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Em Tulsa, que há um século foi palco de um dos piores massacres racistas da história dos EUA, o presidente americano, Joe Biden, anunciou planos para reduzir a desigualdade entre brancos e negros. O democrata também escalou publicamente sua vice, Kamala Harris, para liderar a negociação com o Congresso para aprovar leis que protejam o direito de voto de minorias.

Biden se tornou o primeiro presidente no cargo a visitar a região de Greenwood, em Tulsa, no Estado de Oklahoma. Em 1921, o bairro de economia vibrante, conhecido como "Wall Street Negra", foi destruído em um ataque de supremacistas brancos que matou cerca de 300 negros e destruiu casas e negócios de outros 10 mil. "Isso não foi um motim. Isso foi um massacre", disse Biden, sobre o episódio em Tulsa, que foi ignorado na história americana até recentemente. "Embora a escuridão possa esconder muito, ela não apaga nada."

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O presidente estabeleceu a promoção da igualdade racial como um dos pilares do seu governo, antes mesmo de tomar posse. Os protestos antirracismo realizados nos EUA no ano passado deram força à chapa formada pelo democrata e pela primeira mulher negra a se tornar vice-presidente, Kamala Harris.

Nesta terça-feira, 1º, dia que o massacre completou 100 anos, Biden anunciou medidas para reduzir as disparidades de oportunidades econômicas e habitacionais entre negros e brancos. Uma família negra nos EUA tem US$ 0,13 para cada US$ 1 de riqueza de uma família branca.

O foco das políticas anunciadas em Tulsa foi o acesso à casa própria, com medidas para diminuir a discriminação racial em avaliações imobiliárias, e o incentivo a empreendedores negros. Biden prometeu usar o poder de compra governamental para ampliar em 50% o volume de contratos federais com pequenos negócios tocados por minorias. Isso significa um acréscimo de US$ 100 bilhões em cinco anos, segundo a Casa Branca.

Alguns anúncios, no entanto, dependem da aprovação pelo Congresso do pacote de infraestrutura proposto pelo presidente, como a revitalização de bairros e crédito para pequenos negócios. Ativistas criticaram a ausência de propostas para cancelar a dívida de universitários, que afeta desproporcionalmente alunos negros.

Voto

Ontem, o democrata jogou luz sobre suas políticas de igualdade racial no momento em que é criticado por não conseguir emplacar mudanças estruturais - como aprovar no Congresso a Lei George Floyd, para promover a reforma policial, e frear a ofensiva de medidas para restringir o acesso ao voto. Os negros são desproporcionalmente mais afetados pela violência policial nos EUA e também alvo das tentativas de republicanos de dificultar o acesso ao voto.

Desde a eleição de 2020, foram apresentados no país inteiro mais de 360 projetos de lei que podem dificultar o direito de voto. O alvo são camadas mais vulneráveis da população e negros. "Um ataque sem precedentes à nossa democracia", disse Biden sobre as iniciativas encampadas por políticos republicanos. "Este direito sagrado está sob ataque com uma intensidade como eu nunca vi."

Em Tulsa, o presidente americano disse ter designado Kamala Harris como responsável por organizar um esforço político para aprovar no Congresso leis capazes de proteger os direitos de voto. Há dois projetos de lei no Congresso. Um, conhecido como "Pelas Pessoas", e a Lei John Lewis, que leva o nome do deputado e pioneiro defensor dos direitos civis nos EUA, morto no ano passado.

Biden culpou os congressistas por não avançar no tema. "Eu ouço todas as pessoas na TV dizendo: 'Por que Biden não faz isso?'. Bem, porque Biden tem uma maioria de quatro votos na Câmara e um empate no Senado, com dois membros do Senado que votam mais com meus amigos republicanos", disse o presidente, em crítica aos senadores democratas moderados Joe Manchin e Kyrsten Sinema.

Chacina em Greenwood

Em 1921, o bairro de Greenwood, na cidade americana de Tulsa, era uma comunidade próspera construída por negros quando foi devastado por chamas. Tudo começou quando um jovem negro foi preso após ser acusado de agredir uma mulher branca. Homens de sua comunidade saíram em sua defesa e enfrentaram os manifestantes brancos.

Ao amanhecer, os brancos iniciaram os ataques sem que a polícia tentasse impedi-los. Centenas de residentes foram brutalmente mortos, suas casas e negócios, destruídos. Um fator que impulsionou a violência foi o ressentimento em relação à prosperidade negra. O número de mortos é difícil de estimar, mas os historiadores acreditam que até 300 negros tenham perdido a vida, sem que nenhum branco tenha sido condenado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em Tulsa, cidade americana que foi devastada por um massacre racial em 1921, Joe Biden é esperado com grande expectativa pelos afro-americanos, que anseiam que seu pedido de reparação financeira seja ouvido.

O presidente democrata, que conta com amplo apoio da população negra, participará nesta terça-feira (1°) dos eventos em memória ao centenário de um dos piores episódios de violência racista da história dos Estados Unidos.

Kristi Williams, ativista e descendente de vítimas, espera que Biden "faça justiça". "Cem anos atrás, eles paralisaram nossas casas, nosso desenvolvimento econômico, nossas terras foram tiradas de nós".

Hoje, o país "tem a oportunidade de corrigir esse erro", disse à AFP.

Em 31 de maio de 1921, um jovem afro-americano foi preso após ser acusado de agredir uma mulher branca. Um grupo de homens de sua comunidade saiu para defendê-lo, enfrentando centenas de manifestantes brancos.

Em uma atmosfera tensa, tiros foram disparados e os afro-americanos fugiram para seu bairro de Greenwood.

No dia seguinte, ao amanhecer, brancos saquearam e queimaram negócios e casas no que era então conhecido como "Black Wall Street", um exemplo de sucesso econômico.

Assim como as perdas econômicas, o número de mortos é difícil de estimar, mas os historiadores acreditam que até 300 afro-americanos perderam a vida e quase 10.000 ficaram desabrigados, sem que nenhum branco tenha sido condenado.

A polícia, que não tentou impedir o massacre, até armou alguns dos manifestantes, segundo relatório de uma comissão de inquérito.

Na segunda-feira, Biden disse que o governo dos Estados Unidos deve "reconhecer o papel que desempenhou em subtrair a riqueza e oportunidades dos bairros negros", incluindo Greenwood.

Em Tulsa, isso é apenas o começo. Os residentes esperam mais de um presidente que se declarou cautelosamente a favor de abordar o tema.

- As vítimas -

Na segunda-feira, o prefeito de Tulsa se desculpou formalmente pelo "fracasso da cidade em proteger" a comunidade em 1921.

"As vítimas - homens, mulheres, crianças - mereciam coisa melhor de sua cidade", disse G.T. Bynum em um comunicado.

Os efeitos da destruição continuam a ser sentidos hoje nesta cidade de Oklahoma, um estado escravagista do sul e reduto da Ku Klux Klan.

As desigualdades entre o norte de Tulsa, predominantemente negro, e o sul, principalmente branco, são gritantes.

"Quando os turistas visitam Tulsa, não conseguem acreditar quanta segregação ainda existe ou o racismo que se manifesta", diz Michelle Brown, diretora de programas educacionais do centro cultural local.

"Não mudou, ainda estamos segregados", afirma Billie Parker, uma afro-americana de 50 anos que cresceu em Tulsa.

Ela diz que a comunidade negra continua em desvantagem em relação aos cidadãos brancos da cidade. A reparação, segundo ela, poderia ajudar Greenwood a melhorar suas escolas.

Muitos afirmam que é hora do estado ajudar o bairro a recuperar sua prosperidade, perdida nas chamas de 1921.

"Aqui só havia mato, mas havia investimento, havia riqueza, havia vida", lembra a democrata texana Sheila Jackson Lee, uma defensora das indenizações.

Em 19 de abril, alguns dos últimos sobreviventes do massacre viajaram a Washington para testemunhar no Congresso e pedir ao país que reconheça seu sofrimento.

Já em 2001, uma comissão recomendou que os residentes de Greenwood recebessem uma compensação. Até agora, os apelos foram em vão.

Além da compensação financeira, os moradores contam com a visita de Joe Biden e os eventos do centenário do massacre para divulgar essa tragédia, há muito tabu.

Para LaShaundra Haughton, de 51 anos, bisneta de sobreviventes do massacre, "é hora de curar, é hora de dizer a verdade, é hora de trazer tudo à luz".

O desejo de transparência sobre o passado sombrio da cidade foi recentemente destacado por escavações realizadas para encontrar as valas comuns onde muitas vítimas negras foram enterradas.

Escavações que tiveram início esta semana na cidade americana de Tulsa encontraram restos humanos que poderiam pertencer a vítimas de um dos piores massacres raciais da história do país, anunciaram responsáveis pelas buscas.

Realizado em 1921 por moradores brancos, o massacre deixou cerca de 300 mortos em um bairro negro daquela cidade de Oklahoma. Os restos foram descobertos no cemitério municipal de Oaklawn, em Tulsa, perto de um túmulo anônimo de um metro de profundidade. Eles ainda precisam ser analisados, informou Kary Stackelbeck, arqueóloga do estado, em entrevista coletiva.

Outros restos, que poderiam pertencer a uma segunda vítima, foram exumados em outro ponto do cemitério. "O fato de termos encontrado restos humanos que são potencialmente recuperáveis é, sem dúvida, algo positivo. Conhecemos muito melhor a topografia e a profundidade em que podemos esperar encontrar esses restos no futuro", explicou Kary.

A prefeitura de Tulsa decidiu em 2018 tentar localizar as vítimas do massacre, em um esforço de memória. As primeiras escavações ocorreram em julho, em outra área do cemitério, quando se buscavam valas comuns, sem sucesso.

O número preciso de vítimas do massacre permanece desconhecido. Vários corpos foram jogados no rio, queimados ou enterrados em valas anônimas.

Segundo o relatório oficial de uma comissão de investigação lançada em 2001, autoridades locais armaram alguns dos moradores brancos, nomeando-os "adjuntos" da polícia para a ocasião. Ninguém foi condenado pela violência.

A equipe da campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou neste domingo a participação decepcionante de público em seu comício em Tulsa, realizado na véspera, culpando os manifestantes opositores por criar uma atmosfera hostil e bloquear o caminho para os seguidores do republicano.

A Casa Branca prometeu que o evento, o primeiro comício de Trump em três meses, contaria com cerca de 100.000 pessoas. Mas imagens de televisão mostraram grandes setores com assentos vazios no BOK Center, um estádio que acomoda 19.000 espectadores.

Mercedes Schlapp, assessora da campanha de Trump, disse à Fox News que muitos apoiadores não conseguiram entrar no BOK Center.

"Havia fatores envolvidos, como preocupação pelos manifestantes. Havia manifestantes que bloquearam" os participantes, disse Schlapp.

"E vimos que isso teve um impacto nas pessoas que estavam participando do comício", acrescentou.

Schlapp repetiu uma explicação apresentada no sábado à noite pelo diretor de comunicações da campanha de Trump Tim Murtaugh, que declarou que os manifestantes estavam "bloqueando o acesso a detectores de metal, impedindo que as pessoas entrassem".

Mas jornalistas presentes ao evento disseram que não viram problemas no acesso ao estádio. Na última semana, foram divulgadas informações de que usuários adolescentes da rede social TikTok boicotaram o ato.

O ex-estrategista republicano e crítico do presidente Steve Schmidt disse que adolescentes de todo o país pediram ingressos sem intenção de ir para garantir que o evento tivesse cadeiras vazias.

- Gosto por grandes públicos -

Trump tem um tipo de obsessão por grandes multidões e gaba-se com a presença de público em seus comícios, comparando-os com os de seu rival democrata, Joe Biden.

Schlapp zombou de um evento recente de Biden, no qual os organizadores seguiram os padrões de distanciamento social, dizendo que o ex-vice-presidente não conseguiu atrair multidões como Trump fez.

O assessor disse à Fox News que mais de 5,3 milhões de pessoas acompanharam o comício do presidente republicano pela internet.

Biden está à frente de Trump em 9,5 pontos nas pesquisas nacionais de intençãode votos, de acordo com uma média da RealClearPolitics.

Nas redes sociais, as provocações sobre a participação decepcionante ocorreram em massa, incluindo críticos famosos do presidente, como a cantora Pink.

Além do gosto amargo deixado pela baixa participação, a equipe do presidente teve que lidar com as infecções por coronavírus de seis membros que trabalharam na organização do comício.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que vai remarcar um comício planejado para 19 de junho em Tulsa, Oklahoma, depois de enfrentar críticas por realizar o evento no dia que celebra o fim da escravidão nos EUA. Trump fez o anúncio no Twitter, dizendo que iria mudar o comício de 19 para 20 de junho.

"Muitos de meus amigos e apoiadores afro-americanos sugeriram que considerássemos mudar a data por respeito a este feriado e em observância a essa importante ocasião e tudo o que ela representa", disse Trump. "Decidi, portanto, mudar nosso comício para sábado, 20 de junho, a fim de honrar seus pedidos."

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O primeiro comício do presidente desde a interrupção desses eventos no início de março devido à pandemia do novo coronavírus ocorre em um momento de reconhecimento nacional das relações raciais. Protestos varreram o país após o assassinato de George Floyd, um homem negro, sob custódia policial, e líderes do governo, de negócios e da educação têm discutido como enfrentar o racismo sistêmico.

A data do comício recebeu críticas de líderes afro-americanos, assim como o local. Tulsa é uma cidade com um legado de violência racista. Em 1921, uma multidão de moradores brancos atacou e matou membros da comunidade negra, destruindo um próspero distrito comercial negro.

Em entrevista à Fox News, gravada na quinta-feira, Trump chamou o comício de "celebração". "O fato de eu estar participando de um comício naquele dia, você pode realmente pensar nisso muito positivamente como uma celebração", disse. "Será realmente uma celebração e uma data interessante. Não foi marcado por esse motivo, mas é um dia interessante. Mas é uma celebração."

Na quinta-feira, a senadora Democrata Kamala Harris criticou Trump por realizar o comício. "Isso não é apenas uma piscadela para os supremacistas brancos - ele está dando a eles uma festa de boas-vindas em casa". A democrata da Califórnia é considerada uma das principais concorrentes a vice-presidente para o Democrata Joe Biden. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos EUA, Donald Trump, enfrenta fortes críticas por escolher realizar seu primeiro comício eleitoral durante a pandemia de coronavírus em Tulsa, Oklahoma, cenário de um dos piores massacres racistas na história dos EUA, em 1921. O evento de campanha será realizado no dia 19 de junho - conhecido como Juneteenth -, data da Abolição da Escravatura nos EUA, que ocorreu em 1865, quando os escravos foram emancipados no Texas.

A decisão de realizar o comício em Tulsa em meio a protestos antirracismo e contra a violência policial em todo o país - desencadeados pelo assassinato do ex-segurança George Floyd pela polícia - foi criticada como uma ação ainda mais incendiária pelo simbolismo histórico do massacre racial de Tulsa, no qual pelo menos 300 negros foram mortos por multidões brancas. Os críticos acusaram o presidente de "provocação" e qualificaram sua decisão como "blasfêmia".

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No New York Times, a colunista Michelle Goldberg disse que "um presidente racista provoca seus inimigos com uma manifestação no dia 19 de junho". No Washington Post, CeLillianne Green, descreveu o evento como "uma blasfêmia para o povo de Tulsa, que insulta a noção de liberdade, que é o que a Juneteenth simboliza".

A ex-candidata presidencial democrata e senadora Kamala Harris atacou a decisão de Trump. "Isso não é apenas uma piscadela para os supremacistas brancos - ele está dando a eles uma festa de boas-vindas", escreveu a senadora no Twitter.

O massacre de Tulsa, uma cidade altamente segregada, ocorreu entre 31 de maio e 1.º de junho de 1921, com multidões de brancos atacando o bairro de Greenwood, conhecido como Black Wall Street, por sua prosperidade. Em dois dias de violência, segundo estimativa posterior da Cruz Vermelha, 1.256 construções foram queimadas, entre elas casas, duas redações de jornais, uma escola, uma biblioteca, um hospital, igrejas, hotéis, lojas e fábricas.

Embora a contagem oficial da época afirmasse que apenas 36 pessoas haviam sido mortas, os historiadores acreditam que o número é consideravelmente maior. Em 2001, o relatório da Comissão de Motins Raciais sugeriu que havia entre 100 e 300 mortes.

Sherry Gamble Smith, presidente da Câmara de Comércio de Black Wall Street, uma organização que homenageia a comunidade alvo do ataque de 1921, disse que "escolher essa data para vir a Tulsa é totalmente desrespeitoso. É como um tapa na cara".

Pandemia

Na quinta-feira, 11, Trump anunciou a retomada de sua campanha pela reeleição, na votação que ocorre em novembro, com atos nos Estados de Oklahoma, Flórida, Arizona e Carolina do Norte, apesar de a pandemia do novo coronavírus continuar provocando mortes no país. Nestes três últimos Estados, o número de infectados aumentou recentemente. No site da campanha do republicano, seus apoiadores têm de assinar um termo para participar dos eventos. "Ao participar deste ato, você e qualquer convidado assumirá todos os riscos relacionados à exposição à covid-19", diz a página do comício de Oklahoma no dia 19. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Documentos apresentados pela polícia no tribunal de Tulsa, no Estado de Oklahoma (EUA), dizem que os dois suspeitos de serem os autores de uma série de tiroteios que deixaram três mortos e dois feridos, aterrorizando a comunidade negra, confessaram os crimes nesta segunda-feira. Os documentos dizem que Jake England, de 19 anos, confessou ter atirado em três pessoas, e Alvin Watts, de 32 anos, confessou ter atirado em duas. Os dois foram descritos como brancos pela polícia. Todas as vítimas eram negras.

Os tiroteios ocorreram na sexta-feira, deixando três mortos e dois feridos. Não está claro em quais vítimas England e Watts atiraram, mas a polícia acredita que Watts atirou em dois dos três homens que foram mortos. A polícia disse que um dos motivos para os assassinatos pode ter sido o desejo de vingança de England, cujo pai foi morto a tiros por um homem negro há dois anos.

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O xerife Chuck Jordan disse que os atiradores parecem ter escolhido suas vítimas a esmo. A polícia identificou os mortos como Dannaer Fields, de 49 anos; Bobby Clark, de 54 anos; e William Allen, de 31 anos.

As informações são da Associated Press.

Dois homens suspeitos de matarem três pessoas e ferirem outras duas, aterrorizando a comunidade afro-americana da cidade de Tulsa, no Estado de Oklahoma, foram apresentados a um tribunal nesta segunda-feira. Jake England, de 19 anos, e Alvin Watts, de 32, foram presos no domingo em uma residência ao norte de Tulsa. Ambos são brancos e as cinco vítimas, todas atacadas na sexta-feira, negras. Um juiz fixou uma fiança em US$ 9,1 milhões, que não foi paga, e os dois não tiveram advogados no tribunal. A próxima audiência, quando poderão ser formalmente acusados pelos assassinatos, foi marcada para 16 de abril.

Os tiroteios da sexta-feira passada aconteceram num momento de tensão para os negros norte-americanos. No final de fevereiro, um adolescente negro, Trayvon Martin, foi morto a tiros por um guarda comunitário em Sanford, na Flórida, num caso que reacendeu a questão do racismo e gerou manifestações em todo o país.

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Investigadores de Oklahoma e agentes do FBI, no entanto, disseram que ainda é muito cedo para dizer se os ataques na região norte de Tulsa, uma área de população predominantemente negra, tiveram motivação racial.

A suspeita surgiu a partir de declarações supostamente postadas por England em sua página no Facebook, segundo um porta-voz da polícia, Jason Willingham. Numa atualização feita quinta-feira na rede social, England teria culpado um homem negro pela morte de seu pai, há dois anos, e postado uma ofensa racista. A página do suspeito foi tirada do ar na tarde de domingo. England estaria também transtornado com o suicídio de sua noiva, em janeiro, afirmou Willingham.

Por enquanto, England e Watts são mantidos detidos sob suspeita de triplo homicídio. Uma amiga da família de England, Susan Sevenstar, disse que o jovem é um "bom rapaz" que "não estava bem da cabeça após a morte do pai e do suicídio da noiva em janeiro". A garota havia tido recentemente um bebê com England. "Se qualquer um quiser dizer que foi algo racista, confundiu as coisas" disse Sevenstar, que descreveu England não como branco, mas como de origem indígena norte-americana, da tribo Cherokee.

O xerife Chuck Jordan disse que os atiradores parecem ter escolhido suas vítimas a esmo. A polícia identificou os mortos como Dannaer Fields, de 49 anos, Bobby Clark, de 54 anos, e William Allen, de 31 anos. O xerife Jordan disse que os dois feridos estão bem e receberam alta hospitalar.

As informações são da Associated Press.

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