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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira que o Brasil tem capacidade de absorver choques internos e externos. A afirmação foi em palestra a representantes do governo polonês na sede do Banco Central da Polônia, em Varsóvia.

Ele reiterou que a política de câmbio no Brasil é flutuante e constitui a primeira linha de defesa do governo brasileiro contra choques. Segundo o presidente do BC, a volatilidade do real diminuiu e agora está compatível à do euro em relação ao dólar e parecida com a do peso mexicano, rublo e dólar australiano.

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Segundo o presidente do BC, as reservas internacionais (US$ 375,5 bilhões, dados de ontem) propiciam uma situação confortável para o Brasil e os estímulos monetários já adotados vão ajudar na recuperação da economia. Tombini destacou ainda que a confiança e o menor nível de estoques ajudarão no crescimento industrial.

As declarações feitas pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, na terça-feira (19) reforçaram entre analistas a percepção de que a probabilidade de uma elevação dos juros básicos (Selic) ainda em 2013 cresceu substancialmente. Tombini afirmou que os ciclos monetários - ou seja, as altas e baixas da Selic - continuam valendo no País. Em outras palavras, a taxa básica será reajustada para conter a inflação se o BC entender que é preciso.

"Não há dúvidas de que a possibilidade de uma alta da Selic ocorrer ainda neste ano vem crescendo", disse o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. Isso não significa que essa eventual alta ocorreria em breve, como o próprio mercado chegou a cogitar nas últimas semanas. Outra observação importante é a de que, mesmo com esse aumento de probabilidade, a maioria dos economistas de mercado continua acreditando que a Selic não sofrerá alterações neste ano. Permanecerá no nível atual, de 7,25% ao ano, entre eles, Lima Gonçalves. "O BC poderia trazer a inflação para o centro da meta no fim do ano ou no início de 2014, mas, para isso, seria obrigado a provocar uma recessão na economia brasileira. Será que algum político está disposto a uma ação como essas?", indaga.

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O economista pondera que, apesar de a inflação estar forte neste início de ano (6,15% nos 12 meses encerrados em janeiro, ante um teto de meta de 6,5%), a atividade econômica permanece fraca. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido apenas 1% em 2012. O dado oficial será divulgado no próximo dia 1.º de março.

O economista Fabio Silveira, da RC Consultores, concorda. "No ambiente econômico que vivemos hoje no Brasil, a única variável forte é o consumo. Se o BC acionar a taxa básica de juros, vai atingi-la em cheio", argumenta. Por isso, ele tem uma avaliação ousada em comparação com muitos dos seus colegas: o Copom reduzirá novamente a Selic. "Acreditamos em uma queda de 0,25 ponto porcentual na última reunião do ano", disse. Nesse contexto, muitos especialistas avaliam que a taxa de câmbio continuará a ter um papel importante no combate à inflação ao longo de 2013.

O vice-presidente de Tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, disse que, apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado na sexta-feira (15) que o controle da inflação no Brasil é feito via taxa de juros, os investidores ainda veem o câmbio como variável importante para ajudar a deter a escalada dos preços. Na terça (19), por exemplo, o real voltou a se fortalecer ante o dólar. A moeda americana caiu 0,41%, para R$ 1,955. No ano, a perda ante o real é de 4,4%.

O economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora, concorda que o câmbio vem sendo usado como coadjuvante no controle da inflação. Mas, diante das declarações de Tombini, ele levanta outra dúvida. "Se o BC realmente elevar a Selic, será que a autoridade monetária vai soltar um pouco o dólar, que no nível abaixo de R$ 2 representa um risco ao crescimento do País?", indaga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, salientou nesta terça-feira que, quando considerar necessário, a postura da autarquia em relação à política monetária será "adequadamente ajustada". "Neste ambiente macroeconômico, a Selic oscilará em patamares mais baixos do que no passado", disse durante cerimônia de lançamento do programa Otimiza BC. Tombini afirmou que o BC tem comunicado sua estratégia de atuação e que ela continua válida no momento. "Isso não significa que os ciclos monetários foram abolidos", disse.

