Tópicos | Steve Jobs

Steve Jobs foi descrito como uma pessoa cuja influência foi além dos produtos e definiu uma cultura, disse o presidente da Walt Disney Co., Bob Iger, em comunicado à imprensa. Jobs fazia parte do conselho da Disney.

Segue a íntegra da nota:

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"Steve Jobs foi grande amigo e conselheiro confiável. Seu legado se estenderá além dos produtos que criou ou do negócio que construiu. Serão as milhões de pessoas que ele inspirou, as vidas que ele mudou e a cultura que ele definiu.Steve foi um verdadeiro 'original', com uma perfeição criativa, uma mente imaginativa que definiu uma era. Apesar de tudo o que conquistou, parecia que ele tinha apenas começado.Com seu falecimento, o mundo perdeu um homem raro, a Disney perdeu um integrante de sua família e eu perdi um grande amigo. Nossos pensamentos e orações estão com sua esposa Laurene e seus filhos durante esse momento difícil". As informações são da Dow Jones.

O cofundador da Apple, Steve Jobs, faleceu "tranquilamente" ao lado de seus familiares nesta quarta-feira, informou a família em nota à imprensa. Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em São Francisco (EUA) e criado por pais adotivos, Steve Paul Jobs chegou à fama e ao sucesso empresarial em 1984 quando ajudou a criar e lançar o Macintosh.

Segue a íntegra do comunicado:

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"Em sua vida pública, Steve foi conhecido como um visionário; em sua vida privada, ele cultivou sua família. Estamos agradecidos às pessoas que compartilharam seus anseios e orações durante o último ano da doença de Steve; um site será criado para aqueles que desejam fazer homenagens. Agradecemos o apoio e a gentileza daqueles que compartilham nossos sentimentos por Steve. Sabemos que muitos de vocês estarão em luto conosco e pedimos que respeitem nossa privacidade neste momento de dor." As informações são da Dow Jones.

No mundo árido da informática, o empresário Steve Jobs, que morreu hoje na Califórnia, aos 56 anos, deu cores e beleza aos computadores. Cofundador da Apple Computer Inc. e do estúdio Pixar, mais tarde comprado pela Disney, Steve Jobs trabalhou na ponta da inovação desde a era do Macintosh, o computador da Apple que na década de 1980 trazia um ambiente bem mais amigável para o usuário que os sistemas operacionais DOS e Windows 3.1 da rival Microsoft, bem como os computadores pessoais de cor bege - as máquinas da Apple eram coloridas.

Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em São Francisco (EUA) e criado por pais adotivos, Steve Paul Jobs chegou à fama e ao sucesso empresarial em 1984 quando ajudou a criar e lançar o Macintosh - um computador pessoal com uma interface agradável e diferente do que havia até então, além de um sistema operacional palatável ao consumidor. O começo da década de 1980 marcou, nos Estados Unidos, o advento do computador pessoal e o início da difusão em larga escala da internet. O Macintosh era um computador que tinha mais recursos gráficos e por isso caiu no gosto dos consumidores.

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Em 1985, Jobs foi afastado temporariamente da Apple pelo conselho de administração após brigas internas. Ele fundou outra empresa de informática, a NeXT, e em 1986 comprou da Lucasfilm os estúdios de computação gráfica Pixar, que então começaram sua trajetória de usar recursos digitais nos desenhos animados. O Pixar iniciou uma parceria lucrativa com a Disney, produzindo mais tarde (anos 1990 e 2000) filmes como "Toy Story", "Monstros SA", "Procurando Nemo", "Cars" e vários outros desenhos de qualidade e enredo refinados, que conquistaram crianças e adultos no mundo inteiro.

Jobs voltou à Apple em 1997, após a empresa, então à beira da falência, ter comprado a NeXT. Ele foi trazido como consultor e conseguiu salvar a Apple com o sistema operacional Mac OS, que unia a estabilidade dos sistemas operacionais Unix à plataforma Macintosh.

Mas Jobs inovou não apenas com computadores e desenhos animados: desenvolveu um sistema, o iThunes, que permitiu aos consumidores escutarem músicas em aparelhos portáteis, entre eles o iPod, lançado em 2001 pela Apple. Em 2000, a Apple tinha valor de mercado de US$ 5 bilhões. Em 2009, o valor de mercado da corporação era de US$ 170 bilhões, de acordo com a revista Fortune.

