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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou neste sábado (23) que a política monetária brasileira tem operado com sucesso no ambiente desafiador de mudanças estruturais no mercado de trabalho do País. Em discurso durante a conferência anual de Jackson Hole, nos Estados Unidos, Tombini destacou que essas mudanças têm pressionado os preços dos serviços devido à maior renda dos trabalhadores. Como consequência, o peso dos serviços na inflação ao consumidor aumentou consideravelmente na última década.

Apesar da persistência da inflação dos preços de serviços e o choque de oferta, o presidente do BC afirmou que a política monetária tem sido capaz de manter a inflação sob controle. Ele lembrou que, por dez anos consecutivos, a inflação tem se mantido dentro da margem de tolerância prevista no regime de metas de inflação.

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Num discurso acadêmico sobre a evolução do mercado de trabalho no Brasil e as suas implicações na política monetária, o presidente do BC destacou que o desemprego no Brasil está num patamar de mínima histórica. Segundo ele, a queda do desemprego foi particularmente forte para os trabalhadores menos qualificados.

Na sua avaliação, a evolução econômica e demográfica nas últimas duas décadas têm levado a mudanças estruturais no mercado de trabalho que afetaram tanto a demanda de trabalho como a oferta de trabalho.

"Por um lado, as mudanças estruturais na economia brasileira - em particular, a queda acentuada em situação de pobreza e de desigualdade - têm aumentado a demanda por mão de obra pouco qualificada, enquanto o investimento em capital humano tem aumentado a oferta de trabalho mais qualificada, contribuindo para adiar a entrada dos jovens adultos no mercado", afirmou o presidente do BC. Por outro lado, a transição demográfica mudou o perfil etário da força de trabalho.

Esses desenvolvimentos no mercado de trabalho na última década, disse o presidente do BC, contribuíram para um gradual declínio na taxa real e natural de desemprego. Um desafio para a definição de política monetária que se coloca em um ambiente de mudanças estruturais no mercado de trabalho é distinguir entre os componentes cíclicos e estruturais da evolução do desemprego.

Para o presidente do BC, nesse sentido, os desafios enfrentados pelo Brasil são semelhantes aos enfrentados pelas economias avançadas. No entanto, o Brasil vive o outro lado da moeda. "Enquanto o desafio para a política monetária em muitas economias avançadas é avaliar se a taxa natural de desemprego aumentou na sequência da crise financeira global, no Brasil agora o desafio é descobrir o quanto a taxa natural de desemprego caiu".

Tombini concluiu dizendo que uma mensagem clara de que se aplica a ambas as economias avançadas e emergentes do mercado é a necessidade de avaliar um conjunto mais amplo de indicadores para medir com precisão o estado do mercado de trabalho." Ele também acrescentou que o BC está aumentando esforços em pesquisar o desenvolvimento do mercado de trabalho.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconheceu nesta terça-feira, 05, que o setor de serviços tem um ritmo de expansão moderado em comparação aos anos anteriores, o que Tombini considerou um processo normal de acomodação. Após lembrar que a agricultura deve bater o recorde de produção de grãos este ano, ele admitiu que não se pode descartar um recuo na produção industrial em 2014.

Neste sentido, Tombini disse que a avaliação do BC é de que o ritmo de expansão da atividade econômica em 2014 tende a ser menos intenso que o de 2013, mostrando variação próxima da estabilidade no primeiro semestre e recuperação no segundo semestre. "Passado o período de ajuste, o crescimento tende a voltar ao patamar mais próximo do PIB potencial. As concessões de infraestrutura e logística gerarão mais competitividade em todos os segmentos", completou.

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Segundo ele, em prazos mais longos se fortalecerá a base para investimentos maiores na economia. "Teremos ganhos de produtividade e taxas de crescimento do PIB em patamares mais elevados", reforçou.

Tombini citou ainda que as quedas na taxa de desemprego na última década refletem mudanças na demanda e na oferta do mercado de trabalho. "A economia continua gerando empregos, principalmente no setor de serviços e a renda do trabalhador continua crescendo", destacou. As declarações foram dadas na manhã de hoje durante apresentação na audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Em entrevista ao órgão de comunicação interna do Banco Central, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que os "espíritos animais" dos empreendedores ainda não se restabeleceram. A entrevista do presidente foi publicada nesta terça-feira, 01, um dia após sua apresentação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ter sido adiada. Possivelmente o encontro do executivo com os parlamentares deve ocorrer em duas semanas, mas a data ainda não está fechada.

