe e vários outros", diz Fátima Mello, da ONG Fase, que participa da organização da Cúpula dos Povos, evento paralelo ao encontro oficial das Nações Unidas. Na agenda dos ambientalistas envolvidos nos preparativos está previsto um "Toxic Tour". A ideia é levar visitantes da cúpula, que começa no dia 15 de junho, para conhecer de perto problemas ambientas causados por grandes projetos no Rio.

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"São lugares onde ninguém vai", diz Carlos Henrique Painel, do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais. "As visitas estão sendo organizadas. Vamos ter atividades dos afetados internacionalmente pela Vale. O Comperj (Complexo Petroquímico do Rio, da Petrobrás) e a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico, parceria da Vale com a alemã ThyssenKrupp) não vão escapar".

Pedro Ivo, coordenador da Rede de Integração dos Povos (Rebrip), acrescenta que a eventual aprovação do Código Florestal até a Rio+20 transformaria o Brasil em "anfitrião vilão" da conferência. "Se isso acontecer, vai ser um grande desastre. O cenário será muito desfavorável". Para ele, a área ambiental foi enfraquecida no primeiro ano do governo Dilma Rousseff. "Estamos na contramão das bases criadas no governo Lula. Falta ousadia e compromisso com a questão".

Uma das convidadas será justamente a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, derrotada na última eleição. "Vamos trazer pessoas que têm voz, mas que não são escutadas", diz Moema Miranda, do Ibase e do Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo (Grap) do Fórum Social Mundial. Para ela, a possível retirada de uma série de direitos da pauta da Rio+20 preocupa, por isso a necessidade de se propor alternativas. "Não temos de escolher entre justiça ambiental e social. A cúpula tem uma lado de denúncia e crítica, mas também o de apresentar alternativas de forma mais visível".

Membro da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e representante da Via Campesina na cúpula, Marcelo Durão diz que está tudo certo para a chegada de 2,5 mil pessoas ao Aterro do Flamengo, onde será realizado o evento, das quais 500 virão do exterior. "Vamos protestar contra o que está sendo debatido na Rio+20 porque as propostas se organizam dentro do mercado, o que a gente considera uma falsa solução. Trata-se de uma grande reunião de chefes de Estado com corporações. O povo vai cobrar na rua". Ficarão acampados na cidade cerca de 1.200 índios que virão da Amazônia e dos Andes, entre outros grupos.

Segundo os organizadores, toda a alimentação para as 10 mil pessoas esperadas durante a cúpula será fornecida pela produção da agricultura familiar, camponesa e agroecológica. "Além do debate, queremos dar visibilidade para experiências e práticas do que queremos para o mundo", diz Fátima Mello, reconhecendo a dificuldade de dar conta de tudo o que está sendo prometido para realizar uma cúpula de fato sustentável. As negociações para o financiamento do evento, por exemplo, ainda não foram concluídas.

A Cúpula dos Povos tem um Grupo de Articulação formado por mais de 50 entidades nacionais e internacionais. O lema do evento, que vai de 15 a 23 de junho, é: "Por justiça social e ambiental, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns". As inscrições para oficinas e atividades foram abertas esta semana.

A menos de três meses da Rio+20, o ministro Laudemar Aguiar, responsável pelo Comitê Nacional de Organização (CNO) da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, disse que, até o momento, 84 embaixadas fizeram pedidos de quartos de hotel para chefes de Estado ou de Governo e suas delegações.

"A ONU também tem um cadastro dos pedidos de inscrição para falar durante a conferência, que chega a mais de 100 chefes de Estado ou de Governo, o que é um bom indicativo para nós do interesse de participar, embora não saibamos hoje quantos efetivamente virão", disse Aguiar.

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Segundo o ministro, será formalizado nos próximos dias um pedido à prefeitura do Rio para decretar feriado durante os três dias em que haverá encontros entres os chefes de Estado e de Governo. Aguiar acrescentou que, como anfitrião, o Brasil não pode revelar quais países fizeram pedidos de reserva de quartos de hotel ou aqueles que indicaram interesse de falar durante a conferência.

"Não é uma questão de sigilo, mas de `timing'. A conferência não é do Brasil, é da ONU", argumentou Aguiar.

