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A Universidade de São Paulo (USP) começa a receber, a partir do dia 10 de julho, inscrições para a Universidade Aberta à Terceira Idade. A Oficina de Turismo Social Viver São Paulo tem aulas ministradas pelos alunos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH /USP), conhecida como USP – Leste. Não existem pré-requisitos para se inscrever nas atividades.

A parte didática dos cursos consiste em reuniões semanais, divididas em aulas, dinâmicas de grupo e encontros em pontos turísticos da capital paulista, com duração de aproximadamente duas horas cada. Entre as opções de curso estão Arquitetura Moderna no Brasil, Laboratório de Arte Moderna no Acervo do Mac, Tecnologia e Gestão da Produção de Obras Civis: Obras de Infraestrutura, entre outros que podem ser consultados no site da entidade (http://prceu.usp.br/3idade/sao-paulo/).

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Os idosos tem a chance de conhecer melhor as características da cidade, sob o ponto de vista do Turismo Social, a história da arquitetura sobre a qual a cidade se desenvolveu. As aulas são aplicadas de forma quinzenal e o cronograma dos passeios é fornecido no primeiro encontro de cada curso.

Universidade Aberta à Terceira Idade

Local: Escola de Artes, Ciências e Humanidades

Rua Arlindo Bettio 1.000 - Ermelino Matarazzo- SP - 2º semestre - SP

CEP: 03828-000

E-mail: ccex-each@usp.br

Telefone: (11) 3091-1016

Período de inscrições: de 10/07/2017 às 14:00 até 12/07/2017 às 17:00

Depois de ter cancelado a abertura de vagas em 2016 em Engenharia na USP Leste, a Escola Politécnica informa que pretende reprojetar a presença da escola na unidade da zona leste da capital paulista. A direção da Poli informou em nota que há um grupo de trabalho envolvido nisso e que a parte acadêmica desse projeto já está estruturada.

Ainda não há informações sobre quais cursos deverão ser oferecidos na USP Leste. Também não há um prazo para que as vagas apareçam novamente no vestibular. No texto divulgado, a Poli só será possível dar andamento ao projeto depois que as que as questões ambientais da USP Leste forem resolvidas.

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"Gostaríamos de ter a Poli funcionando na Zona Leste em dois anos, contados a partir da liberação da área para construção dos prédios, já que sem eles não há como haver aulas", diz em nota o professor Mauro Zilbovicius, do Departamento da Engenharia de Produção da Poli. Zilbovicius coordenando o grupo.

Como o jornal O Estado de S.Paulo informou no dia 5 de agosto, o curso de Engenharia da Computação com ênfase em Sistemas Corporativos, oferecido a partir de 2014 na USP Leste, foi encerrado e as vagas, redistribuídas para outras carreiras oferecidas na Cidade Universitária, na zona oeste.

A direção da USP Leste, que abriga a Escola de Artes, ciências e Humanidades (EACH), informou no início do mês que não participou da decisão que cancelou o curso, mas defendeu que a unidade tem capacidade de abrigar as aulas de Engenharia. "Caso a Escola Politécnica viesse com o seu curso para a nossa unidade, disporíamos de espaços para que o curso pudesse ter seu andamento até que fosse construído o seu espaço físico próprio dentro do campus USP Leste", informou na ocasião a direção da EACH.

Por causa de problemas ambientais, o câmpus foi interditado no primeiro semestre de 2014, quando a primeira turma de Engenharia ingressou pelo vestibular. As aulas acabaram sendo dadas na Cidade Universitária e, após a desinterdição, no meio do ano passado, o curso permaneceu na Poli. No vestibular deste ano, a carreira continuava prevista para a USP Leste. Já no manual do candidato da Fuvest de 2016, ela nem aparece.

A oferta de um curso público e gratuito de Engenharia na região mais populosa da cidade é uma luta histórica da zona leste. Quando o câmpus foi inaugurada, em 2005, não houve a inserção de cursos tradicionais. Na época, as faculdades não quiseram levar cursos para a unidade e a gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi criticada por acelerar a inauguração por causa das eleições de 2006.

