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A equipe de basquete feminino do Catar abandonou, nesta quinta-feira (25), os Jogos Asiáticos disputados em Incheon, na Coreia do Sul. As atletas se negaram a jogar sem véu, como determina o regulamento internacional e vai de encontro às tradições islâmicas. Na quarta (24), a equipe perdeu para a Mongólia por W.O. por se negar a retirar o acessório e, assim, desistir da partida.

A seleção deveria se apresentar nesta quinta-feira no centro poliesportivo de Samsan, onde jogaria contra o Nepal. Porém, o time não apareceu e anunciou que está abandonando a competição, alegando que os organizadores foram inflexíveis com relação ao uso do véu.

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A Federação Internacional de Basquete (FIBA) estabelece em seu regulamento que atletas não podem usar chapéus ou outros acessórios no cabelo. A organização da 17ª edição da versão asiática dos Jogos Olímpicos assegurou que nada pôde fazer, visto que a norma padrão é da Federação Internacional.

Em outras competições, como os eventos de badminton, tiro e provas de pista, vem sendo permitida a utilização do véu. As regras de cada esporte são definidas pela respectiva federação internacional e muitas permitem que os atletas usem acessórios que cobrem a cabeça durante as competições.

As regras sobre o uso de véus na cabeça no basquete ganharam relevância neste ano, quando se pediu que jogadoras indianas retirassem a vestimenta durante a Copa Asiática, jogada em julho na China.

No início deste mês, a Fiba disse que lançaria um programa piloto de dois anos que permitiria que as jogadoras usassem o véu. Porém, especificou a situação posteriormente. "A decisão do Conselho Central permite exceções que podem ser aplicadas a nível nacional, mas os Jogos Asiáticos são uma competição internacional", avisou a federação.

A seleção feminina de basquete do Catar perdeu por W.O. a sua partida contra a Mongólia pelos Jogos Asiáticos, que estão sendo realizados em Incheon, na Coreia do Sul, já que suas jogadoras não receberam permissão para atuar usando o véu que levam na cabeça as mulheres muçulmanas.

A confusão sobre a aplicação de regras menos rigorosas sobre as vestimentas, destinadas a tornar os jogos mais inclusivos, recentemente definidas pela Federação Internacional de Basquete (Fiba), parece ser a causa do problema. E a delegação do Catar está considerando deixar os Jogos Asiáticos por causa desse fato.

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"As jogadoras catarianas se recusaram a retirar o véu", disse a porta-voz do comitê organizador do evento, Anna Jihyun You. Dez minutos depois da hora programada para o início da partida "às 4h25 hora local, se declarou o abandono de jogo e seu deu a vitória para a Mongólia".

A porta-voz disse que as autoridades não receberam qualquer instrução para que as jogadoras pudessem usar o véu que cobre a cabeça, e só seguiram as regras que restringem a utilização destes, bem como de acessórios para o cabelo e joias. "O comitê organizador não faz as regras e as autoridades da partida não receberam instruções da Federação Internacional de Basquete", disse.

A delegação do Catar ficou surpresa com a decisão e seu chefe, Khalil Al-Jabir, disse que a equipe "seguramente não vai jogar" nesta competição se as jogadores não receberem permissão para utilizar o véu. "Esperávamos que nossas jogadoras seriam autorizadas a usar o véu, por isso viemos", disse. "Ninguém nos disse que não seria permitido e nós aguardamos esclarecimentos".

Em outras competições, como os eventos de badminton, tiro e provas de pista, vem sendo permitida a utilização do véu. As regras de cada esporte são definidas pela respectiva federação internacional e muitas permitem que os atletas usem acessórios que cobrem a cabeça durante as competições.

As regras sobre o uso de véus na cabeça no basquete ganharam relevância neste ano, quando se pediu para jogadoras indianas retirassem a vestimenta durante a Copa Asiática, jogada em julho na China.

No início deste mês, a Fiba disse que lançaria um programa piloto de dois anos que permitiria que as jogadoras usassem o véu. Porém, especificou a situação posteriormente. "A decisão do Conselho Central permite exceções que podem ser aplicadas a nível nacional, mas os Jogos Asiáticos são uma competição internacional", avisou a federação.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos confirmou nesta terça-feira a proibição da França em usar véu em público, rejeitando os argumentos de que a proibição prejudica as liberdades religiosas e de expressão no país.

A decisão é uma vitória para os governos da França e da Bélgica, que aprovaram leis que proíbem o uso de véus e outras peças de vestuário que escondem todo o rosto, e dá jurisprudência para que outros governos europeus decretem impedimentos semelhantes. O governo francês alega que a proibição de três anos ajudou a proteger a segurança pública do país, bem como também as mulheres forçadas a usar roupas que cubram o rosto, mas os adversários criticam a decisão, classificando-a como antimuçulmana e desrespeitosa em relação às minorias religiosas.

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A proibição francesa tinha sido desafiada por uma jovem muçulmana que disse que alegou usar o véu e a burca de forma voluntária, sem qualquer pressão do marido ou da família. A jovem, que nasceu em 1990 e é identificada apenas pelas iniciais SAS, reivindicava o direito de manifestar a sua fé. Ela argumentou que a proibição francesa violou sua liberdade religiosa e colocá-la em risco de discriminação e assédio.

Em 2010, a França aprovou uma lei contra o uso de vestimentas que escondessem o rosto em espaços públicos, que entrou em vigor na primavera seguinte. Poucos meses depois, uma proibição entrou em vigor na Bélgica. E em 2013, os cidadãos do cantão de Ticino, na Suíça, votaram a favor de um impedimento similar.