Brasília - Em Nova Delhi, na Índia, a presidenta Dilma Rousseff convidou hoje (29) os presidentes dos países que compõem o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – para que participem da Conferência Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro. Entusiasmada, ela disse que a Rio+20 será uma “oportunidade única” para debater crescimento econômico com desenvolvimento sustentável.

“[Durante a Rio+20], haverá uma visão inclusiva e completa que exige um desenvolvimento de todos os países”, disse Dilma, lembrando que o desenvolvimento sustentável é a base para o crescimento econômico que incluem o combate à pobreza e a melhoria da qualidade de vida no mundo. Ela destaca que serão firmados compromissos econômicos, sociais e ambientais nas discussões.

Nos debates da Rio+20, a presidenta deverá enfatizar como alternativa mundial, o desenvolvimento da economia verde por meio de incentivos à melhoria da qualidade de vida das populações, erradicando a pobreza e estimulando a sustentabilidade. Ela defende que as alternativas sejam associadas aos programas de transferência de renda, como os adotados no Brasil, e aos números positivos da economia nacional.

No discurso hoje, a presidenta lembrou que as reuniões das autoridades ocorrerão de 20 a 23 de junho, no Rio. Porém, a conferência começará no dia 13, quando estarão presentes os especialistas e técnicos. O convite de Dilma foi dirigido aos presidentes Dmitri Medvedev (Rússia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul), além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, no encerramento da 4ª Cúpula do Brics, em Nova Delhi.

A expectativa dos organizadores da Rio+20 é que pelo menos 100 presidentes da República e primeiros-ministros participem da conferência, além de 50 mil credenciados. A Rio+20 ocorre duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92.

Na Rio+20, deve ser definido um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com o foco na melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, a economia verde e o desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.

A conferência conta com o apoio e o comando da Organização das Nações Unidas (ONU) tanto é que o secretário-geral do evento é o diplomata chinês Sha Zukang. Porém, a presidenta da conferência é Dilma Rousseff.

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou hoje requerimento dos deputados federais Beto Faro (PT/PA) e Homero Pereira (PSD/MT) para convidar a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a participar de audiência sobre a conferência Rio+20 e também sobre o cumprimento das metas assumidas pelo governo brasileiro no âmbito da Conferência das Nações Unidas Mudanças Climáticas.

O requerimento do deputado Beto Fato aprovado hoje pela Comissão de Agricultura propõe audiência pública para discutir as propostas que o governo brasileiro levará para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada em junho no Rio de Janeiro.

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O deputado Homero Pereira quer aproveitar a presença da ministra na comissão para debater a forma como o governo vem encaminhando as discussões sobre "as metas de biodiversidade até 2020", conforme o compromisso assumido no âmbito das discussões mundiais sobre mudanças climáticas.

Pereira criticou o fato de o Ministério do Meio Ambiente estar privilegiando as organizações ambientalistas na definição das metas, deixando em segundo plano o setor produtivo. Segundo ele, o governo criou um grupo chamado "diálogos da biodiversidade", que propõe a ampliação das áreas de preservação (reservas e parques) em mais 100 milhões de hectares. O deputado argumenta que o assunto deve ser discutido "para não se tornar um novo Código Florestal".

Estão abertas, até sexta-feira (30), as incrições para os interessados em participar do IV Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC), que, este ano, acontecerá em Belém (PA), entre os dias 17 e 19 de abril.

Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) foi procurada pela organização da FORTEC com a finalidade de identificar iniciativas sustentáveis como parques, incubadoras e empresas do setor de tecnologia da informação e comunicação. Os materiais escolhidos no processo de triagem farão parte do Catálogo de Tecnologias Verdes.

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Esse documento será apresentado durante a Conferência Rio+20 que é a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O evento acontece entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.

O presidente do grupo de trabalho da prefeitura do Rio para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, Sergio Besserman, disse que o evento não dará a receita para o desenvolvimento sustentável, mas será uma oportunidade significativa para que as ações nessa área ganhem impulso.

A Conferência Rio+20 foi convocada, de acordo com Besserman, para discutir o desenvolvimento sustentável com foco na economia verde e no combate à pobreza. “É preciso saber até onde irão a profundidade e a coragem de enfrentamento dos grandes problemas da crise ambiental”, disse.

Para ele, a economia verde não pode restringir-se à questão das inovações tecnológicas que poupem os recursos naturais. “E o combate à pobreza não pode esquecer os que mais sofrem nas várias dimensões da crise ambiental – aquecimento global, desertificação -, que são as populações pobres do planeta”.