Ao enumerar os fatos que deram condição para que o BC reduzisse a taxa básica de juros, a Selic, ele reforçou sua avaliação de que o comportamento dos preços não está fora do controle da autarquia. "Nesse contexto, quero deixar bem claro: não existe hoje no País risco de descontrole da inflação, não obstante os novos patamares de juros do País."

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Entre os fatores citados por Tombini está a consolidação da estabilidade macroeconômica com cumprimento da meta por nove anos consecutivos. Ele disse também que avanços institucionais permitiram "redução significativa" dos prêmios de riscos. O presidente do BC mencionou ainda o aprofundamento do mercado de crédito e os resultados fiscais que beneficiaram a relação entre a dívida líquida e o Produto Interno Bruto (PIB). Esses itens, de acordo com ele, favoreceram o processo de redução da taxa de juros no País.

Tombini continuou sua lista apontando que o aumento da poupança externa também contribuiu para a queda da taxa de juros. Ao encerrar seu discurso, o presidente do BC disse que a primeira etapa do programa Otimiza BC foi vencida.

"Agora, temos de consolidar o processo e disso depende o esforço de cada um dos servidores e dos demais funcionários desta Casa para termos informação de qualidade e trabalhar com redução de custo para a indústria regulada pelo BC."

Para Tombini, o programa gera uma mudança cultural "importante" e que terá desdobramentos para várias áreas econômicas.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, anunciou nesta terça-feira um conjunto de medidas para reduzir custos de observância e custos operacionais do sistema financeiro nacional. Segundo ele, o programa batizado de Otimiza BC é um pontapé inicial a um projeto importante do Banco Central. De acordo com Tombini, um dos focos do programa é a avaliação permanente para reduzir custos tanto relacionados a questões internas do BC quanto das instituições que compõem o sistema financeiro.

Ele afirmou que o BC melhorará os novos processos e fluxos de informação com os bancos. De vigência imediata, as medidas anunciadas por Tombini são a eliminação da obrigatoriedade do documento de informações financeiras trimestrais (IFT), redução de 40% dos códigos de classificação das operações de câmbio, redução do número de tarifas do sistema de transferência de reservas, modernização do sistema de transferências em reais, novo regulamento de comunicação de dados no sistema financeiro nacional e a extinção do manual de normas e instruções.

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O programa será coordenado pela secretaria executiva do BC. A segunda linha de ação, disse Tombini, é o novo modelo de governança de operação. O presidente informou que será criado um comitê de governança da informação que terá como objetivo autorizar e avaliar novos pedidos de informação a ser solicitada pelo sistema financeiro.

Tombini salientou que solidez tem sido a marca do sistema financeiro nacional. Essa solidez, segundo ele, é feita com regras prudenciais rigorosas.

Ele destacou que o novo programa reduz o custo de sistemas com impacto positivo para toda a sociedade. Tombini assegurou ainda que o programa não afeta a capacidade do BC. Pelo contrário, afirmou, melhora a capacidade de informações com "reforço adicional".

Tombini afirmou ainda que o BC tem adotado ações permanente de aperfeiçoamento no arcabouço regulatório para assegurar um sistema financeiro sólido e eficiente. Ele acrescentou que o programa elimina informações redundantes e que não são mais eficientes.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que está seguro que a implementação das normas de Basileia 3 no Brasil ocorrerá "sem perturbações." Ele assegurou que a autoridade monetária adotará um "cronograma adequado" para que tais regras internacionais entrem em vigor no País. As regras de Basileia 3 visam ampliar a solidez do sistema financeiro mundial, com colchões de liquidez mais amplos, a fim de reduzir riscos de alavancagem e tornar mais sólido o caixa dos bancos pelo mundo, especialmente os de grande porte.

