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O papa Francisco iniciou nesta quinta-feira (3) uma viagem ao Bahrein para uma visita de quatro dias que tem o objetivo de reforçar o diálogo com o islã e defender a paz, em meio a apelos de ONGs para que os direitos humanos sejam respeitados no país do Golfo.

O pontífice, de 85 anos, cujo avião decolou do aeroporto romano de Fiumicino às 9H45 locais (5H45 de Brasília), desembarcará às 16H45 (10H45 de Brasília) em Awali, onde será recebido pelo rei sunita Hamad bin Isa Al Khalifa. Em seguida, Francisco pronunciará um discurso diante das autoridades e do corpo diplomático no palácio real de Al-Sakhir.

A 39º viagem ao exterior do papa argentino é a segunda para esta região, depois de sua visita história aos Emirados Árabes Unidos em 2019, quando divulgou uma mensagem de convivência entre as religiões.

"Que cada encontro seja uma oportunidade frutífera para apoiar, em nome de Deus, a causa da fraternidade e da paz, que hoje precisamos urgentemente", afirmou Francisco na terça-feira, em referência à viagem, durante o Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Durante sua estadia, Francisco se reunirá com o grande imã de Al Azhar, a principal autoridade para os sunitas, e terá um diálogo com o "Conselho de Sábios Muçulmanos" na mesquita do Palácio Real.

"Que estas duas personalidades do mundo muçulmano e cristão se reúnam no Bahrein é um honra", afirmou à AFP o xeque Abdul Latif Al Mahmud, membro do Conselho Supremo de Assuntos Islâmicos do país.

O papa fará sete discursos no Bahrein, um dos países mais ricos do mundo graças ao petróleo e que tem como forma de governo a monarquia constitucional.

E embora o Vaticano insista em querer enviar uma "mensagem de paz e diálogo", a visita também gerou críticas de várias organizações de defesa dos direitos humanos, que acusam o rei do Bahrein de discriminar e marginalizar os xiitas do país, que representam 46% da população.

Estado insular de 1,4 milhão de habitantes, o Bahrein tem quase 80.000 católicos, em sua maioria trabalhadores procedentes da Ásia, em particular imigrantes da Índia e Filipinas.

Analistas acreditam que Francisco vai pedir respeito à liberdade de religião e expressão no país, um dos temas mais sensíveis, também denunciado por organizações de defesa dos direitos humanos.

O lateral-direito Isla vai ser multado pelo Flamengo após ser visto na balada. Horas antes, o chileno foi vetado pelo Departamento Médico e não atuou no empate por 2x2 contra o Resende nesse domingo (28).

Mesmo apresentando um quadro de sintomas virais, o próprio Isla publicou vídeos do aniversário de uma de suas filhas e apareceu dançando com uma mulher.

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Em outro registro da noitada, ele aparece ao lado do também chileno Eduardo Vargas, atacante do Atlético-MG. 

Neste temporada, o lateral de 34 anos participou de apenas três jogos e está em seu último ano de contrato. A expectativa é que deixe o clube.

O governo francês anunciou nesta terça-feira (20) que as "ações se intensificarão" contra o islã radical e anunciou a dissolução do coletivo pró-palestino Cheikh Yassine, "diretamente envolvido" na decapitação de um professor que exibiu caricaturas de Maomé.

"Não se trata de fazer novas declarações (...) São atos esperados por nossos concidadãos. Estes atos se intensificarão", afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron, durante discurso na prefeitura de Bobigny, a nordeste de Paris.

Neste sentido, Macron anunciou que o coletivo pró-palestino Cheikh Yassine, cujo fundador, Abdelhakim Sefrioui, está detido por causa das investigações, seria dissolvido na quarta-feira no Conselho de Ministros.

"As decisões deste tipo sobre associações (...) se sucederão nos próximos dias e nas próximas semanas", acrescentou o chefe de Estado.

Samuel Paty, professor de história e geografia, foi decapitado na sexta-feira em Conflans-Sainte-Honorine, a noroeste de Paris.

Segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin, ele foi alvo de uma "fatwa", decreto religioso emitido pelo pai de um aluno e o pregador Sefrioui por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé durante um curso sobre liberdade de expressão.