Em 2011, já havia surgido uma proposta de transferir o curso de Engenharia da Computação da Poli para a zona leste. O Departamento de Computação e Sistemas Digitais da Poli, entretanto, não aceitou a sugestão. O curso que foi ofertado a partir de 2014 tinha ênfase específica em Sistemas Corporativos.

O atual diretor da Poli, José Roberto Castilho Piqueira, informou, em nota encaminhada à redação no dia 7 de agosto, que o curso na USP Leste foi criado na gestão anterior, do José Roberto Cardoso, "confiando na administração reitoral da época". "Deve-se ressaltar que, entre os 100 ingressantes nos dois anos, apenas um era morador da Zona Leste de São Paulo e a procura pelo curso era baixíssima", afirmou Piqueira.

Segundo a Poli, a nova formatação da Poli na zona leste está sendo discutida com representantes da região. "Haverá uma Poli de primeira categoria na USP Leste, nos moldes do que fizemos na Poli-Santos. Isso não é um compromisso meu, pessoal, mas um compromisso da Diretoria da Poli", disse ele, em nota divulgada pela assessoria de imprensa. A unidade está promovendo a cursinho pré-vestibular com 60 vagas, oferecido na unidade Tatuapé do Anglo.

A Poli foi criada em 1893 e incorporada à USP em 1934, quando a universidade foi criada.

Cinco dias depois de o ex-diretor da USP Leste José Jorge Boueri Filho ter admitido à Congregação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) que sabia de uma "parceria" para que o depósito de terras no câmpus fosse feito, em fevereiro de 2011, a reitoria da USP montou uma comissão para analisar as questões ambientais da unidade. Fazia parte da comissão, contudo, o próprio Boueri.

Apesar de compor a comissão, que tinha como propósito investigar o descarte de terras desconhecidas e a presença de gás metano no terreno, o ex-diretor não comunicou à reitoria nem aos órgãos técnicos da USP que tinha conhecimento do acordo, diz a assessoria de imprensa da reitoria.

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A assessoria informou que a reitoria não sabia, quando montou a comissão, nem do acordo nem mesmo das declarações de Boueri à Congregação.

A comissão foi montada porque, em janeiro daquele ano, começaram a chegar à reitoria as notícias sobre depósito de terras de origem desconhecida no câmpus, que estariam contaminadas. As denúncias haviam sido feitas ao Ministério Público Estadual (MPE) e, com a intervenção da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), a USP comprovou a veracidade das denúncias e a contaminação.

Uma sindicância foi instaurada. Boueri foi afastado da direção em setembro de 2013 e, em novembro, a USP abriu um processo administrativo disciplinar contra o ex-diretor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pela segunda vez neste ano, o semestre começará mais tarde para quase 5 mil alunos do câmpus Leste da Universidade de São Paulo (USP). A limpeza e manutenção necessárias no local atrasarão as aulas em alguns dias, segundo a assessoria de imprensa da unidade. Após constatação de contaminação no solo, o câmpus havia sido interditado em janeiro e foi liberado pela Justiça na semana passada.

As classes deveriam retornar na próxima segunda-feira, como prevê o calendário oficial da USP. Não há data definida para o início das aulas no câmpus Leste, mas a expectativa é de que seja em agosto. A Comissão de Graduação e a diretoria da unidade definirão o novo calendário até o fim da semana.

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A falta de espaço adequado atrasou a volta às aulas em seis semanas no começo do ano, quando o câmpus estava interditado por problemas ambientais no solo. Essa demora fará com que o primeiro semestre letivo se estenda até 15 de agosto, com as últimas reposições de classe e provas de recuperação. A Faculdade de Tecnologia (Fatec) Tatuapé, também na zona leste, abrigará essas atividades.

Segundo a assessoria de imprensa da USP Leste, o acordo entre a universidade e o Centro Paula Souza, responsável pela Fatec, foi estendido até o dia 15 para receber essas atividades. O prazo inicial para o término do acordo era depois de amanhã. A Fatec também abrigou parte das aulas da USP Leste durante o último semestre.