No Brasil, as regras do acordo devem começar a ser implementadas em 2013, mas ainda não há definição sobre quando isso ocorrerá. É certo que a crise na Europa, e as dificuldades políticas de implementação do supervisor financeiro único no continente, que será o Banco Central Europeu, devem colaborar para atrasar um pouco o cronograma dessas normas no País.

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Tombini também afirmou, ao proferir discurso no jantar anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que o sistema financeiro tem como principal característica a solidez. "Temos como princípio básico o aperfeiçoamento da regulação, o que é processo sem fim", comentou. Tombini destacou que o BC vem tornando melhor os instrumentos de captação de recursos, com destaque para as letras financeiras.

Apesar do baixo desempenho da formação bruta de capital fixo no País nos últimos trimestres, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, avalia que os investimentos na economia brasileira devem "deslanchar nos próximos meses e semestres". Segundo ele, as condições para uma economia mais competitiva incluem a estabilidade monetária, mas também o custo da energia, do capital e a necessidade de algumas desonerações onde forem possíveis.

"O diagnóstico é claro, medidas estão sendo tomadas, e investimentos irão deslanchar nos próximos meses e semestres", enfatizou Tombini, em audiência pública no Senado. "Com confiança e estabilidade, o investimento poderá continuar crescendo mais rápido que a economia", completou.

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Sobre a inflação, o presidente da autoridade monetária disse que o regime de metas tem sido bastante instrumental para o País. Ele lembrou, no entanto, que o BC ainda está lidando com alguns choques de oferta da inflação. "Por isso, a melhor estratégia para conduzirmos inflação para meta no próximo ano é uma estabilidade nas condições monetárias por um período suficientemente prolongado", afirmou, repetindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). "Um conjunto de fatores fazem com que essa seja a estratégia mais adequada", concluiu.

Com relação ao câmbio, ele disse que houve mudanças nos últimos 12 meses. "Está mais depreciado do que estava lá atrás", comparou. Ele destacou aos parlamentares que o câmbio real interessa mais que o nominal e argumentou que o que se ganha com a desvalorização do câmbio se perde com a inflação. Segundo Tombini, independente de qualquer movimento que tenha ocorrido, tem que ser preservado o controle da inflação.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em audiência no Senado que decisões que afetem o custo da energia e dos combustíveis no País não passam pela autoridade monetária. Ele reconheceu, entretanto, que esses custos no Brasil são mais elevados do que de outros países, até mesmo quando a comparação ocorre dentro da América Latina.

"Os preços de energia no País são superiores aos dos nossos competidores. Sobre isso, existe uma política de competitividade por parte do governo, e não de controle de inflação. O BC sempre olha para inflação cheia, e não para determinados preços", afirmou em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

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"Sobre o preço da gasolina, a definição ocorre fora do Banco Central, somos neutros em relação a essas questões", completou, ressaltando que a autoridade monetária se limita a incorporar eventuais alterações nesses preços em suas projeções.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a crise internacional de 2008 provocou "forte contração" do mercado de crédito externo, com reflexos no mercado de crédito brasileiro.

De acordo com ele, os impactos foram mais fortemente identificados em pequenos e médios bancos, que sofreram pressão de liquidez e dificuldades de captação de recursos. "Com isso, o Banco Central do Brasil passou a exercer monitoramento mais rigoroso de cessão de créditos em 2010", afirmou. Essas atividades, de acordo com ele, resultaram na identificação de "inconsistências contábeis" do banco Panamericano. Tais fragilidades motivaram o BC, conforme Tombini, a intensificar o monitoramento de um grupo específico de bancos.

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O presidente do BC disse também que, apesar do retorno à normalidade, em alguns casos pontuais "fez-se necessária" a maior atuação do Banco Central para solucionar situações mais críticas por meio de ajustes e saneamentos. Tombini disse, porém, que as dificuldades de bancos menores não estavam relacionadas a problemas macroeconômicos.