É preciso, destacou, “enfrentar de frente e com coragem” o fato de que o atual modo de produzir e de consumir não é sustentável. Segundo Besserman, esse deve ser o significado da Rio+20: discutir os modelos de economia de  produção e de consumo que  permitem a manutenção do processo de inclusão social, “sem ameaçar a civilização nos seus custos e perdas, no horizonte que já é visto”.

A conferência da ONU vai discutir também a questão da governança global. O economista e ambientalista disse que hoje em dia há uma deficiência na área da governança que se manifesta, inclusive, no âmbito das Nações Unidas quando se obtém um acordo. Ele citou o caso do Acordo de Biodiversidade, firmado em Nagoia, no Japão, no fim de 2010, em que o Brasil teve papel de liderança. Esse novo tratado garante a soberania dos países sobre os recursos da biodiversidade.

Besserman observou que apesar de o acordo ter sido ratificado, “isso, no mundo de hoje, não se transforma em ação. As metas não são cumpridas. Não há qualquer penalidade para os atores que não cumpram essas metas”. Esse é um problema que evidencia a falta de governança no mundo, reforçou.

Ele lembrou que não há a expectativa de que a conferência vá resolver todos esses problemas, mas admitiu que ela pode oferecer uma sinalização positiva. “Pode dizer ao mundo que é necessário começar a avançar mais rapidamente, que é necessário que passem a ocorrer as ações que permitirão evitar os piores cenários de toda essa situação de crise ecológica”.

Na opinião do ambientalista, este é um momento singular da história, uma vez que os países têm que enfrentar uma crise econômica e, ao mesmo tempo, não perder de vista os limites do planeta.

Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente de 1992, a Rio 92, havia, argumentou Besserman, um “otimismo ingênuo de que nunca mais ocorreriam grandes crises e, identificados os problemas que a ciência apontava, nós nos reuniríamos e encontraríamos as soluções. Em 2012, sabemos que há  um processo muito mais profundo e mais complexo, assim como as imensas transformações que a economia e a política  global terão que passar”. Por isso, assegurou que não há nenhuma razão para  esperar que a Rio+20 seja uma cartilha  ou mapa do caminho, ou que apresente soluções para um problema da magnitude que é o desenvolvimento sustentável.

O ecologista lembrou ainda que na Rio+20, chefes de Estado estarão fazendo uma declaração política e discutindo a governança global. “Essa declaração política, se for fraca, representará um retrocesso nas discussões. Mas, se for forte, pode significar um impulso para que se acelerem as negociações do clima, da biodiversidade e os meios para torná-las realidade”.

Dez mil brasileiros aderiram à campanha de mobilização global da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, sigla em inglês) que irá pedir à Organização das Nações Unidas (ONU) a inclusão do tema bem-estar animal na agenda da Rio+20. O encontro – promovido pela ONU – ocorrerá em junho de 2012 no Rio de Janeiro e discutirá os avanços e retrocessos registrados desde a Conferência Mundial do Clima, conhecida como Rio 92, ocorrida há 20 anos.

O abaixo-assinado foi lançado em todo o mundo pela WSPA, em dezembro, na internet. A ação pretende conscientizar as pessoas sobre a relação entre o bem-estar dos animais, especialmente os usados em processos produtivos, e o desenvolvimento sustentável.

A mobilização faz parte da campanha internacional Pegada Animal, que a WSPA lançará no Brasil em março. A campanha se inspira no conceito da Pegada Ecológica, informou à Agência Brasil a gerente de Comunicação da WSPA Brasil, Flavia Ribeiro. “Ela visa a informar e conscientizar as pessoas sobre como os hábitos alimentares da população influenciam a questão do desenvolvimento sustentável, da agropecuária sustentável.”

A campanha pretende esclarecer o consumidor final da origem do produto que ele consome. Por exemplo, se os eles são oriundos de uma criação intensiva ou extensiva, se a carne, os ovos, o leite vêm de uma indústria que tem preocupação com o bem-estar animal, se são produtos orgânicos. “A intenção da campanha no mundo todo é o consumo consciente, para que o consumidor entenda qual é a origem e o que, de fato, ele está adquirindo e o que pode ser feito para promover o bem-estar animal, focado nos animais de produção”, disse Flavia.