Jobs era considerado arrogante na indústria. "Você é incrivelmente arrogante - você não sabe o que não sabe", disse Andy Groove, ex-executivo-chefe da Intel, a Jobs durante um jantar em Palo Alto, no Vale do Silício, em 1983. A resposta de Jobs, contou Groove 25 anos depois: "Me ensine. Me diga o que eu preciso saber". A entrevista de Groove foi dada ao jornalista Michael V. Copeland, da Fortune.

Em 2008, os problemas de saúde de Jobs, que aparentemente datavam de 2006, vieram à tona. O empresário visivelmente perdia peso e isso ficou claro quando dava suas populares palestras. Com os rumores persistentes sobre que doença o empresário sofria, Jobs publicou uma carta à comunidade da Apple em 5 de janeiro de 2009, explicando que pela primeira vez "em uma década" passava o feriado do Natal e Ano Novo junto à esposa e aos quatro filhos. Jobs disse que sofria de um descontrole hormonal, que roubava as proteínas do seu corpo. Especulações publicadas na imprensa dos EUA diziam que ele sofria um câncer de pâncreas e ficaria afastado da Apple durante meses.

Uma matéria do Wall Street Journal esclareceu um pouco o episódio: segundo o jornal, Jobs sofreu um transplante de fígado no Tennessee em abril. Ele voltou ao trabalho em julho.

No começo de novembro de 2009, a Fortune elegeu Steve Jobs o executivo-chefe (CEO) da década passada. A publicação destacou em seu site que Jobs desafiou "as piores condições econômicas desde a Grande Depressão e os seus próprios e sérios problemas de saúde", e "reviveu a Apple".

"Nos últimos dez anos Jobs reordenou "radicalmente e de maneira lucrativa três mercados - o da música, o dos filmes e o dos telefones móveis - e o impacto em sua indústria original, de informática, apenas cresceu", escreveu a revista.

Steve Jobs, cofundador da Apple, faleceu nesta quarta-feira, anunciou a companhia. Num breve comunicado, a Apple informou que Jobs morreu hoje, aos 56 anos de idade. Jobs lutava havia anos contra um câncer no pâncreas. As informações são da Associated Press.

Com lançamento mundial marcado para dia 21 de novembro, o biografia de Steve Jobs, única que contou com a colaboração do co-fundador da Apple, já possui preço sugerido. Oferecido no Brasil pela Companhia das Letras, ela será composto de mais de 632 páginas, irá custar R$ 49,90 e já está disponível para pré-venda em algumas livrarias do país.

A obra irá incluir também um capítulo extra sobre a saída de Jobs da Apple, que aconteceu no fim de agosto. Na ocasião, por meio de uma carta endereçada à “diretoria da Apple e à comunidade da Apple”, Steve Jobs, que já estava de licença médica desde janeiro deste ano, afirmou que caso houvesse um dia em que “não pudesse mais atender minhas expectativas e deveres como CEO da Apple, seria o primeiro a deixá-los sabendo”, e, por fim, declarou que esse momento havia chegado.

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Tim Cook, que já era responsável pelas tarefas de Jobs desde seu afastamento, foi indicado por Jobs como seu sucessor, o que foi prontamente consumado pela Apple. 

A  biografia autorizada do cofundador da companhia de Cupertino conta com mais de 40 entrevistas feitas durante dois anos, além de outras conversas com familiares, amigos e concorrentes de Jobs. 

No texto, o bilionário afirmou que pediu que seus parentes fossem sinceros nas respostas dadas ao jornalista, e comentou sobre as escolhas erradas no passado. “Fiz muitas coisas que não acho louváveis, como ter engravidado minha namorada aos 23 anos de idade e a maneira como encaminhei a questão. Mas não tenho nenhum segredo a esconder”, afirmou.

O livro, escrito pelo jornalista Walter Isaacson, que já biografou famosos como Albert Einstein e Benjamin Franklin, pode ser encontrado em pré-venda nas livrarias FNAC e Submarino por R$ 49,90. Jás nos sites da Livraria Cultura, Livraria da Folha e Saraiva, o título pode ser adquirido pelo preço promocional de R$ 39,90. 