Tombini destacou a importância de se obter soluções de mercado para o salvamento de bancos em dificuldades, antes que a autoridade monetária precise decretar regimes especiais para essas instituições. Ele admitiu que o uso desse instrumento sempre afeta em maior ou menor medida a credibilidade do sistema financeiro.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou nesta quinta-feira (6) a sinalização de que a taxa básica de juros vai permanecer nos atuais 7,25% ao ano por um período "suficientemente prolongado". A declaração contraria a interpretação de parte do mercado. Ao ler a ata da reunião do Copom, divulgada ontem, alguns analistas entenderam que o BC não teria incorporado o fraco desempenho do PIB divulgado dois dias depois do Copom.

"A ata está mais atual do que nunca", disse Tombini. "A estratégia adequada para trazer a inflação para a meta é manter a estabilidade das condições monetárias por um período suficientemente prolongado."

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Indagado se o BC poderia definir uma data para o fim da manutenção da Selic em mínima recorde, como fez o banco central americano, Tombini indicou que os sinais atuais são adequados. "Suficientemente prolongado está de bom tamanho." Tombini participou ontem da reunião de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do Mercosul e Países Associados, no Ministério das Relações Exteriores.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, classificou nesta terça-feira de "extremada" a visão de que a economia brasileira depende da chinesa para crescer. Segundo ele, em suas viagens ao exterior, tem sido sempre questionado sobre o grau de dependência do Brasil em relação à China. Mas, para Tombini, esta visão é exagerada "porque o Brasil é uma economia relativamente fechada".

A avaliação do presidente do BC é feita com base nos números do comércio exterior entre Brasil e China. De acordo com ele, a pauta de exportações brasileira é muito diversificada e "apenas 7,7% das exportações do País vão para a China. Isso é menos de 2% do PIB". Por outro lado, as exportações chinesas para o Brasil representam 10,7% do montante importado pelo País.

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"Mas não dá para negar que a economia mundial tem impactado a brasileira", continuou Tombini. Entretanto, ele disse que o canal que mais tem afetado a economia interna é o sentimento dos empresários e do consumidor. Isso, segundo ele, levou a um recuo dos investimentos, "mas ainda é o momento de continuar mostrando que a economia doméstica oferece muitas oportunidades para investimentos, a despeito do cenário internacional".

"Devemos crescer 4% em termos anualizados no quarto trimestre de 2012, conforme mostram as expectativas dos órgão multilaterais", afirmou. De acordo com Tombini, essa trajetória de expansão se ampara em alguns fatores: desemprego baixo, renda em elevação e massa salarial com crescimento de 5% no mesmo período, além da expansão do crédito. Ele citou ainda a redução de 5,25 pontos porcentuais na Selic, a flexibilização do compulsório bancário e a redução de spread e de juros ao consumidor como fatores complementares ao crescimento do PIB.

Do lado da oferta, Tombini citou medidas de estímulo à infraestrutura e logística e o crescimento do setor industrial nos últimos três meses. O presidente do Banco Central fez palestra na 2ª edição dos encontros Exame, em São Paulo.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira que a economia brasileira está em pleno processo de recuperação e que o nível de atividade deve avançar ainda mais no decorrer dos próximos meses. "Há sinais consistentes de que a recuperação da economia está em curso. A recuperação ocorre em ambiente de inflação sob controle", afirmou.

No entanto, ele destacou que a retomada da economia mundial ainda é muito lenta e é uma das que mais demoram desde o surgimento da Grande Depressão de 1929. "O processo de desalavancagem das economias avançadas será um período longo", disse.

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Na opinião de Tombini, a Europa é o principal foco de preocupação da economia mundial na atualidade. Entretanto, ele ressaltou que as autoridades da zona do euro conseguiram progressos, especialmente para ampliar a liquidez no setor financeiro e melhorar as condições das dívidas soberanas de alguns países. "Esse arcabouço de medidas precisa ser testado e vai requerer importantes esforços de líderes europeus", completou.

