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Uma suposta vítima leu nesta quinta-feira (19) em seu diário íntimo um relato da violência e da humilhação sofridas nas mãos do astro do R&B R.Kelly há 12 anos, durante um processo contra o cantor por vários abusos sexuais em Nova York.

Agora com 28 anos, Jerhonda Pace conta que quanto tinha 16, manteve relações sexuais por seis meses com o músico originário de Chicago.

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Pace chorou diante do júri ao ler trechos do diário onde escreveu que o cantor lhe deu um tapa: "Se voltasse a mentir para ele, da próxima vez não será um tapinha", leu.

Ela também contou que uma vez o cantor a enforcou durante uma briga até que ela perdesse a consciência, antes de ter relações sexuais com ela. Segundo o relato, ele pedia que ela usasse roupas de menina exploradora e fizesse tranças nos cabelos para realizar suas fantasias durante o ato sexual, que ele gravava em vídeo.

Mas, disse que um dia "se cansou", depois de uma última relação sexual. "Voltei para a minha casa e contei tudo", explicou.

Durante o contra-interrogatório, um dos advogados tentou apresentar Pace como uma "groupie" que "assediava" o cantor quando o relacionamento acabou. Pace negou esta afirmação.

A vítima, uma das seis do processo, também acusa R.Kelly de ter lhe transmitido herpes genital na época sem avisar que estava com a doença sexualmente transmissível.

O médico do cantor, Kris McGrath, confirmou que lhe prescreveu um tratamento desde 2007.

O músico, de 54 anos, conhecido mundialmente por sucessos como "I Believe I Can Fly", é julgado em uma corte federal do Brooklyn por extorsão, exploração sexual de menor, sequestro, corrupção e trabalho forçado entre 1994 e 2018.

Segundo a ata da acusação, ele chefiava uma rede que recrutava e preparava meninas jovens para ter relações sexuais com ele. Ele as trancava em seu quarto de hotel quando estava em turnê. Astro mundial, foi acusado várias vezes de abusos sexuais, mas foi absolvido de pornografia infantil durante um julgamento em 2008.

Se for condenado por todas as acusações, R.Kelly pode pegar entre 10 anos e prisão perpétua.

Os promotores de Chicago apresentaram nessa quinta-feira (30) mais 11 denúncias por crimes sexuais contra a estrela do R&B R.Kelly, mas o advogado do cantor afirma que são parte de um caso antigo.

Kelly, de 52 anos, já foi denunciado por outros 10 crimes sexuais em fevereiro passado, por quatro mulheres. O músico nega todas as acusações e afirma que tudo é mentira.

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Segundo o advogado Steve Greenberg, as últimas denúncias têm relação com uma acusação feita há dez anos e não envolve os atuais casos.

"Estas são as mesmas condutas denunciadas de maneira diferente, envolvendo a mesma suposta vítima, no mesmo período de tempo e sobre os mesmos fatos", disse Greenberg no Twitter. "Não muda nada".

As 11 acusações estão relacionadas com a suposta agressão sexual e o abuso de uma pessoa identificada nos documentos judiciais como JP.

Três das acusações são pelo abuso sexual de um garoto com idade entre 13 e 16 anos.

Em algumas das queixas, Kelly é acusado de ter ameaçado ou utilizado a força contra JP.

Atualmente em liberdade sob fiança, Kelly comparecerá ao tribunal no dia 6 de junho sobre as novas denúncias, segundo a imprensa americana.

Em março, Lanita Carter se identificou como uma das quatro mulheres no caso de Chicago, e a única que era adulta quando ocurreu o suposto abuso.

Ela assegura que enquanto trabalhava como cabelereira de Kelly, o cantor teria tentado forçá-la a fazer sexo oral. Quando ela resistiu, ele teria se masturbado sobre ela.

Em lágrimas, Carter falou sobre sua luta para delatar uma celebridade mundial.

"Se eu morrer amanhã, sei que disse a verdade", disse à CBS News. "É difícil quando é uma celebridade. Não é fácil".

Durante as duas últimas décadas, o artista foi acusado de diferentes casos de conduta sexual inapropiada.

Numa entrevista em março, Kelly negou com veemência as acusações e disse que estava "lutando" por sua vida.

"Não fiz estas coisas. Este não sou eu", disse à CBS News.

Uma das acusadoras em um caso de abuso sexual contra o músico R. Kelly falou publicamente pela primeira vez sobre o ocorrido, e descreveu sua declaração como "uma libertação".

"Estou carregando isto desde 2003", disse Lanita Carter à rede de notícias CBS, segundo um trecho de uma entrevista que irá ao ar na quinta-feira (28).

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"Tive que sentar em um ônibus e ouvir uma conversa pública: 'Ouviu o que fizeram com R. Kelly? Têm que deixar esse homem em paz'. E não pude me defender", contou.

Carter é uma das quatro envolvidas em um caso apresentado pelos promotores de Chicago, que apresentaram 10 acusações de abuso sexual agravado contra Kelly. Três das supostas vítimas eram menores de idade, enquanto Carter tinha 24 anos no momento do ataque.

Carter disse que quando trabalhava como cabeleireira de Kelly, o cantor tentou obrigá-la a fazer sexo oral nele. Quando ela resistiu, ele teria se masturbado sobre ela.

A denunciante falou de sua luta contra uma celebridade mundial tão poderosa como Kelly. "É difícil quando é uma celebridade. Não é fácil", afirmou.

O cantor R. Kelly permanecia preso neste domingo (24) por acusações de abuso sexual, pois não pagou fiança, disse seu advogado. Um juiz de Chicago fixou a fiança em um milhão de dólares em uma audiência no sábado (23), da qual o cantor precisa pagar 10%, ou seja 100 mil dólares.

Mas veículos de comunicação locais reportaram que Kelly não fez o pagamento e permaneceu preso. "Correto", confirmou à AFP Steve Greenberg, advogado do músico, consultado se seu cliente continuava preso. R. Kelly já passou duas noites na prisão. Greenberg explicou no sábado que seu cliente não era tão rico quanto sua fama sugeria.

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"Trata-se de alguém que deveria ser rico a esta altura de sua carreira e, por causa da má gestão através de pessoas oportunistas, maus contratos, maus tratos e locações, como o de seu estúdio, realmente não tem dinheiro neste momento", disse Greenberg.

R. Kelly foi preso na sexta-feira (22) por acusações de abuso sexual contra quatro vítimas, inclusive três menores, entre 1998 e 2010.

 Assim como Lady Gaga, que se desculpou com os fãs e retirou das plataformas a música "Do What U Want", do disco Artpop, em parceria com Robert Kelly, astro acusado de abuso sexual, a cantora Celine Dion também se manifestou e não quer mais ser vinculada ao produtor.

De acordo com o TMZ, Celine também irá tirar das plataformas de streaming a música “I’m Your Angel”, produzida em colaboração com R. Kelly e lançada em 1998. A canção alcançou o primeiro lugar no Hot 100 da Billboard, foi indicada ao Grammy e vendeu mais de 1,5 milhões de cópias na época.

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Os supostos abusos cometidos por R. Kelly vinheram à tona após a exibição do documentário "Surviving R. Kelly", da Lifetime, com seis episódios que exibem à relação do cantor com mulheres.

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