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Entre os dias 2 e 6 de outubro, a FOZ Inovação, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), realiza a 3ª edição do Startup Way. O evento presencial e gratuito é direcionado a quem busca empreender no mercado de saúde. Ao todo, a iniciativa oferta 100 vagas e os interessados em participar devem realziar inscrições, até 2 de outubro, artavés do site Sympla.

O evento será na FOZ Inovação, localizada na Avenida Mascarenhas de Morais, 4861, Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. “Nosso objetivo é criar soluções inovadoras para o mercado de saúde. Ao longo dos dias, o participante aprenderá como tirar sua ideia do papel, se conectará com profissionais das áreas de saúde, tecnologia e inovação, além de empreendedores com experiência no mercado de startups”, explicou o diretor da FOZ, Philippe Magno.

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De acordo com a programação, do dia 2 a 5 de outubro, das 19h às 22h, haverá quatro oficinas (workshop + mentorias). Já no encerramento, às 18h, terá a apresentação de projetos para a banca avaliadora, o chamado pitch.

Em mais uma agenda para dialogar sobre investimentos para habitação social em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra se reuniu com o ministro das Cidades, Jader Filho, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (13).

Na ocasião, a chefe do Executivo estadual apresentou ao ministro uma relação de terrenos que podem ser destinados à construção de empreendimentos habitacionais. Antes disso, a governadora esteve com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e debateu sobre recursos para investimentos voltados à regionalização da saúde no Estado.

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“Apresentamos ao ministro Jader vários terrenos para a construção de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e também conversamos com ele sobre novas obras em Pernambuco”, destacou a governadora Raquel Lyra.

A gestão estadual tem trabalhado permanentemente no sentido de ampliar o acesso dos pernambucanos a moradias dignas. Uma das ações que a administração estadual adotou nesta área foi o programa Morar Bem PE, que atende famílias com renda de até dois salários mínimos.  Uma das metas do programa é facilitar a construção de unidades habitacionais populares no Estado, otimizando os recursos disponibilizados pelo governo federal no Programa Minha Casa, Minha Vida. Quando oferece terrenos ao Executivo federal para esta finalidade, os processos de propriedade que podem ser usados como contrapartidas nos planos de habitação federais são agilizados, possibilitando a contratação de mais unidades do que o Planalto havia previsto inicialmente. 

“A portaria do Minha Casa, Minha Vida FAR publicada para Pernambuco já destinava 6.325 unidades para o Estado, e nós catalogamos terrenos que podem ser usados para a construção de empreendimentos habitacionais com esta finalidade. Agora, pleiteamos junto ao ministro Jader o máximo de imóveis para auxiliar na solução dos nossos problemas de habitação”, disse Simone Nunes, secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, que acompanhou a visita da governadora ao lado do secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça.

O Minha Casa, Minha Vida FAR tem como objetivo fornecer unidades habitacionais novas em áreas urbanas para determinados grupos de famílias com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial. O plano do governo federal estabelece a meta de contratar 130.000 unidades habitacionais no País em 2023, sendo 6.325 em Pernambuco.

Devem ser beneficiadas pela iniciativa famílias que perderam suas casas devido a obras públicas federais, desastres naturais ou que residem em áreas de alto risco. O governo vem pleiteando junto ao governo federal a inclusão das famílias afetadas pelos desastres dos prédios-caixão na modalidade FAR.

Com a ministra Nísia Trindade, a governadora também tentou atrair novos investimentos para o Estado. “No Ministério da Saúde negociamos novas maternidades e aumento de recursos”, pontuou. Na última semana, Raquel Lyra anunciou a construção da segunda maternidade da gestão, em Ouricuri, no Sertão. A unidade, que é um dos pleitos da população na região, vai dispor de leitos de alto risco, banco de leite, além de outros atendimentos. A primeira maternidade está sendo construída em Caruaru, no Agreste.

*Da assessoria 

O estado de saúde de Kayky Brito ganhou um novo desdobramento. Nesta quarta-feira (13), um boletim médico informou que o quadro clínico do ator está apresentando uma evolução significativa. "O paciente já respira sem a ajuda de ventilação mecânica e está sem sedação", disse o comunicado.

A nota também explicou que Kayky "apresenta melhora clínica e ainda continuará sob cuidados intensivos". Nessa terça-feira (12), a situação do irmão da atriz e apresentadora Sthefany Brito havia mostrado um desenvolvimento progressivo.

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Na madrugada de 2 de setembro, Kayky Brito atravessava uma via no Rio de Janeiro quando acabou sendo atropelado. Câmeras de segurança em um quiosque mostraram o momento do impacto, registrando também a reação de Bruno De Luca, que estava próximo ao local.

O motorista de aplicativo que atingiu Kayky prestou socorro. Ele chegou a fazer exame toxicológico no Instituto Médico Legal (IML), cujo o resultado não acusou para o uso de álcool. "Eu parei de imediato, chamei os bombeiros e fui até a vítima. O socorro chegou rápido, menos de dez minutos", relatou o condutor do veículo, em entrevista ao Splash. Kayky Brito sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas pelo corpo.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal investiga 42 casos suspeitos de febre maculosa. Ao todo, a pasta registra 104 casos notificados da doença este ano, sendo que 62 foram descartados.

Em nota, a secretaria destacou que, para que os casos possam ser confirmados ou descartados, é necessário que sejam feitas duas coletas de exames, com duas semanas de intervalo entre elas, o que causa demora na avaliação.

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“Salientamos, no entanto, que o DF não é uma área endêmica e não possui casos confirmados da doença há 20 anos”, diz a secretaria em nota.

A doença

A febre maculosa é causada pela picada de carrapatos infectados com a bactéria Rickettsia rickettssi quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.

De acordo com classificação da Secretaria de Saúde, é uma doença infecciosa febril aguda de gravidade variável, podendo manifestar desde quadros leves até formas graves da doença.

Os casos suspeitos devem ser notificados de forma compulsória às autoridades locais. O registro precisa ser feito por meio da Ficha de Investigação de Febre Maculosa do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Transmissão

No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum, conhecido como carrapato estrela; A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da febre maculosa, incluindo o carrapato de cachorro, por exemplo.