Na visão de Tombini, os estímulos monetários usados dos últimos anos, sobretudo por economias avançadas como os Estados Unidos, permitiram evitar uma "nova Grande Depressão". No entanto, ele explicou, esses estímulos não foram capazes de melhorar de forma "permanente e significativa" a confiança de setores reais das economias avançadas.

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Essa demora na reação dos "espíritos animais" ocorre, segundo Tombini, a despeito de sinais positivos nos mercados acionários e nos mercados de imóveis. "Algumas economias estão em fase mais avançada do processo de recuperação, como é o caso dos Estados Unidos, mas sofreram recentemente com choques climáticos", disse. Segundo ele, esses choques levaram a uma contração significativa do PIB no 1º trimestre e isso deve se refletir no crescimento ao longo de 2014.

"Sem embargo, não acredito que isso modifique a atual estratégia de retirada gradual dos estímulos monetários nos Estados Unidos, mas pode facilitar a compreensão pelos mercados de que poderá haver um período mais longo de normalização da política monetária", observou.

Tombini ainda afirmou que vê a possibilidade de a zona do euro aprofundar estímulos à atividade e de o Japão dar continuidade a sua estratégia monetária. Na visão dele, isso pode suavizar o movimento de retirada de estímulos observado na economia norte-americana. Ele destacou que, no caso da China, o BC observa uma "gradual mudança de patamar de crescimento".

"Todos esses elementos do cenário externo estão sendo gerenciados com uma melhor comunicação pelas autoridades dos respectivos países, o que deve permitir também uma maior previsibilidade para as economias emergentes", afirmou. "O cenário internacional não apresenta grande mudança, apenas recuperação um pouco mais lenta do que se antecipava há pouco tempo", disse.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (1°), que os choques de preços nos alimentos, observados no início do ano, estão se "dissipando e revertendo", inclusive com registro de redução de preços no atacado que começa a se traduzir em benefício para o consumidor. As afirmações foram feitas em uma entrevista ao órgão interno de comunicação chamado Conexão Real, publicada no site da instituição.

Segundo Tombini, ocorre, atualmente, o realinhamento de dois preços relativos. O primeiro, na visão dele, é o das taxas de câmbio de moedas de economias emergentes e avançadas. Ele explicou que no caso do Brasil esse movimento tem sido observado nos últimos dois anos. O segundo é o realinhamento entre os preços administrados e os preços livres. No texto divulgado no site da instituição, ele frisou que esse realinhamento entre preços livres e administrados já estão em curso.

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"Ajustes de preços relativos são frequentes e têm impactos diretos sobre a inflação, mas cabe à política monetária conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes", afirmou Tombini. O presidente do BC disse ainda que para combater pressões de preços as condições monetárias foram apertadas, mas os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, "em parte", ainda estão por se materializar.

O presidente do BC ainda se declarou convencido de que a inflação tende a entrar em convergência para a meta, a despeito de previsões piores da instituição para 2014, divulgadas no último Relatório Trimestral de Inflação, que espera alta de 6,4% no IPCA ao fim do ano e vê chance de 46% de estourar o limite de tolerância, de 6,5%. "Gostaria de reafirmar que, mantidas as condições monetárias, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta ao longo do horizonte relevante para a política monetária", afirmou.

Ele destacou que, em momentos como o atual, onde a inflação acumulada em 12 meses ainda mostra resistência, "a política monetária deve se manter vigilante para mitigar riscos". O presidente vem falando que a instituição tem de ficar vigilante há meses. Na última vez em que esteve na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em março, usou a expressão repetidas vezes.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta quinta-feira, 22, em São Paulo, que a autoridade monetária já constatou um certo arrefecimento por swaps cambiais em seus leilões. De acordo com ele, no começo do programa, os swaps eram demandados por empresas não-financeiras e fundos de investimento. Hoje, disse, os swaps cambiais estão sendo procurados basicamente pelos fundos. Alexandre Tombini participou, pela manhã, de evento organizado pela Bloomberg.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou no início da noite desta sexta-feira (16) que a economia brasileira é pouco exposta a moedas estrangeiras e pouco dependente de capital externo. "Possuímos um sistema financeiro sólido, com elevados níveis de capital e de provisão, baixa exposição a moedas estrangeiras e pouca dependência de recursos externos", afirmou o presidente da autoridade monetária, em seu discurso de encerramento no XVI Seminário de Metas para a Inflação.

