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A prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, interditou na manhã desta quarta-feira, 29, as obras de construção de um trecho do contorno sul - via que ligará a serra da Rodovia dos Tamoios ao Porto de São Sebastião -, após o deslizamento de uma pedra de cerca de uma tonelada. A pedra atingiu uma residência, deixando três familiares feridos, mas sem gravidade. Outras 12 casas localizadas no Morro do Abrigo foram interditadas e cerca de 70 pessoas deverão ser removidas nos próximos dias.

A Defesa Civil interditou a residência por causa do risco de desabamento e realiza vistoria para saber se outras casas sofreram danos. A sala e a cozinha foram destruídas. Segundo o chefe da Defesa Civil, Carlos Eduardo dos Santos, a pedra passou por cima da família.

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A moradora da casa atingida, Ruana Barbosa Ribeiro, de 30 anos, disse que sua família estava sentada no sofá quando ouviu o forte estrondo. "Foi a mão de Deus que me levou para o outro lado da sala, senão, certamente eu teria sido atingida." Ruana contou que chegou a cair após ser atingida pelos escombros e gritou pelos nomes dos filhos. "Levantei e comecei a retirar várias madeiras que caíram sobre meu filho de 3 anos, que foi ferido no pé, e minha mãe, que foi atingida por uma pedra na cabeça." Uma segunda criança estava na casa, mas não se machucou.

Segundo o prefeito Ernane Billote Primazzi (PSC), "as obras ficarão interditadas até que todas as condições de segurança, material e humana sejam efetivadas" pela empreiteira Queiroz Galvão, responsável pelo empreendimento. A interdição, segundo Primazzi, vale para as obras de construção dos emboques dos túneis e das colunas dos viadutos que estão sendo erguidos no bairro São Francisco, onde aconteceu o acidente.

A prefeitura informou que determinará à Dersa a elaboração de um plano de segurança, já que as obras são complexas e envolvem riscos aos moradores dos bairros por onde a rodovia passará. A estatal não se pronunciou sobre o acidente.

Desde o início das obras, dezenas de casas já estariam comprometidas com a retirada de terra dos morros e em função da circulação de caminhões e tratores. Esta foi a segunda interdição da prefeitura. Moradores afirmam que diariamente há explosões de rochas.

Em nota, a Queiroz Galvão afirmou que alojou a família num hotel e prometeu construir uma nova casa. A empresa disse ter "lamentado" o acidente e que verificará as causas, tomando medidas para que novas ocorrências não sejam registradas. A Dersa informou que está acompanhando a assistência à família.

As chuvas que atingem o litoral norte de São Paulo desde o início do carnaval interditaram um trecho da Rodovia Rio-Santos, em São Sebastião, nos dois sentidos, às 21h30 desta segunda-feira, 16. Nenhum veículo conseguia trafegar no local, no bairro Portal da Olaria. O trecho de três quilômetros entre o centro e o ponto alagado também tinha diversas áreas alagadas, impedindo a passagem de veículos. Ao longo da rodovia havia ainda diversas quedas de barreiras.

Nos bairros da região sul de São Sebastião, várias ruas ficaram alagadas em Boiçucanga, Juqueí, Maresias, Paúba, Barra do Una e Barra do Sahy e algumas famílias começaram a deixar suas casas, já que a água subia rapidamente, segundo eles. Na Praia de Paúba, dezenas de famílias ficaram isoladas, pois a Rua Belo Horizonte estava totalmente tomada pelas águas. Em Barra do Una, moradores afirmavam que a Av. Magno Passos Bittencourt, principal do bairro, se transformou em um "rio".

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Às 22h desta segunda-feira a prefeitura decidiu manter os desfiles das escolas de samba, que foram suspensos no domingo. De acordo com a assessoria, a festa acontecerá com ou sem chuva.

Caraguatatuba também registrava diversas ruas alagadas, algumas delas em sua totalidade e parte do trecho Caraguatatuba-São Sebastião da Rio-Santos também ficou alagado. A chuva também castigou o arquipélago de Ilhabela, deixando muitas ruas alagadas. Há previsão de chuva para toda a madrugada desta terça-feira (17).