Os sintomas incluem febre; dor de cabeça intensa; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e na sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; paralisia dos membros, que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando parada respiratória.

Prevenção

Dentre as orientações para prevenção da doença está o uso de roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro; o uso de calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta; o uso de repelentes contra insetos; verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos.

Caso encontre um carrapato aderido ao corpo, a secretaria pede que ele seja removido com uma pinça. “Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos”, recomenda.

Tratamento

O tratamento oportuno da febre maculosa é considerado essencial para evitar formas mais graves da doença. “Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa”, destacou a secretaria.

O tratamento é empregado por um período de 7 dias, devendo ser mantido por 3 dias após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito.

O secretário de Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, é sócio de uma empresa que tem contrato com a própria secretaria de Saúde. Após ele assumir a pasta, sua gestão beneficiou a empresa ao estender por mais um ano o prazo para a MN&D Ribeirão, que faz exame de imagens, prestar serviços ao governo.

O negócio havia sido firmado na gestão de Rodrigo Garcia (PSDB), e rendia cerca de R$ 60 mil anuais por atendimentos a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Em julho de 2023, já no governo Tarcísio de Freitas e com Paiva na secretaria de Saúde, o contrato foi prorrogado por mais 12 meses.

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Após o Estadão procurar o secretário para comentar o assunto, o governo decidiu rescindir o contrato, e Paiva informou que devolverá aos cofres do Executivo paulista os R$ 4,1 mil já pagos à companhia em agosto, após o aditamento. O cancelamento foi publicado no Diário Oficial nesta terça-feira, 12.

"Cabe salientar que o secretário Eleuses Paiva é sócio minoritário da MN&D Ribeirão Ltda, não exercendo qualquer cargo de administração", disse a assessoria em nota.

A empresa opera há 23 anos e prestava serviços ao governo estadual desde 2016. De acordo com dados da Junta Comercial de São Paulo (JUCESP), a MN&D tem sete sócios e capital de R$ 1 milhão. A participação do secretário é a segunda maior, equivalente a R$ 193 mil. Uma segunda companhia, chamada Pouso Alegre, detém metade do negócio. Paiva também é sócio dela, por meio de uma outra empresa, a MN&D Magsul Medicina Nuclear.

Ao todo, Paiva aparece como sócio em outros cinco CNPJs operantes que levam "MN&D" no nome: dois em Ribeirão Preto, dois em Piracicaba e um em Pouso Alegre, Minas Gerais. Há ainda dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro que se encontram desativados. Além desses, ele tem mais cinco negócios no ramo de exames de imagens e 15 na agropecuária. Apenas a MN&D Ribeirão tem contratos com o governo paulista.

Em abril, Eleuses Paiva declarou um patrimônio de quase R$ 14 milhões. A informação consta em uma portaria da Controladoria Geral do Estado (CGE). O fornecimento destes dados por todos os secretários é uma exigência legal. Em 2018, quando se candidatou a deputado federal, o patrimônio declarado ao TSE era de R$ 4,6 milhões.

Ex-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB) por dois mandatos, de 1999 a 2005, Eleuses Paiva foi vice-prefeito de São José do Rio Preto (SP) e foi indicado ao governo Tarcísio pelo grupo político do secretário de Governo Gilberto Kassab (PSD). Ele é médico, especializado em medicina nuclear pela USP e foi deputado federal em três legislaturas, sendo em que em duas delas assumiu como suplente. A última no mandato terminado no início de 2023. Eleuses foi um dos primeiros nomes citados por Tarcísio durante a campanha para assumir um cargo em secretaria e foi o segundo secretário anunciado pelo governador eleito, atrás apenas de Renato Feder, da Educação.

Contrato com empresa de secretário também na Educação

Esta não é a primeira vez que a gestão do governador Tarcísio de Freitas firma contratos com empresas de um de seus secretários. Conforme revelou o Estadão, a Multilaser, da qual o titular da Educação, Renato Feder, é sócio por meio da offshore Dragon Gem, venceu pelo menos três licitações no valor de R$ 243 mil desde janeiro, ou seja, na atual gestão. O maior negócio fechado neste período é de fornecimento de material hospitalar para o Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (Iamspe), de R$ 226 mil.

Dias depois da reportagem, Tarcísio determinou que não sejam feitos mais novos contratos com a Multilaser durante a atual gestão, mas afirmou considerar que os negócios feitos com a empresa se deram "dentro da regra do jogo". Por isso, decidiu cumpri-los.

"Nós temos aí contratos com a Multilaser e a secretaria de Educação que foram feitos antes da nossa chegada ao governo. Os contratos que foram feitos depois, que aí são com outras pastas, são contratos muito pequenos, que foram feitos dentro da regra do jogo. E, da nossa parte, já tem uma proibição de não haver mais contratação nenhuma", afirmou naquela oportunidade.

A Procuradoria-Geral de Justiça do Estado investiga Feder por conflito de interesse em razão de um outro contrato, assinado em 21 de dezembro de 2022, no apagar das luzes do mandato de Rodrigo Garcia (PSDB) e quando o ele já sabia que ocuparia o cargo. Sua firma vai receber R$ 76 milhões pela venda de 97 mil notebooks. Com isso, é o secretário quem determina os pagamentos para sua própria empresa e também quem fiscaliza o contrato.

A última homologação de ata em favor da Multilaser foi publicada no dia 31 de julho no negócio com o Iamspe, entidade que está sob a alçada da Secretaria de Gestão e Governo Digital, comandada por Caio Paes de Andrade. O edital prevê a entrega de "fita com área reagente para verificação de glicemia capilar, com qualquer química enzimática e método de leitura em monitor portátil". Outras 44 concorrentes participaram. Segundo o governo, a oferta da empresa foi 36,25% menor do que o melhor preço registrado na última ata de compra.

O hábito de acelerar a velocidade de áudios e vídeos pode causar efeitos negativos na saúde. Psicólogos e pesquisadores afirmam que pessoas expostas frequentemente a estímulos frenéticos podem desenvolver dificuldade em reter informações.

