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O sotaque à beira do campo na Arena Pernambuco, neste sábado (8), no Clássico das Emoções, será o tradicional nordestino. Um mais chiado, o do pernambucano Dado Cavalcanti, do Náutico. O outro um pouco mais arrastado, do cearense Oliveira Canindé, técnico do Santa Cruz. Será um duelo de dois treinadores jovens, nascidos na mesma região e, sobretudo, estudiosos do futebol. 

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Antes do confronto decisivo para as duas equipes, os técnicos mantiveram o respeito. Não só nas palavras, como também nas atitudes. Os dois não revelaram as escalações para dificultar a vida do oponente. O potencial de cada um em dissecar os adversários indica que detalhes definirão a partida. 

Estreante em clássicos pernambucanos, o tricolor Oliveira Canindé destacou a postura do adversário. “O Dado tem uma maneira de pensar o jogo em que a equipe sempre joga para frente. Não importa com quem jogue, é essa maneira de se comportar. Ele é muito esperto e ligado. Dado será um dos grandes nomes do futebol brasileiro. Honrará o nome de Pernambuco”, afirmou.

Pelo lado do Timbu, Dado Cavalcanti o discurso foi praticamente o mesmo. O treinador alvirrubro enalteceu o trabalho de Canindé e ressaltou a importância de mais um nordestino no concorrido mercado.

“Retribuo os elogios. Canindé é um excelente treinador. O trabalho que ele coloca a mão traz resultados e isso é bom. É mais um nordestino no mercado, na nossa batalha corporativista. Precisamos desbravar fronteiras nessa nossa luta”, enfatizou.

O futebol alemão tem se mostrado moderno, com equipes compactas e eficientes. Os bons exemplos surgiram na última temporada com Bayern de Munique e Borussia Dortmund, que decidiram a Liga dos Campeões. Talvez por isso, a Alemanha seja o país com mais técnicos na Copa do Mundo de 2014. Serão cinco: Joachim Löw (Alemanha), Jürgen Klinsmann (Estados Unidos), Ottmar Hitzfeld (Suíça), Volker Finke (Camarões) e Niko Kovac (Croácia). Desses, os dois últimos vão enfrentar o Brasil logo na primeira fase.

Confira abaixo algumas informações e características desses comandantes:

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Joachim Löw (Alemanha)

Sem dúvidas, é o treinador com mais chances de ser campeão. No comando da Alemanha desde 2006, quando Klinsmann saiu após o Mundial daquele ano, Joachim continuou a reformulação na seleção iniciada por seu antecessor. Já, na Eurocopa de 2008 foi vice-campeão e na Copa de 2010 ficou com o terceiro lugar. Agora, no Brasil, os alemães chegam com uma geração mais experiente e qualificada, assim como o seu técnico.

Jürgen Klinsmann (Estados Unidos)

Craque dentro das quatro linhas e campeão mundial em 1990, ainda busca um lugar ao sol do lado de fora do campo. Na seleção dos Estados Unidos desde 2011, Klinsmann – que visitou o Recife e o CT do Náutico recentemente – enfrentará o seu país na primeira fase da Copa do Mundo, na Arena Pernambuco. E, provavelmente, disputará com Portugal a segunda vaga nas oitavas de final. A missão dos americanos é ultrapassar esta fase, a qual foram eliminados em 2010 por Gana.

Ottmar Hitzfeld (Suíça)

O ex-atacante e melhor técnico do mundo em 2001, Ottmar Hitzfeld dirige a Suíça desde 2008 e tem no currículo duas Ligas dos Campeões e sete campeonatos alemães. Na última Copa, apesar de ter vencido a Espanha por 1x0, não passou da Primeira Fase, ao terminar em terceiro no Grupo H. Com uma postura defensiva, a seleção de Hitzfeld dificilmente sofre gols, no entanto, marcar é ainda mais complicado.

Volker Finke (Camarões)

É o que tem o currículo mais modesto com apenas duas conquistas da Segunda Divisão da Bundesliga em 1992\93 e 2002\03. Com 65 anos, o histórico de Finke dificilmente melhorará na Copa do Mundo 2014. Além de cair no grupo do Brasil, os camaroneses já não têm mais o futebol de outrora.

Niko Kovac

O menos alemão dos técnicos alemães. Nasceu em Berlim, mas tem origens croatas e foi por lá que decidiu jogar. Foi capitão da Croácia entre 2004 e 2009, e por sua liderança dentro de campo foi convidado para a comandar a seleção. Primeiro a equipe Sub-21 e depois a principal, ainda em 2013. Kovac esteve em campo no confronto entre Brasil e Croácia, na Copa de 2006. Mesmo duelo que abre o Mundial de 2014.