Apesar de a saída de Steve Jobs da cadeira de CEO da Apple, por causa da saúde debilitada, ter marcado uma grande mudança no desenvolvimento da companhia, uma coisa que provavelmente não será afetada com a mudança — por enquanto, ao menos — é a imagem da empresa.

Uma nova pesquisa da consultoria ChangeWave Research afirma que o fim da trajetória de Jobs no posto mais alto da empresa não interfere na adoção de seus produtos pelos consumidores.

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No levantamento realizado no início do mês, apenas 4% dos entrevistados disseram que estariam menos propensos a comprar produtos da Apple sem Jobs no comando. Já 1% disse que a saída do executivo aumentou as chances de comprarem produtos da empresa, enquanto 6% não souberam responder. Isso significa que cerca de 90% dos consumidores entrevistados continuarão com a mesma intenção de compra de produtos da Apple, não importando quem ocupe o cargo de CEO.

Para efeito de comparação, em 2008 o número de pessoas que provavelmente não comprariam produtos da Apple sem Jobs era muito maior. Uma pesquisa da ChangeWave realizada naquele ano descobriu que 18% dos entrevistados tinham menos chances de comprar aparelhos da Apple sem o comando de Jobs — a pesquisa foi feita após a Bloomberg publicar um obituário do executivo por engano.

iPad

Além disso, a ChangeWave descobriu outros bons números para a Apple em uma pesquisa feita em agosto. Quase 85% dos entrevistados que planejam comprar um tablet disseram que o iPad seria o escolhido. Esse número fica em 80% entre os usuários corporativos  bem atrás estão a Samsung, com 7% das intenções de compra, e a Motorola, com 4%.

Steve Jobs é, sem sombra de dúvida, o maior visionário que a revolução da tecnologia já produziu. Mas quando o assunto é filantropia, ele está mais para o Tio Patinhas do que para Bill Gates. Pelo menos é o que afirma um artigo divulgado pelo New York Times.

De acordo com o colunista Andrew Ross Sorkin, o executivo da Apple, apesar de ter acumulado uma fortuna de mais de 8 bilhões dólares, não traz em sua história registros de nenhuma doação significativa para auxiliar pessoas necessitadas ou para fazer um mundo melhor.

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E o texto vai além: cita oportunidades em que ele teria demonstrado descontentamento sobre esse tipo de ação. Como líder da companhia, por exemplo, o jornal afirma que Jobs desestimulou essa prática na companhia: “enquanto várias empresas de alta tecnologia têm programas voltados para a filantropia, que incentivam seus funcionários, a Apple não faz isso”, diz o texto.

E lembra que a Stanford Social Innovation Review, revista sobre ações sem fins lucrativos, classificou a Apple em 2007 como uma das “empresas norte-americanas que menos investem em responsabilidade social”.

Mas, como o próprio autor do artigo admite, há a possibilidade de Jobs ter feito doações anônimas (o que seria muito melhor do que ficar “alardeando sua bondade”). Ele também ressalta que muitos executivos entraram para o mundo das boas causas quando eram mais velhos que o executivo da Apple. Ou seja, ainda daria tempo.

E você, o que acha da questão? Deixe seu comentário.

 

 

A notícia da renúncia de Steve Jobs de seu cargo de CEO na Apple divulgada no dia 24 criou uma onda de conversas online, e o tópico mais discutido desse falatório está relacionado a Tim Cook, o ex-COO da empresa que foi recomendado por Jobs para substitui-lo.

Entre mais de 700 mil posts, tuítes, comentários e atualizações feitas nos dois últimos dias, 9,3% deles (cerca de 65 mil) eram sobre Cook. O sucessor de Jobs foi assunto de quase metade dos comentários sociais, ficando à frente do segundo tópico mais popular, a carta de renúncia de Jobs.

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Não é uma grande surpresa que Cook seja o mais falado hoje; ele pode ser a resposta para a pergunta sobre se a Apple pode ou não continuar sem o carisma e visão para produtos de Jobs.

Já o fato de a carta de renúncia estar sendo mais discutida do que o preço das ações da Apple é um pouco surpreendente. Pode ser uma prova de que nossa fascinação com Jobs vai muito além de ele tirar a companhia do buraco nos anos 1990 e torná-la uma das empresas mais valiosas do mundo.