“É como se você desenvolvesse, com a passagem do tempo, uma incapacidade de se aprofundar nos temas. Não é necessariamente que você fica ansioso, mas você não sabe mais o que fazer com uma informação que demora um pouco. Tem que associar, mas você perdeu a habilidade de associar”, explica o psicólogo Cristiano Nabuco em entrevista à TV Brasil.

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Uma pesquisa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde aponta que 31,6% dos jovens, entre 18 e 24 anos, já receberam diagnóstico de ansiedade.

Os especialistas alertam para os sinais que indicam efeitos do uso excessivo da internet e seus recursos, como aceleração da velocidade. Entre eles o uso de aplicativos e redes sociais por muito tempo, sensação de angústia ao identificar que a bateria do celular está acabando ou sem acesso à internet e retomada do bem-estar somente quando está conectado.

Veja a reportagem completa da TV Brasil:

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Wesley Safadão anunciou que vai dar uma pausa nos shows para cuidar da saúde mental. Em uma entrevista ao Fantástico, o cantor explicou por que tomou essa decisão: está com transtorno de ansiedade e precisa parar.

Diagnosticado com o transtorno de ansiedade, Safadão foi aconselhado pelos médicos a se afastar. Ele contou como está se sentindo. “Estava a caminho de um show em Minas e eu comecei a passar mal dentro do carro. Eu comecei a faltar ar, eu queria respirar e não conseguia. ‘Eu quero ir para o hospital, acho que eu estou morrendo’. Eu não sentia meus dedos. Estou esgotado. A palavra é essa, assim, esgotado mentalmente. Eu não soube a hora certa de dosar, de diminuir o ritmo. (...) É como se eu não conseguisse dizer não”, disse. 

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O artista está sendo acompanhado por um psiquiatra, usando medicamentos e fazendo terapia. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é um dos países mais ansiosos do mundo. São quase 19 milhões de brasileiros com ansiedade no país.


 

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As gotinhas que entraram para a história da imunização ao eliminarem a poliomielite no Brasil ganharam uma previsão de aposentadoria, e a substituição da vacina oral contra a doença pela aplicação intramuscular significará uma proteção ainda maior para os brasileiros.

No último dia 7 de julho, o Ministério da Saúde anunciou que vai substituir gradualmente a vacina oral poliomielite (VOP) pela versão inativada (VIP) do imunizante a partir de 2024. A decisão foi recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que considerou as novas evidências científicas que indicam a maior segurança e eficácia da VIP.

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Apesar da novidade, o Ministério da Saúde fez questão de destacar que o Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, vai continuar na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis, participando das ações de imunização e campanhas do governo.

A poliomielite é uma doença grave e mais conhecida como paralisia infantil, por deixar quadros permanentes de paralisia em pernas e braços, forçando parte dos que se recuperam a usar cadeiras de rodas e outros suportes para locomoção. A enfermidade também pode levar à morte por asfixia, com a paralisia dos músculos torácicos responsáveis pela respiração. Durante os períodos mais agudos em que a doença circulou, crianças e adultos com casos graves chegavam a ser internados nos chamados “pulmões de aço”, respiradores mecânicos da época, dos quais, muitas vezes, não podiam mais ser retirados.

A partir dos 2 meses

A vacinação contra a poliomielite no Brasil é realizada atualmente com três doses da VIP, aos 2, 4 e 6 meses de idade, e duas doses de reforço da VOP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A partir do primeiro semestre de 2024, o governo federal começará a orientar uma mudança nesse esquema, que deixará de incluir duas doses de reforço da vacina oral, substituindo-as por apenas uma dose de reforço da vacina inativada, aos 15 meses de idade. O esquema completo contra a poliomielite passará, então, a incluir quatro doses, aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade.

A facilidade de aplicação e o baixo custo contribuíram para que as gotinhas tivessem sido a ferramenta para o Brasil e outros países vencerem a poliomielite, explica a presidente da Comissão de Certificação da Erradicação da Pólio no Brasil, Luíza Helena Falleiros Arlant. A comissão é uma entidade que existe no Programa Nacional de Imunizações (PNI) junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Em 2023, o programa completa 50 anos.

"Em 1988, havia mais de 350 mil casos de pólio no mundo. Crianças e adultos paralisados. Naquela época, o que era preciso fazer? Pegar uma vacina oral que pudesse vacinar milhões de pessoas em um prazo curto para acabar com aquele surto epidêmico. Eram muitos casos no mundo todo, uma tragédia", contextualiza Luíza Helena.

Ciência evoluiu

O sucesso obtido com a vacina oral fez com que a pólio fosse eliminada da maior parte dos continentes, mas pesquisas mais recentes, realizadas a partir dos anos 2000, mostraram que a VOP era menos eficaz e segura que a vacina intramuscular. Em casos considerados extremamente raros, a vacina oral, que contém o poliovírus enfraquecido, pode levar a quadros de pólio vacinal, com sintomas semelhantes aos provocados pelo vírus selvagem.

"Crianças com desnutrição, com verminoses ou doenças intestinais podem ter interferências na resposta à vacina oral. Já a vacina inativada, não. Ela protege muito mais, sua resposta imunogênica é muito mais segura, eficaz e duradoura. Há uma série de vantagens sobre a vacina oral. Tudo isso não foi descoberto em uma semana, foram estudos publicados que se intensificaram a partir de 2000."

Desde então, países de todo o mundo vêm substituindo gradativamente a vacina oral pela inativada, o que já foi feito por ao menos 14 países na América Latina. A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a vacina inativada substitua a oral em todo o mundo até 2030.

A presidente da Comissão de Certificação da Erradicação da Pólio no Brasil acrescenta que a vacina inativada produz menos eventos adversos que a oral, e também traz maior segurança para a pessoa vacinada e para a coletividade.

Para compreender essa diferença, é preciso conhecer melhor o funcionamento dessas duas vacinas. A oral contém o poliovírus atenuado, isto é, ainda "vivo", porém enfraquecido, de modo que não cause mais a doença. Já a vacina inativada recebe esse nome porque o vírus já foi inativado, "morto", e não há mais chances de que possa sofrer mutações ou e se reverter em uma forma virulenta.

