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Após passar por diversos festivais, recebendo prêmios em boa parte deles, o curta-metragem pernambucano Inabitável chega à Mostra Competitiva do Festival de Sundance. O filme de Matheus Farias e Enock Carvalho, protagonizado por Luciana Souza (Bacurau e Ó Paí ó), é o único brasileiro selecionado para esta edição do evento, que acontece entre os dias 28 de janeiro e três de fevereiro de 2021. 

Inabitável já passou por 18 festivais, incluindo o 48º Festival Gramado – onde conquistou os troféus de Melhor Filme pelo Júri da Crítica, Roteiro, Atriz e Prêmio Canal Brasil de Curtas. O filme encerra 2020 sendo o curta nacional mais premiado do ano, com 10 prêmios. Além disso, a produção pernambucana também levou a estatueta de Melhor Filme na Semana Paulistana do Curta-metragem 2020 (Brasil).

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Protagonizado por Luciana Souza, de Bacurau e Ó Paí Ó, o filme conta a história de uma mulher que busca por sua filha, desaparecida após uma festa, enquanto o mundo pré-pandemia passa por momentos estranhos. O elenco conta também com as atrizes pernambucanas Sophia William, Erlene Melo, Laís Vieira, Eduarda Lemos; e os atores Val Júnior e Carlos Eduardo Ferraz. 

 

A comédia "I Don't Feel at Home in This World Anymore", protagonizada por Elijah Wood, recebeu no sábado o principal prêmido do Festival de Sundance, criado por Robert Redford.

O longa-metragem, produzido pelo Netflix e primeiro filme dirigido pelo ator Macon Blair, recebeu o Grande Prêmio do Júri para os filmes americanos.

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Elijah Wood interpreta um fã de heavy metal e artes marciais, vizinho de uma enfermeira (Melanie Lynskey) que não aguenta mais a maldade das pessoas e fica muito mal quando roubam sua casa.

O filme é uma comédia de humor negro, que lembra um pouco o estilo de Quentin Tarantino e dos irmãos Coen.

A cerimônia de premiação deste ano começou com uma referência ao decreto anti-imigração do presidente Donald Trump contra sete países de maioria muçulmana.

A diretora executiva do festival, Keri Putnam, saudou os "artistas dos países de maioria muçulmana" que compareceram este ano ao festival.

Entre os outros premiados este ano estão "Dina", de Dan Sickles e Antonio Santini, na categoria documentário americano, "The Nile Hilton Incident", do sueco Tarik Saleh, na categoria filmes do mundo, e "Last Men in Aleppo", de Firas Fayyad, sobre os voluntários nos regates na Síria, na categoria documentário estrangeiro.

Os prêmios do público foram atribuídos a "Crown Heights", de Matt Ruskin, como melhor filme americano, e "Chasing Coral", como melhor documentário americano.

O Festival de Sundance se tornou o local perfeito para o cinema independente apresentar seus filmes e documentários, com a esperança de garantir um bom espaço durante o ano.

Na atual edição, "Manchester by the Sea" e "Swiss Army Man" receberam até agora as melhores críticas e já são considerados alguns dos lançamentos mais importantes dos próximos meses.

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Sundance, na estação de esqui de Park City, no estado de Utah, oeste dos Estados Unidos, termina no dia 31 de janeiro.

A seguir, cinco filmes que já são apontados como boas apostas para a temporada de prêmios de 2017:

"Manchester by the Sea"

Desde a estreia no sábado, o filme dirigido por Kenneth Lonergan (um dos roteiristas de "Gangues de Nova York") recebeu críticas elogiosas e já é considerado um potencial candidato ao Oscar do próximo ano.

O ator Casey Affleck protagoniza o drama, no papel de um tio que se vê obrigado a assumir a custódia do sobrinho após uma tragédia familiar, situação que o faz confrontar um fantasma do passado.

A trama explora como o luto afeta as pessoas, a ponto de deixá-las presas no silêncio, além de mostrar que a vida continua, apesar de muitas vezes parecer que não faz sentido.

A Amazon comprou os direitos do filme por 10 milhões de dólares, em mais uma etapa de sua consolidação no mundo do entretenimento.

"Manchester by the Sea" também tem no elenco Michelle Williams e Kyle Chandler. Matt Damon e John Krasinski estão entre os produtores.

