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Foi publicada hoje, no Diário Oficial do Rio de Janeiro, a lei sobre o programa de prevenção e conscientização do assédio moral e violência nas escolas. A lei de autoria do deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB) busca combater o chamado bullying (violência física e psicológica) no ambiente escolar.

O programa deverá ser desenvolvido através de ações multidisciplinares, com atividades didáticas para conscientização, orientação e prevenção das agressões. A proposição também define um conjunto de 10 metas para o programa, que vão da prevenção e combate da prática nas escolas ao auxílio a vítimas e agressores.

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O projeto foi aprovado com emenda do deputado licenciado Rafael Picciani (PMDB), que incluiu entre as práticas que caracterizam o bullying (como insultos pessoais, ataques físicos, grafites depreciativos e isolamento social) o cyberbullying, feito na internet.

Atento a essa realidade, a equipe do LeiaJá lançou cordel em vídeo de animação educativo - A peleja da covardia com a Senhora Educação.  Confira AQUI.

A chegada de um transatlântico internacional com uma passageira morta e um surto de gastroenterite a bordo, que atingiu 86 pessoas, sendo 79 passageiros e sete tripulantes, tumultuou o Pier Mauá, na Região Portuária do Rio, hoje pela manhã.

O Porto do Rio e a Secretaria de Turismo do Estado afirmaram que não foram avisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os problemas de saúde no cruzeiro e não souberam informar sobre o controle de saúde dos passageiros, que desembarcaram para passar a tarde na cidade. Apesar da embarcação ter atracado sob o código vermelho, o alerta máximo para risco iminente de segurança, a Anvisa informou que apenas um passageiro chegou ao Rio com os sintomas de gastroenterite.

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O navio MS Veendam, da Holland America Line, partiu de Nova York no dia 16 de outubro, mas a maioria dos passageiros embarcou no porto de Valparaíso, no Chile, no dia 6 deste mês. "Depois do desembarque no Chile, eu senti uma leve dor de barriga, mas nada demais" disse o americano aposentado Richard Rezba, de 67 anos, que viajava com a mulher Carol, de 64. O casal percebeu que a tripulação e funcionários incrementaram os procedimentos de segurança com uso de máscaras, luvas e toucas. O navio seguiu para a Argentina.

Há três dias, quando a embarcação passou pelo Uruguai, o navio adotou o código vermelho. A piscina foi interditada e todos eram orientados a lavar as mãos a cada duas horas. Passageiros com sintomas de diarreia foram isolados em suas cabines para atendimento médico, segundo os relatos dos viajantes hoje.

Enquanto alguns passageiros tinham conhecimento do código vermelho, outros desconheciam que uma mulher estava morta a bordo. "Eu realmente não sabia disso. É preocupante", disse o inglês Jim Sullivan, de 61 anos. O corpo de Dorothy Missin Phillips foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para autópsia, que vai determinar a causa da morte. Autoridades afirmavam que a mulher teve um enfarte sem ligação com a intoxicação ocorrida a bordo, mas apenas o laudo cadavérico vai determinar o que ocorreu.

"Os dois fatos (a morte da passageira e o surto dentro do navio) não foram comunicados ao Estado. Foi feita uma notificação à Anvisa, que não conseguiu contatar o Estado. O próprio Píer não estava preparado para receber esta infecção dentro do navio", reconheceu o secretário de Turismo do Estado, Ronald Azaro.

Segundo ele, um auto de infração seria emitido para a operadora estrangeira e uma notificação para a operadora do cruzeiro no Rio.

A comandante e o médico do navio transatlântico foram levados à Polícia Federal para prestar esclarecimento e permaneceram na sede da Superintendência por menos de uma hora. A PF abrirá inquérito apenas se o laudo cadavérico do corpo da americana não apontar morte de causa natural.

Em nota, a Anvisa informou que nos últimos dois dias foram registrados dois casos de gastroenterite no transatlântico e que isto apontava uma "diminuição significativa do número de casos no momento de atracação do navio no Brasil".

