Diante do tão esperado Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), muitos estudantes se perguntam quantas questões devem acertar e qual pontuação precisam atingir para conseguir ingressar nas instituições de ensino superior brasileiras. Muitos, inclusive, querem mensurar qual a nota ideal para passar nos cursos mais concorridos, como medicina, direito, engenharia, fisioterapia e odontologia. Para lidar com essas dúvidas e inquietações, existem algumas estratégias.
O Portal LeiaJá entrevistou dois educadores para entender como funciona o cálculo do Exame. Segundo os professores, a busca pela pontuação ideal não é simples. Há vários critérios utilizados e que são avaliados no momento da prova. Entre eles estão a Teoria da Resposta ao Item (TRI), o Sistema de Seleção Unificada e o valor médio equivalente, usados para mensurar e delimitar as notas finais do Enem.
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São esses elementos que dão uma única certeza. Não há como calcular, prever ou mensurar quantas questões são necessárias para garantir a aprovação. Isso é o que afirma o professor de matemática do Colégio BJ e Curso, Marconi Souza. O docente destaca principalmente o valor médio equivalente dos quesitos. “O aluno não pode prevê qual a pontuação vai atingir! Isso é impossível devido ao valor médio equivalente. Ele funciona da forma seguinte: se 5% dos feras acertarem uma determinada questão, por exemplo, o valor dela se torna maior”, exemplifica. “De forma inversa, o mesmo acontece quando 90% dos estudantes pontuam. Nesse caso, a questão valerá menos para quem acertou e mais para quem não errou”, apontou Marconi.
Em um aspecto geral, o professor fala que os feras devem acertar todas as questões fáceis, boa parte das medianas e um número considerável das difíceis. Porém, ele alerta: “Como português e matemática juntas possuem o maior número de quesitos, se o aluno alcançar um bom número de acertos e elaborar uma excelente redação ele se sobressai”, conclui.
O professor de biologia, Fernando Beltrão, conhecido como Fernandinho, fala sobre Teoria da Resposta para o Item (TRI). De acordo com o educador, essa é uma das maneiras mais imprecisas para mensurar uma pontuação. “O TRI é bastante subjetivo. Através dela, o computador avalia se você sabe a resposta ou se simplesmente ‘chutou’ a questão”, explica. No vídeo abaixo, Fernandinho explana como isso é realizado na prática e fala sobre o Sisu:
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Em meio às dúvidas e respostas, Beltrão expõe algumas dicas para essa reta final. “O fera deve baixar as provas anteriores e treinar exaustivamente. Até porque, o Enem, além de avaliar o conhecimento, testa a sua dinâmica de leitura, administração de tempo e resistência. Sendo assim, o estudante tem que se preparar para a maratona”, finaliza. Para fazer o downloud das provas anteriores, os feras podem acessar o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).