"Swiss Army Man"

Os cineastas Dan Kwan e Daniel Scheinert escreveram e dirigiram esta comédia existencialista com tons dramáticos.

No longa-metragem, Paul Dano interpreta um homem solitário que se torna amigo de um cadáver que expulsa gases interpretado por Daniel Radcliffe (o eterno Harry Potter).

A amizade entre ambos dará ao personagem de Dano as chaves para sobreviver.

"Weiner"

O ex-congressista americano Anthony Weiner, que em 2011 abandonou o cargo depois do envolvimento em um escândalo "sexting", retorna às manchetes.

Desta vez, o documentário "Weiner" - dirigido por seu ex-chefe de gabinete, Josh Kriegman, e pela cineasta Elyse Steinberg - mostra como o político fracassou na tentativa de chegar à prefeitura de Nova York em 2013, quando explodiu outro escândalo de "sexting" em plena campanha.

O filme apresenta imagens inéditas de como Weiner viveu os momentos ao lado da esposa, Huma Abedin, uma das principais conselheiras de Hillary Clinton.

"The Eagle Huntress"

Aisholpan, a protagonista do documentário, viajou da remota Mongólia até Park City para apresentar sua história.

Aos 13 anos, ela rompeu uma tradição de mais de 2.000 anos ao tornar-se a primeira mulher capaz de caçar com águias reais.

O filme é produzido por Daisy Ridley, a estrela de "Star Wars: O Despertar da Força", e dirigido por Otto Bell.

"Quando assisti, quis fazer parte dele", escreveu a atriz em sua conta do Instagram.

"Tickled"

O documentário de David Farrier e Dylan Reeve conta a história de um jornalista da Nova Zelândia que descobre uma curiosa competição de cócegas em Los Angeles.

O repórter acaba sendo perseguido e ameaçado por um grupo de pessoas que investigava por sua participação no concurso, e que desejam permanecer no anonimato.

"O maior desafio que tivemos foi fazer um filme sobre pessoas que não querem aparecer em um filme", disse Reeve.

O cinema independente se antecipou a Hollywood com "Jobs", primeiro filme biográfico sobre o cofundador da Apple, Steve Jobs, interpretado por Ashton Kutcher, enquanto a Sony desenvolve outro longa-metragem sobre o executivo, que morreu em 2011.

Exibido no encerramento do Festival de Sundance em janeiro, "Jobs" chega aos cinemas americanos em 16 de agosto (previsão de estreia em novembro no Brasil), precedido pelo frenesi midiático que acompanha tudo relacionado a Apple ou a seu lendário cofundador.

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O filme, que gerou reações tímidas em Sundance, narra 20 anos da vida de Steve Jobs, desde a criação da Apple em uma garagem da Califórnia até seu retorno triunfal à empresa em 1996, quando retomou o comando da companhia.

Dirigido por Joshua Michael Stern e escrito por Matt Whiteley, "Jobs" parece mais inclinado a glorificar o visionário inventor do iPod do que a explorar os aspectos mais polêmicos do personagem, apesar de dedicar algumas cenas a seu caráter difícil, sua brusca ruptura com a namorada grávida e a recusa inicial de reconhecer a filha.

Na feira Macworld/iWorld de São Francisco em janeiro, Ashton Kutcher admitiu que ficou intimidado com o papel.

"Interpretar alguém sobre quem todo mundo tem uma opinião ou uma crítica a fazer é muito, muito aterrorizante", disse.

O ator de 35 anos, que se define como um "geek" e investe em "start-ups" tecnológicas, assistiu centenas de horas de vídeos de Steve Jobs para aprender sua maneira de caminhar e dicção.

Kutcher chegou ao extremo de adotar a estrita dieta de Steve Jobs, "comendo e bebendo apenas frutas e suco de cenoura por um mês". O resultado foi uma dor insuportável de estômago que o deixou internado por dois dias antes do início das filmagens.

O filme e o tema provocaram muitas críticas, incluindo do cofundador da Apple Steve Wozniak - interpretado por Josh Gad em "Jobs" -, que manifestou publicamente suas reservas.

