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As autoridades chinesas pretendem punir de maneira rígida os funcionários públicos tibetanos por seu apoio ao Dalai Lama, o líder espiritual tibetano no exílio, informa a imprensa estatal.

"Descobrimos que alguns funcionários locais da região do Tibete estão envolvidos em casos de corrupção graves. Alguns não conseguem manter posições políticas firmes", explicou Ye Dongsong, um dos secretários responsáveis pela disciplina no Partido Comunista Chinês.

"O Tibete não se livra da campanha anticorrupção que acontece em todo o país", completou, segundo o jornal Global Times.

Uma fonte do partido no Tibete advertiu que os "funcionários que se comportam como discípulos do Dalai Lama ou apoiam as teses separatistas serão severamente punidos.

Pequim acusa o Dalai Lama, exilado desde 1959 e prêmio Nobel da Paz, de lutar pela independência do Tibete, apesar do líder espiritual se limitar a pedir mais "autonomia cultural" para a região.

A China veta há várias décadas o retorno do Dalai Lama ao Tibete e critica as reuniões do líder espiritual com as autoridades estrangeiras.

O Dalai Lama continua sendo venerado por muitos tibetanos, que denunciam uma política repressiva das autoridades chinesas para com suas tradições e religião.

Mais de 130 tibetanos cometeram atos de imolação em protesto contra o controle de Pequim sobre a cultura e os recursos da região.

Um jovem monge tibetano queimou o corpo em um ato de protesto no noroeste da China, informaram ONGs ligadas à causa tibetana.

Tsering Gyal, de 20 anos, ateou fogo ao corpo em Guolou, uma área tibetana da província de Qinghai, informaram a ONG International Campaign for Tibet (ICT), com sede nos Estados Unidos, e a Rádio Free Asia (RFA), financiada pelo governo americano.

A polícia conseguiu apagar as chamas e levou o jovem ao hospital. A ONG Free Tibet, com sede no Reino Unido, afirmou que o monge sobreviveu.

O ato coincide com a celebração em Pequim da sessão plenária do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, que deve deliberar sobre reformas econômicas e sociais "históricas".

Desde 2009, quase 120 tibetanos cometeram atos de imolação no Tibete e nas províncias vizinhas.

Muitos tibetanos denunciam o domínio crescente dos Han, a etnia majoritária na China, e a repressão de sua religião e cultura.

Um tibetano de 14 anos ateou fogo ao próprio corpo nesta quinta-feira, o noroeste da China, poucos minutos depois do anúncio da nomeação de Xi Jinping como número um do regime comunista chinês anunciou a agência oficial Nova China.

O jovem Karpongya se transformou numa tocha humana em Gartse, distrito de Tongren, província de Qinghai.

O número de imolações de tibetanos aumentou consideravelmente nas últimas semanas com a aproximação da realização do Congresso do Partido Comunista Chinês, onde os novos dirigentes chineses assumiriam seus cargos.

Xi Jinping sucedeu Hu Jintao à frente do Partido Comunista chinês (PCC) e, portanto, da China.

Primeiro dirigente nascido após a fundação do regime comunista por Mao Tsé-Tung, em 1949, a personalidade de Xi Jinping é um grande enigma, e sua carreira é própria de um integrante do partido que foi subindo à sombra de seu antecessor.

O líder político dos exilados tibetanos afirmou que está desapontado com a falta de atenção que receberam da comunidade internacional as dezenas de auto imolações feitas por tibetanos. Lobsang Sangay disse nesta segunda-feira que as imolações são medidas drásticas tomadas por pessoas impedidas de realizar outras formas de protesto contra o domínio chinês sob o Tibet.

Pequim acusa os líderes tibetanos de encorajarem os suicídios. Sangay condenou os incidentes por serem contrários ao compromisso do movimento com a não-violência, mas afirmou ser seu dever ressaltar o porquê dos manifestantes estarem morrendo.

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Cerca de 50 tibetanos atearam fogo em si mesmos nos últimos dois anos. Apenas nove sobreviveram. O líder dos exilados pediu que os países prestem atenção ao sofrimento de seu povo. A China afirma que o Tibete sempre foi território chinês, mas os tibetanos dizem que a região do Himalaia foi independente durante grande parte de sua história. As informações são da Associated Press.

Dois monges tibetanos atearam fogo ao próprio corpo em frente ao Templo de Jokhang, ponto turístico em Lhasa, marcando os primeiros casos recentes de autoimolação para protestar contra o domínio chinês na bem vigiada capital tibetana, noticiou uma emissora dos EUA nesta segunda-feira. De acordo com a agência oficial da China, Xinhua, um dos monges morreu devido às queimaduras.

Houve pelo menos 34 autoimolações desde março do ano passado para chamar a atenção a respeito das restrições da China impostas ao budismo e para pedir o retorno do líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, que está exilado. A maioria das autoimolações ocorreu em áreas tibetanas densamente povoadas na China, mas somente uma havia ocorrido no próprio Tibet, e, até então, nenhuma na capital.

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Os protestos se tornaram raros no Tibet e em Lhasa particularmente devido à ação ostensiva da polícia que intensificou suas operações desde que os tumultos contra o governo irromperam em Lhasa, em 2008. As autoridades chinesas não confirmaram os protestos. As informações são Associated Press.

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