O agressor, Abdoullakh Anzarov, um russo de origem chechena de 18 anos, foi morto pela polícia francesa pouco após o ataque.

A investigação do crime avança e já há 16 pessoas em prisão preventiva, entre elas cinco estudantes do ensino médio.

Recém-contratado, o lateral-direito Maurício Isla já se colocou à disposição para fazer a sua estreia pelo Flamengo no próximo domingo, na Vila Belmiro, diante do Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Embora esteja sem atuar desde março, o chileno garante que está em forma, pois vinha treinando nas últimas semanas.

Isla chegou ao Rio no último sábado, tendo passado por exames médicos e testes físicos no mesmo dia, no Ninho do Urubu. No domingo, foi ao Maracanã, onde acompanhou o empate por 1 a 1 do Flamengo em clássico com o Botafogo. Já nesta segunda-feira, treinou ao lado do elenco e ainda foi apresentado em entrevista coletiva virtual.

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"Estive quase quatro meses treinando sozinho. Vou treinar essa semana e ficar à disposição para o treinador. Cada país tem seu estilo de jogo e na América do Sul se joga diferente", afirmou o lateral chileno, que vai vestir a camisa de número 44 no Flamengo.

O clube anterior de Isla foi o Fenerbahçe, sendo que ele não atua desde 14 de março. O lateral chileno deu seus primeiros passos no futebol nas divisões de base Universidad Católica, depois atuando na Europa por Udinese, Juventus, Cagliari, Olympique de Marselha e Queens Park Rangers, antes de chegar ao time turco. Tem uma trajetória longa e bem-sucedida na seleção chilena, com 117 jogos disputados desde 2007.

Ele explicou que antes de assinar com o Flamengo buscou informações sobre o clima no clube. O intermediário das informações foi o também chileno Arturo Vidal, que recebeu boas recomendações de Rafinha, exatamente o lateral que Isla chega para suceder no time - ele se transferiu ao Olympiacos.

"Não conversei com Rafinha, conversei com Vidal. Não tive que checar o que era Flamengo. A única coisa que falei com Vidal foi sobre o grupo, e a resposta de Rafinha foi a que eu esperava, de que é um grupo muito unido. Por isso, venceu tudo que venceu", afirmou.

O Flamengo já tem um substituto para Rafinha. O clube carioca anunciou, nesta quarta-feira, a contratação do lateral-direito Mauricio Isla, que assinou compromisso até o fim de 2022.

Com chegada no Rio prevista para sábado, o chileno, de 32 anos, vai vestir a camisa 44. "Nação, estou muito contente por chegar ao Mengão", disse o jogador, em um vídeo divulgado pelo clube em suas redes sociais.

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Isla não joga desde 14 de março, quando o Fenerbahçe, da Turquia, seu último clube, enfrentou o Konyaspor, da Rússia. Por estar sem contrato, o jogador poderá ser sua situação regularizada mesmo com a janela internacional de transferências fechada.

Ex-jogador de Juventus, Udinese, Cagliari e Olympique de Marselha, Isla, que soma 115 jogos pela seleção chilena desde 2007, poderá ter Guga, do Atlético-MG, como concorrente para a posição. Os diretores rubro-negros esperam fecha a negociação ainda esta semana.

A Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro local sagrado mais importante do Islã e o primeiro fora da Arábia Saudita, reabriu as portas neste domingo depois de passar dois meses fechada pela pandemia do novo coronavírus.

Nenhum incidente grave foi registrado, mas oito residentes árabes foram detidos por "perturbar a visita" organizada de quase 100 judeus, informou a polícia israelense.

Pouco depois das 03H00 (horário local, 21H00 horário de Brasília, sábado), os primeiros fiéis, com o rosto coberto por máscaras, foram autorizados a entrar no complexo da Esplanada, localizado na cidade antiga de Jerusalém, para participar da primeira oração do dia.

"Deus é grande, protegeremos Al-Aqsa com nossa alma e sangue", cantaram os fiéis, que foram recebidos pelo diretor da mesquita de Al Aqsa, Omar Kiswani, que os parabenizou por sua paciência.

Conhecido como Haram al-Sharif - "Nobre santuário"- pelos muçulmanos e Monte do Templo pelos judeus, a Esplanada das Mesquitas abriga o Domo da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, que é administrada pelo Waqf de Jerusalém, um órgão vinculado à Jordânia.