Estudos sobre o tema têm se intensificado a partir dos anos 2000, conta Luiza Helena, e constatou-se que o poliovírus atenuado que entra no organismo com a imunização pode sofrer mutações e voltar a uma forma neurovirulenta ao ser excretado no meio ambiente com as fezes. Já se tinha conhecimento dessa possibilidade, pondera a pesquisadora, mas hoje se sabe que ela é mais frequente do que se acreditava.

"Hoje a gente sabe que o vírus mutante eliminado pelo intestino pode acometer quem está do lado, e, se essa pessoa não estiver devidamente vacinada, ela pode ter pólio", afirma ela, que acrescenta que alguns fatores contribuem para elevar esse risco, como as baixas coberturas vacinais contra a poliomielite nos últimos anos e a existência de populações sem saneamento básico, o que pode provocar o contato com esgoto ou água contaminada por fezes que contêm poliovírus selvagens ou mutantes.

Segundo a pesquisadora, é importante ressaltar que, enquanto houver poliomielite no mundo, todas as pessoas estão sob risco de adquirir a doença.

“Os vírus da pólio circulam e podem acometer qualquer pessoa. Se essas pessoas, especialmente crianças, não estiverem devidamente vacinadas com uma vacina eficaz, preferencialmente inativada, não estarão imunes e podem ter a doença. Mesmo que haja um contato com o vírus, vacinados não desenvolvem a doença.”

Baixas coberturas

Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), as doses previstas para a vacina inativada contra a pólio atingiram a meta pela última vez em 2015, quando a cobertura foi de 98,29% das crianças nascidas naquele ano.

Depois de 2016, a cobertura entrou em uma trajetória de piora que chegou a 71% em 2021. Em 2022, a cobertura subiu para 77%, mas continua longe da meta de 95% das crianças protegidas.

O percentual a que se refere a cobertura vacinal mostra qual parte das crianças nascidas naquele ano foi imunizada. Isso significa que não atingir a meta em sucessivos anos vai criando um contingente cada vez maior de não vacinados. Ou seja, se considerarmos os últimos dois anos, 29% das crianças nascidas em 2021 e 23% das nascidas em 2022 estavam desprotegidas. Como mais de 1,5 milhão de bebês nascem por ano no Brasil, somente nesses dois anos foram mais de 780 mil crianças vulneráveis a mais no país.

As coberturas nacionais também escondem desigualdades regionais e locais. Enquanto o Brasil vacinou 77% dos bebês nascidos em 2022, a cidade de Belém vacinou apenas 52%, e o estado do Rio de Janeiro, somente 58%.

Área livre da pólio

O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, em conjunto com todo o continente americano.

A vitória global sobre a doença com a vacinação fez com que o número de casos em todo o mundo fosse reduzido de 350 mil, em 1988, para 29, em 2018, segundo a OMS. O poliovírus selvagem circula hoje de forma endêmica apenas em áreas restritas da Ásia Central, enquanto, em 1988, havia uma crise sanitária internacional com 125 países endêmicos.

Sequelas

Com a eliminação da doença, é cada vez mais raro conhecer alguém que viva com as sequelas da pólio, mas essa já foi uma realidade muito mais frequente no Brasil. O ator e músico Paulinho Dias, de 46 anos, conta que teve a doença menos de duas semanas após seus primeiros passos, com 11 meses de idade.

"A pólio afetou meus membros inferiores. Da cintura para baixo, afetou ambas pernas, porém, a maior sequela foi na perna direita, em que fiz mais de dez cirurgias, entre elas de tendão, de nervo que foi atrofiando e de alongamento ósseo, porque a perna começou a ficar curta, porque não acompanhou o crescimento da outra. Antes dessa cirurgia, quase não encostava o pé no chão."

Paulinho se lembra de relatos da mãe de que inúmeras crianças no entorno também tiveram pólio. A falta de informação na época, em 1977, fazia com que muitas famílias buscassem benzedeiras na ausência de outros recursos, dando ainda mais tempo para agravamento dos casos e disseminação do vírus.

"Eu sempre fui a favor das vacinas, mas confesso que nunca fui panfletário em relação a elas até a pandemia de covid-19, que a gente viveu. E também, em pleno século 21, com o risco de a pólio voltar e o risco de outras doenças preveníveis por vacinas voltarem por conta da desinformação, movimentos antivacinistas, medos bobos. Sempre que eu posso, falo para as pessoas se vacinarem, porque é um ato de amor. Vacinem seus filhos, poupem de sofrimento."

Fausto Silva recebeu alta médica do Hospital Israelita Albert Einstein, neste domingo (10), após passar por um transplante de coração realizado no último dia 27 de agosto. O apresentador fez questão de gravar um vídeo agradecendo aos fãs pelo apoio.

Na publicação, Fausto demonstrou estar bem e agradeceu pela torcida do público. “Alô, galera. Já saí do hospital, estou em casa, agora iniciando uma nova fase. Mas antes, de novo, agradecimento eterno a cada um de vocês que rezaram, fizeram mensagens de solidariedade e de apoio. Tudo isso me ajudou muito nessa luta pela vida”, disse.

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O apresentador também falou sobre a importância da doação de órgãos e avisou que entra numa segunda etapa de sua recuperação. “A missão agora é conscientizar cada um a colaborar para que todo mundo transforme o Brasil em campeão da doação [de órgãos] e que as autoridades espalhem centros pelo País”.

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Preta Gil deixou o hospital Sírio-Libanês, na manhã deste domingo (10),  depois de passar 28 dias internada, se recuperando de uma histerectomia total abdominal como parte do tratamento de um câncer no reto. Nas redes sociais, a cantora celebrou muito o momento.

Ao compartilhar sua saída do hospital com os fãs, Preta comemorou e elogiou a unidade de saúde. “A tão sonhada alta chegou, foram 28 dias de internação, dias desafiadores onde tive que lidar com muitas coisas difíceis, mas, ao mesmo tempo, rodeada de competência e amor, muito amor. Eu sou toda gratidão, sou grata a oportunidade em me tratar no melhor hospital do Brasil, quiçá do mundo, na minha opinião".

