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A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (FENAUTO) divulgou, na última quinta-feira (4), seu relatório sobre o resultado das vendas de veículos seminovos e usados no mês de abril. Segundo o estudo, o total de vendas acumuladas neste ano é superior em 18,8% ao mesmo período do ano passado, já tendo alcançado a marca de 4.401.580 unidades. 

O relatório também mostra que a comparação entre abril deste ano com abril de 2022, também foi positiva em 10,7%. Foram vendidos, no mês passado, 1.039.256 unidades, destacando-se o GOL, o FIAT Uno e o FIAT Palio como os mais procurados pelos consumidores nesse período.

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“Considerando o número de dias úteis em abril, o que ocasionou uma queda de –20,7% em termos absolutos, ou seja, unidades vendidas, podemos considerar que o resultado foi razoável. Como já antecipamos em nossas análises anteriores, aparentemente entramos em um processo de estabilidade que, dependendo do desempenho da economia, pode se manter ao longo do ano”, analisou o presidente da FENAUTO, Enilson Sales. 

A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores é a entidade representativa do Setor de Automóveis Seminovos e Usados, reunindo 27 associações regionais por todo o país que, por sua vez, congregam cerca de 48 mil revendedores de veículos seminovos e usados. 

Ainda sem sinal da redução do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos motoristas em geral ou da proposta de isenção da cobrança aos motoboys, nesta terça-feira (7), a governadora Raquel Lyra (PSDB) publicou um decreto que permite que os compradores de veículos usados parcelem o pagamento. Antes, o novo dono tinha que pagar o imposto em parcela única.

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O Decreto nº 54.432 foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e permite que o IPVA seja parcelado em três vezes, desde que a venda ocorra antes do vencimento das parcelas do ano corrente. O Governo do Estado explicou que a mudança atende ao setor de comercialização de seminovos em Pernambuco. 

“A forma como era feita a transferência, exigindo que se quitasse o IPVA em parcela única, tornava mais dispendioso a compra de um veículo usado. Estamos garantindo isonomia nessa cobrança, permitindo o pagamento parcelado. Essa é a primeira medida de outras que a governadora Raquel apresentará para ajudar o ambiente de negócios em Pernambuco”, comentou o secretário da Fazenda Wilson José de Paula.

A governadora também adiou para o prazo de apresentação do requerimento de isenção do IPVA para veículos de propriedade de pessoa com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autista para o dia 28. O limite era até o fim de janeiro.

Os celulares seminovos ganham espaço em 2022, impulsionados tanto pelo desejo de um aparelho compatível com a nova internet 5G quanto pela redução do poder de compra do brasileiro, que busca por alternativas aos smartphones que partem de R$ 1 mil e podem chegar a R$ 15,5 mil.

Os celulares com 5G mais baratos do mercado na atualidade são o Galaxy M23, da Samsung, e o Xiaomi Redmi 9, vendidos por até R$ 1.500. Em sites de produtos usados, é possível encontrar aparelhos com 5G a partir de R$ 650, como o Moto G 5G, da Motorola.

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O preço médio da categoria de celulares no Brasil foi de R$ 1.845,25 em 2021, alta de 19,51% em relação a 2020, segundo a consultoria IDC.

Dos mais de 40 mil anúncios de celulares na plataforma de vendas da OLX, metade já é de smartphones compatíveis com o 5G. Conforme Regina Botter, gerente-geral da OLX, normalmente o preço de um celular seminovo na plataforma digital da empresa pode ser até 38% menor do que o de um novo. "Um item pode ter três ou quatro vidas úteis. Em média, nossos consumidores têm R$ 4 mil em produtos que não utilizam mais e podem ser comercializados como usados. Isso viabiliza tanto a compra de itens por preços menores para quem precisa quanto uma renda extra para quem tem algo a vender", diz.

Reinaldo Sakis, gerente de pesquisas de mercado da IDC, diz que, além do interesse em buscar um aparelho compatível com a nova rede de internet móvel, o brasileiro precisa gastar menos, o que leva à procura de celulares usados. "A tendência de crescimento de vendas de celulares seminovos tem a ver com o momento nacional. O brasileiro não tem renda o suficiente para comprar um smartphone novo, mas ele é um produto necessário", diz Sakis. Segundo pesquisa da IDC, o faturamento do mercado de smartphones usados no Brasil foi estimado em R$ 2,8 bilhões em 2021, com expectativa de atingir R$ 5 bilhões em 2024.