De acordo com Tombini, nos Estados Unidos, a principal fonte de insegurança está no campo fiscal, com a possibilidade de ocorrer um corte abrupto de gastos públicos. "Isso está afetando decisões de gastos das famílias e de investimentos de empresas", destacou. "Contudo, a avaliação geral é de que haverá ao menos uma renovação parcial dos gastos tributários."

Tombini acresentou que esse processo deverá ser concluído em meados do primeiro trimestre de 2013, quando estiver funcionando o novo Congresso dos EUA.

O presidente do Banco Central fez palestra na 2ª edição dos encontros Exame, em São Paulo.

A queda generalizada do dólar no exterior pressiona a abertura do mercado doméstico. Porém, o recuo da moeda norte-americana no Brasil ao longo da sessão poderá ser contido pelo próprio mercado, que voltou a trabalhar esta semana sob um forte propósito de intervenção do Banco Central para impedir a valorização do real.

O dólar futuro para novembro de 2012 abriu a R$ 2,0370, com leve queda de 0,10%. Até 9h41, esse vencimento oscilou entre mínima de R$ 2,0365 (-0,12%) e máxima de R$ 2,0395 (+0,03%). No mercado à vista, a moeda norte-americana começou a ser negociada no balcão a R$ 2,0320, com baixa de 0,20% - na mínima. Até 9h42, a máxima foi de R$ 2,0340 (-0,10%).

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Os agentes de câmbio retomaram o compasso de espera por um novo leilão de swap cambial reverso, operação equivalente à compra de dólar no mercado futuro, desde que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmaram em Tóquio no fim de semana que o governo e o BC vão fazer tudo o que for necessário para que os efeitos da crise internacional não atinjam o País.

Para que volte a ocorrer uma atuação oficial, no entanto, o dólar teria de cair abaixo de R$ 2,03, que se tornou recentemente um piso informal da moeda, avaliou um operador de tesouraria de um grande banco nacional. O sentimento no mercado também é de que o BC poderá defender uma elevação do teto informal de preço do dólar, dos atuais R$ 2,05 para entre R$ 2,08 a R$ 2,10, afirmou esse profissional.

Essa opinião é compartilhada pelo economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora. Segundo ele, o governo já reduziu os juros, mas os sinais para 2013 ainda não são bons no contexto geral, porque não há previsão de uma conclusão para a crise na zona do euro e o crescimento mundial poderá ser mais fraco. Por isso, afirmou o economista, o governo pode abrir o teto da banda informal de oscilação, deixando o dólar subir um pouco mais, até R$ 2,10, para incentivar a indústria a aumentar a capacidade competitiva no exterior. De outro lado, uma subida do dólar encareceria o produto importado aqui, abrindo espaço para a indústria doméstica, analisou o especialista.

"O BC avalia que o fraco desempenho externo vai trazer a inflação para o ponto certo em 2013 e deve abrir o teto da banda cambial para incentivar a indústria porque 2013 pode ser repetição de 2012, já que não se vislumbra solução definitiva para a Europa o crescimento deve ser menor nos EUA e China", comentou.

No exterior, o euro ultrapassou US$ 1,31 nesta quarta-feira, impulsionado pela decisão da agência Moody's de manter o rating da Espanha em nível de investimento e a expectativa crescente de que a Espanha se prepara para pedir uma linha de crédito do fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês).

Em Nova York, às 9h40, o euro estava em US$ 1,3127, de US$ 1,3054 no fim da tarde de ontem. O dólar norte-americano também recuava em relação ao dólar australiano (-0,30%), ao dólar canadense (-0,37%) e ao dólar neozelandês ((-0,23%).

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que economistas de mercado ponderam que o Brasil deve crescer 4,3% no segundo semestre e 4% em 2013, o que são previsões em linha com as projeções realizadas pelo FMI na semana passada. O Fundo reduziu as projeções de expansão do Brasil de 2,5% para 1,5% em 2012 e de 4,6% para 4% para o próximo ano.