Além disso, segundo Tombini, a regulação e supervisão prudenciais realizadas pelo BC são mais rigorosas do que as observadas na maioria das economias avançadas, o que ajuda na avaliação do comportamento dos mercados. "Nossa supervisão é intrusiva e conta com importantes sistemas de registros e monitoramento, permitindo uma avaliação abrangente e precisa do comportamento dos agentes e dos mercados", disse.

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Políticas monetárias - O "arcabouço de políticas monetária e financeira" do Brasil é resiliente, disse Tombini. Em discurso, o presidente do BC resumiu essa estrutura em quatro pilares: o regime de metas para a inflação, o regime de câmbio flutuante, a política de acumulação de reservas e a regulação e supervisão prudenciais.

"Em síntese, o nosso arcabouço de políticas monetária e financeira é resiliente. Foi testado em diversas situações adversas e se mostrou sólido, eficiente e com flexibilidade suficiente para se adaptar a cada contexto. Por isso, temos tranquilidade para atravessar esse período de transição da economia mundial, bem como a sua 'Nova Normalidade', qualquer que seja a sua configuração", afirmou Tombini.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou nesta quarta-feira (16), a mensagem de que o ciclo de aperto da taxa básica de juros está próximo do fim. Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Tombini disse que parte "relevante" do aperto monetário iniciado em abril do ano passado, e que levou a taxa básica (Selic) de 7,25% ao ano para 11%, ainda "não tocou a inflação". Ele lembrou que a política monetária opera com defasagens e é cumulativa.

Tombini ainda colocou na alta do dólar em 2013 parte da responsabilidade pela pressão no custo de vida. Ele disse que existiam forças, em referência à moeda norte-americana, fazendo contraponto no combate à inflação. "Temos trabalhado para que a inflação este ano esteja compatível com os critérios estabelecidos pelo regime de metas", garantiu o presidente do BC.

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Mais uma vez, o executivo afirmou que o País passa por um choque nos preços dos alimentos in natura, cenário que classificou como temporário. Ele também tentou apresentar um cenário otimista, a despeito da deterioração das expectativas de mercado que, nesta semana, colocou as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) próximas do teto da meta no fim do ano. A meta de inflação deste ano foi definida em 2012 pelo Conselho Monetário Nacional como 4,5%. O regime em vigor concede uma margem de tolerância de 2 pontos porcentuais para mais ou menos.

Recuo -Segundo o boletim Focus, publicado pelo próprio BC com estimativas do mercado financeiro, a projeção para 2014 chegou a 6,47%. Tombini, no entanto, afirmou que a inflação vai ceder nos próximos meses. "O BC vem trabalhando para que esse choque se circunscreva ao setor. A inflação já vem dando mostras de recuo nos dados mais recentes", disse.

Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, avalia que o BC tem relevado o risco inflacionário ao classificá-lo como temporário. "O efeito cumulativo dos juros sobre a atividade, o crédito que vem se reduzindo e o próprio câmbio, que deu uma estabilizada, faz eles acreditarem que vai ser possível segurar a inflação abaixo do teto da meta", observou. "Mas isso é um risco, as expectativas estão se deteriorando."

Fiscal - O presidente do BC ainda fez referência à decisão do governo de adotar uma meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida), para 2015, menor que em anos anteriores. "Viemos apertando a política monetária e, a fiscal, ontem (terça-feira,15), os ministros da Fazenda e do Planejamento anunciaram o Plano de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2015 indicando um superávit primário da ordem de 2,5% do PIB, com limite inferior duro a 2%", disse.

Em discurso, Tombini ainda defendeu que o Brasil não é um País frágil, como havia dito o Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos), em fevereiro. "Volatilidade não deve ser confundida com fragilidade, esse processo é necessário", argumentou ao explicar que essa característica havia sido atribuída à oscilação do dólar frente o real. Tombini ainda afirmou que o setor externo, em 2014, diferentemente do ano passado quando contribuiu negativamente para o crescimento do País, dará colaboração de "neutra a ligeiramente positiva" neste ano.