== Outro filme, outra versão ==

O criador dos primeiros computadores da marca, Apple I e Apple II, digeriu mal uma cena em que Steve Jobs descreve o extraordinário potencial dos sistemas operacionais que acabara de inventar.

"Na cena, Steve me dá uma aula sobre o potencial dos computadores, mas na realidade foi exatamente o contrário", disse Wozniak ao jornal Los Angeles Times.

"Steve nunca criou um grande equipamento. Naquela época, sofria um fracasso atrás do outro. Era incrivelmente visionário, mas não tinha a capacidade de levar para a prática o que imaginava".

"Ficaria surpreso se o filme retratasse a realidade", afirmou.

Ashton Kutcher respondeu às críticas em uma entrevista ao Hollywood Reporter, na qual afirmou que Wozniak queria que sua contribuição para a Apple fosse representada igualmente a de Steve Jobs.

"Mas, claramente, o filme se chama 'Jobs'. É sobre Steve Jobs, sobre a herança deixada por Steve Jobs, então penso que deve concentrar-se mais na contribuição de Jobs para a Apple".

Kutcher também disse que Wozniak colabora com a Sony em outra cinebiografia de Steve Jobs, baseada na biografia oficial escrita por Walter Isaacson e publicada pouco depois da morte do guru da Apple.

"Wozniak está sendo pago por outro estúdio para ajudar a defender seu próprio filme sobre Steve Jobs. Assim, sua opinião estará de algum modo conectada a este fato", disse Kutcher.

O segundo projeto ainda está na fase do roteiro, a cargo de Aaron Sorkin, que venceu o Oscar pelo roteiro adaptado de "A Rede Social", sobre a criação do Facebook.

O roteirista já revelou que construirá o filme em três fases de 30 minutos, nas quais descreverá Jobs com os lançamentos de três produtos importantes da marca.

O filme da Sony ainda não tem diretor nem protagonista definidos.

O filme "Fruitvale", que fala de um jovem negro baleado pela polícia em San Francisco, venceu o Grande Prêmio do Júri para filme de ficção americano, a distinção máxima do Festival de Sundance, a maior vitrine para o cinema independente nos Estados Unidos.

Estes são os principais categorias premiadas na noite de sábado na localidade de Park City, Utah (oeste).

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- Grande Prêmio do Júri para filme de ficção americana: "Fruitvale", de Ryan Coogler.

- Grande Prêmio do Júri para documentário americano: "Blood Brother", de Steve Hoover.

- Grande Prêmio do Júri para filme de ficção estrangeiro: "Jiseul", de Muel O (Coreia do Sul)

- Grande Prêmio do Júri para documentário estrangeiro: "A River Changes Course", de Kalyanne Mam (Camboja)

- Prêmio Especial do Júri par a ficção americana: ""The Spectacular Now" (interpretação) e "Upstream Color" (som)

- Prêmio Especial do Júri para documentários americanos: "Inequality for All" e "American Promise".

- Prêmio Especial do Júri para ficção estrangeira: "Circles", de Srdan Golubovic (Sérvia)

- Prêmio Especial do Júri para documentário estraneiro: "Pussy Riot - A Punk Prayer" (anglo-russa)

Estrela infantil de sucesso nos anos 90, Lidsay Lohan cresceu e passou a figurar nas páginas dos tabloides ao redor do mundo por seu estilo de vida sem limites e bastante controverso. A imagem da ruiva ficou bastante desgastada e ultimamente até seus filmes estão sofrendo retaliações.

The Canyons, película estrelada pela americana e também por James Deen, ator de filmes pornográficos, foi recusado na última semana pelo Festival de Cinema de Sundance e agora pelo South by Southwest. A revista The Hollywood Reporter afirmou que o longa metragem foi recusado por apresentar baixa qualidade. Já o jornal The New York Times publicou um artigo que contava o caos causado por Lindsay no set de filmagem.

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O diretor do The Canyons, Paul Schrader (Taxi Driver), se disse surpreso pela recusa no Sundance e confirmou que a atriz principal é a causa do atraso no lançamento da história, devido à seus constantes atrasos para a gravações. O filme, descrito na sinopse como noir contemporâneo, fala sobre os perigos da obsessão sexual, ambição entre um grupo de jovens e como um encontro casual pode resultar em fraude, paranoia, jogos mentais cruéis e violência.

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