Nossa pesquisa sobre as conversas sociais na web foi conduzida pela Conspiracy Media Group, uma empresa de San Francisco, Estados Unidos, que monitora e analisa a opinião pública no mundo das redes sociais.

O presidente da companhia, Ed Dilworth, comentou que as conversas sociais sobre Jobs foram surpreendentemente variadas , tanto que o tópico mais popular respondeu por menos que 10% dos comentários monitorados. 

Outro aspecto surpreendente da análise é a taxa em que as pessoas comentaram: 487 comentários por minuto é um número alto para uma notícia que não é algo catastrófico, como um desastre natural ou um assassinato, afirma Dilworth.

Por outro lado, as especulações sobre o estado de saúde de Jobs, de licença médica desde janeiro, foram surpreendentemente baixos, correspondendo a apenas 3,6% dos comentários sociais nas primeiras 24 horas após o anúncio da sua renúncia.

E, por último, mais de 22 mil pessoas não conseguiram resistir à tentação de fazer uma piada com o prefixo “i” (famoso nos produtos da Apple, como iMac, iPhone, iCloud) nas conversas. Por exemplo, o usuário @Mentalist perguntou ontem se o assunto do e-mail de renúncia de Jobs seria “iQuit” (trocadilho com a frase 'I Quit', que significa 'Eu me demito').

Falar que Steve Jobs é o executivo mais inovador dos últimos 30 anos não é exagero. Muito do que temos hoje partiu de sua liderança e visão. Obviamente as invenções não foram necessariamente dele, mas ao privilegiar o desempenho gráfico e o design em trabalhos sob sua coordenação, mudou muito do que conhecemos hoje em termos de tecnologia.

Sob a liderança de seus projetos surgiu o mouse, quando desenvolveu o primeiro sistema com interface gráfica, descaradamente copiado depois pela Microsoft (Windows). No caso do mouse, foi o primeiro grande caso de acusação de espionagem industrial na indústria de tecnologia, quando a Xerox acusou a Apple.

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Jaso Snell - Diretor Editorial da Macworld/EUA

A grande falácia na história de Steve Jobs abandonando o cargo de principal executivo da Apple, que você encontrará em notícias espalhadas por toda a mídia é esta: em 1985, depois que Jobs deixou a Apple, a companhia entrou em um processo de queda que a levo à beira da falência. E a Apple de 2011 corre o risco de voltar a esse caminho.

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Os argumento históricos até são verdadeiros. Steve Jobs deixou a empresa na metade dos anos 1980, e os executivos que ficaram na liderança da empresa (Sculley, Spindler e Amélio) cuidaram para que a companhia quase fosse à falência pelos 12 anos seguintes. Mas a falha no enredo de  “repetição da história” é que a Apple de hoje não tem nada a ver com a empresa de 1985.

Quando Jobs deixou a companhia pela primeira vez, eu estava terminando meu primeiro ano na escola secundária. Como resultado, eu não tenho muita experiência de bastidores sobre aquela era.

Mas oito anos depois, eu estava cobrindo a Apple. E pude presenciar a gestão de três CEOs que tomaram várias decisões péssimas que levaram a companhia para um caminho desastroso. Enquanto isso, Steve Jobs, construía uma interessante empresa de sistemas operacionais, mas que ninguém dava muita atenção.

A mágica aconteceu quando Jobs voltou para a Apple. Apesar de dizer que Gil Amelio quase acabou com a companhia, tenho que admitir que ele também tomou a decisão que salvou a empresa: ele comprou a Next e não apenas obteve a base do Mac OX (e, eventualmente a do iOS), como também trouxe Jobs de volta.

Em 1997, Jobs guiou a Apple com poder absoluto, o tipo de poder que ele nunca teve durante sua primeira passagem pela companhia. Jobs era o cofundador, sim, e o tempo que passou trabalhando com o time que criou o Macintosh era a bagagem que o tornou uma lenda. Mas a Apple de 1985 não era “a empresa de Steve Jobs”.  

Quando ele assumiu o cargo de CEO interino, mais de uma década depois, ele não cometeu o mesmo erro.  Mais velho e experiente, e com o suporte total do conselho de diretores da Apple, Jobs reconstruiu a companhia de seu modo.