De acordo com a Anvisa, o navio, durante sua navegação em águas internacionais, tomou todas as medidas recomendadas para controle do surto de gastroenterite a bordo e as falhas identificadas pelos inspetores da Anvisa, durante a inspeção realizada na manhã de hoje Rio, foram corrigidas pela equipe do transatlântico.

Nos primeiros dias da ocupação da favela da Rocinha pelas forças de segurança, o governo do Estado apressou-se em anunciar a segunda etapa de obras na comunidade, ao custo de R$ 700 milhões, em que a grande atração seria um teleférico para transportar até 30 mil pessoas por dia, mas o caminho para chegar a novos recursos federais ainda é longo.

No dia 30 de novembro será escolhida a empresa que, no prazo de seis meses, fará o projeto executivo das obras. Só depois do trabalho concluído Estado e União firmarão o contrato da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) da Rocinha. A elaboração do projeto executivo custará R$ 12 milhões, pagos pelo governo do Estado.

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Sem avançar no PAC 2, as obras na Rocinha receberam hoje sinal amarelo (de "atenção") do Ministério do Planejamento, no balanço das obras do PAC-1. O governo federal citou a "demora" na aprovação do projeto de obras complementares, que resultarão em um gasto extra de R$ 51 milhões, além dos R$ 278 milhões já investidos, divididos entre Estado (40%) e União (60%).

A Empresa de Obras Públicas (Emop), ligada à Secretaria Estadual de Obras, promete para o fim do mês a conclusão do projeto das obras adicionais, principalmente de alargamento da localidade conhecida como Rua 4.

Coordenador de infraestrutura do Estado, o vice-governador Luiz Fernando Pezão diz que foram necessárias intervenções não previstas no projeto inicial, como contenção de encostas. "Quando a gente entra lá para fazer as obras é que vê a realidade. É sempre uma emoção", diz Pezão. Ele lembra, no entanto, que o PAC-1 já mudou em grande parte a paisagem e a vida na favela, com um complexo esportivo de 15 mil metros quadrados, uma unidade de saúde de atendimento 24 horas, passarela, urbanização e construção de moradias.

Sobre os recursos para o PAC 2, Pezão reconhece que a estimativa dos

R$ 700 milhões é preliminar e que o contrato com a União ainda será firmado, mas conta com o "entusiasmo" da presidente Dilma Rousseff. "Ela gostou muito do que viu no PAC 1 e pediu um projeto executivo para a segunda etapa. Agora é que vamos detalhar", explica o vice-governador.

Diante das críticas de um grupo de arquitetos à construção do teleférico, Pezão defende a obra, mas ressalva que ainda dependerá do projeto detalhado. "O teleférico está em estudo. Só vamos saber se tem viabilidade com o projeto executivo. O que pudermos fazer para dar mobilidade à comunidade será feito. Mas nada será realizado sem discutir com os moradores", diz o vice.

Segundo Pezão, a Emop levará moradores da Rocinha para andar no teleférico do Complexo do Alemão, inaugurado em julho passado pela presidente Dilma. "Nosso interesse é atender a comunidade. A ideia é que as estações na Rocinha sejam menores que no Alemão, adaptar às características da Rocinha", informa.

Em resposta à pergunta da reportagem, a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou hoje que "segundo informações da área técnica, a Rocinha não faz parte dos projetos do PAC 2 que já foram selecionados". Acrescentou que o Rio "poderá apresentar projetos para as outras seleções que ocorrerão no PAC 2".

No quesito Urbanização de Assentamentos Precários, além do sinal amarelo para a Rocinha, o Planejamento deu sinal verde ("adequado") para as obras do Complexo do Alemão, que somam R$ 940 milhões.

A Polícia Federal (PF) vai investigar a morte de uma passageira de nacionalidade norte-americana a bordo de um transatlântico de origem holandesa que atracou na manhã de hoje no Porto do Rio de Janeiro.

Segundo a PF, uma equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fazia nesta manhã uma inspeção sanitária no navio, que chegou do Uruguai, para depois os agentes federais embarcarem no navio e iniciarem as investigações.

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De acordo com a Anvisa, a vítima pode ter morrido por causa de um surto de intoxicação alimentar, iniciado no navio quando ele ainda estava no Uruguai. Equipes da Secretaria Municipal da Saúde dão apoio à Anvisa.