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Preta também agradeceu a todos que estiveram com ela nesse momento, amigos, filhos e familiares. "Antes de tudo tenho que agradecer a Deus e meus Orixás por tudo, mas especialmente por terem colocado dois anjos para cuidar de mim".

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Fausto Silva recebeu alta médica do Hospital Israelita Albert Einstein  neste domingo (10). O apresentador estava se recuperando de  um transplante de coração realizado no último dia 27 de agosto.

Segundo o boletim médico divulgado pela manhã, Faustão "seguirá sob as orientações médicas e nutricionais necessárias para a reabilitação após o transplante cardíaco". Ele está sendo acompanhado por uma equipe formada pelos médicos Fernando Bacal (cardiologista), Fábio Antônio Gaiotto (cirurgião cardiovascular) e Miguel Cendoroglo Neto (diretor médico).

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Na última sexta-feira (1º), Faustão já havia sido transferido da UTI para a unidade semi-intensiva. Três dias depois do transplante, Faustão gravou um vídeo agradecendo pelo apoio do público e surpreendeu pela sua boa evolução após o transplante.

Tiago Toguro usou suas redes sociais, na madrugada desta sexta (8), para atualizar os seguidores sobre o estado de saúde de sua namorada, Nara Paraguaia. O influenciador disse que a companheira foi extubada após ter complicações na cesariana induzida do filho, mas segue internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

No Instagram, Toguro disse que aconteceu um "milagre" e explicou que Nara está sofrendo de ansiedade por ainda não ter visto o filho. "Ela dormiu com o retrato do filho na mão", disse. 

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Tiago ainda contou que o filho recém nascido,  Gael, está "suplementando" por falta do leite materno, mas que "está corado e tomou as vacinas". Já Nara, foi extubada mas deve continuar na UTI. “A gente está nessa luta, precisa sair da UTI. E ela tá desesperada pra ver o filho, porque ela sonhou muito com esse filho. Primeira vitória é a intubação e, agora, segunda vitória é sair da UTI pra ela ver o filho."

 

No dia 27 de agosto, Fausto Silva precisou fazer uma cirurgia. Internado em São Paulo, o apresentador teve que passar por um transplante de coração. Assim como Faustão, confira alguns famosos transplantados. O LeiaJá destaca personalidades que enfrentaram problemas de saúde.

Selena Gomez

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Selena Gomez é um fenômeno no entretenimento. Em dezembro de 2017, a estrela do pop internacional comunicou aos fãs que havia recebido um novo rim. Nas redes sociais, ela publicou uma foto no quarto em meio ao procedimento cirúrgico. O transplante foi realizado por conta de uma doação da amiga. A operação fez parte do tratamento contra o lúpus, doença autoimune que a cantora enfrenta há bastante tempo.

Drica Moraes

Renomada na dramaturgia brasileira, Drica Moraes também passou por um transplante. A atriz recebeu uma medula óssea em 2010. A pessoa cadastrada no banco de doadores era compatível com ela. Em 2020, Drica Moraes agradeceu o doador. Os dois só se conheceram pessoalmente cinco anos após a doação.

Norton Nascimento

Norton Nascimento foi um ator que brilhou em diversas novelas da Globo. Em 2003, o astro paraense teve que fazer um transplante de coração. Ele chegou a ir no Fantástico para agradecer a família do doador. Norton, na ocasião, foi um dos seis casos prioritários em uma lista de 60 pessoas. Quatro anos após a cirurgia, Norton morreu. Ele tinha 45 anos.

Stevie Wonder

Dono de grandes hits, o cantor Stevie Wonder passou por um transplante de rim. A cirurgia foi realizada em 2019. Apesar da cirurgia, o motivo do transplante não foi divulgado. A imprensa destacou que se tratava de um 'problema sério'.

Fotos: Reprodução/Instagram/YouTube

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (5) não ser possível atribuir a alta de casos de Covid-19 no país à nova variante EG.5, conhecida como Eris. De acordo com o ministério, houve elevação de 6% no número de casos confirmados de Covid-19, na comparação entre as semanas epidemiológicas 31 (30 de julho a 5 de agosto) e 32 (6 de agosto a 12 de agosto). A alta, segundo a pasta, no entanto, está dentro do esperado para o período.

“Conforme dados enviados pelas Secretarias Estaduais de Saúde, entre as semanas epidemiológicas (SE) 31 e 32 de 2023, foi observado um aumento de 6% no número de casos de Covid-19 notificados, taxa dentro do esperado para essa época do ano, quando aumentam os casos de infecções respiratórias. Ainda é prematuro afirmar que o aumento é causado pela nova variante EG.5”, disse a pasta, em nota.

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Até o momento, foram notificados quatro casos da nova variante EG.5 no Brasil: dois em São Paulo, um no Distrito Federal e um no Rio de Janeiro.

O ministério reforçou que a vacinação continua sendo a principal medida para prevenir casos graves da doença. “Mantém-se a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle, como o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus”. 

A pasta ainda destacou que toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponibilizando, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo em pessoas dos grupos de risco.

Aumento de casos

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a positividade dos testes de Covid-19 passou de 6,3%, na semana de 27 de julho a 4 de agosto, para 13,8%, na semana de 12 a 18 de agosto. A entidade utiliza dados de empresas privadas que representam 65% do volume de exames realizados pela saúde suplementar no país.

Segundo o Instituto Todos Pela Saúde, que usa dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin, a taxa de resultados positivos para SARS-CoV-2 (Covid-19) dobrou em um mês, passando de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto. Os percentuais mais elevados foram observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). 

Para o virologista e pesquisador do Instituto Todos Pela Saúde, Anderson Fernandes de Brito, a alta dos resultados positivos pode estar ligada a chegada da nova variante no Brasil. 

“Quando a gente olha, por exemplo, para dados de países que estão ainda mantendo volumes maiores de sequenciamento [genômico das variantes] como os Estados Unidos, por exemplo, a gente observa que a variante EG.5 tem aumentado de frequência de semana após semana”, destaca Brito. 

“Existe um certo atraso entre coletar uma amostra e isso se tornar um genoma [no Brasil]. E esse atraso, às vezes, ele pode levar semanas, duas, três, quatro semanas. Isso é um padrão muito comum. Então vai levar um tempo para que a gente observar que essa variante está aumentando em frequência [também no Brasil]”, acrescentou.

O virologista destacou que a vacinação contra a Covid-19 é a melhor maneira de se proteger da doença.

A dor crônica na perna direita foi um tormento na vida da pintora Frida Kahlo, um dos maiores nomes das artes plásticas da América Latina. Infectada pelo poliovírus aos 6 anos, a mexicana teve que conviver toda a vida com as sequelas da poliomielite, que deixaram a perna atrofiada, mais fina e curta que a outra.

Acometido pelo mesmo vírus, o jornalista Boris Casoy só começou a andar aos 9 anos de idade, depois de uma cirurgia feita nos Estados Unidos para tratar sequelas causadas pela poliomielite. O compositor canadense Neil Young também precisou reaprender a andar após se recuperar de um quadro da doença, que quase o levou à morte.

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Histórias como essas só se tornaram raras devido à vacinação contra a poliomielite. A imunização avançou com mais força na segunda metade do século 20. Antes que isso acontecesse, a doença paralisava mil crianças por dia no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde – por isso passou a ser temida e mais conhecida com o nome de paralisia infantil.

Especialista em vacinas e integrante da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações do Estado de São Paulo, o médico Guido Levi explica que há um consenso internacional de que as vacinas foram o fator de maior impacto na saúde humana nos últimos anos, sendo tão importantes quanto o acesso ao saneamento básico e à água potável.

"Calcula-se que, no mundo todo, nos últimos 200 anos, a vacinas seriam responsáveis por um aumento médio de 30 anos no tempo de vida das pessoas. No Brasil, isso ocorreu em um período muito mais curto e mais recente. No início da década de 1970, o tempo de vida médio da nossa população era de 45 anos. Hoje, é mais de 75 anos. O principal fator para isso foi a criação do Programa Nacional de Imunizações [PNI], em 1973", afirma.

"Todos que temos mais idade ou estudamos esse período vimos crianças com muletas, pernas mecânicas ou coisas piores. Quando a doença acometia os nervos que controlavam a respiração, a criança ia para um pulmão de aço, uma máquina que fazia sua respiração artificialmente. E, lá, elas entravam para ficar o resto da vida. Visitei uma enfermaria de pulmão de aço e foi uma das coisas mais chocantes que aconteceram na minha carreira profissional."

Varíola erradicada

A poliomielite é um dos casos mais emblemáticos dessa transformação, mas não foi o primeiro. Em 1980, as vacinas levaram a humanidade a erradicar a varíola, enfermidade responsável por milhões de mortes e associada a crises sanitárias ao longo da história, como a epidemia que culminou na Revolta da Vacina, no Brasil. Para se ter uma ideia da gravidade da varíola, é preciso destacar que a doença fez 300 milhões de vítimas apenas no século 20. A dimensão desse número supera as mortes causadas pelas duas guerras mundiais e o Holocausto nazista, além de diferentes estimativas de vítimas da colonização europeia na América.

A coordenadora da Assessoria Clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Lurdinha Maia, destaca que erradicar uma doença como essa é a maior prova dos benefícios da vacinação. "A importância da vacinação na idade certa e no tempo adequado tem como maior exemplo não termos mais a varíola no mundo inteiro. Essa é uma doença terrível, que dizimou a população mundial. Quando a gente fala de pólio, o último caso no Brasil foi em 1989, em Souza, na Bahia. E o último caso nas Américas foi em 1994. Infelizmente tivemos agora um caso no Peru. Isso deixa em alerta todos os países vizinhos."

A história das vacinas e a história da varíola se misturam, uma vez que o primeiro imunizante do mundo foi desenvolvido para prevenir contra essa doença. O inglês Edward Jenner, no século 18, inventou a primeira vacina na tentativa de conter a varíola, e conseguiu amenizar os casos graves em pacientes vacinados. As primeiras epidemias de varíola foram oficialmente registradas na Europa durante a Idade Média, no século 10. Cientistas investigam, porém, vestígios muito anteriores que indicam possibilidades de casos no Antigo Egito, nas Cruzadas e navegações vikings.

No Brasil, a história da doença está relacionada à colonização, e o primeiro surto registrado de varíola ocorreu em meados de 1555, quando a enfermidade foi introduzida no Maranhão por colonos franceses. O tráfico de africanos escravizados e a imigração portuguesa também causaram surtos no país, do litoral para o interior. A eliminação da doença no Brasil é anterior à criação do PNI, e se deu em 1971, seis anos antes do último surto no mundo, registrado em 1977, na Somália. Em 2023, o programa completa 50 anos.

Vitória contra a pólio

No Brasil, as campanhas contra a doença ganharam força na década de 1980, e o último caso registrado foi em 1989. Pesquisador de Bio-Manguinhos/Fiocruz desde a década de 1960, Akira Homma participou do trabalho de estruturar a produção das vacinas contra a poliomielite no Brasil, decisivo para que a doença fosse erradicada.

Homma integrou, como técnico, os primeiros testes da vacina oral contra a poliomielite no país, na década de 1960, no Instituto Adolfo Lutz, e ajudou a organizar o laboratório de virologia quando entrou na Fiocruz, em 1968, participando do isolamento e caracterização do vírus da pólio. Após experiências no exterior, Homma chegou à direção de Bio-Manguinhos nas décadas de 1970 e 1980, quando a produção da vacina oral no Brasil foi de fato estruturada.

Ele destaca que fabricar a vacina no país foi de extrema importância, mas a mobilização social para que as vacinas chegassem às crianças na época, por meio dos dias nacionais de Vacinação, também teve um papel central.