São Sebastião, o soldado romano que virou mártir e santo, ganha em Janeiro, um mês de duradouras celebrações. Por todo o Estado de Pernambuco já aconteceram diversas festas em sua homenagem e, neste fim de semana, continuam as comemorações no Agreste.

A cidade de Altinho começa as festividades de São Sebastião na sexta-feira (24), com apresentações de Forró Vumbora, Vilões do Forró e Cavaleiros do Forró. No sábado (25), será a vez de Forró da Zoação, Jammil, Renny e a Galera e Banda Eva levar animação para o público. No ultimo dia, domingo (26), sobem ao palco Vicente Nery, Arreio de Ouro e Wesley Safadão & Garota Safada.

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Durantes os três dias são esperadas 100 mil pessoas da região no município, que também terá programação religiosa com celebração de missas e procissões. As apresentações acontecem na Praça José Ferreira de Lima, no Centro.

Em Gravatá, a comunidade do Alto da Boa Vista celebra o santo entre os dias 23 e 26 de janeiro, com festa religiosa e atrações musicais. A comemoração religiosa começa no dia 23, às 19h, com a Procissão da Bandeira e segue com missas nos dias 24 e 25 de janeiro, às 19h30 e 18h, respectivamente, na Igreja São Sebastião. Já as atrações musicais ficam por conta de Tavinho e banda e o cantor brega Alexandre Carlos, com apresentações no domingo (26), a partir das 21h.  

Por sua vez, o distrito de Uruçu Mirim, zona rural do município, tem festividades no sábado (25), com uma procissão seguida de missa campal, na Igreja de São Sebastião. No mesmo dias, a partir das 21h, acontecem shows com Batugueto e Forró da Zoação. No domingo, no mesmo horário, o público terá apresentações de Pedro Silva e Forró da Vaquerama.

Já em Riacho das Almas, o Santo é homenageado com a 21ª Corrida de São Sebastião, no sábado (25). A corrida tem percurso de 9,5km e para se inscrever é necessário ir até a Diretoria de Esportes, na Prefeitura de Riacho, das 7h30 às 13h, levando documento com foto. A corrida terá premiação em dinheiro para os cinco primeiros colocados de cada faixa etária, além de medalha e troféu.

Moradores e veranistas irão realizar nesta segunda-feira, 13, novo protesto contra o aumento do IPTU em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Será a segunda manifestação em uma semana. O primeiro ato foi realizado na terça-feira, 07, e paralisou o trecho urbano da Rodovia Rio-Santos por cerca de meia hora, causando congestionamentos nos dois sentidos.

A exemplo de ação semelhante ocorrida na capital, moradores e veranistas tentam barrar na Justiça o aumento, que teve reajuste de até 1.494%. Decisão judicial suspendeu o aumento do imposto proposto pelo prefeito Fernando Haddad (PT) em São Paulo. Ações conjuntas e individuais estão sendo protocoladas na Justiça local, Tribunal de Justiça e Ministério Público (MP), além de petição via internet. Os autores das ações consideram o aumento abusivo e alegam não terem condições de arcar com os novos valores.

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Além do reajuste, os moradores questionam a legitimidade da votação do projeto na Câmara Municipal que previa o reajuste - alvo de investigação no MP, que teria sido realizada irregularmente. Queixam-se também da ausência de audiência pública para discutir a questão. A primeira parcela do IPTU já com o reajuste venceu na última sexta-feira.

Na média, os carnês do IPTU chegaram com reajustes que variam de 33% a 300%. A maior alta está na região sul, onde estão concentradas as praias com o metro quadrado mais caro do litoral paulista, como Maresias, Baleia, Juquehy, Barra do Sahy, entre outras. A costa norte ficou de fora do aumento, região mais periférica da cidade.