Além da limpeza das salas e laboratórios, a diretoria da USP Leste solicitou vistoria dos bombeiros para retornar ao câmpus e análise da qualidade da água do local. O deslocamento de livros e equipamentos que haviam sido retirados da unidade tem sido feito aos poucos. O câmpus também não foi reaberto aos servidores, que seguem trabalhando em salas improvisadas fora do terreno.

Impacto

A interdição do câmpus também prejudicou a produção científica da unidade. "Aproximadamente 50% da pesquisa foi interrompida ou diminuída drasticamente", diz Mário Pedrazzoli, presidente da Comissão de Pesquisa da USP Leste. "Desperdício do dinheiro público investido", afirma.

Segundo Pedrazzoli, o bloqueio do câmpus fez com que agências de fomento à pesquisa cortassem bolsas e investimentos a trabalhos da unidade. Nos próximos dias, a comissão pretende pedir verbas extras à Pró-reitoria de Pesquisa da USP para retomar os trabalhos. A comissão também já verificou perda de material biológico estocado e furto de equipamentos durante o fechamento do câmpus.

O calendário de atividades acadêmicas também pode ser prejudicado pela greve de professores e funcionários, parados há dois meses contra o congelamento salarial. Segundo a reitoria, a adesão de docentes é mais baixa do que a de servidores e o fechamento do primeiro semestre não foi prejudicado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito civil contra o ex-diretor do câmpus Leste da Universidade de São Paulo (USP) José Jorge Boueri Filho para investigar sua responsabilidade pelo depósito de terra de origem desconhecida na unidade entre 2010 e 2011. Segundo cálculos extraoficiais da Superintendência de Espaço Físico (SEF) da universidade, o custo para remover a terra, uma das principais causas da contaminação do câmpus, é de cerca de R$ 20 milhões.

A Promotoria do Patrimônio Público da capital apura se houve improbidade administrativa na ausência de licitação para depositar a terra e nos gastos com a reparação dos problemas ambientais. Boueri Filho, afastado da diretoria da unidade desde setembro, é questionado sobre origem, nome do fornecedor, modo de transporte, instrumento jurídico para aquisição e preço da terra contaminada.

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Análises recentes da Servmar, empresa contratada pela USP para avaliar o câmpus, indicam que a terra depositada contém óleos minerais nocivos à saúde. Segundo a ação civil pública movida pelo MPE em novembro para interditar o câmpus, o total de terra contaminada é próximo de 109 mil m³.

A assessoria de imprensa da USP informou que ainda não há conclusões da SEF sobre o volume total de terra contaminada e o custo da remoção. O valor de R$ 20 milhões foi citado por representantes da superintendência em reuniões com professores da USP Leste. O custo elevado será um problema para os cofres da universidade, que congelou as contratações e o início de novas obras, como adiantou o estadão.com.br na semana passada, por causa da crise orçamentária que se arrasta desde 2013.

Já à reitoria, o MPE pede esclarecimentos sobre a apuração dos fatos e eventuais medidas administrativas e judiciais para responsabilizar os envolvidos no caso. O ex-diretor e a universidade têm até o final de fevereiro para responder aos questionamentos. Procurado pela reportagem por e-mail, Boueri Filho não comentou o inquérito.

Apuração interna.

Em novembro, a reitoria já havia aberto processo administrativo contra o ex-dirigente, com 90 dias para apuração. De acordo com a assessoria de imprensa da USP, o prazo foi prorrogado por mais 90 dias, e as investigações devem terminar só no começo de maio. A comissão de três professores designada para o caso usa dados do relatório de uma sindicância administrativa, feita entre dezembro de 2011 e setembro de 2012, para apurar as responsabilidades pelos problemas ambientais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grupos de professores puderam entrar nesta quarta, 29, e quinta-feira, 30, no câmpus da Universidade de São Paulo (USP) na zona leste da capital paulista, para retirar materiais de pesquisa. O acesso à unidade, interditada desde o dia 9, foi autorizado pela juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Laís Helena Bresser Lang Amaral, autora da decisão de fechamento.