O iMac foi o primeiro e rápido sinal da mudança. E o lançamento do iPod e a decisão de abrir lojas da Apple foram muito importantes. A chegada do iPhone e do iPad consolidaram o que a Apple é hoje: a mais importante empresa de tecnologia do mundo.

A Apple de hoje é extremamente lucrativa, com dezenas de bilhões de dólares no cofre, quase 90% do mercado de tablets, rapidamente ampliando a sua fatia no mercado de smartphones em todo o mundo e a única empresa de computadores pessoais realmente lucrativa que sobrou. É assim que Jobs deixa a Apple: no topo e com fôlego para ir além.

Mas a coisa mais importante sobre o que Steve Jobs tem feito nos últimos 14 anos é simplesmente o fato de que tudo isso não se resume a Steve Jobs. Ele construiu uma empresa que é sua imagem. Os executivos são pessoas nas quais ele confia, pessoas que trabalharam com ele de forma extremamente próxima  e que entendem sua filosofia.

E alguém pode ocupar o lugar de Steve Jobs? Claro que não. Ele é insubstituível, pelo menos por uma única pessoa.  Há uma razão pela qual ele vai entrar para a história como um dos titãs do mundo dos negócios nos Estados Unidos: ele é um talento raro. Pessoas como ele não surgem com frequência. 

Tim Cook, o novo CEO da Apple, não será Steve Jobs. Ele vai continuar tocando os negócios com competência, como sempre fez. E há outros membros da liderança da empresa que funcionarão como peças para montar esse quebra-cabeça.

Jobs basicamente escreveu o manual de como a Apple deve funcionar, mas os funcionários da Apple não ficam sentados esperando que ele diga o que deve ser feito.

Há o risco de que a Apple perca o fôlego sem o seu comandante. Não há garantias de que ela continue no ritmo atual, mesmo que Jobs continuasse no comando. É muito difícil ver uma companhia ter um sucesso tão espetacular por muito tempo. E não faltam exemplos de empresas que perderam o rumo depois que seu líder carismático deixou o comando, como a Disney.

Nada é definitivo na vida. Pode perguntar a Steve Jobs, que tem visto o incrível sucesso da Apple por anos enquanto tem que lutar contra seus lamentáveis problemas pessoais. Mas a Apple não está fadada a repetir os erros da primeira era “pós-Jobs”. Ela é muito mais forte e bem-sucedida, tem um time e uma cultura corporativa. E tem tido tempo para lidar com a ideia de que seu CEO não dura para sempre.

A indústria da tecnologia é dura e o caminho das mudanças segue um ritmo acelerado. Mas se há uma companhia que tem condições no momento de sobreviver e prosperar, mesmo sem Steve Jobs no comando, é a Apple. Cabe a Tim Cook fazer com que o manual seja seguido.

Em uma atitude surpreendente, a Apple anunciou nesta quarta-feira (24) que Steve Jobs, 56 anos, não é mais o CEO (Chief Executive Officer) da empresa. Para seu lugar, a companhia nomeou o COO Tim Cook, que já ocupava o lugar de Jobs desde janeiro deste ano, quando o cofundador da companhia saiu de licença médica. No release sobre o assunto, a empresa destaca "a visão e liderança extraordinárias" de Jobs, que esteve a frente dos maiores sucessos da empresa, incluindo hits recentes como o iPhone o iPad.

"Eu sempre disse que se chegasse um dia em que eu não pudesse mais atender minhas expectativas e deveres como CEO da Apple, seria o primeiro a deixá-los sabendo. Infelizmente, esse dia chegou", disse Jobs em uma carta de renúncia endereçada à "Diretoria da Apple e à comunidade da Apple."

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A carta de Jobs afirma ainda que ele gostaria de continuar trabalhando como chairman (diretor) da Apple e recomendou Tim Cook como seu sucessor como CEO. "Acredito que os dias mais brilhantes e inovadores da Apple estão por vir. E quero assistir e contribuir com esse sucesso em um novo papel", escreveu Jobs. "Fiz alguns dos melhores amigos da minha vida na Apple, e agradeço a todos vocês por todos esses anos que pude trabalhar ao seu lado." Confira a carta completa de Steve Jobs neste link (em inglês).