PLATAFORMAS

Listada na B3, a Bolsa brasileira, a Allied Tecnologia, que atua na distribuição de eletrônicos no País, observa que o gasto médio na compra de dispositivos subiu de R$ 506, no segundo trimestre de 2021, para R$ 750 no de 2022.

No fim do ano passado, a empresa anunciou a aquisição da Brused, de compra e venda de iPhones usados. Em junho, a empresa lançou um novo portal de comércio eletrônico, o Trocafy, no qual venderá produtos de todas as marcas.

Assim como a Trocafy, a Trocafone compra celulares e faz uma reforma para revendê-los com certificação de qualidade e garantia.

"Já passamos pela migração para o 4G no passado. O que acontece nessas mudanças é que a maioria das operadoras quer migrar a base de clientes para a nova tecnologia. Nesse momento, elas oferecem aos clientes a possibilidade de trocar celular 4G por 5G. Isso aumenta o número de aparelhos seminovos do inventário", afirma Guille Freire, cofundador e CEO da companhia. (Colaborou Jessica Brasil Skroch)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora a pandemia causada pelo coronavírus tenha abalado diversos segmentos da economia, o mercado de veículos usados tem dado respostas consideráveis em relação ao reaquecimento do setor no Brasil. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o mês de setembro foi o mais positivo do segmento em 2020 com quase 1,4 milhão de carros negociados.

De acordo com a Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores  (Fenauto), o número do Denatran indica uma alta de 12% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram registradas quase 1,25 milhão vendas de veículos. Além de colaborar para que a engrenagem da economia volte ao ritmo normal, os carros também passaram a ser aliados dos condutores em relação à saúde. Em meio ao surto de Covid-19, muitas pessoas abandonaram o risco de contágio no transporte público e optaram pela compra de um automóvel usado para se locomover de casa para o trabalho.

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É o caso da professora de ginástica artística e personal trainner Sheila Hipólito, 36 anos. Segundo ela, o aumento da demanda de trabalho e o maior risco de contágio nos transportes coletivos a fez buscar solução no mercado de usados. "Optei por um usado porque o carro que achei está em ótimo estado, tem tudo que preciso, poucos quilômetros rodados e é mais barato que um novo", conta.

Sheila Hipólito e o pai, Flaudir Hipólito, em um passeio no seminovo adquirido em setembro | Foto: Arquivo Pessoal

A compra também foi para ajudar a afastar a Covid-19 de Sheila e da família. "Como pegava bastante transporte público, minhas chances de pegar o vírus aumentariam mais do que se eu estivesse no meu próprio veículo. Ele também vai proteger minha família, que usa o transporte público. Agora podemos recorrer ao carro", considera a professora que adquiriu um automóvel da marca Toyota/Corolla, modelo 2000, em setembro.

Efeito positivo nas agências

As empresas do segmento de automóveis também estão otimistas com o aquecimento do mercado em meio à crise do coronavírus. Para o empresário César Henrique, 48 anos, os efeitos positivos da recuperação começaram a ser observados a partir do último mês de junho. "Nos dois primeiros meses da pandemia ficamos estagnados. Já do terceiro mês em diante, houve um crescimento gradativo e constante, assim pudemos perceber um aquecimento ainda melhor nestes dois últimos meses", destaca o comerciante, que é proprietário da EcoCar Seminovos, em São Manuel (a 257 km da capital paulista).

César Henrique (à dir.) e um dos clientes da agência de veículos | Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com Henrique, a fase é tão boa que os veículos usados "sumiram" e algumas empresas não acham os itens para comercializar. "Como os seminovos estão mais atrativos neste momento que os carros zero subiram demais, a procura limitou o encontro de veículos com procedência para atender nossa demanda", comenta o empresário. "Devido a menor Taxa Selic de todos os tempos, com a lei da oferta e da procura, nosso movimento aumentou bastante", complementa.

Confiança dos especialistas

Para o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, a menor saída dos carros zero quilômetro das fábricas e as incertezas em relação à pandemia, fizeram o mercado de usados alavancar as vendas. "O consumidor não deixou de querer comprar um carro. Apenas adiou a decisão pelas incertezas e desinformação que surgiram com a pandemia. Na medida em que a situação foi sendo normalizada, com o relaxamento das medidas de quarentena, ele retomou o desejo de comprar um veículo e, como encontrou dificuldade para achar um zero quilômetro, passou a analisar com mais atenção o que o setor de usados tem para oferecer", enfatiza.