Helena concedeu a permissão desde que fossem "tomadas as cautelas a fim de preservar aqueles que ingressarão no prédio". O pedido para entrar no câmpus foi feito sob o argumento de que era necessário verificar as condições ou até mesmo retirar materiais de pesquisas, que estão interrompidas ou prejudicadas com a interdição do câmpus.

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Cálculos dos docentes indicam que na USP Leste há 250 auxílios à pesquisa concluídos e 40 em andamento, entre bolsas e financiamentos, com total de R$ 18,7 milhões repassados por agências do País e do exterior. Por volta de 40 pesquisadores da unidade atuam em laboratórios de ciências naturais e, nos de computação, 60. A USP Leste foi fechada pela Justiça, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), por causa da contaminação de gás metano no terreno da unidade. A Procuradoria Jurídica da instituição busca reverter a decisão judicial.

Volta às aulas

Ainda não foram definidos os locais que abrigarão as atividades acadêmicas da unidade Leste a partir do dia 17, data em que começa o primeiro semestre letivo da USP. Caso o câmpus permaneça interditado, grupos de professores e alunos se recusam a iniciar o semestre em salas improvisadas.

Temporariamente, alunos e professores da USP Leste tem usado o Instituto de Psicologia, no câmpus Butantã, zona oeste da capital, para a reposição de aulas referentes ao segundo semestre de 2013. Parte das classes ficaram atrasadas por causa da greve de 50 dias na unidade, entre agosto e setembro. As matrículas dos calouros de cursos da USP Leste serão feitas na Faculdade de Saúde Pública nos dias 12 e 13.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) teria sofrido "pressão" da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para expedir a Licença Ambiental de Operação do câmpus Leste da Universidade de São Paulo (USP). A informação está em documento da universidade, obtido pela reportagem. A Cetesb e a secretaria negam que houve ingerência política.

A USP Leste conseguiu a licença de operação em novembro do ano passado, após 8 anos de funcionamento. No período, ela chegou a ser autuada e multada por não cumprir as exigências ambientais. Neste mês, houve nova autuação pelo desrespeito ao definido na licença de operação. A colocação de placas de interdição, que indicavam riscos à saúde, desencadearam uma crise na unidade. Professores, funcionários e alunos entraram em greve.

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O relato da "pressão" realizada sobre a Cetesb está em relatório da Superintendência do Espaço Física (SEF) da USP, datado de 4 de setembro. O documento traz um descritivo da situação ambiental da USP Leste e enumera ações a ser realizadas e proposições à Procuradoria Geral da universidade, para negociações com a Cetesb.

Segundo relatório da SEF, que é ligada à reitoria, o secretário Adjunto do Meio Ambiente, Rubens Rizek, teria feito pressão sobre a diretoria e técnicos da Cetesb para que a licença saísse. Na reunião estaria presente o reitor da USP, João Grandino Rodas. "Convém ainda lembrar que a Licença Operacional só foi expedida após pressão superior do Secretário Adjunto do Meio Ambiente à Diretoria e técnicos da CETESB, em reunião que a USP esteve presente incluindo-se o Magnífico Reitor", cita o relatório. "Na reunião com o Secretário Adjunto do Meio Ambiente foi explicitamente colocado que a USP e a CETESB são órgãos governamentais e devem seguir a política do Governo do Estado!".

No relatório, a SEF descreve a intransigência da Cetesb em relação a prazos para que a USP cumpra as exigências. Segundo o texto, a pressão pela licença "certamente contribuiu para que os técnicos complicassem ainda mais as exigências para com a USP."

Para a SEF, a companhia não estava sensível às dificuldades dos processos licitatórios para contratação dos serviços de controle de poluentes. Sobretudo para a análise e remoção da terra contaminada que fora despejada no câmpus em 2011.

