A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) informou, nesta quarta-feira (4), que investigará possíveis fraudes no sistema de cotas raciais e econômicas para ingresso de estudantes. A Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad) instituiu uma comissão de sindicância que ficará a frente das apurações.
Segundo a UFPE, o indicativo de instalação da comissão ocorreu nessa terça-feira, depois de um período em que foi verificada a procedência de denúncias sobre as possíveis fraudes em relação às cotas raciais de entrada de alunos. Os ingressos ocorrem por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018. O pró-reitor para Assuntos Acadêmicos, professor Paulo Goes, garantiu a seriedade das investigações. “A UFPE tomará todas as medidas necessárias para que sejam cumpridas as ações afirmativas e de inclusão para ingresso na Universidade, sejam elas econômicas ou étnico-raciais”, comentou, conforme informações da assessoria de imprensa.
##RECOMENDA##Participarão da comissão um representante da Proacad, um representante da Câmara de Graduação e um assistente social da Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes). Os trabalhos de investigação iniciarão após os trâmites legais de instalação da comissão. E diante das investigações, pode haver a implantação de uma nova comissão para verificar as cotas do Sisu 2019.
Ao todo, 17 denúncias de fraudes nas cotas raciais do Sisu 2018 foram realizadas junto à UFPE. “A Coordenação do Corpo Discente da Proacad confirmou a existência de vínculo de matrícula de estudantes em 11 casos, que serão averiguados pela comissão de sindicância”, informou a Universidade.
Atualmente, a Lei nº 12.711/2012 reserva 50% das vagas em universidades federais para estudantes oriundos de escolas públicas no ensino médio. O processo ainda leva em consideração renda familiar, cotas para negros, pardos e indígenas.