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Após quase dois meses de ensaios, a Orquestra Sinfônica do Recife retoma a temporada de 2013 com novo maestro, o pernambucano Marlos Nobre. O primeiro concerto com o novo regente acontece nesta quarta (28) às 20h, no Teatro de Santa Isabel, tendo como solista a pianista Elyanna Caldas Silveira, pernambucana laureada internacionalmente. A entrada é gratuita e a distribuição de ingressos começa às 19h.
##RECOMENDA##Marlos Nobre começou a estudar piano e teoria musical no Conservatório Pernambucano de Música aos nove anos. Coleciona um extenso currículo artístico, com premiações em concursos nacionais e internacionais de composição. Nobre também já dirigiu grandes orquestras do Brasil, como a Sinfônica Nacional, a do Estado de São Paulo e a do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e de outros países, como a Filarmônica de Londres e a Sinfônica da Venezuela.
O espetáculo tem início com o hino nacional, composição de Francisco Manuel da Silva. Em seguida será executada a Abertura Egmont Opus 84, de Beethoven, baseada na peça de Goethe sobre um conde que chefia uma revolta flamenga contra o jogo espanhol no século XVI. Na sequência, será apresentada a última composição de Mozart para piano e orquestra, o Concerto para Piano e orquestra nº 27 em Si bemol maior, K 595. A pianista Elyanna vai repetir a composição 54 anos depois, no mesmo palco e com a mesma orquestra.
Encerrando a noite, a OSR executa a Sinfonia nº5 em Mi menor Opus 64, de Tchaikovsky. Bucólica, valsante, marcial, apoteótica, escrita em 4 movimentos, é a preferida das salas de concerto e considerada a melhor do autor russo. Os concertos da Orquestra Sinfônica do Recife tornam a acontecer com periodicidade mensal, sendo as próximas datas 25 de setembro, 23 de outubro, 20 de novembro e 17 de dezembro.
Confira a entrevista exclusiva com o maestro Marlos Nobre:
Quais as dificuldades enfrentadas na preparação deste primeiro concerto?
No princípio dos ensaios eu senti a orquestra muito entravada, a autoestima dos músicos estava lá em baixo, estavam desacreditados. Levei um pouco de susto no começo, tive que trabalhar duro, todos os dias. Houve momentos difíceis, mas aos poucos eles começaram a sentir que podiam fazer um grande trabalho.
Como foi o processo de trabalho com os músicos?
Foi um trabalho didático, tecnicamente eles estão estudando, descobrindo por eles mesmos. Precisavam recuperar o conhecimento técnico que eles haviam perdido. Senti que o trabalho com eles foi de convencê-los a estudar. Sem a persistência no estudo da obra, não dá certo.
De que maneira você define sua forma de trabalho com a orquestra?
Eu sou muito exigente, porém sou um maestro que nunca levanta a voz, que nunca falo grosseiramente. Sempre falo com muita delicadeza. Eles me acolheram desde o dia em que fui apresentado pela (Secretária de Cultura) Lêda Alves e pelo prefeito. Eles vibraram, já me conhecem a muito tempo e tem muitos músicos que eu já regi anteriormente. Eu tinha conhecimento dos problemas que eles atravessaram e eles precisavam de um guia.
Quais as expectativas para esta primeira apresentação?
No penúltimo ensaio, a OSR estava brilhante. O pessoal está realmente muito engajado. Sinto que a orquestra cresceu de uma maneira incrível nesses últimos dois meses. Os músicos estão muito seguros, empenhados na obra. Eles recuperaram a autoestima. Acredito que vai ser um concerto que vai marcar a volta de uma das melhores temporadas da OSR.