Todas essas leis foram aprovadas sob a alegação de que os véus são um risco para a segurança, uma vez que pode esconder a identificação das pessoas, o que foi aceito pelo alto tribunal. Em seus argumentos ao Tribunal Europeu, o governo francês também disse que mostrar o rosto em público é um dos "requisitos mínimos da vida em sociedade."

Grupos de direitos humanos civis rejeitaram a decisão, que não pode ser objeto de recurso. "Vindo de uma época em que a hostilidade às minorias étnicas e religiosas está aumentando em muitas partes da Europa, a decisão do tribunal é uma oportunidade perdida de reafirmar a importância da igualdade de tratamento para todos e o direito fundamental à crença religiosa e de expressão", disse James A. Goldston, diretor da Open Society Justice Initiative, que entrou com uma intervenção de terceiros no caso.

Romain Nadal, porta-voz do Ministério do Exterior da França, disse que o governo estava satisfeito com a decisão, que segundo ele reflete o compromisso da França com a igualdade de gênero. Na França, as mulheres que forem pegas vestindo véus ou burcas têm de pagar 150 euros de multa e podem ser condenadas a ter uma aula sobre valores republicanos no país. Fonte: Dow Jones Newswires.

O International Football Board (IFAB), orgão responsável pelas regras do futebol, autorizou oficialmente neste sábado o uso do véu islâmico e do turbante no esporte, alegando que a medida pode contribuir ao seu desenvolvimento em países com restrições religiosas.

Há dois anos, a entidade tinha aceito o uso do véu como teste, após pedidos de vários países muçulmanos. Em seguida, o Board acabou ampliando a experiência para jogadores masculinos, depois de uma polêmica envolvendo atletas da comunidade Sikh no Canadá.

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"A experiência foi feita e uma decisão precisava ser tomada. Agora está confirmado: as atletas podem ter a cabeça coberta para jogar", declarou o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, em uma entrevista coletiva.

"Não pode haver discriminação. O que se aplica às mulheres pode se aplicar aos homens. Os homens também podem ter a cabeça coberta em competições", acrescentou o dirigente.

O Ifab disse não ter motivos válidos para proibir o uso do véu ou do turbante desde que algumas regras específicas sejam respeitadas. Não será possível usar os acessórios habituais que as pessoas vestem nas ruas.

O véu (ou turbante) precisa ser colado à cabeça, não pode ser amarrado na camisa nem representar perigo para os outros jogadores. Não é possível usar alfinete para amarrá-lo.

Este assunto descadeou várias polêmicas no mundo de futebol nos últimos anos. O Irã chegou a atacar a Fifa na justiça porque as jogadoras da seleção feminina não puderam participar das eliminatórias para os Jogos Olímpicos de Londres-2012 por não terem sido autorizadas a cobrir a cabeça.

- Laicidade em questão -

Para os dirigentes do Ifab, o aspecto esportivo foi mais importante que o debate em torno do símbolo religioso. "Tratava-se de um requerimento de um grupo de países e de jogadores que diziam que isso contribuiria ao devolvimento do futebol. Foi o principal argumento que levou o Ifab a dizer sim", explicou Valcke.

A autorização é válida para o mundo inteiro, mas não será aplicada em todos os países. Na França, onde o debate sobre o uso do véu islâmico gerou várias tensões sociais nos últimos anos, a Federação local (FFF) proibiu a prática as jogadoras filiadas "para respeitar os princípios constitucionais e legislativos de laicidade" em vigor no país.

Neste sábado, a FFF lembrou que a proibição também valia "na participação de seleções francesas em competições internacionais". O presidete da Liga de Futebol Profissional da França, Frédéric Thiriez, chamou a decisão do Ifab de "grave erro".

"Lamento a decisão da Fifa, que vai contra o princípio de universalidade do futebol, segundo o qual todos os jogadores e jogadoras são submetidos às mesmas regras e às mesmas condições de jogo", disse o dirigente em comunicado enviado à AFP.

O Ifab também modificou as regras que dizem respeito às roupas usadas dos jogadores, para proibir de forma mais clara qualquer mensagem ou imagem de cunho político, religioso ou pessoal, tanto em camisa usadas por baixo do uniforme quanto em roupas íntimas. Qualquer que seja a intenção do jogador, ele corre o risco de ser multado se levantar sua camisa para mostrar uma mensagem escrita.

A punição se aplicaria, por exemplo, ao gesto do espanhol Iniesta na final da última Copa do Mundo. Depois de anotar o gol da vitória por 1 a 0 da 'Roja' sobre a Holanda, o meia do Barcelona tinha exibido em uma camiseta uma mensagem em homenagem a Dani Jarque, jogador do outro clube da capital catalã, o Espanyol, que havia falecido poucos meses antes por causa de um problema cardíaco.

A atleta Wodjan Shahrkhani será uma das primeiras mulheres da Arábia Saudita a competir numa Olimpíada, mas não poderá usar o véu durante as lutas, já que a Federação Internacional de Judô (FIJ) proibiu a judoca de usá-lo. Shahrkhani compete na categoria acima de 78kg e estreia contra Melissa Mojica, de Porto Rico, 23ª colocada no ranking olímpico.

Após o sorteio das chaves do torneio da modalidade o presidente da FIJ Marius Vizer afirmou que a organização determinou que que Shahrkhani deveria competir "de acordo com os princípios e o espírito do judô". Outros dirigentes afirmaram ainda que havia uma preocupação com a segurança da atleta, já que o esporte inclui estrangulamentos e disputas de pegada que poderiam ser prejudicados pelo véu.

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Wodjan Shahrkhani e Sarah Attar, do atletismo são as únicas atletas que representam a Arábia Saudita nos Jogos. Ambas foram convidadas especiais do Comitê Olímpico Internacional (COI). Os líderes sauditas haviam permitido que as duas competissem nos Jogos com a condição de que usassem o véu.

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