Tópicos | Superfungo

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) confirmou mais dois casos de Candida auris. Com os novos registros, o estado totaliza seis diagnósticos em 2023. 

Os pacientes infectados são um homem, de 51 anos, que está internado no Hospital Tricentenário, em Olinda, e uma idosa, de 70, que recebeu alta do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no último dia 23. As duas unidades ficam na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

##RECOMENDA##

A pasta explicou que os pacientes deram entrada nos hospitais com outros problemas de saúde e não apresentaram repercussões clínicas causadas pelo fungo. A idosa, por exemplo, chegou ao Miguel Arraes, no último dia 14, com uma lesão infeccionada. 

LeiaJá também:

--> Entenda por que Candida auris foi apelidada de superfungo

--> Superfungo: PE não encontra cadeia de transmissão

--> Superfungo: quais são os riscos de surtos no Brasil?

Todos os casos foram identificados em maio. O maior índice foi observado no Miguel Arraes, onde três casos foram confirmados. A unidade suspendeu novas internações no dia 22 e só recebe pacientes em casos de urgência. Outros dois casos foram registrados no Tricentenário e um no Hospital Portugues, no Recife. 

A pasta explica os pacientes podem receber alta com o superfungo no organismo, pois ele fica de três a seis meses no corpo. Junto com a alta, o paciente recebe um histórico clínico e diagnóstico da doença. 

As pessoas com Candida auris não precisam se isolar e podem manter as atividades do dia a dia. As medidas de prevenção passam pela higiene regular das mãos, higiene pessoal e limpeza dos ambientes de convivência com hipoclorito de sódio. 

Um possível surto do fungo Candida auris em Pernambuco voltou a preocupar a Secretaria Estadual de Saúde (SES). A pasta já investiga a incidência em hospitais do estado e apresentou um plano de resposta para coordenar o enfrentamento à doença, considerada um 'superfungo'. 

A SES conta com o apoio de equipes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para acompanhar o cenário. "Todas as medidas preconizadas estão sendo adotadas para enfrentamento do fungo", garantiu. 

##RECOMENDA##

LeiaJá também: Entenda por que Candida auris foi apelidada de superfungo

A Candida auris se apresenta com o quadro sintomático que consiste em febre alta, tontura, vômito e aceleração cardíaca. Ela costuma acometer com maior frequência pessoas com sistema imunológico prejudicado e que passam muito tempo internadas em hospitais. 

A infecção pode ocorrer no contato com objetos contaminados. A SES reforçou que ela é considerada um ‘superfungo’ pela resistência aos tratamentos. 

"Resistência aos antifúngicos e aos produtos de controle ambiental impuseram desafios aos mais bem preparados serviços de controle de infecção hospitalar em todos os continentes. Sua eliminação depende de uma sistemática rotina de detecção das colônias nas pessoas, ambientes e equipamentos seguida de ações contínuas e repetidas de eliminação da C. auris", reforçou em nota. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou nesta semana o terceiro surto hospitalar de Candida auris no país. Dessa vez, o fungo foi identificado em amostras de urina de dois pacientes que estavam internados num hospital do Recife – um homem de 67 anos e uma mulher de 70 anos.

A levedura – tipo de fungo que possui apenas uma célula –  causa grande preocupação nas autoridades sanitárias por ser resistente à maioria dos fungicidas existentes. Em alguns casos, a todos. Isso levou a espécie a receber o apelido de superfungo.

##RECOMENDA##

Os organismos do reino Candida são velhos conhecidos da população. Eles causam infecções orais e vaginais bastante comuns nos seres humanos, as candidíases, que são combatidas com fungicidas vendidos em qualquer farmácia.

No caso da Candida auris, porém, as infecções têm se mostrado extremamente difíceis de curar. A espécie produz o que os cientistas chamam de biofilme, camada protetora que a torna resistente ao fluconazol, à anfotericina B e ao equinocandinao, três dos principais compostos antifúngicos.

A espécie é capaz também de infectar o sangue, levando a casos agressivos e muitas vezes letais. Além disso, acomete em geral pacientes graves, que permanecem por longos períodos em unidades intensivas de tratamento. Dos 18 casos identificados até agora no Brasil, dois resultaram em morte.