Tombini destacou que o governo adotou um conjunto de medidas em 2011, sobretudo na área de política monetária, para estimular o nível de atividade. A partir de 31 de agosto, o BC iniciou um ciclo de redução da Selic que a levou atualmente para a marca de 7,25%, uma redução de 5,25 pontos porcentuais no período. Além disso, ele destacou que o BC ampliou a liquidez do mercado, pois os depósitos compulsórios foram reduzidos de R$ 449 bilhões no ano passado para R$ 353 bilhões em outubro de 2012. Segundo o presidente do BC, contudo, devido à vigorosa magnitude da crise internacional pode ser que esteja tornando mais lenta a recuperação da economia em função das ações de incentivo adotadas pelo governo para o incremento dos investimentos e consumo das famílias.

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Como resultado das medidas monetárias e fiscais que o governo adotou nos últimos trimestres para fortalecer a demanda agregada, Tombini destacou que a indústria no Brasil entrou no segundo semestre com estoques menores do que no início deste ano. Segundo ele, com todas as medidas adotadas de magnitude monetária e fiscal, "já demonstra consistência" a recuperação do nível de atividade. "A economia deve gerar velocidade de crescimento de 4% ou mais no segundo semestre", destacou. "Estímulo à economia pode operar com defasagens de tempo maiores", disse. Ele fez os comentários ao participar de seminário promovido pela Câmara Brasileira de Comércio no Japão.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta quinta-feira que a economia global está muito desafiadora para o Brasil, mas que o País está mais preparado atualmente para enfrentar os desafios. Tombini participou do evento Global Investment Conference, em Londres. Ele falou durante painel com o tema "Como administrar os atuais desafios globais", junto com o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens.

Tombini afirmou que a economia do Brasil está se recuperando. Segundo ele, o País desfruta de mercado de crédito e de confiança. O presidente do BC disse que o impacto negativo dos problemas econômicos globais tem sido "moderado". "A economia (brasileira) está pronta para crescer 4% (em bases anuais) no segundo semestre de 2012", disse ele, acrescentando que o real mais fraco tem ajudado a impulsionar a produção doméstica.

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Diante da crise financeira global, Tombini acredita que o Brasil e outros países emergentes vão enfrentar uma dura competição nos próximos anos. "O ambiente global difícil no curto prazo pode ficar ainda mais difícil", alertou. Porém, ele disse que os emergentes têm espaço para implementar políticas de estímulo para enfrentar os desafios.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil atravessa "uma típica desaceleração cíclica" e pela primeira vez em muitos anos o País passa por um ciclo de negócios. A declaração foi dada em uma teleconferência com a imprensa estrangeira.

Tombini voltou a afirmar que o crescimento econômico deve se acelerar na segunda metade deste ano, acrescentando que está confortável com essa visão. "Já existem alguns sinais de crescimento mais forte no segundo semestre", comentou, apontando que já houve "alguma aceleração" nos novos empréstimos em junho.

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Ele argumentou que o mercado de trabalho continuará "muito forte", e que o elevado nível de empregos e salários dá suporte para a economia, elevando a demanda doméstica e favorecendo a indústria local, que já registrou uma redução nos estoques nos últimos meses.

Mas Tombini também apontou para os riscos criados pela crise no exterior, que gera um elevado grau de incerteza e pressiona o crescimento, apesar de indicar desinflação. O presidente do BC disse que a convergência da inflação para a meta de 4,5% ainda é possível este ano, e que a projeção de inflação para 2013, de 5%, não restringe a política monetária, neste momento. "O resultado do IPCA-15 (divulgado na semana passada) é compatível com a meta do Banco Central", comentou.

Ele disse ainda que o governo não abandonou a estratégia de acumulação de reservas internacionais, afirmando que esse processo será retomado quando as condições de mercado permitirem. O presidente do BC defendeu o regime de câmbio livre, argumentando que essa é "a primeira linha de defesa" para que o País possa absorver choques globais. Tombini comentou que o real mais fraco já está ajudando a indústria, e acrescentou que o governo só intervém nos mercados de câmbio quando eles estão funcionando mal, e que vai voltar a fazê-lo se necessário.