Por meio de nota, a prefeitura de São Sebastião informou que o município ficou 11 anos sem atualização nos valores de mercado e que por isso decidiu fazer uma revisão no IPTU. Para a prefeitura, a correção na Planta Genérica de Valores foi de 47% e atinge "apenas o valor venal dos terrenos - tendo em vista que o imposto é calculado com valores separados para o terreno e a construção e estes valores (de construção) terão apenas a correção da inflação", diz a nota.

Com forte aparato policial, a prefeitura de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, demoliu nesta quinta-feira, 9, pelo menos dez imóveis, entre casas, barracos e ruínas, um uma comunidade conhecida como Morro do Esquimó, na Praia de Juquehy. Na terça-feira, 7, o plano de demolição provocou revolta dos moradores, que bloquearam a Rodovia Rio-Santos por quatro horas. Segundo a prefeitura, as demolições foram determinadas pelo Ministério Público. O local é apontado pelo Instituto Geológico como uma área de risco.

A expansão do porto de São Sebastião, que recebeu a licença prévia do Ibama na semana passada, foi contestada pelos Ministérios Público Federal e Estadual de São Paulo. As promotorias enviaram em conjunto ao Ibama, na segunda-feira (23), um documento de 66 páginas com recomendações para que o órgão ambiental suspenda a licença.

O material já estava sendo elaborado há cerca de um mês com o intuito de pedir que a licença não fosse emitida, mas os promotores foram surpreendidos com a concessão, no último dia 17. A solicitação, agora, é para que ela seja suspensa enquanto a documentação, que reúne estudos de técnicos dos MPs e de cientistas, for analisada.

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De acordo com os promotores há duas grandes questões a serem levadas em conta: o impacto ambiental à baía do Araçá, por onde boa parte do porto vai se expandir, e o planejamento do crescimento urbano de São Sebastião - primeiro com as obras e depois com a operação do empreendimento.

A baía, que reúne costões rochosos, manguezais e praias, recebe desde o começo de 2012 uma força-tarefa de mais de 140 pesquisadores, de instituições como USP, Unicamp e Unesp, financiados pelo programa Biota, da Fapesp, que estão estudando a biodiversidade da região, os serviços ambientais que ela presta e seu papel econômico e social.

O trabalho ainda está em andamento - e o Ministério Público recomenda no documento ao Ibama que se espere sua conclusão antes de definir se o porto pode se estender por ali. Mas pelos primeiros resultados os cientistas já podem dizer que o local tem uma alta riqueza de espécies, inclusive de peixes e outras espécies marinhas importantes para a alimentação e a economia local.

Além disso, micro-organismos que vivem na água realizam o importante papel de limpar o esgoto da cidade que ainda chega sem tratamento no mar. Com a construção da laje do porto sobre pilotis para a colocação de contêineres, essa função será interrompida e o mau cheiro vai se proliferar.

"A análise do Ibama foi feita somente com base nas informações levadas pelo empreendedor (a Companhia Docas, de São Paulo) com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Um dos nossos pedidos é que aguardem a conclusão da pesquisa no Araçá para poder definir", explica Maria Rezende Capucci, procuradora da República em Caraguatatuba.

Impactos cumulativos

Outra preocupação, explica Tadeu Badaró, promotor de Justiça de Ilhabela, é com o efeito sobre o crescimento da região. A estimativa, diz ele, é que a população de São Sebastião, Caraguatatuba, Ubatuba e Bertioga, que hoje é de cerca de 280 mil pessoas, salte para 400 mil em 12 anos com a implementação não só do porto, mas de outros empreendimentos projetados concomitantemente.

São obras em fase de licenciamento ou já em operação no litoral norte, como o corredor de exportação para dar suporte à operação do porto, a duplicação da Tamoios, a criação do contorno sul e norte, obras do setor de óleo e gás e ampliação do pier da Petrobrás.

"Nesse caso não se pode só olhar para os efeitos do porto, mas de forma conjunta com outros empreendimentos que potencializam esses efeitos. São impactos cumulativos", diz Badaró. Segundo o promotor, esses dados não constam do EIA.