A Candida auris se demonstrou ainda ser extremamente difícil de controlar, sendo resistente também à maioria dos desinfetantes. “Quando ela chega num hospital, raramente é eliminada”, disse à Agência Brasil o infectologista Flávio Teles, coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Não bastasse sua resistência, o patógeno é difícil de identificar, podendo ser confundindo, em laboratórios, com outras espécies de Candida. “Tem essa dificuldade para diagnosticar, porque há um desconhecimento sobre a nova espécie, então acaba podendo passar desapercebido”, frisou o médico infectologista Filipe Prohaska, um dos envolvidos na identificação do surto em Pernambuco.

No Brasil, dois laboratórios estão aptos a identificar a levedura por meio de procedimentos específicos: o Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina (Lemi), vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifespe); e o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA).

Histórico

O superfungo foi primeiro identificado no Japão, em 2009, no ouvido de um paciente internado, o que levou ao nome auris – orelha, em latim. Desde então, casos foram reportados em ao menos 47 países, segundo dados compilados pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

Ao todo, foram cerca de 5 mil pessoas infectadas até agora em todo mundo. Foi o suficiente para a Candida auris ser considerada uma das principais ameaças à saúde pública global.

O nível de alerta cresceu bastante durante a pandemia de covid-19, que aumentou em muito o número de internações longas em todo o mundo. “Paciente com covid-19 grave fica muito tempo na UTI, fica tomando corticóide, fica em ventilação mecânica, fatores que são riscos para pacientes adquirirem infecções fúngicas. Tudo isso é um alerta”, disse Teles.

Ainda não é possível saber a origem da Candida auris que apareceu no Brasil. A espécie foi identificada pela primeira vez no cateter de um paciente num hospital de Salvador, em dezembro de 2020. Nesse primeiro surto, 15 pessoas foram infectadas. Uma única outra infecção foi identificada também em Salvador, em dezembro de 2021.

Outra característica que torna a espécie preocupante é sua capacidade de sobreviver por meses em superfícies como macas, móveis e instrumentos. É possível, por exemplo, que indivíduos saudáveis transportem o fungo entre unidades hospitalares sem saber.

A transmissão, contudo, se dá somente pelo contato direto com objetos ou pessoas infectadas, uma das poucas características que favorecem sua contenção. Até hoje, por exemplo, nunca foi identificada nenhuma infecção por Candida auris fora do ambiente hospitalar.

LeiaJá também

--> PE confirma mais um caso do superfungo Candida auris no HR

--> Pernambuco confirma superfungo Candida auris no HR

Mais um caso do superfungo Candida auris foi confirmado em Pernambuco. Trata-se da mulher de 70 anos, admitida no Hospital da Restauração (HR) no dia 24 de novembro do ano passado por questões neurológicas. Ela teve o exame de urina sugestivo para o fungo no dia 30 de dezembro do ano passado.

A paciente morreu no dia 5 de janeiro deste ano por problemas provocados pelo seu diagnóstico de entrada na unidade hospitalar. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) detalha que ela estava colonizada pelo micro-organismo, porém não apresentou infecção por ele - o exame de hemocultura não tinha a presença do fungo.

##RECOMENDA##

Este é o segundo caso confirmado em Pernambuco. Na quarta-feira (12), a SES-PE divulgou o primeiro caso do fungo em um homem de 38 anos. Ele havia sido admitido na emergência de traumatologia do HR no dia 21 de novembro do ano passado e recebeu alta no dia 30 de dezembro do mesmo ano. A SES-PE frisa que o atendimento no HR foi por outra causa e que o homem estava colonizado pelo fungo. Ou seja, foi feita a identificação da suspeita do micro-organismo por meio de um exame de urina de rotina no hospital, contudo, não havia infecção provocada por ele.

Há ainda um terceiro caso em investigação. Trata-se de um homem de 46 anos, também admitido pela emergência de trauma do HR, em 13 de dezembro de 2021, por outra causa. Está em UTI e sem nenhum sintoma relacionado à infecção pelo fungo. O exame laboratorial sugestivo da unidade hospitalar saiu na última terça (11). Essa amostra será analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), além do Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina (LEMI - Unifesp).

A SES-PE destaca que a Coordenação Estadual de Prevenção e Controle de Infecção de Pernambuco (CECIH-PE), ligada à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), está apoiando a unidade hospitalar, desde a identificação do primeiro caso suspeito, nas atividades para evitar novas contaminações pelo micro-organismo, tendo realizado visita técnica e, atualmente, permanecendo no monitoramento das atividades.