A área ocupada pelo câmpus tinha solo poluído e a licença ambiental é uma exigência para o funcionamento. Em 2005, ano da inauguração, a USP Leste conseguiu a licença provisória porque assinou um Termo de Ajustamento de Conduta se comprometendo a fazer as intervenções pedidas. Entretanto, por não atender todas exigências, como a de extrair gases do solo, foi autuada e multada.

Tempo

Na nova autuação, a Cetesb deu o prazo de 60 dias realizar as medidas. O descumprimento pode resultar em multas e até no fechamento da unidade. Segundo a SEF, o escopo dos trabalhos a serem desenvolvidos "deverá ser consolidado em pelo menos um ano".

Em nota conjunta, a Cetesb e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado confirmaram o encontro, mas negaram ingerência. "A Secretaria de Estado do Meio Ambiente não faz pressão para acelerar ou expedir licenças ambientais e a CETESB, por sua vez, não aceita qualquer tipo de ingerência política em assuntos de natureza técnica." Até as 20h30, a USP não havia respondido à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de ainda não estarem devidamente catalogados e analisados, os mais de 1,6 mil volumes da biblioteca pessoal do geógrafo e professor Aziz Nacib Ab'Saber já estão organizados e numerados nas prateleiras da biblioteca que vai levar seu nome na USP Leste. O acervo foi doado à unidade pela viúva, Cléa. O intelectual morreu há pouco mais de um ano, no dia 16 de março de 2012, aos 87 anos.

O acervo chegou à unidade em fevereiro. Além dos 1,6 mil volumes em livros, há também quantidade parecida de periódicos - que ainda não foram avaliados. Segundo a bibliotecária Sandra Tokarevicz, da área de processamento técnico e aquisição da USP Leste, chama a atenção a quantidade de obras das décadas de 1940 e 1950. "Há ainda algumas obras de 1909 e 1911. A maior parte de geografia, geomorfologia e também uma parte de temas ambientais, que eram sua área de estudo", diz ela.

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Ao longo de décadas de pesquisa, Saber, que era professor da USP, elaborou teorias fundamentais para o conhecimento dos aspectos naturais do Brasil, mantendo-se ativo até a véspera de sua morte. Foi um dos mais importantes estudiosos da geomorfologia brasileira, desenvolvendo ao longo da carreira mais de 300 artigos e tratados de significativa relevância internacional nas áreas de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia e de geografia. Teve também um papel de liderança no desenvolvimento de uma consciência conservacionista.

A relevância real do acervo ainda será mensurada. "Já fizemos a higienização dos livros, alguns vão passar por restauração. Mas ainda vamos começar a descobrir esse acervo. Vamos contactar especialistas para descobrir a importância desse material", explicou Sandra. Segundo ela, a unidade não foi informada se a doação era uma vontade de Saber durante a vida. "Ele havia visitado nossa biblioteca em um simpósio e gostou bastante. Talvez a motivação da doação tenha saído daí."

A inauguração da Sala Aziz Ab'Saber integra a comemoração dos dez anos da pedra fundamental da USP Leste, completados hoje. A unidade abriga a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A expansão da USP Leste, com previsão de construção de dez novos prédios, deve começar a avançar neste mês. Pelo menos três construções previstas no projeto devem ter edital para a licitação publicado ainda em janeiro. Em fevereiro devem sair os outros editais.

Todas as obras de expansão previstas para a USP Leste têm custo previsto de R$ 96 milhões. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que os primeiros projetos a terem edital publicado são um prédio de pós-graduação, de 2,5 mil m², e outro destinado a pesquisa e extensão, do mesmo tamanho. A ideia é chegar a 500 alunos na pós-graduação. Hoje, os cinco programas de mestrado da USP Leste têm 242 alunos - 120 regularmente inscritos e 122 como alunos especiais, que fazem só matérias específicas. Mais dois programas de mestrado já foram aprovados.

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São esperados no total quase 40 mil m² de novas construções, que englobam uma sede da Escola de Engenharia da Politécnica. Essa construção deve ser a maior a fazer parte da expansão da unidade, a primeira desde que foi ela inaugurada, em 2005. O edifício deve ter 10 mil m² de área e seu custo estimado é de R$ 30 milhões, um dos maiores de todo o projeto.