"Essas cidades já têm problemas com saneamento básico, um grande número de pessoas morando em situação de risco. A conclusão é que não haveria capacidade de suporte para esse crescimento", afirma o promotor.

"Qual vazão de água necessária para abastecer essa população, de quais mananciais viria essa água? Não trazem resposta para isso nem para a moradia", complementa Badaró.

Impressão local. Esta visão é compartilhada pelo secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipólito do Rego. "Vai ser uma calamidade, a cidade vai perder qualidade de vida. O projeto quando pronto vai ficar maior que São Sebastião", diz. Segundo ele, a prefeitura também já havia protocolado um documento junto ao Ibama pedindo que a licença não fosse concedida antes de essas questões serem respondidas.

Ciça Nogueira, líder comunitária dos caiçaras e coordenadora do movimento Apaixonados pelo Mangue, conta que a partir de 1987, quando um emissário submarino da Sabesp cortou a região, o Araçá foi sofrendo uma série de impactos com o despejo de esgoto. Mas que nos últimos anos a própria natureza conseguiu se recuperar. Hoje, afirma, não faltam peixes nem moluscos. "A maior prova é que os colhereiros voltaram", diz. A ave vermelha, que recebe esse nome pelo formato de colher do seu bico, é uma indicadora de qualidade ambiental, uma vez que não resiste à poluição.

A companhia Docas de São Sebastião afirmou em nota que não iria se manifestar sobre o assunto, "pois a licença prévia já foi emitida pelo Ibama". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Um líquido viscoso, preto e com cheiro característico de petróleo está "brotando" há três semanas na calçada da Rua Tancredo Neves, no bairro Itatinga, periferia de São Sebastião, litoral norte de São Paulo. O forte odor tem incomodado os moradores e há casos de mulheres e crianças com náusea e mal-estar.

A Petrobras foi multada na semana passada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente em R$ 5 mil, valor máximo permitido pela lei ambiental do município. A Petrobras anunciou que recorrerá da multa por considerá-la indevida, pois o produto "comprovadamente não tem relação com nossas atividades".

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Em 2006, na mesma área, um morador descobriu petróleo no quintal de sua casa quando realizava uma reforma. Antes da descoberta, ele se queixava de cheiro forte de petróleo na vizinhança. Em uma rua próxima, o produto jorrava na calçada. Na época, nove famílias foram removidas pela Petrobras, que pagou cerca de R$ 150 mil por imóvel, de acordo com os moradores. Eles passaram por exames laboratoriais para detectar possíveis contaminações.

A Petrobras divulgou na ocasião que a substância era "óleo degradável". As casas foram demolidas e a área, interditada, com muros de concreto. O bombeiro civil Evaldo Pereira, de 39 anos, morador da região, afirma que novos focos foram registrados a um quilômetro da área contaminada e que técnicos da empresa não visitaram o local mesmo após as reclamações. O muro da área interditada amanheceu pichado com as inscrições "Petrobras assassina" e "Socorro, Petrobras".

De acordo com Pereira, a dificuldade acontece quando chove na área supostamente contaminada. "A água infiltra-se no solo e traz o petróleo à tona, que é mais leve. O resultado é o extravasamento do produto pelas ruas do bairro", afirma ele, que mora no local há 30 anos.

Pereira diz que novos casos de doenças relacionadas ao produto vêm sendo registrados. "Os sintomas que nossos vizinhos têm são semelhantes aos de funcionários de indústrias petroquímicas, ou seja, são provocadas por gases tóxicos produzidos por hidrocarboneto (petróleo), como ansiedade generalizada."

Para complicar a situação, algumas residências próximas estão ruindo em função das escavações que são feitas pela Petrobras. Moradores suspeitam que a Petrobras tenha aterrado grande parte do bairro - praticamente inexistente na época - com óleo contaminado, possivelmente proveniente de limpeza dos tanques na década de 1970. Os resíduos teriam permanecido no solo. Ao longo dos anos, as casas foram erguidas em cima dessa área.