Dez pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por envolvimento na explosão ocorrida em 13 de outubro no restaurante Filé Carioca, na praça Tiradentes, centro do Rio. O acidente matou quatro pessoas e deixou 17 feridas. Todos vão responder por explosão qualificada pelo resultado morte. A pena pode chegar a oito anos de prisão.

Entre os acusados estão Carlos Rogério do Amaral, dono do restaurante, Jorge Henrique do Amaral, irmão de Carlos e gerente do Filé Carioca, dois responsáveis pela empresa de gás, o síndico do Edifício Riqueza e cinco fiscais responsáveis por autorizar o funcionamento do estabelecimento.

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O policial militar Jefferson Araújo, um dos 11 PMs acusados de participar do assassinato da juíza Patrícia Acioli que estão sendo julgados em Niterói (Região Metropolitana do Rio), afirmou hoje ter sido obrigado pela Polícia Civil a se passar por autor de um depoimento que ele não prestou.

Esse depoimento supostamente falso aponta o tenente-coronel Cláudio Oliveira, então comandante do 7º BPM (São Gonçalo), como mandante do crime. Araújo diz ter sido obrigado a aceitar o benefício da delação premiada, que permite abrandar a pena de quem presta informações relevantes sobre um crime.

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"Eu estava na DAS (Delegacia Anti-Sequestro), encarcerado. Tive várias visitas do comissário (da Divisão de Homicídios). Ele me disse que, se eu não aceitasse fazer a delação, iria para (o presídio de) Bangu 1. Depois ele mostrou um documento já assinado, que me mandava para o presídio de Catanduvas, caso eu não aceitasse fazer a delação nos moldes do que ele estava me propondo. Eu só pensei na minha família", afirmou o PM.

A Polícia Civil informou que não vai se manifestar sobre o caso enquanto não tomar conhecimento do teor da acusação. Segundo a instituição, caso considere necessário apurar a denúncia, o juiz encaminhará ao Ministério Público, que por sua vez levará a acusação à Corregedoria da Polícia.

Araújo foi o segundo dos 11 acusados a ser interrogado, durante a audiência que julga os policiais. A juíza, que trabalhava em São Gonçalo (Região Metropolitana), foi morta a tiros em agosto, quando chegava em casa, em Niterói. O julgamento continua e não tem prazo para terminar.

O soldado Allan Coelho Monteiro, de 29 anos, lotado na UPP do Morro da Formiga, entregou-se na delegacia de Duque de Caxias (59ª DP), Rio, hoje à tarde. Ele é acusado de matar o comerciante Rafael Antônio César Dias Pereira, de 34 anos, durante uma briga de trânsito. A prisão preventiva do soldado havia sido decretada esta madrugada.

Pereira foi morto na manhã de terça-feira, na Rodovia Washington Luiz. Testemunhas contaram que o policial dirigia um Honda prata pela contramão e bateu contra o carro do comerciante. Pereira saiu do veículo para discutir e foi baleado. O soldado e a namorada fugiram do local, deixando os documentos no carro. De acordo com a polícia, o Honda era roubado.

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Granada - O cabo da Polícia Militar Áureo Lucius Carrarine Calabria, de 40 anos, foi assassinado esta madrugada em frente de casa, no Andaraí, zona norte da cidade. Ele foi morto com pelo menos quatro tiros. Ao lado do corpo, a polícia apreendeu uma granada, que não havia sido detonada. Desde o ano passado, o Morro do Andaraí, que fica no mesmo bairro, tem uma Unidade de Polícia Pacificadora.

O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. Calabria estava armado, mas sua pistola não foi encontrada no local. As imagens das câmeras de segurança dos prédios vizinhos serão analisadas. Calabria estava na Polícia Militar havia 14 anos e estava lotado no Batalhão de Choque.

Maré - Uma denúncia anônima levou a PM a apreender 720 quilos de maconha na Favela da Mandela, em Manguinhos. A apreensão foi feita pelo Batalhão da Maré, complexo de favelas que também será pacificado. A droga estava em um caminhão frigorífico, escondida entre cortes de carne. Houve intenso confronto e uma granada danificou o sistema de freios do blindado da PM. Os suspeitos fugiram.

O traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, deixou Bangu 1 esta manhã para ser citado em um processo por tráfico de drogas na 38.ª Vara Criminal, no centro do Rio. O criminoso, apontado como chefe do tráfico na Rocinha, deixou o complexo penitenciário em um comboio com mais de 20 carros.

Em nota, a assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça esclareceu que Nem precisou comparecer ao tribunal porque quando o processo foi instaurado, em 2007, ele estava foragido e não havia sido citado. Ele e outras 39 pessoas são acusadas dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

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Nem responde a pelo menos outros sete processos, segundo consta no sistema de buscas do TJ, e pode ser chamado outras vezes para tomar conhecimento das ações. Quatro processos estavam suspensos porque o traficante não havia sido citado. Ele já está condenado a oito anos e quatro meses de prisão, pela 33.ª Câmara Criminal, por associação para o tráfico. Os advogados de Nem recorreram da sentença.

Ligações - O Disque-Denúncia contabilizou 804 telefonemas referentes às favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, entre os dias 1.º e 16 de novembro - 30 vezes mais do que as ligações recebidas no mesmo período do ano passado.

Os moradores das três comunidades têm informado locais que poderiam ser depósitos de armas e drogas. Nos últimos dois dias, o serviço tem recebido quatro ligações por hora com denúncias sobre as favelas ocupadas no fim de semana.

A chefe da Polícia Civil, delegada Marta Rocha, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho, estava na manhã de hoje fazendo uma vistoria na favela da Rocinha, ocupada ontem pelas forças de pacificação. A delegada diz que tem cerca de 500 policiais civis trabalhando na comunidade, dando prosseguimento à operação "pente fino", que está sendo feita em locais da comunidade atrás de drogas e armamentos.

Segundo Marta Rocha, após a conclusão deste processo inicial, os policiais civis vão se dedicar a concluir os inquéritos abertos que necessitavam de diligências na Rocinha.

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O coronel Erir disse ter cerca de mil homens na Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Segundo ele, na quarta-feira, haverá uma reunião com as forças de segurança para definir que a Rocinha será ocupada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Vidigal, pelo Batalhão de Choque, até a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Apreensões

A Secretaria de Segurança fez um balanço parcial das apreensões desde o início da operação até as 11 horas de hoje. Foram presas cinco pessoas e apreendidas as seguintes armas e munições: cerca de 16 mil munições de diversos calibres, 20 pistolas, 15 fuzis, 1 submetralhadora, 2 espingardas, 20 rojões, 3 granadas, 7 lunetas, 171 carregadores diversos, 3 machados, 1 facão, 1 pistola desmontada e 61 bombas artesanais.

Também foram apreendidas drogas: 120 quilos de maconha (papelotes, tabletes), 60 quilos de pasta base de cocaína, 135 quilos de cocaína, 135 pedras de crack e 38 comprimidos de ecstasy.

Foram apreendidos ainda 75 motos, 2 automóveis (um Toyota Hilux e um Astra 2.0), 50 cartões de crédito, 27 máquinas caça-níqueis, 3 centrais clandestinas de TV a cabo e 21 mil mídias (CDs e DVDs) piratas.

O Disque-Denuncia do Rio de Janeiro dobrou para R$ 2 mil o valor da recompensa para quem passar informações sobre o paradeiro dos assassinos da modelo Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos, e sua amiga Vanessa de Oliveira, de 25 anos. Cartazes com as fotos dos suspeitos de terem assassinado as jovens estão sendo divulgados.

Entre os acusados pelo crime está Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que comandava a venda de drogas na comunidade da zona sul e que foi preso na última quinta-feira. As duas foram vistas pela última vez no dia 9 de junho, em frente a uma concessionária de veículos, próximo à Rocinha, na zona sul do Rio.

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Além de Nem, Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, também foi preso. Restam ainda Tiago de Sousa Cheru, o Dorey, Rodrigo Belo Ferreira, o Rodrigão, e Ronaldo Patrício da Silva, o Ronaldinho - que também foram identificados como suspeitos do desaparecimento das vítimas.