A última de apresentação de Jobs à frente da Apple aconteceu em junho durante a conferência da empresa WWDC 2011, em que apresentou o novo serviço na nuvem iCloud (confira o vídeo).

Acompanhe agora (às 20h00 de 24/8) uma Twitcam especial da Macworld Brasil sobre o assunto: http://twitcam.livestream.com/6ab51

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Licença médica e problemas de saúde

A licença médica de janeiro não foi o primeiro afastamento de Jobs por motivos de saúde. Em janeiro de 2009, por exemplo, ele anunciou que se ausentaria da companhia até junho, para cuidar de assuntos ligados à saúde. O diretor de operações, Tim Cook, assumiu as tarefas de Jobs durante seu afastamento. Na época , a decisão também  foi comunicada em um e-mail de Jobs aos funcionários da Apple e publicado no site da empresa. Ele afirmou na ocasião que a curiosidade sobre sua saúde pessoal era uma distração não apenas para ele e sua  família, mas para todos da Apple também.

Jobs recebeu um transplante de fígado no primeiro semestre de 2009 e voltou à cena no dia 22/6/2009, ao revelar que foram vendidas mais de 1 milhão de unidades do iPhone 3G S em menos de três dias. Pouco antes de sair de licença, o executivo veio a público falar que tinha um desequilíbrio hormonal "relativamente simples" de se tratar. Em seguida ele enviou uma carta explicando que o motivo era mais complexo que o originalmente pensado e disse que ele sairia de licença.

O primeiro problema sério do principal executivo da Apple foi revelado em 1º de agosto de 2004, quando ele anunciou que havia sido tratado de um raro tipo de câncer no pâncreas. Em 2009, porém, a saúde de Jobs parecia estar cada vez mais frágil,  ele estava muito magro em suas aparições públicas, fazendo com que tanto analistas quanto os fãs da Apple começassem a suspeitar de alguma doença. O executivo é considerado o principal líder e visionário da Apple e, justamente por isso, problemas de saúde e sua eventual ausência do comando da empresa levantam preocupações sobre o futuro da companhia.

 

Fundação da Apple

Nascido em 1955 na cidade de Los Altos, Califórnia, Steven Paul Jobs fundou a Apple juntamente com o xará Steve Wozniak em 1976 no mesmo estado americano, colaborando para a chegada dos primeiros computadores da companhia ao mercado. Jobs deixou a Apple em 1985, após uma briga com o então presidente e CEO da "maçã" John Sculley, para retornar apenas em 1996, retomando o posto de CEO no ano seguinte, cargo que ocupou até a tarde de hoje.

O escritor e jornalista Walter Isaacson, que já biografou famosos como Albert Einstein e Benjamin Franklin, irá adicionar outro entrevistado poderoso a sua lista de obras: o CEO da Apple, Steve Jobs. A biografia autorizada do poderoso executivo, que estava prevista para chegar às lojas apenas em 2012, estará disponível já em novembro de 2011.

A única biografia autorizada do fundador da companhia de Cupertino conta com mais de 40 entrevistas  feitas durante dois anos com o cofundador da empresa, além de outras conversas com familiares, amigos e concorrentes de Jobs.

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No texto, o bilionário afirmou que pediu que seus parentes fossem sinceros nas respostas dadas ao jornalista, e comentou sobre as escolhas erradas no passado. “Fiz muitas coisas que não acho louváveis, como ter engravidado minha namorada aos 23 anos de idade e a maneira como encaminhei a questão. Mas não tenho nenhum segredo a esconder”, afirmou.

O livro conta a tragetória de um líder de gênio forte que reergueu a própria companhia e revolucionou o cenário da tecnologia, alternando com episódios envolvendo a saúde de Jobs, que já se afastou do cargo algumas vezes por seus problemas de saúde.

Em 2004, Steve Jobs foi diagnosticado com câncer no pâncreas e, cinco anos mais tarde, passou por um transplante de fígado. Atualmente, o CEO está novamente afastado da Apple por uma licença médica desde janeiro deste ano, deixando o comando da multinacional para o COO Tim Cook.

Ainda sem título definido, a obra tem lançamento mundial marcado para 21/11 e será comercializado no Brasil pela editora Companhia das Letras. 

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