Tombini afirmou ainda que o País continua sendo um destino muito forte para o investimento estrangeiro direto (IED), que será mais do que suficiente para cobrir o déficit em conta corrente este ano. "Espero que IED continue evoluindo favoravelmente". As informações são da Dow Jones.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, em audiência pública na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização na Câmara dos Deputados, que o crédito continua evoluindo de forma moderada, com expansão de 18% em 12 meses até abril e com concessões 10% superiores de janeiro até abril ante os números verificados em igual período de 2011. "Os dados prévios sinalizam recuperação das concessões, inclusive em veículos, e estamos presenciando redução dos juros e spreads. Começam a aparecer dados nesse sentido", afirmou.

Tombini citou que o crédito total está na faixa de 50% do PIB e que o crédito imobiliário, em 5% do PIB, continua ganhando espaço. "O que é um movimento natural e que deve se ampliar no futuro. Ainda é um nível muito baixo, mas cresce a taxas elevadas, em linha com outras variáveis econômicas do País."

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O presidente do BC disse ainda que o spread também teve "pequena redução" que já se observa nos dados do BC. Com isso, de acordo com avaliação do BC, a inadimplência deve cair ao longo do segundo semestre. Uma das explicações é que a inadimplência atual reflete operações mais antigas e que já há uma "safra" de crédito desde agosto que apresenta nível menor de atrasos. Ele citou, por exemplo, que as concessões de crédito para veículos realizadas a partir do segundo semestre de 2011 estão nessa situação.

Uma das explicações é a redução das taxas de juros desde agosto, que influenciou na redução dos juros e dos spreads bancários, "que inclusive facilita o processo de refinanciamento e renegociação de dívidas".

Também devem contribuir para a queda na inadimplência, segundo Tombini, a perspectiva de aceleração do crescimento ao longo do segundo semestre, a geração de novos postos de trabalho, a taxa de desemprego em nível historicamente baixo e a renda em ascensão.

O presidente do BC citou ainda a trajetória de queda da inflação, "preservando os ganhos reais de salários" e que gera uma capacidade maior de pagamento, e o prazo curto de maturação dos créditos no Brasil, "que propicia um ajuste mais rápido das dívidas" das famílias e empresas.

"Há defasagens. A distensão das condições financeiras vai cada vez mais sendo sentida na economia, que vai pegando maior velocidade. E quando a economia cresce, gera condições para redução da inadimplência. O recuo vai ser mais sentido no segundo semestre. A safra de crédito já vem com mais qualidade desde o segundo semestre do ano passado. Isso indica que a inadimplência tende a recuar", afirmou o presidente do BC.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, divulgou nota na noite desta quinta-feira em que demonstra satisfação com a decisão do governo de alterar as regras de remuneração da poupança. "Com essa decisão do governo, o Brasil dá um passo fundamental na direção de remover resquícios herdados do período de inflação alta", diz.

No comunicado, Tombini destaca que "a medida adapta a caderneta de poupança ao novo cenário brasileiro e com isso consolida as bases para o crescimento econômico sustentável".

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O presidente do BC chama atenção para o fato de que, mesmo com as alterações, serão preservados "integralmente os depósitos já feitos".

"A caderneta de poupança continuará sendo um patrimônio da nossa sociedade, reconhecidamente um produto financeiro tradicional, de fácil compreensão e amplamente utilizado por todos os brasileiros", afirma Tombini.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, ressaltou nesta quinta-feira a importância da reforma do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), ocorrida há 10 anos. De acordo com ele, a reforma foi importante para dar uma base, uma estrutura, não só ao BC, mas também ao mercado financeiro. "Deu respaldo ao mercado, que como vimos, passou ao largo da crise financeira de 2008", disse ele, durante cerimônia de comemoração dos dez anos da reforma do SPB.