Quem tiver informações poderá entrar em contato pelo telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido. Todas as informações sobre estes traficantes estão contidas no site www.procurados.org.br.

Os serviços de coleta de lixo nas comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, nas zonas oeste e sul do Rio de Janeiro, foram retomados hoje de manhã. A prefeitura havia interrompido a limpeza dessas favelas no sábado, devido à ocupação da região pelas polícias Militar, Civil e Federal, além das Forças Armadas.

De acordo com a prefeitura, 157 homens - entre garis comunitários e da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) - limpam os locais com o apoio de caminhões basculantes, compactadores, retroescavadeiras e minitratores. Os serviços de conservação de logradouros e de manutenção da iluminação pública têm previsão para começarem na quarta-feira.

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As forças policiais continuam as revistas, buscas por drogas e armas nas três comunidades e tentam cumprir mandados de prisão. De acordo com o relatório do governo do Estado sobre o primeiro dia de ocupação, a polícia prendeu quatro pessoas e apreendeu 20 pistolas, 15 fuzis, uma metralhadora, 20 rojões e três granadas, além mais de 15 mil munições de vários calibres e sete lunetas. Também foram recolhidos 112 quilos de maconha, 60 quilos de pasta base de cocaína, 145 trouxinhas de maconha, 14 tabletes de cocaína, 75 motos e uma Toyota Hilux. As informações são da Agência Brasil.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse hoje que o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso na quinta-feira, pode ajudar a elucidar casos de corrupção envolvendo policiais civis e militares.

Em entrevista à TV Globo, Beltrame disse que o depoimento do traficante Nem pode ser uma "oportunidade importantíssima" para elucidar esses casos de corrupção e não descarta o oferecimento de alguma medida judicial para que Nem contribua com a Justiça e a polícia. Para o secretário, a Operação de Choque foi "um trabalho de inteligência e não de guerra".

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Sem confrontos ou feridos, as forças de segurança retomaram o controle ontem das comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu. A operação, que contou com apoio de blindados da Marinha e de agentes federais, durou apenas duas horas e completou a pacificação de todas as favelas da zona sul carioca. Também fechou o cinturão das regiões do centro e da grande Tijuca, essencial para a segurança da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

A expectativa da cúpula da segurança do Rio é ainda mais ambiciosa: mesmo diante do desafio de sustentar o plano de expansão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em meio às dificuldades para recrutar novos policiais, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que a multiplicação das UPPs segue "um passo sólido" e a meta de instalar 40 delas até a Copa está garantida - o cronograma, porém, ainda não foi definido.

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Segundo Beltrame, a repetição da parceria entre as forças de segurança estaduais e federais já consolidou "uma filosofia, uma maneira de trabalhar", que pode ser repetida em outras missões. "Nós estamos caminhando com passos que talvez não tenham a velocidade que todos nós gostaríamos, mas são passos sólidos", afirmou o secretário.

Em formação

Oficiais do comando da PM ouvidos pelo Estado estimaram que a UPP da Rocinha, a 19.ª do Rio, terá entre mil e 1,5 mil agentes, divididos entre postos na Rocinha, no Vidigal e na Chácara do Céu. O efetivo tem sido motivo de muita negociação na cúpula da PM, dada a dificuldade de acelerar o cronograma de formação dos policiais. O governador Sérgio Cabral revelou que o planejamento da operação na Rocinha só começou depois que a presidente Dilma Rousseff concordou em prorrogar até junho do ano que vem a presença do Exército no Complexo do Alemão, na zona norte.

Quase um ano depois da invasão, o governo do Rio ainda não conseguiu formar policiais para substituir a ocupação militar no Alemão. Cabral pediu mais tempo a Dilma para usar o efetivo em formação na Rocinha ainda neste ano. Beltrame admitiu que o lento recrutamento de novos policiais e as dificuldades orçamentárias para elevar os salários da corporação aumentam os obstáculos para a expansão sustentável das UPPs. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de esconder drogas das forças policiais que subiram a Rocinha, traficantes enterraram cocaína e maconha e utilizaram até balões de aniversário como embalagem para despistar os cães farejadores. Nas apreensões de hoje, homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontraram além de drogas, armas, entre elas uma usada pelo traficante Nem, munições e até equipamentos de uma central de TV a cabo clandestina.