Estatal

Segundo a Petrobras no Rio, o produto que aflora na calçada não é tem relação com as atividades da empresa. A estatal afirma que, com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), realizou análises químicas do produto e "todas constataram que não se trata de hidrocarbonetos de petróleo". Ainda conforme a Petrobras, "as ações vêm sendo acompanhadas pelo Ministério Público (MP), Cetesb, Vigilância Sanitária e Secretarias de Meio Ambiente e Saúde (de São Sebastião)". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Manifestantes novamente bloquearam a Rodovia Rio-Santos, no trecho urbano de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, durante protesto que reivindicou diversas melhorias no município e o fim da corrupção, nesta quarta-feira, 26 à noite. O trânsito ficou parado durante uma hora e deixou motoristas irritados.

Na noite desta quarta-feira, 26, os manifestantes sentaram na pista e impediram a passagem de veículos. Motoristas conseguiram fugir do bloqueio buscando alternativas para acessar a rodovia. Não houve registro de tumultos ou conflitos com a Polícia Militar, ao contrário da primeira manifestação, quando motoristas jogaram seus veículos contra a multidão na tentativa de romper o bloqueio.

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No último dia 17, os moradores também fecharam a rodovia por meia hora e, em marcha até a casa do prefeito Ernane Primazzi (PSC), bloquearam os dois sentidos da rodovia por diversas vezes durante cerca de 1h30. Nas duas situações, um dos alvos preferidos foi Primazzi, que foi cassado duas vezes em 40 dias e tenta reverter sua situação nas instâncias superiores.

Em Ilhabela, cerca de 800 pessoas realizaram o protesto, que saiu da Praia do Perequê, sentido centro (Vila), mas somente cerca de 200 pessoas completaram o percurso, segundo os próprios organizadores. Desta vez, o serviço de travessia por balsas entre São Sebastião e Ilhabela não foi interrompido pelos manifestantes. No último dia 20, as balsas ficaram cerca de quatro horas paradas devido à manifestação.

A Petrobras Transporte S.A. (Transpetro) informa que requereu Licença Prévia mediante apresentação de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (Rima) à Cetesb para a atividade de construção e operação da ampliação do píer petroleiro do Terminal Almirante Barroso (Tebar), localizado em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.

A empresa informa ainda que está aberto o prazo de 45 dias, a contar desta data, para a solicitação de audiência pública à Cetesb, relativa ao licenciamento do novo píer do Tebar.

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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta quinta-feira durante visita a São Sebastião, litoral norte de São Paulo, a construção de 300 moradias populares que serão destinadas aos moradores de áreas de risco no município. O anúncio foi feito após ele percorrer os bairros de Maresias e Boiçucanga, afetados pelas chuvas desde domingo passado. Alckmin não informou o valor do investimento. O município está em estado de calamidade pública, decretado pelo prefeito Ernane Primazzi (PSC).

Além das casas, ele confirmou o repasse de R$ 1,5 milhão anunciado durante a semana para reconstrução de pontes, passarelas e ruas e anunciou mais R$ 7,5 milhões, que serão desviados do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade), órgão ligado à Secretaria Estadual do Turismo. Por ser uma estância balneária, a cidade já tem direto garantido aos repasses do Dade, que devem ser aplicados em obras turísticas.

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"Caberá à prefeitura decidir o que irá fazer com a verba", disse o governador. "Vamos ficar um ano sem investir em turismo, pois a verba do Dade será empregada de forma emergencial na recuperação dos bairros da Costa Sul", afirmou Primazzi.

Alckmin declarou que o município irá oferecer duas áreas para a construção das moradias, "que serão de três pavimentos", adiantou. "Faltam apenas os trâmites burocráticos para que as casas comecem a ser construídas". Segundo o prefeito Ernane Primazzi, as áreas estão localizadas nos bairros de Camburi e Boraceia, já na divisa com Bertioga. A partir da construção, as unidades poderão ser entregues em 15 meses.

Como medida emergencial, Alckmin afirmou que o Estado, por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), já está providenciando a limpeza e o desassoreamento dos rios da Costa Sul. "Depois iremos realizar a macrodrenagem da região", afirmou ele, sem adiantar prazos. Com relação à Rodovia Rio-Santos, que ficou interditada 27h por conta da queda de barreiras, o governador declarou que geólogos do Instituto Geológico irão realizar uma avaliação mais aprofundada. "No momento estamos realizando ações de contenção e prevenção nas encostas que circundam a rodovia".

A Defesa Civil de São Sebastião (SP) está em alerta devido à movimentação de um morro localizado na Vila Esquimó, em Juqueí, região sul da cidade. No local, considerado área de risco, residem 48 famílias. Na madrugada desta terça-feira houve um deslizamento de terra que atingiu uma das casas. A parede do quarto onde três adolescentes dormiam foi atingida. Ninguém se feriu.

Segundo a moradora Márcia da Silva, 32, que reside há seis anos no local, era madrugada quando a terra cedeu e atingiu o cômodo da casa. "Levamos um susto e retiramos as meninas imediatamente". Segundo ela, choveu a noite inteira. Apesar do deslizamento, a família permanece no local. "A Defesa Civil deixou a gente ficar, só interditaram o quarto, porque está com rachadura".

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Segundo Carlos Eduardo Santos, chefe da Defesa Civil, o morro "andou" 43 centímetros. "Há uma fenda de 43 centímetros que está recebendo toda a água da chuva e isso nos preocupa, pois não sabemos onde ela está sendo represada". Segundo o órgão, anualmente são feitas medições no morro para monitorar suas condições. Moradores relatam que constantemente sentem o morro "se mexer". "A parede da minha casa está toda rachada. O morro sempre se mexe, treme tudo", disse a moradora Cecília dos Santos Araújo, 52, que saiu do Ceará para residir no local.

O Morro do Esquimó fica às margens da Rodovia Rio-Santos, em Juqueí. Da pista é possível ver conglomerados de barracos que há alguns anos estavam exclusivamente nas encostas da Serra do Mar. Atualmente algumas das habitações precárias invadiram o outro lado da pista, sentido praia, e disputam espaço com condomínios de luxo. Com elas, emaranhados de fios surgem de postes de madeira improvisados para abastecer os núcleos habitacionais da Vila Esquimó e da Vila Progresso, em Juqueí.

Calamidade pública

São Sebastião continua em estado de calamidade pública, decretado pelo prefeito Ernane Primazzi (PSC), que foi cassado pela Justiça na última sexta-feira, após ser acusado por compra de votos durante a campanha. Por conta da calamidade, o juiz eleitoral Guilherme Kirschner decidiu mantê-lo no cargo, até o julgamento do mérito, para não prejudicar a cidade com a alternância de poder.

Ao menos mil moradores permaneciam desabrigados ou desalojados, ou foram indiretamente afetados pelas chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, que atingem a região desde este domingo (17), de acordo com a Defesa Civil da prefeitura. A maioria deixou suas casas e está abrigada com parentes e amigos. Em Camburi, na Vila Lobo Guará, 114 famílias estavam totalmente ilhadas, pois a única rua que dá acesso ao bairro estava totalmente alagada. Até a noite desta segunda-feira, três famílias permaneciam no ginásio de esportes de Boiçucanga, um dos bairros atingidos.

"Virou um rio", comparou o coletor de lixo Thiago dos Santos Ferrari, de 25 anos, que perdeu tudo no fim de semana. "Tudo o que havia sobrado da outra enchente, há 15 dias." Ferrari afirmou que não conseguiu salvar os móveis. "Faltou um metro para a água atingir o teto, não tinha como levantar os móveis que restaram da outra enchente", lamentou ele, que mora com a mulher e duas crianças. "Já enfrentei cinco enchentes nos últimos cinco anos e essa foi bem pior." Segundo a Defesa Civil, no domingo a água atingiu 2,47 metros no bairro. Era possível ver apenas o telhado de algumas casas, conforme moradores. Com a ponte que dá acesso ao bairro tomada pela água, Ferrari disse que conseguiu chegar até sua moradia pulando árvores. "Era o único jeito, pois a ponte ficou debaixo d'água."

