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O comércio decidiu adiar as encomendas de fim de ano às indústrias e projeta um Natal moderado, com crescimento de 5% sobre o de 2010, que foi o melhor da década. Apesar de positivo, o acréscimo é bem menor que o registrado em 2009 e 2010, quando a taxa foi de dois dígitos (15%). O desempenho também está aquém da projeção inicial da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que era de 7% e foi reduzida para 5%.

A cautela do varejo se mantém mesmo após o Banco Central (BC) ter cortado em 0,5 ponto porcentual os juros básicos, hoje em 12% ao ano. Estoques elevados nas fábricas, perda de fôlego no consumo em julho e agosto e acirramento da crise nos EUA e na Europa aumentaram as incertezas em relação aos volumes de pedidos para o Natal. "As lojas vão esperar até o último momento para fechar as encomendas", diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri, relatando depoimentos feitos por varejistas em recentes reuniões.

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Ele observa que, apesar de os números ainda serem positivos, houve uma forte desaceleração das vendas nos últimos dois meses. Em julho e agosto, a média de consultas para vendas à vista e a prazo cresceu 2,6% em relação a igual período de 2010. No primeiro e no segundo trimestres deste ano, as taxas anuais de crescimento haviam sido de 7,7% e 5,7%, respectivamente. "Foi uma queda forte", diz.

Ele ressalta que a correlação entre as vendas no varejo e o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) é grande e que a desaceleração é o primeiro estágio da recessão. Observando esses sinais, provavelmente, diz ele, o BC decidiu cortar os juros agora para evitar que a variação do PIB seja nula ou negativa no primeiro trimestre do ano que vem. Outros especialistas dizem que, como o emprego e a renda ainda apresentam bom desempenho, é pouco provável que a economia sofra uma retração. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O comércio varejista da Região Metropolitana do Recife tem motivos para comemorar, mas deve ficar atento. Isso porque, de acordo com a pesquisa feita pela Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio /PE), as vendas e a mão de obra empregada aumentaram cerca de 5,5%, em julho e no acumulado anual. Mas o bom desempenho desses sete primeiros meses de 2011 já começa a apresentar sinais claros de que o crescimento está desacelerando.

Segundo o consultor Luiz Kehrle, em julho o comércio em geral cresceu 3,44% na comparação com junho, mas em três dos cinco segmentos acompanhados pela Fecomércio-PE, houve retração nas  vendas. Além do mais, o emprego parou de crescer e apresentou um recuo que, apesar de pequeno, deve ser lido como uma indicação de que os empresários estão revendo suas expectativas de desempenho para o segundo semestre.

Os segmentos de Bens de Consumo Semiduráveis, os Não Duráveis e o Comércio Automotivo apresentaram queda em relação a junho. “No entanto, esse decrescimento foi compensado pelo excelente desempenho de Materiais de Construção e Bens de Consumo Duráveis, cujo faturamento cresceu 15,54% e 11,09%, respectivamente”, completa Kehrle. Estes dois segmentos também contribuíram decisivamente para o aumento da massa salarial e além de  haver aumentado a contratação de mão de obra, embora que pouco, sendo os  únicos que não apresentaram diminuição.

Já os bons resultados estão diretamente ligados ao desempenho recente da construção civil, como é o caso de Materiais de Construção, ou indiretamente, tal como os Bens de Consumo Duráveis, cujo crescimento em julho foi puxado pelo ramo de lojas de utilidades domésticas.  Outra indicação da influência positiva do mercado imobiliário é o fato de que todos os ramos acompanhados pela Fecomércio-PE, o melhor desempenho acumulado  no ano são os 23,24% de móveis e decorações.

Na rua do Aragão, tradicional ponto de comercialização de móveis e decoração do Recife, o aumento nas vendas não tem acontecido. Para a gerente comercial, Elinalda Araújo, que trabalha em uma loja de móveis da via, o crescimento das vendas para esse setor está crescendo na Zona Sul do Recife. “Aqui nas lojas da rua do Aragão as vendas estão caindo, estamos esquecidos, acho que deveria haver mais incentivo por parte da prefeitura” , cobrou Elinalda.

COMPARATIVO 
No acumulado dos primeiros sete meses de 2011, o indicador global do comércio contabilizou expansão real de 5,64% sobre igual período do ano passado. Sem a influência das vendas das revendedoras de veículos o índice se sitou no patamar de 5,44%, evidenciando o peso do grupo na composição do indicador total. Todos os demais segmentos monitorados apresentaram crescimento, com destaque para o Comércio de Bens Duráveis (8,41%). Esse índice reflete os resultados positivos, sobretudo de moveis e decorações (23,24%) e lojas de utilidades domésticas (11,11%). Tratam-se de ramos com forte correlação com o crescimento dinâmico da indústria da construção civil, de modo especifico o mercado imobiliário da RMR.

Os impactos positivos do varejo se fizeram sentir na geração de postos de trabalho e no crescimento da massa salarial. Para os próximos meses, a expectativa é de um crescimento moderado devido à forte base comparativa.

A Receita Federal fixou hoje um preço mínimo de venda no varejo por maço de cigarros. De 1º de novembro de 2011 a 31 de dezembro de 2012 será R$ 3,00. Em 2013, o valor sobe para R$ 3,50 e chega a R$ 4,00 em 2014. A partir de 1º de janeiro de 2015, o preço mínimo do maço no varejo será R$ 4,50.

A Receita também estabeleceu as novas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre cigarros, para as empresas que optarem pelo regime especial. O valor do imposto será obtido pelo somatório de duas parcelas: uma ad valorem e uma específica por maço ou box. Segundo o Decreto 7.555, publicado hoje no Diário Oficial da União, a nova tributação passa a valer em primeiro de novembro, com elevações de IPI anuais até 2015.

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Os empresários do setor de comércio de bens e serviços do município de São Paulo estão mais otimistas e propensos a contratações, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), divulgado hoje pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O índice avançou 4,2% em julho ante junho, atingindo 124,3 pontos em uma escala que varia de 0 a 200 e demonstra otimismo quando acima dos 100.

A pesquisa mostrou que 74,89% dos empresários afirmaram em julho que pretendem aumentar o quadro de funcionários. Destes, 9,88% pretendem "aumentar muito" o quadro.

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Em nota, a entidade afirma que a percepção otimista reflete o ótimo nível de emprego e renda do País. A elevação no índice de confiança em julho ocorreu mesmo após a notícia de que o faturamento do comércio no primeiro semestre de 2011 registrou recuo de 0,3%, de acordo com dados divulgados nesta semana pela Fecomercio-SP. Na avaliação da entidade, isso demonstra que o otimismo do empresário se baseia mais no rendimento de seus negócios do que em dados macroeconômicos.

A tendência para os próximos meses é de que o ICEC permaneça estável enquanto não houver um aperto na política de restrição ao crédito adotada pelo governo e limitações na capacidade de consumo das famílias, fatores que afetam diretamente o comércio, segundo a Fecomercio-SP.

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