Em pouco mais de uma hora, quatro carregamentos com apreensões feitas na Rocinha chegaram durante a tarde ao 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Leblon, zona sul do Rio. Decodificadores, fios e outros aparelhos foram encontrados na central ainda em funcionamento na Rua 1, porém já abandonada pelos traficantes. A equipe que fez a apreensão estima que cerca de 100 residências recebiam o sinal de TV ilegalmente.

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Os policiais também apreenderam 51 pacotes de maconha, 145 trouxinhas da droga e 60 pacotes de pasta base de cocaína, cada um com cerca de um quilo, além de uma balança de precisão. Foram encontrados ainda dez carregadores, cartões, celulares, R$ 415,00 em espécie, uma farda do Exército e uma camisa da Polícia Civil. Os itens vieram de diversos pontos das localidades de Cachoupa, Roupa Suja e Laboriaux, todas na Rocinha.

Na área conhecida como Dioneia, na parte alta da Rocinha, o Bope encontrou dois fuzis e uma metralhadora. Uma das armas tinha a inscrição "Mestre", um dos apelidos do traficante Nem. Em outro carregamento, estavam cerca de 135 quilos de cocaína encontrados pelo Batalhão de Ações com Cães no Laboriaux. Alguns dos tabletes estavam embalados dentro de bexigas, mas, mesmo assim, foram encontrados pelos cães.

A petrolífera Chevron continua adotando medidas para combater o vazamento e a mancha de óleo nas proximidades do Campo Frade, operado pela empresa e situado a 370 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. O vazamento começou na última quarta-feira, e a mancha está a 120 quilômetros da costa.

A Chevron mobilizou sua equipe global de resposta a emergências ambientais para dar suporte à operação e está coordenando uma frota de 17 navios de apoio, da empresa e cedidos por companhias do setor que atuam na Bacia de Campos, para trabalhar na operação de controle da mancha.

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As investigações sobre as causas dos vazamentos e da mancha continuam. As atividades de perfuração no Frade continuam paralisadas. As atividades de produção, que não estão relacionadas com o vazamento, foram mantidas.

As polícias Civil e Militar prenderam quatro suspeitos e apreenderam 15 fuzis neste domingo, 13, o primeiro dia da Operação Choque de Paz, nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na zona sul do Rio de Janeiro.

Também foram apreendidas 20 pistolas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, três granadas, mais 15 mil munição para armas de calibres diversos, 61 bombas artesanais e dois rádios transmissores. Os policiais encontraram 112 quilos de maconha, além de 60 quilos de pasta base de cocaína. Setenta e cinco motos e um automóvel Toyota Hilux foram recuperados. Duas centrais clandestinas de TV a cabo foram fechadas. O balanço sobre divulgado nesta tarde é sobre as apreensões realizadas entre a manhã e às 18 horas.

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Os agentes iniciaram a retomada das comunidades de Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu às 4 horas. Dezoito blindados dos Fuzileiros Navais, seis blindados "Caveirão", além de helicópteros blindados e um helicóptero observador que transmite imagens em tempo real através de uma câmera térmica - foram deslocados para permitir um acesso mais seguro das tropas às comunidades. Por volta das 6hs da manhã as forças de pacificação reassumiram o controle de todo o complexo da Rocinha, sem que um único tiro fosse disparado.

A Operação Choque de Paz foi precedida por outras ações antes da ocupação deflagradas ao longo de duas semanas. Nesse período, as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal 37 pessoas foram presas - entre eles 1 policial militar e 3 policiais civis - e 7 menores apreendidos. Entre os detidos, estão os líderes de facções Antônio Francisco Bomfim Lopes, o "Nem"; Anderson Rosa Mendonça, o "Coelho"; Varquia Garcia dos Santos, o "Carré"; e Sandro Luis de Paula Amorim, o "Peixe". Oito suspeitos morreram em trocas de tiros com os agentes.