Ainda segundo Santos, a elevação nas vendas também tem influência da crise sanitária. De acordo com o presidente da Fenauto, o receio pelo contágio pode ser de fato apontado como um dos fatores para o aumento da busca pelos seminovos. "Com a compra de um veículo para seu uso, as pessoas se sentem mais protegidas do contágio. E isso, em parte, ajudou a alavancar as vendas e a rápida recuperação do setor", pondera. Para o especialista, o aquecimento do mercado não é passageiro e a confiança é de que os números continuem evoluindo para melhor.

"Os resultados semanais vêm mostrando um movimento positivo contínuo que deve se intensificar ainda até o final do ano, época em que, tradicionalmente, as vendas são mais aquecidas", comenta Santos. "Nosso setor responde, para cada carro zero que sai da concessionária, com a venda de cinco usados, o que dá uma boa ideia da importância do nosso segmento e o quanto ele é importante para gerar negócios, empregos e aquecer a economia", finaliza.

Diante da recessão econômica enfrentada em 2016, um dos mercados pôde respirar aliviado, afinal, em relação ao ano anterior, apresentou crescimento. O setor de carros seminovos e usados apresentou um crescimento de 84%, resultando em cerca de R$ 7,8 bilhões em vendas de janeiro a agosto.

Constatou-se o aumento do custo médio com as transações de seminovos e usados. Isso significa que de janeiro a agosto de 2016, a média foi de R$ 22,5 mil por automóvel, enquanto em 2015 esse dado era de R$ 19,9 mil. 

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Para o diretor da instituição, Daniel Nino, esses números apontam que o mercado de seminovos foi, de certa forma, beneficiado com a crise, à medida que os gastos dos brasileiros foram direcionados para itens mais baratos. Por conta disso, o consumidor tem preferido um seminovo, com um valor mais em conta, do que um veículo zero quilômetro, cujas prestações podem ser bem mais onerosas.  

Enquanto o mercado de carros zero quilômetro acumula queda de 25,4% no primeiro semestre em comparação a igual período de 2015, as vendas de modelos seminovos, com até três anos de uso, seguem trajetória inversa, com crescimento de 23,6%.

"Quem compra o seminovo é o consumidor que compraria o zero, mas está trocando um pelo outro", afirma Ilídio dos Santos, presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

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Segundo ele, diante da crise econômica, o veículo usado se encaixa melhor no orçamento dos consumidores. "Além da vantagem do preço, muitos modelos com até três anos ainda estão na garantia", diz Santos.

O desempenho positivo não se repete em veículos mais velhos. As vendas de carros com quatro a oito anos de uso caíram 12,9% no primeiro semestre e as de nove a 12 anos, 12,4%. A redução para aqueles com mais de 13 anos foi de 17,2%.

Ao todo, foram vendidos de janeiro a junho 4,786 milhões veículos usados, incluindo caminhões e ônibus. O número é 3,8% menor que o do mesmo intervalo do ano passado. Do total, 2,266 milhões são modelos com até três anos de uso, ou 47,3% das vendas.

O mercado de veículos zero quilômetro somou 983,5 mil unidades na primeira metade do ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Significa que, para cada novo, foram comercializados quase cinco veículos usados.

Somente em junho, as vendas de veículos usados cresceram 2,4% em relação a maio, mas foram 2,7% menores do que as de igual mês de 2015.

Em falta

Na loja de veículos seminovos Trans Am Faraj, na zona norte de São Paulo, os negócios cresceram, até agora, 12%, informa o proprietário Munir Faraj.

Modelos na faixa de preço de até R$ 100 mil, como Toyota Corolla e Honda Civic estão em falta, informa Faraj. Também carros compactos em versões mais equipadas, como Hyundai HB20 e Chevrolet Onix estão difíceis de serem encontrados.

De acordo com Faraj, boa parte dos modelos vendidos nas loja é adquirida de concessionárias de montadoras mas, com a queda nas vendas de novos, o usado fica escasso.

"Grande parte dos consumidores deixa o usado como parte do pagamento de um zero, mas, com a situação econômica atual, essa troca não está ocorrendo", diz. Segundo ele, muitos dos negócios feitos atualmente envolvem a troca do automóvel mais novo por outro mais velho para sair da loja com algum dinheiro para pagar outras dívidas.

Faraj diz que também tem sido procurado por consumidores que querem vender carros adquiridos recentemente pois não conseguem pagar o financiamento, alguns deles por terem perdido o emprego.

Motocicletas

A venda de motos usadas caiu 2,3% na primeira metade do ano na comparação com o primeiro semestre de 2015 - para 1,336 milhão de unidades. Já o mercado de motos novas recuou 17,7% no mesmo período, para 547 mil unidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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