Essa solidez, de acordo com Tombini, é reconhecida internacionalmente e foi "avaliada como o estado da arte no que diz respeito ao sistema de pagamentos". Segundo Tombini, a Lei 10.114, que embasou a criação do SPB, deu base legal robusta para a compensação multilateral e a exclusão dos regimes especiais decretados pelo BC das obrigações assumidas pelas instituições financeiras no âmbito das câmaras de liquidação, que continuaram funcionando normalmente durante a crise.

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"Foi um marco para dar a segurança para que o mercado funcione mesmo nos momentos de estresses", disse o presidente do BC, para quem neste ambiente, o mercado passou a ter segurança de acordo com as normas internacionais.

Tombini também ressaltou a introdução no Brasil do ambiente de liquidação em tempo real, que deu velocidade para o processamento das operações no País, independentemente das distâncias. "Um exemplo são os títulos públicos que passaram a ser liquidados em tempo real via sistema de liquidação e custodia do BC", disse.

Segundo Tombini, todas as mudanças introduzidas com o SPB apresentaram uma mitigação nos riscos de liquidação, trazendo maior segurança para o mercado nos momentos de estresse. "Além desse benefício, não percebido pelo cidadão, tem também o benefício da introdução da Tranferência Eletrônica Disponível (TED), usada por grande parte da população", disse Tombini, acrescentando que hoje são feitas mais de 500 mil TEDs diariamente.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta quinta-feira que o País agregou 40 milhões de pessoas ao consumo entre os anos de 2003 e 2009. Na avaliação dele, a inclusão financeira funcionou como uma reforma microeconômica no País, mas é preciso continuar a avançar neste processo.

Em discurso durante cerimônia de lançamento da ampliação do Sistema de Informações de Crédito (SCR), em São Paulo, Tombini disse que a ampliação do sistema vai quadruplicar a quantidade de informações. Além disso, as transações registradas no SCR vão dobrar.

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"Com os tíquetes mais baixos de crédito, certamente teremos mais aderência a essa nova população que ingressa no sistema financeiro. É uma forma de consolidar os avanços e aprofundar o processo de inclusão financeira", afirmou. "São 155 milhões de novas operações individualmente identificadas, 93% são referentes a pessoas físicas, o restante de empresas de pequeno porte".

Segundo ele, a partir de agora, 96% do total de operações de crédito no País, em valores, serão cobertas com informações detalhadas. "Poucos países têm esse tipo de cobertura", afirmou. Entre as novas informações relevantes do sistema, Tombini citou a saída de mutuários, faturamento da Pessoa Jurídica, renda da Pessoa Física, informações complementares sobre as garantias e informações referentes a eventual cessão de crédito.

Ele também disse que o SCR vai ajudar a diminuir o spread bancário. "O detalhamento das informações vai permitir atuação do BC como regulador tanto microprudencial quanto macroprudencial de uma forma mais precisa e efetiva ao longo do tempo".

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse, na noite desta terça-feira, que as tarifas e juros de empréstimos tendem a ser mais baixos nos municípios com forte presença de cooperativas de crédito.

"Esse é um segmento importante e que o Banco Central valoriza", afirmou Tombini durante o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2012, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

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Tombini defendeu ainda uma consolidação desse segmento, para que haja escala maior, "de forma a atender melhor".

Os números apresentados por Tombini mostram que há hoje 5.500 participantes do sistema, ante menos de 1.500 há dez anos, e que o número médio de filiados por cooperativa passou de 1.100 para 4.400.

O presidente do BC disse ainda que o sistema de cooperativismo passou bem pela crise de 2008 e 2009 e deu uma contribuição importante, principalmente para o crédito nos municípios no interior do País.

Disse ainda que o BC participou desse processo de crescimento, contribuindo, por exemplo, com uma regulação "adequada". "O cooperativismo está sujeito a uma regulação ampla e uma supervisão intensa", afirmou.

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