"O governo federal possibilitou a adesão de todos os ministérios à campanha, e também toda a sociedade brasileira foi envolvida nesse processo. Houve uma motivação muito grande da sociedade e até da iniciativa privada. Houve a participação de milhares de voluntários, e também a mídia explicando o papel da vacinação. Em 1980, tínhamos 1.290 casos de poliomielite. Em 1981, caiu para 122. Em 1982, para 42 casos. E, em 1989, acontece o último caso. Esse é o impacto de altas coberturas vacinais. Em um dia se conseguia vacinar 18 milhões de crianças."

Apesar da vitória nacional contra a doença no passado, a poliomielite ainda existe de forma endêmica no Afeganistão e no Paquistão, e teve casos pontuais registrados recentemente no continente africano, nos Estados Unidos, em Israel e no Peru.

Tétano materno e neonatal

Ameaça grave à saúde dos recém-nascidos, o tétano materno e neonatal era conhecido como o "mal dos sete dias", porque surgia a partir de uma semana após o parto e tinha uma evolução aguda e letal, causando contraturas musculares generalizadas que poderiam se agravar até impedir a respiração. A doença foi considerada eliminada de todo o continente americano em 2017, mas chegou a ser responsável por mais de 10 mil mortes de recém-nascidos ao ano na região. No Brasil, foi eliminada em 2012.

Os bebês são contaminados pela bactéria causadora do tétano durante o parto, por motivos como falta de condições e instrumentos esterilizados, mas a vacinação das gestantes e mulheres em idade fértil com a vacina contra tétano, difteria e coqueluche acelular (dTpa) foi um motivo decisivo para essa doença ter praticamente desaparecido, porque os anticorpos são transmitidos pela mãe aos filhos.

"Hoje, a maior parte das enfermarias de tétano que existiam está fechada, principalmente pelo uso bastante extenso da vacinação antitetânica", conta Guido Levi. "As crianças morriam rapidamente, em poucos dias. No máximo, em uma semana ou duas. Também não havia tratamento adequado."

Rubéola congênita

A eliminação da síndrome da rubéola congênita é outro motivo para comemorar o sucesso da vacinação. Transmitida pela placenta ao feto, a infecção da mãe pelo vírus da rubéola pode resultar em aborto, morte fetal ou anomalias congênitas como diabetes, catarata, glaucoma e surdez, sendo este último o sintoma que aparece primeiro. Dependendo da fase da gestação em que ocorrer a infecção, a chance de a doença atingir o feto chega a 80%.

Os últimos casos da doença foram registrados no Brasil em 2010, e a síndrome foi declarada eliminada do continente americano em 2015. A consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Carla Domingues ressalta que as sequelas causadas pela síndrome da rubéola congênita são irreversíveis, e, assim como em outras infecções, os problemas podem afetar diversas áreas da vida.

"São doenças que podem trazer problemas neurológicos seriíssimos que vão comprometer o lado cognitivo das crianças e o aprendizado", alerta.

A atriz Sthefany Brito, irmã de Kayky Brito, e o padrasto Joe, chegaram ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio, no início da tarde deste sábado (2) para visitá-lo. O ator  foi atropelado nesta madrugada na Avenida Lucio Costa, na Barra da Tijuca, está internado no CTI.

Kayky sofreu politrauma corporal e traumatismo craniano. O ator foi atropelado por um motorista de aplicativo quando atravessava a via, na altura do condomínio Barra Bella.Pelo Instagram, Sthefany informou que o irmão está passando por exames e que seu estado de saúde é considerado grave, 

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O motorista que conduzia o veículo foi encaminhado à 16ªDP (Barra da Tijuca) e ao Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, onde fez o exame de alcoolemia. Segundo a polícia, não foi constatada a ingestão de bebida alcoólica pelo atropelador.

 

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça a recomendação para que todas as pessoas tomem a vacina bivalente contra a Covid-19. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, “neste momento, a melhor forma de prevenção contra o vírus, incluindo a subvariante Ômicron EG.5.13, conhecida como Éris, é a vacina bivalente, que está disponível nos postos de saúde dos 92 municípios do estado”, alertou.

O secretário fez apelo à população para que compareça hoje (2) aos postos de saúde no Dia D de Multivacinação. “Nós estamos convocando todas as crianças que ainda não tomaram as doses da vacina no período adequado que compareçam às unidades de saúde para completar a caderneta de vacinação. A população deve aproveitar também para tomar a vacina bivalente, principalmente às pessoas acima de 60 anos para reforçar a imunização contra a Covid-19”, avaliou.

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Subvariante da Ômicron

A cidade do Rio de Janeiro teve o primeiro registro da nova linhagem da subvariante da Ômicron, conhecida como Éris ou EG.5.11(23). O caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS/SES-RJ) na noite da última quarta-feira, (30), após confirmação pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente, de 46 anos, não foi imunizado com a dose de reforço da vacina bivalente contra a Covid-19. A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que todas as pessoas maiores de 12 anos tomem a dose de reforço, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron.

Casos importados

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), informou que os dois casos mais recentes, provavelmente foram de pessoas que contraíram a doença fora do Rio. Os casos envolvem uma paciente do sexo feminino, de 34 anos, e um bebê do sexo masculino, de um ano de idade. Os dois são da mesma família e iniciaram os sintomas da doença, na segunda semana de agosto, nos dias 10 e 11. Eles apresentaram febre e sintomas respiratórios, uma semana após retornarem da Chapada dos Veadeiros (GO). Os sintomas apareceram inicialmente em um deles, com um quadro de resfriado de curta duração, quatro dias após o retorno da viagem.

As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Virologia Molecular/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em nota, a UFRJ informou que “o histórico de retorno recente de localidade com grande concentração de turistas internacionais de variadas procedências e o curto espaço de tempo para o adoecimento apontava para infecção importada, seguida de infecção intradomiciliar”. Os dois passam bem.

O quadro clínico de Fausto Silva está avançando de forma bastante positiva. Nesta sexta-feira (1º), o Hospital Israelita Albert Einstein afirmou que o apresentador deixou a UTI e foi levado para uma unidade semi-intensiva. De acordo com o comunicado, Faustão está evoluindo bem.

"A função cardíaca permanece normal, sem intercorrências. Hoje, foi transferido para a semi-intensiva e dá continuidade ao processo de reabilitação", disse a nota, assinada pelos médicos Fernando Bacal, Fábio Antônio Gaiotto e Miguel Cendoroglo Neto.