O sinal negativo predomina nas bolsas internacionais e deve pesar nos negócios domésticos nesta sexta-feira, 11. O dólar à vista começou o dia em alta ante o real, alinhado com o exterior. A moeda americana deve oscilar guiada por indicadores americanos, pelos leilões cambiais do Banco Central e perspectiva de fluxo de entrada vindo de captações de empresas, sendo que esses dois últimos fatores podem amenizar a pressão de alta.

O compasso é de espera ainda por declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que cumprem hoje agenda em Washington, especialmente após Tombini ter falado na quinta-feira, 10, sobre inflação.

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Às 9h21, o dólar à vista no balcão subia 0,55%, a R$ 2,2130. O dólar futuro para maio tinha alta de 0,27%, a R$ 2,2240. O dólar também tinha valorização ante outras moedas ligadas a commodities, como o dólar canadense (+0,37%) e dólar australiano (+0,28%).

O Banco Central pode pausar seu ciclo de aumento da taxa básica de juros nos próximos meses, apesar da recente alta nos preços dos alimentos, afirmou nesta quinta-feira (10), o presidente do BC, Alexandre Tombini, em entrevista ao Wall Street Journal durante a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"É uma possibilidade", respondeu Tombini, quando questionado se existe a chance de uma pausa no ciclo de aperto monetário. "Vamos ver. Temos quase dois meses entre agora e a próxima reunião, que será no fim de maio." Ele acrescentou que o fator decisivo para ele nessa decisão será a evolução da perspectiva para a inflação.

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Segundo Tombini, a recente alta da Selic ainda está chegando à economia brasileira. O dirigente afirmou também que o esforço para conter a inflação vem sendo ajudado pela garantia do governo de que alcançará a meta de superávit primário e pela recente apreciação do real. Fonte: Dow Jones Newswires.

Falando para uma plateia de investidores e banqueiros internacionais neste sábado (29), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou que o Brasil passa por um período de transição, marcado por ampliação do investimento e alguma moderação do consumo. "Essa mudança contribui para a sustentabilidade do processo de crescimento, à medida que representa maior capacidade de oferta no futuro."

Nesse contexto, Tombini citou os investimentos contratados para o setor de infraestrutura e ressaltou a importância da participação do setor financeiro privado. Mas reconheceu que os recursos necessários são superiores às fontes tradicionais e que talvez sejam necessários novos instrumentos ou inovação nas estruturas existentes para mitigar riscos.

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"O país está empenhado em viabilizar as condições para que esses investimentos se concretizem com sustentabilidade no período à frente", disse no encerramento do Fórum Econômico sobre a América Latina do Institute of International Finance (IIF), na Bahia. Tombini participou também de reuniões fechadas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauípe.

"Desde o segundo semestre de 2013 foram realizados vários leilões e, consequentemente, contratados vultosos investimentos. Os recursos requeridos são vultosos; em montante superior à capacidade das fontes tradicionais. Por isso, precisamos ampliá-las", completou. "Talvez sejam necessários novos instrumentos ou mesmo inovar na estruturação de operações para mitigar riscos ou reduzir custos", afirmou, sem dar mais detalhes.

Reformas - Segundo ele, um dos fatores que mais contribuíram para o crescimento da economia brasileira foi a absorção de mão de obra. Como o nível de desemprego é o menor da história recente do Brasil, diz ele, "para o País crescer a taxas mais altas é preciso estimular fontes complementares de crescimento. É o que estamos fazendo."

"O Brasil vem conduzindo uma ampla agenda de reformas estruturais. A propósito, algumas das reformas que outros países estão fazendo agora, nós já fizemos há alguns anos", afirmou. "No atual estágio, o nosso foco são as reformas que visam qualificar a mão de obra, ampliar os investimentos e aumentar a produtividade geral da economia brasileira", disse citando o Pronatec e o Ciência sem Fronteiras. "No Brasil, como em outras economias da região, os potenciais retornos dos investimentos em ampliação e modernização da infraestrutura e qualificação da mão de obra são elevados."

