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Petrolina, no Sertão, é a primeira cidade pernambucana a regulamentar o transporte de passageiros por aplicativos. O decreto foi publicado no Diário Oficial da cidade na última segunda-feira (24).

Também na segunda-feira, a prefeitura se reuniu com representantes dos motoristas do serviço. O encontro ocorreu após uma manifestação da categoria contra a regulamentação.

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Na Câmara Municipal de Petrolina, o projeto de lei do Poder Executivo recebeu 17 votos a favor e nenhum contra. Segundo o texto, os condutores poderão fazer paradas para apanhar seus passageiros desde que acionados pelo aplicativo. 

A regulamentação prevê também que, até o ano de 2021, a idade máxima dos veículos será de oito anos. Depois desse prazo, os carros terão um tempo de uso máximo de cinco anos.

A fiscalização do serviço ficará sob a competência da Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla), que deverá publicar, no prazo máximo de 90 dias, o custo da emissão do certificado anual de autorização e das taxas de emissão e de renovação atual. Os motoristas terão até 1º de janeiro de 2019 para se adequar às normas da nova lei municipal. 

Recife

Na capital pernambucana, um projeto de regulamentação foi aprovado no dia 11 de setembro pela Comissão de Legislação e Justiça da Câmara de Vereadores. O resultado foi considerado positivo pela categoria de transporte de aplicativo. Os taxistas pediam que houvesse limitação na quantidade de condutores de aplicativo, o que foi rejeitado. A votação final, entretanto, ainda não tem data para ocorrer. 

O vereador Davi Muniz (PEN) também defendeu os taxistas durante reunião pública para debater um projeto sobre a regulamente dos aplicativos de transporte privado. Ele chegou a dizer no encontro realizado, na tarde dessa quarta-feira (13), que muitos profissionais da categoria se suicidaram pela atual situação enfrentada após a chegada dos aplicativos de transporte privado como Uber. "Conheço pessoas que estão escondendo seus táxis em terrenos para não serem levados", lamentou em referência que muitos taxistas não estão conseguindo pagar os financiamentos dos seus veículos. 

"Os taxistas pertencem a uma categoria histórica na cidade do Recife. Há mais de 40 anos tinham o direito e a oportunidade de defender sua família e hoje não dá mais", disse afirmando que a Uber chegou "atropelando" tudo.

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Davi contou que seu pai era taxista. "Meu pai sustentou a mim e a quatro irmãos com a sua profissão e hoje os taxistas não conseguem mais fazer isso", acrescentou. Ele também falou que desde o surgimento dos aplicativos a mobilidade urbana no Recife vem piorando. 

Apesar das colocações, o vereador garantiu que não é nem a favor nem contra Uber, mas salientou ser necessário impor limites. "É importante para não favorecer ou desfavorecer uma categoria. Tem que ter Uber agora porque tem que ser 20 mil e somente mil taxistas?", citou indagou.

A frota nacional de automóveis e comerciais leves cresceu 8% em 2012 ante 2011, conforme mostra o mais recente estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Metade dos brasileiros adultos já utiliza transporte privado para se locomover, incluindo motocicletas, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Cidades como a capital paulista já têm dois habitantes por automóvel, paridade próxima à de regiões desenvolvidas, como Estados Unidos e Europa. Fora dos principais centros consumidores, a média é de 8,8 habitantes por veículo, ante uma média brasileira de 5,2 pessoas por carro. Há uma década, essa paridade nacional era de 8,2 habitantes por veículo.

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Apenas cinco Estados - São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná - concentram 72% da frota. Nessas localidades, a média de habitante por veículo varia de 2,9 a 5,2 (ver quadro). A indústria automobilística conta com as regiões menos motorizadas para manter o ritmo das vendas e chegar em 2017 com números próximos a 5 milhões de veículos ao ano, conforme projeta a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Na última década, as vendas de carros novos cresceram a taxas médias de 7% ao ano, e a de motocicletas, de 13% ao ano. Já o número de passageiros que utiliza o transporte público caiu 25% no mesmo período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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