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Nessa quinta-feira (31), o comunicador exaltou o Sistema Único de Saúde (SUS). "Só tenho a agradecer aos meus médicos e ao SUS. Tudo isso também é graças ao SUS. Não é porque eu tenho dinheiro que estou bem. Tudo isso que eu fiz também é feito no SUS, e isso precisa ser valorizado. É importante que todos se informem sobre, e essa será agora a minha missão", declarou, em entrevista ao site Uol.

Faustão fez uma cirurgia de transplante de coração no dia 27 de agosto. O procedimento durou duas horas e meia. O pai de João Silva estava na fila de espera do SUS desde o dia 8 de agosto. O comunicador está internado, em São Paulo, desde o dia 5 de agosto.

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O número de doadores de órgãos no estado de São Paulo cresceu mais de 10% em 2023, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. De janeiro a 30 de agosto deste ano, houve 696 doadores e, no mesmo período do ano passado, o total ficou em 631.

Para o governo, isso se deve às campanhas de estímulo à doação e a casos de grande repercussão na mídia. Entre 20 e 26 de agosto, houve um aumento de 86% nos doadores, passando de 15 na mesma semana de 2022 para 28 neste ano.

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O apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, recebeu um novo coração em um transplante no último domingo (27). O doador foi Fábio Cordeiro da Silva, que morreu no sábado (26), vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).

Em relação aos procedimentos realizados, também houve alta de 10,5%. Foram feitos 5.077 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas no estado de São Paulo neste ano. Em 2022, foram 4.592 procedimentos.

Como funciona a doação

Para ser um doador de órgãos basta comunicar a família sobre esse desejo. No caso de pessoas mortas, a autorização para a doação deve ser dada por familiares com até o 2º grau de parentesco. No último ano, as recusas de autorização da doação por parte das famílias caíram de 41% para 38,6%.  

“A doação entre vivos só ocorre se não houver nenhum problema de saúde para a pessoa que está doando”, destaca o comunicado da secretaria. As diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) estabelecem que pessoas com diagnóstico de Covid-19 com menos de 28 dias da regressão completa dos sintomas não podem ser doadores.

Lista de transplantes em SP

A gestão do cadastro técnico dos potenciais receptores de órgãos doados é feita pelo Sistema Estadual de Transplantes (Central Estadual de Transplantes). Todo paciente que precisa de um transplante é inscrito nesse cadastro e uma equipe faz o acompanhamento durante a etapa anterior ao procedimento, como também após.

A central faz a distribuição dos órgãos de acordo com alguns critérios definidos por lei, como igualdade do grupo sanguíneo ABO seguido de compatibilidade; o tempo de inscrição do receptor (classificação por ordem cronológica de inscrição); relação antropométricas (como peso e altura) entre doador e receptor e, para casos graves, com risco iminente de morte, situações de priorização.

Essa análise é feita a partir da documentação que comprove o estado de gravidade do possível receptor. Tudo é analisado pela câmara técnica, que é um colegiado formado por médicos das principais equipes transplantadoras que vão avaliar a situação.

“É importante lembrar que cada estado possui a sua própria lista de espera e nenhum paciente pode estar inscrito em duas listas de estados diferentes”, destaca a secretaria.

Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tipo de câncer de pele mais comum vão ter um novo tratamento desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). A tecnologia 100% nacional promete um tratamento rápido, com menos desconforto e foi aprovado para uso na saúde pública. 

Uma casquinha no nariz foi como a dona de casa Helena Pontieri Morales descobriu a lesão de câncer de pele no rosto. Ela passou por um tratamento de terapia fotodinâmica, que está revolucionando a dermatologia no país. A inovação permite que pacientes como ela não precisem mais passar por cirurgia. 

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“Só deu uma queimadinha e pronto”, conta Helena sobre o procedimento a laser.

O tratamento é oferecido gratuitamente no Hospital Amaral Carvalho, na cidade de Jaú, no interior paulista, um dos 70 centros de estudos que utilizam a terapia. As lesões que podem ser tratadas são as não melanoma, que respondem pela maioria dos casos de câncer de pele entre os brasileiros.

“O foco do nosso projeto é o carcinoma basocelular em fase inicial de tratamento, uma lesão pequena, com subtipo histológico específico para ser contemplado, para receber a terapia fotodinâmica”, explica a dermatologista Ana Gabriela Sálvio. 

Esse aparelho já tratou mais de 5 mil lesões e está presente em nove países da América Latina. O custo do tratamento gira em torno de R$ 200 a R$ 300 por lesão de pele com até um centímetro.

Após ter esta pomada absorvida pela pele, o paciente passa por uma terapia fotodinâmica, que mata as células cancerígenas. Em apenas duas sessões, de apenas 20 minutos, mais de 90% dos pacientes já podem sair curados.

A terapia é desenvolvida há 20 anos pela USP de São Carlos. O Brasil é considerado o país que mais investiu na técnica fotodinâmica no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Foram mais de R$ 10 milhões, com incentivos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Saúde e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Um dos grandes desafios do Brasil é colocar a inovação brasileira no nível de produção científica. Somos o 13º país em produção de ciência no mundo, mas o 54º país em inovação de novos produtos, sistemas e soluções para o mundo real. Este exemplo aqui de São Carlos é a ciência básica sendo transformada em inovação e um produto que soluciona um problema do SUS", avalia Celso Pansera, presidente da Finep.

O tratamento já está disponível há cerca de 10 anos no sistema privado. Com o desenvolvimento de uma tecnologia nacional, em julho deste ano, o aparelho foi aprovado para uso no SUS.

“É um sucesso muito grande. Como é uma técnica relativamente barata e conveniente, fácil, que não exige grande infraestrutura, ela é especialmente adequada para o Sistema Único de Saúde, que precisa disponibilizar para um número muito grande de pessoas da sociedade”, aponta o pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto Física São Carlos, da USP.

O Ministério da Saúde foi procurado pela TV Brasil para saber quando a tecnologia vai estar disponível no SUS, mas não houve resposta.

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