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou neste sábado (29) que o processo de recuperação da economia global traz de volta as condições monetárias à normalidade e é fundamental que as autoridades tenham cautela, inclusive para fazer ajustes quando necessário.

Ele afirmou ainda que a normalização das condições monetárias gera realinhamento dos ativos financeiros, como o câmbio. Mas o aumento da volatilidade dos mercados financeiros internacionais é reflexo dessa normalização e o processo de ajuste não deve ser confundido com vulnerabilidade. "A volatilidade é do jogo".

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O discurso do presidente do Banco Central foi feito para uma plateia de investidores e banqueiros no encerramento do Fórum Econômico sobre a América Latina do Institute of International Finance (IIF), na Bahia. Tombini participou também de reuniões fechadas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauípe. O BC está em "período de silêncio" que antecede a reunião do Copom da próxima quarta-feira.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu nesta terça-feira, 18, a atuação da instituição no episódio em que a Caixa encerrou contas de poupança por irregularidades cadastrais e transferiu R$ 420 milhões como lucro para o balanço de 2012.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ele disse que o procedimento de encerramento de conta é previsto e "de certa forma" incentivado. Tombini, sem entrar em detalhes, explicou que o que houve foi uma realocação contábil. "O BC determinou a cessação dessa prática e foi atendido. Os ajustes de incorreções na contabilidade estão sendo feitos por determinação do BC", afirmou.

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Tombini rechaçou que tenha havido "um confisco" dos recursos de conta de poupança, como dito em matérias na imprensa e mencionado pelo senador de oposição, Agripino Maia (DEM/RN). "Aqueles que tiveram problemas em relação ao ocorrido foram prontamente atendidos pela Caixa", disse.

O presidente do BC evitou dar mais detalhes sobre o caso e avisou que o BC não divulga seus procedimentos internos em relação a casos específicos. "Naturalmente, nós temos nossos procedimentos, que são utilizados para nos assegurarmos de que as resoluções do BC e do CMN (Conselho Monetário Nacional) sejam observadas com rigor. Certamente, no caso específico, estamos conduzindo o assunto nessa dimensão", disse.

Ele ainda lembrou que o Congresso pode requisitar mais informações. Tombini defendeu a ação do BC que, segundo ele, tomou todas as providências como regulador e deu início ao processo que continua internamente. "É necessário que haja procedimentos internos rigorosos para se conduzir esse tipo de operação. As questões que deveriam ser remediadas estão sendo remediadas e não vamos deixar que haja prejuízo para nenhum depositante", afirmou.

Tombini negou ainda que o BC só tenha agido após a publicação de matéria sobre o caso. "A ação do BC foi tempestiva e anterior a qualquer reportagem. Os mecanismos foram acionados e a correção segue procedimentos internacionais. As consequências do caso estão sendo avaliadas internamente pelo Banco Central", revelou.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira, 18, que o Brasil operou de maneira correta, depois de 2008, ao colocar barreiras para o ingresso de capital estrangeiro.

Segundo ele, o Brasil continua recebendo esses fluxos, ao redor de US$ 65 bilhões por ano. "Nós tínhamos preocupação prudencial. Sabíamos que esse ciclo seria revertido. Nós sempre nos preocupamos com a capacidade da economia de absorver grandes fluxos", afirmou. "Difícil dizer como seria a situação do Brasil hoje se não tivéssemos desacelerado esse ingresso de recursos".

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Ajuda do câmbio

Tombini afirmou também que não está usando as reservas internacionais para defender um nível de dólar em relação ao real. Ele garantiu, depois de ser questionado se existia uma cotação ideal, que o regime cambial, no Brasil, é flutuante.

"Nosso regime é, por definição, o que nos ajuda a absorver choques externos. Não estamos usando as reservas para defender um preço, o câmbio é flutuante", afirmou.

Reação a crítica do Fed

O presidente do BC avaliou também que o relatório do Banco Central norte-americano (Fed) sobre a fragilidade da economia brasileira tem vários problemas. "Esses estudos têm suas fragilidades e isso não ajuda", disse, após ouvir críticas à política econômica do governo do senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP).

Segundo Tombini, a despeito da volatilidade de janeiro, a moeda brasileira tem se comportado bem ou melhor que várias outras moedas. O presidente do BC disse que o Brasil tem recebido fluxo. "Naqueles fluxos que dependem de visão de País, como renda fixa, os fluxos são fortes", afirmou.

Tombini também reforçou que os investimentos estrangeiros diretos (IED) estão financiando parcela expressiva do déficit em conta corrente. Na avaliação do presidente do BC, o momento atual é um processo de normalização das condições financeiras internacionais.

Segundo Tombini, o BC sempre atuou nesse ambiente de entrada e saída de fluxos. Ele lembrou que até 2007 e 2008, o BC acumulou um colchão de reservas que está em um padrão moderado pelo tamanho da economia brasileira. "Podemos transitar em vários cenários para suavização dos preços relativos. No passado, acumulamos essa liquidez que entrava no País. Se tiver reversão desse cenário, se voltarem fluxos mais fortes, aquela lógica volta", afirmou. Tombini ressaltou que o BC nunca disse que deixou a política de acumulação de reservas.

Dependência externa

O presidente do BC destacou ainda durante a audiência na CAE que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) tem uma dependência pequena de fontes externas de recursos, o que é fator de segurança. Segundo ele, esse porcentual não passa de 9%. O SFN opera com recursos domésticos.

"Não estamos dependendo do fluxo externo para girar o crédito interno. Por essas e outras é que temos uma postura de tranquilidade. Nossa tranquilidade não é desconhecimento dos desafios. O BC é um dos mais ativos nos mercados internacionais", afirmou.

Tombini disse que o Brasil tem um ativo que precisa ser preservado, que são as reservas internacionais, e que dão ao BC uma visão bastante granular do que se passa no mercados internacionais. "Isso nos permite avaliar os riscos e tomar decisões que sejam sólidas e se sustentam ao longo do tempo", disse.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira, 18, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que a expectativa da autoridade monetária é de que o crédito cresça em torno de 13% este ano, o que para ele significa um ritmo de expansão sustentável. "O estoque do crédito imobiliário estoque ainda é baixo comparado a economia internacionais e o crescimento nesse segmento deve ser robusto", completou.

Tombini disse ainda que deve ser observado um gradual reposicionamento do sistema financeiro nacional. "Após desempenharem papel contracíclico, os bancos públicos devem voltar a seus nichos tradicionais", destacou.

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Segundo ele, desde meados de 2012 a inadimplência tem sido declinante em todos os segmentos, mas sobretudo no crédito livre. "No fim de 2013 e início de 2014, a inadimplência tem se estabilizado em níveis baixos, bem abaixo dos verificados no começo de 2013. Além disso, o endividamento das famílias está no nível mais baixo dos últimos três anos", acrescentou.

O presidente do BC disse ainda que a evolução do crédito tem se mantido pela sustentação do crescimento do emprego e da renda, além de ações macroprudenciais e de educação financeira. "Essas ações macroprudenciais frearam as concessões de maior risco e estimularam mais rigor das instituições financeiras."

A convergência da demanda para modalidades como o crédito consignado e habitacional traz menor custo para os tomadores e menor risco para as instituições e a consolidação da inadimplência em patamar baixo contribui para a higidez do sistema", concluiu.

Emergentes

Tombini defendeu ser "falsa a tese de fragilidade e vulnerabilidade" das economias emergentes, em especial do Brasil. "O Brasil tem robustos fundamentos e conta com um sistema financeiro sólido", justificou. Segundo ele, o País ainda conta com reservas de US$ 377 bilhões e destacou que o Brasil tem compromissos de curto prazo relativamente pequenos.

Inflação

Tombini reafirmou durante a audiência na CAE que a autoridade monetária tem agido para assegurar convergência da inflação para trajetória de metas e que os efeitos das ações de política monetária são cumulativos e se manifestam com defasagem. "Parte significativa das respostas de preços ao ciclo de ajuste monetário ainda está para se manifestar", disse. "Estamos apertando a política monetária para a inflação convergir para a trajetória de metas", completou.

O presidente do BC citou o recuo dos preços livres nos últimos meses e a elevação dos preços administrados no período para destacar que está em curso um realinhamento desses preços. "Isso ocorreu em um contexto de depreciação cambial que superou 15% nos últimos 12 meses. Essa depreciação é fonte de pressão inflacionária no curto prazo, mas efeitos mais longos podem e devem ser contidos pela política monetária", frisou.

Repetindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), Tombini disse que a inflação ainda mostra resistência, ligeiramente acima daquela estimada. "O segmento de alimentos in natura tem choque temporário que tende a se reverter nos próximos meses. A política monetária tem que agir para que esses efeitos se circunscrevam ao curto prazo", acrescentou. "A política monetária tem que se manter vigilante para evitar riscos de que níveis elevados de inflação persistam no horizonte", concluiu.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, repetiu nesta terça-feira, 18, que o crescimento da economia em 2013 foi marcado por uma alteração na composição das demandas, com aumento dos investimentos e moderação do consumo das famílias.

"Essa mudança contribui para sustentabilidade do crescimento. O crescimento em 2014 deve permanecer próximo do patamar verificado no ano passado e seguirá sustentado por emprego e ampliação moderada do crédito", afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

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Segundo ele, há indicadores que apontam para a melhora da competitividade da indústria, o que representa uma mudança em relação a anos anteriores. "Aumentar a produtividade é fundamental para a indústria aproveitar oportunidades no mercado nacional e internacional", completou.

Tombini destacou que há mudanças na composição na demanda e também na oferta agregada, mas ponderou que os ganhos delas decorrentes depende da confiança das empresas e das famílias. O Brasil tem conduzido ampla agenda de reformas estruturais se antecipando a outros países. E o foco são reformas para ampliar investimentos, qualificar mão de obra e aumentar produtividade", acrescentou.

Tombini destacou o programa de leilões de concessões de infraestrutura para ampliar investimentos e disse que essas iniciativas visam tornar a economia mais competitiva. "Ao contrário de economias avançadas, o Brasil precisa avançar em infraestrutura e qualificação de mão-de-obra. Por isso, as oportunidades e o retorno aqui são maiores", avaliou.

Durante a audiência publica da qual participará, na terça-feira, 18, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deve responder a perguntas dos senadores sobre a apropriação de cadernetas de poupança inativas por parte da Caixa Econômica Federal. Segundo informações da Agência Senado, a recente avaliação do Federal Reserve, Fed, o banco central dos EUA, que colocou o Brasil como o segundo país mais vulnerável à normalização da política monetária norte-americana, também será debatida.

A visita de Tombini à CAE ocorre a cada três meses aproximadamente. Oficialmente, a pauta do encontro é "as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária".

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira (12) que em relação à inflação a instituição "tem agido para assegurar sua convergência à trajetória de metas e que os efeitos da política monetária são cumulativos e se manifestam com defasagens". De acordo com Tombini, "a política monetária no contexto atual deve se manter especialmente vigilante".

Tombini falou que "o ritmo de crescimento em 2014 deve se manter em patamar próximo ao do ano passado". Ele também ressaltou que o avanço do investimento, sobretudo em logística e infraestrutura, somado a esforços de qualificação da mão-de-obra "deve-se traduzir em ganhos de produtividade para a economia brasileira". Destacou, ainda, que a expansão do PIB em 2013 foi marcada por uma mudança na composição da demanda, "com ampliação dos investimentos e moderação do consumo das famílias".

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O presidente do BC ressaltou ainda que, em meio ao período de transição no cenário externo, o Brasil tem robustos fundamentos econômicos e financeiros. "Os fluxos de investimento estrangeiro continuam fortes. Em fevereiro, houve ingresso líquido de US$ 9,2 bilhões de capitais estrangeiros (em renda fixa, bolsa e IED). E tais fluxos continuam fortes nos primeiros dias úteis de março", comentou. Segundo ele, o Brasil tem respondido a este período de transição e maior volatilidade nos mercados financeiros "de forma clássica, com ajuste de políticas macroeconômicas e flexibilidade cambial".

Disse que o mundo passa por período de transição, com perspectiva de maior crescimento econômico e intensificação do comércio internacional. Afirmou que essa transição tem sido liderada pela recuperação dos EUA e implica em uma transição gradual de volta à normalidade das condições monetárias internacionais e, consequentemente, o realinhamento dos preços relativos de ativos financeiros.

"O aumento da volatilidade nos mercados internacionais é reflexo deste processo de realinhamento de preços relativos - fenômeno que não deve ser confundido com vulnerabilidade", afirmou. O presidente do BC fez os comentários durante palestra para investidores, na Conferência Macroglobal no Brasil, promovida pelo banco Goldman Sachs, em São Paulo.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fez uma avaliação bastante positiva sobre a estratégia adotada pelo Brasil para reagir à turbulência gerada pela normalização da política monetária nos Estados Unidos. Ao lembrar do aumento do juro, câmbio flutuante e, mais recentemente, do corte do Orçamento, Tombini disse que "não há reparo" a ser feito.

"O Brasil tem adotado políticas bastante clássicas no enfrentamento dessa situação de transição: ajuste da política monetária, flexibilidade no câmbio e, agora, foi anunciado o corte do Orçamento. Ou seja, um aperto na política", disse durante entrevista no fim das reuniões do G-20 neste domingo na Austrália.

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Além disso, o presidente do BC lembrou que o Brasil também tem um colchão de mais de US$ 375 bilhões em reservas internacionais e que parte desse volume foi acumulado durante o período de forte ingresso de capitais estrangeiros. "De forma que oferecemos proteção contra as variações cambiais para fazer com que esse ajuste nos preços relativos seja absorvido com tranquilidade no País", disse.

"Esse é mais ou menos o receituário que a gente já vem fazendo. Ou seja, não há reparo nesse sentido", disse.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fez uma avaliação positiva sobre o fluxo de capitais estrangeiros para o Brasil nos dois primeiros meses de 2014. Após a saída de recursos no fim de 2013, a tendência mudou e o País já recebeu algo em torno de US$ 3 bilhões no fluxo cambial acumulado de janeiro e fevereiro.

"Nesses últimos dois meses, nós temos recebido fluxo líquido no Brasil. Em janeiro, foi US$ 1,6 bilhão. Fevereiro ainda não saiu, mas até o momento recebemos mais de US$ 1 bilhão. Fevereiro está vindo forte. Então, estamos caminhando para receber algo em torno de US$ 3 bilhões nos dois meses", disse Tombini em entrevista após a reunião das 20 maiores economias do mundo, o G-20, ao comentar os dados do fluxo cambial. "Depois de alguns meses de saídas líquidas, realmente o número de janeiro fechou bem".

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Além do fluxo cambial positivo, Tombini também ressaltou que os dados de Investimento Estrangeiro Direto (IED) também têm demonstrado força. "O IED veio forte em janeiro. Nós vimos esta semana mais de US$ 5 bilhões de IED", disse, ao comentar o ingresso de recursos observado no mês passado. "Então, o Brasil continua recebendo, mas vai receber menos como todos os outros países emergentes".

O dólar segue em alta ante o real enquanto a Bovespa busca fixar uma direção nesta tarde (18), após uma manhã tumultuada por uma série de declarações e indicadores. Os juros futuros mantêm a queda assumida após a fala suave do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que afirmou que o ciclo de aperto monetário já mostra resultados, ampliando assim as apostas no mercado de alta menor da Selic, de 0,25 ponto porcentual, na próxima reunião.

Às 13h26, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,14% ante 11,22% no ajuste de segunda-feira, 17, e o DI para janeiro de 2017 estava em 12,50%, de 12,58% na véspera. O dólar à vista no balcão subia 0,29%, a R$ 2,3940, acompanhando o movimento ante outras moedas ligadas a commodities diante da notícia de corte da meta de crescimento da produção industrial da China para 9,5% em 2014, de 10% em 2013.

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O Ibovespa, às 13h32, subia 0,18%, aos 47.659,91 pontos, acompanhando a melhora dos índices em Nova York. As ações das empresas do setor de energia continuavam em baixa, apesar de relatório do JP Morgan divulgado hoje dizendo que as empresas de transmissão não seria afetadas por um eventual racionamento de energia este ano.

"Existem abrigos relativamente seguros? Sim, o setor de transmissão", disseram os analistas do banco, ao avaliar o impacto do atual cenário para todas as elétricas. Às 13h23, as ações ON da Eletrobras caíam -0,42%, os papéis PN da Eletropaulo perdiam 2,17% e os da Light ON -4,01%. Em Wall Street, o Dow Jones operava estável, com viés de alta, enquanto o S&P 500 e Nasdaq subiam de forma mais consistente.

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