Para isso, houve capacitação com a equipe multiprofissional do serviço e criado um plano de ação para reforçar as medidas de prevenção e controle, com higienização (limpeza e desinfecção) dos ambientes, higienização das mãos, monitoramento sistemático de contactantes, a partir de cultura de vigilância, e isolamento dos casos suspeitos.

Sobre a Candida auris

O  fungo, de ocorrência hospitalar, pode causar infecção de corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda não se sabe o mecanismo de transmissão, acreditando-se que é por meio de contato com superfícies ou equipamentos contaminados. 

O órgão emitiu, em 2017, um comunicado orientando sobre a vigilância laboratorial de Candida auris no Brasil, que teve seu primeiro caso confirmado em dezembro de 2020, na Bahia. O tratamento vai depender da avaliação médica e do grau de infecção.

A Anvisa destaca que, apesar de no momento haver só dois casos confirmados, pode-se considerar que há um surto de Candida auris porque a definição epidemiológica de surto abrange não apenas uma grande quantidade de casos de doenças contagiosas ou de ordem sanitária, mas também o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde. 

Nesta terça-feira (12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a  Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), confirmaram um caso do superfungo Candida auris em um paciente que estava internado no Hospital da Restauração (HR), localizado na área central do Recife, e que recebeu alta no final do mês de dezembro do ano passado. Outros dois casos estão em investigação.

Candida auris é um fungo que pode causar infecções invasivas, além de ser multirresistente a fármacos comumente utilizados para tratar infecções por Candida.

##RECOMENDA##

Um exame de urina do homem de 38 anos levantou a suspeita do micro-organismo e, por isso, a amostra foi encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), que confirmou a presença do fungo na última segunda-feira (10).  

O fungo, de ocorrência hospitalar, pode causar infecção de corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades. De acordo com a Anvisa, ainda não se sabe o mecanismo de transmissão, acreditando-se que é por meio de contato com superfícies ou equipamentos contaminados.

O órgão emitiu, em 2017, um comunicado orientando sobre a vigilância laboratorial de Candida auris no Brasil, que teve seu primeiro caso confirmado em dezembro de 2020, na Bahia. O tratamento vai depender da avaliação médica e do grau de infecção. 

O paciente de 38 anos que estava internado no HR deu entrada na emergência de trauma da unidade de saúde no dia 21 de novembro do ano passado. A SES-PE garante que o paciente já estava colonizado pelo fungo e que a identificação da Cândida auris foi feita por meio de um exame de rotina do Hospital da Restauração, mas que não havia infecção provocada por ele.

Um dos casos suspeitos trata-se de uma mulher de 70 anos, que havia dado entrada no HR por outras causas, mas existe a hipótese de que ela estaria colonizada pelo fungo, mas ainda precisa de confirmação laboratorial. A idosa morreu na UTI do hospital no dia cinco deste mês.

Um homem de 46 anos é o segundo caso suspeito que também deu entrada no Hospital da Restauração no dia 13 de dezembro do ano passado, por outra causa. Ele está na UTI sem nenhum sintoma relacionado à infecção pelo fungo. O exame laboratorial sugestivo da unidade hospitalar saiu na última terça (11) e será encaminhada para o Lacen da Bahia. 

A Coordenação Estadual de Prevenção e Controle de Infecção de Pernambuco (CECIH-PE), ligada à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), informa que está apoiando a unidade hospitalar, desde a identificação do primeiro caso suspeito, nas atividades para evitar novas contaminações pelo micro-organismo, tendo realizado visita técnica e, atualmente, permanecendo no monitoramento das atividades.

"Para isso, houve capacitação com a equipe multiprofissional do serviço e criado um plano de ação para reforçar as medidas de prevenção e controle, com higienização (limpeza e desinfecção) dos ambientes, higienização das mãos, monitoramento sistemático de contactantes, a partir de cultura de vigilância, e isolamento dos casos suspeitos", detalha a SES-PE.

Surto

a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu por meio de nota que, apesar de no momento haver só um caso confirmado e outros em análise no Brasil, pode-se considerar que há um surto de Candida auris porque a definição epidemiológica de surto abrange não apenas uma grande quantidade de casos de doenças contagiosas ou de ordem sanitária, mas também o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde – mesmo se for apenas um caso.   

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando