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Porto De Galinhas foi o local escolhido para sediar a V Jornada Pernambucana de Urologia e a I Jornada Pernambucana de Uro-Oncologia. O evento acontece entre os dias 1 e 2 de novembro

"Neste ano, decidimos unir a Jornada Pernambucana de Urologia com a Jornada Pernambucana de Uro-Oncologia, que terá sua primeira edição. É um momento muito importante para os profissionais trocarem ideias, experiências e aprenderem uns com os outros", afirma Roberto Lucena, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia Seccional Pernambuco.

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O evento conta com palestras já confirmadas dos médicos urologistas Rafael Coelho, Gustavo Carvalhal, Alberto Azoubel, Cássio Riccetto e Marcelo Wroclawski, que vêm de outros estados para somar nas discussões. "Procuramos montar uma grade de palestras bastante diversificada, trazendo nomes de grande porte nas novas tendências e descobertas da área no Brasil", complementa Lucena.

As Jornadas contam com organização da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica Regional Nordeste e da Sociedade Brasileira de Urologia Seccional Pernambuco. Os médicos que desejarem participar, podem fazer sua inscrição através do número (081) 98118-4883.


*Da assessoria

O ano que se encerra neste mês guarda uma marca histórica, especialmente, para os homens. Em 2018, os comprimidos contra a disfunção erétil completaram 20 anos de venda em farmácias do Brasil e de outros países.

A descoberta, feita ao acaso pela ciência que investigava medicação para pressão alta, permitiu a milhões de homens reativar sua vida sexual. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil consideram que a oferta desses gêneros de medicamentos impactou a sociedade. “Foi uma revolução sexual como a pílula [disponível a partir da década de 1960] causou na mulher”, avalia Carlos da Ros, chefe do Departamento de Sexualidade e Reprodução da Sociedade Brasileira de Urologia.

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“Foi uma revolução sim”, concorda o também urologista Osei Akoamo Jr. “Trouxe de volta uma população que podia ter uma atividade sexual rotineira de qualidade”. Em sua opinião, a medicação permitiu a casais que sofriam com o problema a “felicidade do ponto de vista sexual”.

Além de mudar o comportamento, o advento da medicação contra a disfunção erétil estabeleceu para a ciência novos paradigmas, assinala Lucio Flavio Gonzaga Silva, cirurgião-urologista e professor aposentado da Universidade Federal do Ceará. Segundo ele, décadas antes da venda de medicamentos “a disfunção erétil era tratada como problema de fundo psicológico. A ciência não sabia como se processa a via metabólica da ereção”.

Princípio ativo

O urologista Carlos da Ros acompanhou de perto a evolução da pesquisa científica na área e participou de estudos de eficácia e tolerabilidade do fármaco citrato de sildenafila feitos no país e outras partes do mundo ainda em 1996.

O princípio ativo testado resultou dois anos depois no pioneiro Viagra (da empresa norte-americana Pfizer) e hoje, após a quebra de patente em meados dessa década, está disponível em medicamentos fabricados por mais de 20 laboratórios instalados no Brasil, conforme consulta à página de produtos regularizados no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

Além do citrato de sildenafila, há no mercado outros medicamentos registrados pela Anvisa com princípios ativos diferentes e a mesma finalidade como os fármacos de tadalafila, vardenafila, e carbonato de lodenafila.

Segundo Carlos da Ros, os homens mudaram de atitude após a venda desses medicamentos. “O tabu era muito forte, uma coisa cultural. Era muito difícil os pacientes chegarem no consultório e dizer ‘estou impotente’. Esse tabu caiu por água baixo. Isso fez com que os homens ficassem mais tranquilos e logo depois do aperto de mão na consulta dissessem: ‘olha meu problema é sexual’”.

“Não tem que ter vergonha em absoluto”, testemunha o funcionário público aposentado Cruz de Almeida, 68 anos, que prefere ser identificado sem o prenome. “A tendência é conversar melhor cada dia. Até recentemente as pessoas costumavam esconder. Escondendo as coisas você não vai ter um tratamento adequado”, opina Almeida que toma 10 miligramas diárias de tadalafil.

O médico Lucio Flavio Gonzaga Silva calcula que por ano um milhão de homens passem a ter que consumir medicamentos contra a disfunção erétil. De acordo com nota do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, o Sindusfarma, entre novembro de 2017 e outubro de 2018, foram vendidos 68,32 milhões de comprimidos contra impotência sexual.

Conforme dados auditados pela consultoria IVQVIA, nesse período as vendas desses medicamentos somaram R$ 560 milhões. O valor equivale a uma participação de 0,91% no mercado total de remédios no país.

Falta de tempo e medo foram motivos apresentados por homens que não vão ao urologista em uma pesquisa apresentada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) nesta terça-feira (14). Segundo o levantamento, feito em parceria com o laboratório Bayer, 51% dos 3.200 homens entrevistados nunca foram ao urologista.

A pesquisa foi feita no dia 24 de junho em oito capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Recife - foram ouvidos 400 homens de cada cidade. Os dados foram apresentados como parte das ações da entidade para o Dia do Homem, que será comemorado nesta quarta-feira (15). Um dado que surpreendeu foi o alto índice de automedicação em casos de disfunção erétil.

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"A pesquisa mostrou que 62% dos homens usaram estimulantes sem indicação médica, dos quais 41% por recomendação de amigos e 47% com o objetivo de aumentar o apetite sexual", informou Carlos Sacomani, diretor de comunicação da SBU, que apresentou os dados.

Embora tenham esse hábito, 71% dos homens - ou 2.272 entrevistados - não sabem quais são os sintomas da andropausa, denominação popular para o distúrbio androgênico do envelhecimento masculino, que é uma das causas da disfunção erétil.

"Entre os sintomas, estão a diminuição da libido, depressão, distúrbios do sono, redução da força e da massa muscular", explicou Sacomani. Foram ouvidos homens com mais de 35 anos e cerca de 2.130 entrevistados estão com mais de 45 anos, idade que os pacientes começam a procurar especialistas em saúde masculina.


Na Praça do Derby, na área central do Recife, uma roda de amigos discute o câncer de próstata: 

-  Todo ano eu faço exame de sangue. Mas só se acusar alguma coisa nesse eu vou para o toque – comenta o auxiliar Edson Jerônimo Lucas, de 56 anos.

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- Tu nunca vai ter nada na próstata não, Edson, que tu transa muito – brinca o vigilante Jurandir Barbosa, 43.

- Eu também só fiz exame de sangue, e foi há uns cinco anos – diz o fiscal Antônio Francisco de Lima, 53. – Eu faria esse exame do toque, mas só tenho medo de gostar. Mas se eu gostar todo ano eu vou – opina, caindo na gargalhada. 

- Eu vou, mas só para o médico que tem dedo fino – conclui Jurandir.

Apesar do tom descontraído, os três amigos carregam um discurso que é grande inimigo do combate ao câncer de próstata. O medo da interferência do exame de toque na masculinidade influencia na prevenção. Uma pesquisa de 2013 realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontou que 47% dos entrevistados nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata, 44% jamais se consultaram com o urologista e 51% nunca fizeram exames para aferir os níveis de testosterona.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que 68,8 mil novos casos do câncer sejam detectados em 2014. Para reverter esses valores, é preciso lutar contra o machismo. Neste mês de novembro, a campanha Novembro Azul serve justamente para alertar a população da importância do exame de detecção ao câncer de próstata.

A desculpa dos amigos do texto de que já faziam o exame de sangue também não é válida. O exame de Antígeno Prostático Específico (PSA), ao qual eles se referem, não detecta cerca de 10% a 20% dos casos de câncer, sendo necessário o exame de toque para complementar. Mesmo comentando que fariam o exame caso fosse necessário, o tom jocoso do grupo traz muitas dúvidas no cumprimento dessa promessa. 

Depois de ouvir algumas pessoas do Recife, o perfil que se cria é de alguém com um comportamento mais semelhante ao do comerciante Mario Gomes da Silva, 63 (de óculos na foto), que firmemente diz: “Eu peço a Deus para nunca precisar fazer. E mesmo assim, faço não, de jeito nenhum. Dá não...”.

Quem já fez também tem vergonha de dizer. O aposentado Edivaldo Alves, 57 (de boné), se machucou na virilha durante uma partida de futebol com os amigos na época em que trabalhava como porteiro. No hospital, acabou fazendo o exame de toque. Fez outras três vezes depois daquela. Mas ainda assim fica constrangido para dizer. “É... é... levei uma dedada”, assume sorrindo e com hesitação.

Para o chefe de urologia do Hospital do Câncer, André Maciel, o preconceito e a vergonha diminuíram nos últimos 20 anos. “Em geral, os pacientes mais esclarecidos entendem melhor. Quem tem menos formação, tem mais resistência. Mas a massificação do tema tem ajudado”, ele esclarece. O urologista também lembra outro aspecto importante do combate ao câncer: “O papel da mulher. Ela exige que o marido vá ao médico. ‘Só vim pra me livrar dela’ é muito comum de se ouvir. Ela é a cuidadora do parceiro. Marca consulta, lembra, é proativa”, ele destaca.

Segundo a sexóloga Silvana Melo, o comportamento de muitos homens com relação ao exame do toque é “uma verdadeira homofobia”. “A nossa sociedade, nossa cultura, é muito machista. Os homens têm medo da homossexualidade. Quando há estímulo anal, eles vão sentir prazer devido aos terminais nervosos, aí ficam com medo desse prazer, até acham que são homossexuais. Isto é totalmente errôneo. O que define homossexualismo é o desejo, a paixão, o amor por outra pessoa do mesmo sexo”, ela resume. 

Atualmente, os exames são indicados para homens a partir dos 50 anos. Caso haja histórico da doença na família, as avaliações devem começar antes, aos 45 anos. Além do histórico familiar, outros fatores de risco são a raça, pois há maior incidência em negros, e idade avançada. O Inca diz que 75% dos casos do mundo ocorrem em pessoas acima dos 65 anos. Há ainda 16% de chance do homem sofrer do câncer de próstata durante toda a sua vida.

A importância de se fazer anualmente a avaliação se deve também ao comportamento do câncer. “Ele é assintomático no início. Quando vem aparecer algum sintoma é porque já ultrapassou o limite da próstata”, diz o urologista.  

Apesar da difusão da importância dos exames, o processo ainda é lento e o preconceito ainda perdura. Próximo dos três amigos que conversavam na praça, um jovem taxista de 20 anos, que não quis se identificar, ainda não lida muito bem com o exame de próstata. “Não, eu vou fazer esse não. Vou fazer o do laser”. Aí ele foi informado que não há exame por laser para detectar câncer de próstata. “Mas falta muito tempo ainda, faltam ainda 20 anos para eu pensar nisso. Tem que ver um que seja seguro”. Aí ele é informado de que o exame de toque é altamente seguro. “É... não é nem questão de ser seguro não, é que é complicado. Vou fazer o do laser”.

Tratamento – Para o câncer localizado, a indicação é a cirurgia radical, que cura 90% dos casos. Os efeitos colaterais da cirurgia, entretanto, são expressivos. O procedimento causa impotência em 40% das vezes e incontinência urinária, em 5%. 

Quando não há condições para a cirurgia e o risco é maior, a recomendação é a radioterapia. Quando o câncer está avançado já não há cura, sendo feito apenas um tratamento paliativo, para oferecer melhor qualidade de vida ao paciente.

Fotos: Augusto Cataldi/LeiaJáImagens / Ilustração: WikimediaCommons

O calor intenso do verão, o aumento da transpiração e a baixa ingestão de água são os principais responsáveis pelo aumento do risco de formação dos cálculos renais, ou pedra nos rins. Mudar a alimentação e beber líquidos regularmente e observar a coloração da urina são algumas medidas que podem evitar o problema, explica Fábio Vicentini, urologista do Centro de Referência para a Saúde do Homem, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Segundo Vicentini, os casos de cálculo renal aumentam 30% nos períodos mais quentes do ano. Apesar de ter maior incidência nos homens, o especialista alerta que todos devem adotar as medidas para cuidar da saúde dos rins. “A dieta ideal inclui primordialmente o aumento da ingestão de líquidos – cerca de dois litros de água por dia e de sucos de frutas cítricas –, associado à diminuição do uso de sal nos alimentos. As refeições diárias devem conter mais verduras, legumes, frutas e saladas.”

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É preciso ainda estar atento quanto ao consumo de frutos do mar, porque apresentam índice elevado de ácido úrico, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dos cálculos renais. Além disso, é recomendável reduzir as frituras e o consumo de carne vermelha no período de calor.

Segundo Vicentini, mais de 15% da população mundial apresenta cálculos renais e a maioria (85%) consegue expelir as pedras naturalmente, pela urina. “A maneira mais fácil de monitorar a hidratação ideal do corpo é observarmos a coloração da urina. Quanto mais transparente estiver, melhor. Se estiver com aparência amarelada e escura, é sinal de que o corpo precisa de mais líquidos para manter-se hidratado, longe dos cálculos renais”, disse.

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