A ação online ainda continua e é a primeira iniciativa da campanha Pegada Animal. A carta com as assinaturas será encaminhada aos governantes e representantes da ONU em todos os países. “Não existe uma meta. Mas, a gente precisa de muito mais [assinaturas] para poder encaminhá-las à ONU.”

Segundo informação do Departamento de Ciência e Agropecuária Humanitária da organização, existem atualmente mais de 63 bilhões de animais que fazem parte da cadeia de produção em todo o mundo. Daí a importância de serem adotadas boas práticas na sua criação, transporte e abate. “O universo que a gente está falando impacta na vida de bilhões de animais.”

Flavia Ribeiro salientou que não só a indústria brasileira, mas também a adoção desses procedimentos, tem comprovado melhorias no processo de produção, com ganho econômico. “A indústria está percebendo que é vantagem econômica para ela inserir [a preocupação com o bem-estar animal no processo produtivo]. O meio ambiente como um todo também é beneficiado, porque você está protegendo não só a natureza, mas também os animais que fazem parte do meio ambiente. E o ser humano também sai ganhando porque ele está consciente de que está consumindo um produto de origem animal de uma empresa que tem um cuidado com o animal desde a criação até o abate.”

Colocar em prática o que foi prometido há duas décadas, na Eco-92, é um dos principais desafios da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que será realizada no Rio em junho de 2012, reconheceu hoje o secretário-geral da ONU para a Rio+20, Sha Zukang.

Em entrevista concedida ao lado do prefeito Eduardo Paes (PMDB), o chinês disse que a atual crise econômica e financeira torna o encontro "mais importante". A expectativa da ONU é que duas centenas de chefes de Estado participem da conferência no Rio. "Todos sabemos o que ocorre nos EUA e na Europa. A crise se origina nesses países, mas as vítimas não estão só lá. Ela tem efeito muito maior em países mais vulneráveis", disse Zukang.

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Segundo ele, a solução é "aceitar" o desenvolvimento sustentável. "Trata-se de uma oportunidade para se chegar a um objetivo", acrescentou o secretário-geral, que citou três palavras para definir o desafio que, segundo ele, o mundo terá de encarar daqui a sete meses: integração, implementação e coerência. "Nos últimos 20 anos, tivemos um desenvolvimento econômico relativamente rápido. Isso é bom, mas tem custos. A lacuna entre ricos e pobres e a destruição do meio ambiente são crescentes", avaliou.

"Precisamos achar maneiras de integrar desenvolvimento econômico, social e proteção ambiental para colocar em prática o que os líderes concordaram 20 anos atrás."

Zukang defendeu a escolha de um dos temas prioritários que serão abordados, a "economia verde no contexto da sustentabilidade e da erradicação da pobreza", mas disse entender a preocupação de que a chamada "economia verde" possa ser usada "como desculpa para protecionismo comercial". "Por isso, frisei no discurso que não é protecionismo, mas um instrumento para colocar em prática o desenvolvimento sustentável. Acredito no potencial da geração de empregos verdes", acrescentou.

Paes voltou a prometer o fechamento do lixão de Gramacho, adiado várias vezes, até a realização da Rio+20. "Seria uma vergonha", disse. Ele também criticou a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em operação há mais de um ano na zona oeste. "Não dou mais alvará nenhum para a CSA."

A prefeitura tem uma meta para redução das emissões de gases de efeito estufa em 2012 que não inclui a siderúrgica. Durante o encontro, a ONU lançou um site em português sobre a conferência de 2012: http://www.rio20.Info.

A presidente da República, Dilma Rousseff, pediu nesta manhã, em Paris, durante encontro com a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, que a entidade apoie a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que vai reunir chefes de Estado no Brasil em 2012, informa o Blog do Planalto.

Segundo o blog, Dilma lembrou que o início da Rio+20 foi transferido para o dia 20 de junho para permitir a participação dos líderes dos países da Commonwealth, que celebrarão os 60 anos da coroação da rainha Elizabeth. A mudança também atendeu pedido de líderes asiáticos para que a conferência fosse realizada em data próxima ao encontro do G-20 no México.

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A presidente solicitou ainda à diretora-geral da Unesco um esforço na divulgação da língua portuguesa, falada por 150 milhões de pessoas em todo o mundo. Dilma também elogiou a entrada da Palestina para o grupo de países-membros da Unesco.

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