Os novos equipamentos serão construídos no terreno atual da USP Leste, que abriga a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). As exceções serão os centros de Exposição e de Memória e Cultura.

A USP e a direção da unidade esperam que, em março, já haja obras em andamento. O mês marca os dez anos do lançamento da pedra fundamental da universidade na zona leste.

Outra intervenção é uma reivindicação frequente de um dos cursos da unidade, o de Atividades Físicas: será construída uma piscina para ser usada como laboratório.

Com 1,2 mil m², divididos em três andares, o laboratório do Centro Dia do Idoso é um dos projetos mais aguardados. Deve atender alunos de pelo menos dois cursos, Gerontologia e Atividade Física, mas a ideia é que se torne modelo de atendimento de saúde no Estado. A construção do laboratório está orçada em R$ 5 milhões, pagos pela USP. Haverá também a ampliação das salas de aula em um bloco de 1 mil m², ao lado de outras salas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da Universidade de São Paulo - a USP Leste - nunca perdeu tantos alunos como em 2011. A unidade registrou evasão de 37% no ano passado. Desde 2005, ano em que as primeiras turmas pisaram no campus, 20% dos matriculados já desistiram dos cursos oferecidos na unidade.

Até o ano passado, 1.424 estudantes da USP Leste já haviam abandonado as graduações. Destes, 374 alunos saíram somente em 2011 - registrando o resultado recorde. O índice é bem superior à média da instituição. A universidade não divulgou o dado mais recente, mas os últimos resultados disponíveis indicam um índice próximo a 20%.

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Se comparada com a média nacional, a situação é também preocupante. As universidades públicas do Brasil têm evasão de 14,4%. As instituições privadas perdem menos alunos: 24,2%, segundo o último dado disponível.

A direção da unidade vê os dados com preocupação, mas reforça a diferença de cada curso, defendendo que não se trata de uma crise da USP na zona leste. "O resultado não é bom, não nos satisfaz. Mas os cursos têm evasão diferente uns dos outros. Há cursos com ótimos resultados", diz o diretor da Each, Jorge Boueri. "Os motivos têm de ser trabalhados em cada curso."

A evasão atinge os cursos de forma desigual. A graduação em Marketing, por exemplo, teve uma evasão média de apenas 11% desde 2005 - apesar de o índice estar crescendo. No ano passado, a taxa foi de 22% em relação ao número de vagas.

Apenas um curso, o de Ciências da Atividade Física, conseguiu reverter em 2011 a debandada de alunos. Mas ainda não há muito a comemorar: o índice nesse curso caiu de 52%, em 2010, para 32% - que ainda é alto.

A USP Leste foi criada com dez graduações, todas não tradicionais e com uma proposta curricular inovadora. Até 2008, a evasão média não passava de 12%. Mas, exatamente após 2009, ano em que os primeiros formados chegaram ao mercado de trabalho, esse índice disparou e só tem aumentado. Além disso, a maioria dos cursos ainda é pouco conhecida pela população e há uma dificuldade em inserir formados de certas carreiras no mercado.

As causas da evasão são variadas, com diferenças também de curso para curso. Mas a falta de conhecimento sobre os cursos, combinada com a baixa concorrência no vestibular da Fuvest, tem seu reflexo: 60% dos alunos que saíram da USP Leste nem chegaram a frequentar as aulas ou encerraram matrículas antes de cursarem 20% dos cursos.

Uma parcela significativa de matriculados também acaba saindo da unidade por transferências. Desde a inauguração da Each, 15,5% dos matriculados migraram para outros cursos - o que corresponde a 224 estudantes. A unidade ganhou apenas 164 alunos de fora.

O curso que mais perdeu alunos por transferência foi a Licenciatura em Ciências da Natureza, exatamente o que tem a menor concorrência no vestibular - de apenas 1,53 candidato por vaga na última Fuvest. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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