Últimas crônicas da série:

#150 - Bolívia a la Taiti

#149 - Evolução das bolas na Copa do Mundo

#148 - De faixa e óculos em 1934

#147 - A lenda chamada El Profesor

#146 - Duas seleções, duas bolas e uma rivalidade

#145 - Com vocês, a realeza

#144 - Diamante descalço 

Alexandre Gallo, Vadão, Marcelo Martelotte, Vágner Mancini, Sérgio Guedes, Sandro Barbosa, Silas, Zé Teodoro, Jorginho... A lista é grande é o reflexo do decadente futebol pernambucano. Nove nomes e dez trocas de treinadores, isto sem contar com os atuais Levi Gomes, Neco e Vica – os dois primeiros estão de forma interina, mas podem terminar o ano no Náutico e no Sport, respectivamente -, mostram como ainda estamos atrasados no que diz respeito a planejamento. 

O Timbu iniciou a temporada falando muito nesse tal "planejamento", mas antes mesmo do Pernambucano começar tudo foi por água abaixo. Alexandre Gallo recebeu uma proposta da CBF e foi comandar as seleções brasileiras de base. Depois dele, e por indicação do mesmo Gallo, veio Vágner Mancini, que nem chegou ao final do Pernambucano, sendo substituído por Silas. Este, por sua vez, mal iniciou o Brasileiro e também pegou o beco. Levi Gomes assumiu interinamente até a chegada de Zé Teodoro, que não resistiu muito tempo. Para bater o recorde no ano, o Náutico trouxe outro profissional e o demitiu após sete jogos, sendo Jorginho. E agora parece que efetivou Levi Gomes. Como não se escreve o que essa diretoria alvirrubra fala, só resta saber até quando dura essa "efetivação".

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O Sport foi o segundo clube do Recife a trocar mais de treinador em 2013, já utilizando o quarto profissional. O clube começou com Vadão, que caiu após a Copa do Nordeste. Em seguida veio o adorado Sérgio Guedes e ele logo virou odiado após perder mais um Pernambucano para o Santa Cruz. Ainda no início da Série B, Martelotte deixou o Tricolor e rumou com destino à Ilha do Retiro. Passagem que durou pouco, apenas três meses, até a demissão. No momento, Neco comanda o time, enquanto a diretoria procura outro treinador.

Enquanto o Santa Cruz mudou menos, contudo, o sofrimento não foi menor. Martelotte, que não aguentou três meses na Ilha, passou pouco mais de seis meses no Arruda. A solução encontrada pela diretoria coral foi Sandro Barbosa para a vaga do técnico que foi para o rival. Sem experiência, o ex-zagueiro comandou o Tricolor por 11 jogos, foi demitido e deu lugar a Vica.

Com tantos nomes, idas e vindas, não é de se estranhar o patamar em que o futebol pernambucano se encontra atualmente no cenário nacional. O Timbu agoniza na Série A, o Sport sofre na B e o Santa Cruz está penando na C. Tudo isto porque não é possível contratar o tal planejamento.

A reclamação é antiga. Principalmente no “sindicato” dos treinadores. Uma sequência de derrotas ou clima ruim nos vestiários, adeus emprego. Isso, pelo menos, na cultura do futebol brasileiro. Mas as edições da Série A do Campeonato Brasileiro mostra que isso vem mudando. Em 2012, nove técnicos começaram e terminaram a competição com o mesmo cargo. Um recorde.

Sequência comprovado pelos bons resultados. Os três primeiros não mudaram, em sequência: Fluminense (Abel Braga), Atlético-MG (Cuca) e Grêmio (Vanderlei Luxemburgo). Além deles, o Corinthians (Tite), que já havia vencido a Libertadores, o Botafogo (Oswaldo Oliveira), que terminou em 7º, o Santos (Muricy Ramalho), que teve uma temporada 2011 vitoriosa, a Portuguesa (Geninho), que fugiu do rebaixamento, e o Náutico (Gallo) apostaram na manutenção dos treinadores.

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E nesse cenário, os pernambucanos são completamente opostos. Com uma campanha sólida e, consequentemente, uma vaga na Copa Sul-Americana 2013, o Náutico seguiu com Alexandre Gallo durante todo o Brasileirão. Já o rival Sport, rebaixado para a Série B, teve três treinadores durante a competição. Vagner Mancini, Waldemar Lemos e Sérgio Guedes passaram pela área técnica rubro-negra.

O troca-troca na parte inferior da tabela também compra essa tese. Além do Sport, o Atlético-GO, o Figueirense e o Palmeiras também alternaram os comandantes. Lanterna, o time de Goiás teve quatro treinadores (Adilson Batista, Hélio dos Anjos, Jairo Araújo, Artur Neto e, novamente, Jairo Araújo). O Figueira apelou para Argel Fulcks, Hélio dos Anjos, Márcio Goiano e Fernando Gil. Já o Verdão teve Felipão e Gilson Kleina.

Logo depois da demissão do técnico Waldemar Lemos, a diretoria do Náutico fez questão de declarar que queria contratar um técnico com a cara da série A e, na lista de opções para contratação, só tinham nomes de impacto. Dentre eles: Renato Gaúcho, Dunga, Paulo César Carpeggiani, Ney Franco, Jorginho e Celso Roth.

Destes seis nomes, três já foram procurados pela diretoria e não demonstraram interesse em vir treinar a equipe alvirrubra. O primeiro a ser procurado foi Paulo César Carpeggiani, que atualmente está sem clube. O treinador, porém, afirmou que já tinha propostas de outros clubes e não aceitou a do Timbu. Quem confirmou o contato foi o diretor de futebol do clube, Armando Ribeiro, que garantiu que o treinador foi muito ético e correto com o Náutico.

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Outro procurado pela direção alvirrubra foi Jorginho, que subiu com a Portuguesa para a série A, permanece na Lusa e, de acordo com os seus planos, vai permanecer por lá, já que declarou que só pensa na Portuguesa e não interesse de vir para o Náutico. Já Celso Roth não demonstrou interesse em treinar o Timbu por conta dos objetivos da equipe na série A, que não são os mesmos dele.

Ainda segundo Armando Ribeiro, Ney Franco e Dunga não foram procurados, mas não passaram de um sonho alvirrubro. Ney Franco foi citado pelo gerente de futebol Carlos Kila, por ser um amigo do dirigente alvirrubro, mas está bem empregado na CBF e não deve sair de lá. Enquanto Dunga recusou várias propostas de clubes grandes da série A, portanto também não deve ter interesse de comandar o Clube Náutico Capibaribe.

Por Victor Ferreira

A Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) divulgou, nesta segunda-feira (6), a lista dos 190 melhores treinadores do século 21. De acordo com a entidade, o escocês Alex Ferguson, que está no comando do Manchester United desde 1986, é o melhor treinador deste início de século. O brasileiro mais bem colocado foi Felipão, que ficou na oitava posição.

Neste curto período em que foi avaliado, Sir Alex conquistou 16 títulos. Dentre eles, o da Liga dos Campeões da UEFA de 2007/08 e o Mundial de Clubes da FIFA de 2008. O comandante dos Red Devils ficou com 166 pontos, apenas um à frente do francês Arsène Wenger, do Arsenal.

Há dois anos comandando o Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, contou com o fato de ter sido campeão mundial na Copa de 2002, no Japão e na Coréia do Sul, no comando técnico da Seleção Brasileira. Neste século, o técnico ainda comandou a seleção de Portugal, o Cruzeiro, o Chelsea e o Bunyodkor, do Uzbequistão. Além do Mundial, ele ainda conquistou a Copa Sul-Minas de 2001 e o Campeonato Uzbeque de 2009. Com os mesmos 101 pontos do gaúcho, está o argentino Marcelo Bielsa, do Athletic Bilbao.

Depois de Felipão, o brasileiro mais bem ranqueado é Carlos Alberto Parreira, que comandou o Brasil na Copa da Alemanha, em 2006. O ex-treinador carioca, aposentado desde 2010, aparece em 16º lugar, empatado com o alemão Ottmar Hitzfeld, que dirige a Seleção Suíça, com 65 pontos.

Logo em seguida aparece o comandante do escrete canarinho na Copa da África do Sul, em 2010. Dunga aparece em 18º, com 62 pontos, ao lado do italiano Roberto Mancini, do Manchester City. Uma curiosidade, que surpreendeu muita gente foi o fato de Josep Guardiola, treinador do Barcelona, ter aparecido apenas na 22ª colocação.

Outros brasileiros bem colocados foram: Muricy Ramalho, do Santos, com 42 pontos; Zico, da seleção iraquiana, com 29 pontos; Vanderlei Luxemburgo (recentemente demitido do Flamengo), com 24 pontos; Jorvan Vieira, do Baniyas (Emirados Árabes), com 18 pontos e Abel Braga, do Fluminense, com 16 pontos.

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