Grande quantidade de drogas foi capturada pela Polícia Militar nessas operações, totalizando 3.086 sacolés de cocaína, 1.519 pedras de crack, 355 papelotes de cocaína e 537 trouxinhas de maconha. Dois automóveis e oito motos também foram apreendidos, além de 46 armas, 10 granadas e 32 artefatos caseiros.

Oito horas e quarenta minutos depois da chegada do primeiro blindado da força de ocupação à favela da Rocinha, uma bandeira do Brasil e outra do Estado do Rio foram hasteadas na localidade conhecida como "curva do S", um dos pontos mais movimentados do morro, como símbolo da retomada do território.

Moradores acompanharam o hasteamento, tirando fotos e filmando. Alguns aplaudiam. Nas janelas das casas, assistiam de longe. O ponto onde estão as bandeiras fica em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do governo do Estado.

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Neste momento, cerca de 300 moradores estão no local observando a movimentação policial. A todo instante, descem veículos da polícia com material apreendido. Motos são a maioria. Mais cedo, policiais desceram com sacos cheios de maconha que haviam sido enterrados por traficantes em fuga. Uma pequena parte do comércio está aberta.

O Centro de Operações do Rio de Janeiro informou que estão bloqueadas para o trânsito de veículos e de pessoas as principais vias de acesso à região do entorno da Rocinha e do Vidigal, na zona sul da cidade, desde a madrugada deste domingo, devido à operação de ocupação e pacificação das favelas pelas forças de segurança. As interdições foram determinadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Seseg).

É recomendável que os motoristas evitem circular pelas vias e bairros vizinhos às interdições (Gávea, Leblon, Barra da Tijuca) e utilizem rotas alternativas. Os condutores são informados sobre os fechamentos dessas localidades por meio de 20 painéis fixos e 14 móveis.

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Sessenta homens da Guarda Municipal e da CET-Rio atuam para apoiar a Polícia Militar nos bloqueios e minimizar os impactos no trânsito. A abertura dos bloqueios será avaliada e determinada pela Seseg.

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro descobriram 13 armas longas enterradas na favela da Rocinha, ocupada hoje pelas forças de segurança. São onze fuzis AR-15, Parafal e M-16, além de uma metralhadora e uma escopeta calibre 12. Os policiais também acharam carregadores, munição e uma granada.

O material estava em tonéis, enterrados na localidade conhecida como Laboriaux, e foi encontrado após varredura feita pelas forças de segurança. Um dos fuzis causou risos ao ser exibido no 23º BPM, no Leblon, porque tinha, decalcado, o coelhinho símbolo da revista Playboy - um sinal, segundo policiais, de que pertenceria ao traficante Anderson Rosa Mendonça, conhecido como Coelho, preso na tarde da última quarta-feira quando tentava fugir da Rocinha, sob escolta de policiais corruptos. Os agentes do Bope disseram que voltariam ao local, por acreditarem que há mais armamento escondido lá.

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O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) do Rio de Janeiro informou que a comunidade da Rocinha foi tomada às 6h20 deste domingo. Segundo o comando da Operação 'Choque de Paz', nenhum tiro foi disparado até o momento.

Participam da ação três mil homens, apoiados por quatro helicópteros da Polícia Militar, três da Polícia Civil, 18 veículos blindados da Marinha e mais sete da Polícia Militar (caveirões), além de mil policiais militares nas favelas, 1.300 nas ruas do Rio, 194 fuzileiros navais, 186 policiais civis, 160 policiais federais e 46 policiais rodoviários.

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Os agentes começaram a avançar por ruas e vielas das favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul da cidade, as duas últimas grandes comunidades da zona sul carioca que ainda estavam sob domínio do crime organizado, às 4h10 de hoje.

O comandante da Polícia Militar, Coronel Erir Ribeiro, e o comandante do Estado Maior da Polícia Militar, Coronel Alberto Pinheiro Neto, passaram a noite na sede do Batalhão da PM no Leblon, onde está montado o centro de operações, que também é responsável pela divulgação de informações para a imprensa.

Segundo as autoridades, até agora não houve prisões, mas os policiais informaram que os traficantes espalharam óleo combustível nas ruas da Rocinha, em uma tentativa de atrapalhar o avanço dos blindados.

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