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O morador Pedro Augusto Lemes, de 49 anos, temia atravessar a rua. "Tem muita fiação elétrica exposta na água e cobras." Lemes aguardava um barco da Defesa Civil para chegar em casa. Das 17 horas de domingo até o fim da tarde desta segunda-feira, havia chovido 243 milímetros. "Praticamente a mesma quantidade prevista para um mês de março, que, naturalmente, é chuvoso", afirmou o o coordenador da Defesa Civil de São Sebastião, Carlos Eduardo dos Santos. O órgão enviou mantimentos e água mineral para os moradores, que também estão sem energia elétrica desde domingo.

A cidade ainda se recuperava de uma tromba-d'água que atingiu a mesma região sul de São Sebastião, há cerca de 15 dias, que resultou na morte de uma menina de 11 anos. À época, uma enxurrada vinda da Serra do Mar levou carros, postes, pontes, árvores e casas, deixando centenas de desabrigados.

Na véspera do aniversário de 377 anos de emancipação político-administrava de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, a Justiça Eleitoral cassou na tarde desta sexta-feira o mandato do prefeito Ernane Bilotti Primazzi (PSC), reeleito nas últimas eleições, e de seu vice, Aldo Conelian, por prática de captação de sufrágio. A denúncia foi feita pela coligação "Seriedade e Trabalho", do PPS, do então candidato e ex-prefeito de São Sebastião Juan Manoel Pons Garcia. A denúncia também foi feita contra Wagner Teixeira (PV), que à época da campanha era o vice de Primazzi. A decisão foi comemorada com fogos de artifício e baterias de escola de samba na praça central da cidade.

De acordo com a denúncia protocolada no Ministério Público, Primazzi, Teixeira e Conelian participaram de um comício no dia 21 de julho do ano passado em uma comunidade denominada "Vila Bom Jesus", localizada no bairro de Maresias, ocasião em que o prefeito teria afirmado aos eleitores que teria resolvido a questão do litígio possessório da área onde vivem. O juiz não foi localizado para comentar se quem assume será o segundo colocado ou se haverá novas eleições.

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A defesa do prefeito

Em nota, a prefeitura afirmou que são "informações desencontradas que têm circulado pela cidade, dando conta de uma suposta decisão de cassação de registro da candidatura do prefeito reeleito". Ainda segundo a nota, "não houve até o momento notificação oficial de qualquer decisão por parte do judiciário, seja aos candidatos, seja aos seus advogados". Apesar de prefeitura informou também que após a notificação, serão apresentados recursos às instâncias adequadas, "o que certamente levará à revisão de eventual sentença desfavorável de primeira instância".

"Chamamos a atenção para o fato de que o prefeito foi diplomado e empossado, havendo ampla jurisprudência a garantir a sua permanência no cargo até o final da decisão, nas instâncias superiores. Afasta-se, portanto, as especulações sobre a convocação de novas eleições ou a posse de quem quer que seja, o que só traria prejuízos à administração municipal", informou a prefeitura na nota oficial.

A Defesa Civil de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, emitiu um alerta aos moradores da região sul do município, atingida por uma tromba d'água no último fim de semana e que resultou na morte de uma menina de 11 anos, sobre a possibilidade de novas precipitações nas próximas horas, que poderão causar novos deslizamentos nas áreas de risco, localizadas nas encostas da Serra do Mar. A região concentra grande quantidade de moradias irregulares em áreas de risco e de instabilidade.

"As pessoas que residem ao lado de rios, cachoeiras e de encostas devem ficar atentas. A orientação é para que saiam de suas casas", disse o chefe da Defesa Civil, Carlos Eduardo dos Santos. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), uma nova frente fria estava prevista para chegar à região entre a noite de desta terça-feira e a madrugada de quarta-feira (27), acompanhada por rajadas de ventos, descargas elétricas e previsão de precipitação pluviométrica de 80mm.

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Na noite de sexta-feira (22) e madrugada de sábado, a tromba d'água atingiu a região sul de São Sebastião e provocou uma enxurrada, que levou casas, pontes, carros e animais domésticos. Tainá Câmera, de 11 anos, estava no mezanino do sobrado onde morava, ao lado do Ribeirão Itu, quando foi arrastada pelas águas, segundo relatos de sua mãe, a professora Leda Câmera.

Segundo ela, Tainá foi atirada contra a parede do imóvel e jogada pela janela por conta da força da correnteza. A mãe da adolescente também foi levada, mas conseguiu agarrar-se a uma árvore e sobreviveu. Ela foi encontrada em estado de choque em um barranco e sofreu escoriações. "A água estava só subindo, mas de repente veio uma enorme onda e invadiu tudo", disse Leda. Cerca de 300 pessoas acompanharam o enterro da adolescente no último domingo.

Um casal foi resgatado na noite de quarta-feira (9) de uma cachoeira na Praia de Boiçucanga, em São Sebastião (SP), após ficar "ilhado" em decorrência da forte chuva que atingiu as praias do sul do município. Eles tiveram que ser resgatados por meio de cordas por agentes da Defesa Civil.

Vários bairros tiveram ruas alagadas na região. A Defesa Civil emitiu alerta para fortes temporais nas próximas 48 horas e está de prontidão para o caso de desmoronamentos de encostas e em áreas de risco.

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O Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), da Transpetro/Petrobras, foi multado nesta segunda-feira pela Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, devido a um vazamento de óleo ocorrido no último domingo dentro de suas instalações. A mancha, porém, atingiu um córrego.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente aplicou três autuações, de R$ 5 mil cada, valor máximo permitido pela lei ambiental municipal. A estatal não divulgou o volume vazado e posteriormente recolhido. O último vazamento registrado no terminal aconteceu no último dia 9 de fevereiro, quando um duto se rompeu dentro de suas instalações.

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O Córrego do Outeiro, que começa dentro do terminal, corta o bairro Vila Amélia e o centro da cidade e passa ao lado de residências, escolas, creche, posto de combustíveis, do pronto-socorro municipal, da Prefeitura e da Praça de Eventos, na avenida da praia, onde deságua águas pluviais do terminal. Durante todo o dia desta segunda-feira a reportagem constatou barreiras de contenção colocadas pelas equipes da Petrobras nos cerca de 500 metros do córrego que cortam o centro para evitar que resquício do óleo atingisse o mar.

Segundo o secretário do Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipolito do Rego, o vazamento provocou danos à flora e à fauna marinha. "Vi dezenas de peixes mortos agonizando no óleo", relatou. Ainda segundo ele, também havia caranguejo e pitu, um crustáceo semelhante ao camarão. Muitos dos animais marinhos também podem ter sido sugados por caminhões de sucção que foram utilizados para retirar o óleo do córrego.

De acordo com o secretário, uma área de manguezal, localizada na zona portuária, também foi atingida pelo óleo. "Estamos aguardando uma análise mais apurada para verificarmos o real estrago provocado pelo óleo no manguezal". Rego afirmou que o desastre ambiental será levado em consideração durante a renovação do licenciamento ambiental do Tebar, que está vencido desde 2010 e, portanto, funcionando irregularmente no município.

Em nota, a Transpetro, no Rio de Janeiro, informou que o vazamento tratava-se de "água oleosa no sistema de águas pluviais do Terminal Almirante Barroso (Tebar)". Ainda de acordo com a estatal, equipes de contingência foram acionadas. "Um pequeno volume de água oleosa atingiu o Córrego do Outeiro e foi totalmente recolhido pelas equipes de contingência. Os órgãos ambientais foram comunicados", diz a nota. Ainda de acordo com a Transpetro, as causas do incidente estão sendo investigadas. Procurada, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) não havia se manifestado até o início da noite de hoje.

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