Poucas horas mais tarde, quase 100 judeus entraram na esplanada, o primeiro local sagrado do judaísmo sob o nome Monte do Templo. Os judeus estão autorizados a visitar o local durante horas determinadas, mas não podem rezar, para evitar o aumento das tensões religiosas.

Oito moradores árabes foram detidos por tentativa de "perturbar esta visita, aos gritos de slogans nacionalistas", informou o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld.

O Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa também abriram para os fiéis neste domingo. Os locais estavam fechados desde meados de março pelas autoridades religiosas no âmbito das medidas adotadas para impedir a propagação do novo coronavírus em Jerusalém, uma cidade disputada, cuja zona leste está ocupada e anexada por Israel desde 1967.

O fechamento da Esplanada das Mesquitas foi determinado no início da crise de COVID-19 nos territórios palestinos e em Israel.

Até o momento, Israel registrou mais de 17.000 casos de novos coronavírus em sua população de quase nove milhões de pessoas e 284 mortes. No lado palestino, menos de 500 casos foram confirmados na Cisjordânia e Gaza e três mortes para uma população de cinco milhões de habitantes.

Nas últimas 10 semanas, os muezins convocaram os fiéis à oração, mas em suas casas, inclusive durante o mês sagrado do Ramadã, que terminou na semana passada.

"Não houve Ramadã, nem Aid al Fitr (Festa do Fim do Jejum, em Al-Aqsa), mas hoje é um dia de festa, tudo é diferente", declarou Ramzi Abisan, um homem de 30 anos que chegou ao amanhecer para acompanhar a primeira oração.

Apesar da reabertura da Esplanada, as autoridades permanecem vigilantes para tentar impedir a propagação do vírus.

Funcionários entregavam máscaras aos fiéis e mediam a temperatura de quem entrava no complexo. Nos tapetes para oração, fitas brancas marcavam o espaço da distância necessária.

Soldados israelenses estavam a postos neste domingo: a reabertura do local sagrado acontece um dia depois da polícia matar um palestino deficiente de 32 anos, Iyad Hallak, na cidade antiga de Jerusalém.

A vítima, que a polícia acreditava que estava armada, foi perseguida e atingida por um tiro. A morte provocou uma grande comoção.

O Fatah, partido laico do presidente palestino Mahmud Abas, denunciou a "execução de um jovem deficiente".

"Lamentamos verdadeiramente o incidente no qual Iyad Hallak foi alvo de um tiro e apresentamos nossas condolências à família", afirmou neste domingo o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, que pediu uma investigação rápida.

Entre restaurantes de fast food e barracas que oferecem lembranças feitas na China dia e noite, Meca parece um grande bazar durante o hajj, a grande peregrinação anual dos muçulmanos.

"Os negócios vão muito bem, louvado seja Deus", diz Fayzal Addais, que administra uma barraca em uma avenida comercial a alguns metros da Kaaba, o santuário mais sagrado do islã, na Grande Mesquita.

"Os clientes são estrangeiros e falam todos os idiomas", acrescenta este comerciante iemenita de 41 anos, que vende lembranças religiosas.

Nesta avenida movimentada, fileiras de barracas e vitrines se sobrepõem, sobressaem na calçada e disputam com cartazes variados para atrair os clientes.

O comerciante Ali "multiplica por cinco" seu volume de negócios durante o hajj, que entre 9 e 14 de agosto atrairá cerca de 2,5 milhões de fiéis peregrinos que vêm do mundo inteiro.

Esta peregrinação é um dos cinco pilares do islã, e todo muçulmano deve realizá-a ao menos uma vez na vida, se tiver condições para isso.

"Culto do dinheiro"

"Em qualquer lugar da cidade há, muito perto, alguém para vender algo", resume o intelectual britânico de origem paquistanesa Ziauddin Sardar, em sua obra "História de Meca", publicada em 2014.

O comércio em Meca é "onipresente e onipotente" e os peregrinos se veem "incitados sem cessar a gastar seu dinheiro", ressalta o autor, que aponta um "culto do dinheiro e do consumismo".

Há itens que os peregrinos compram em grande quantidade: tapetes de oração, incenso, exemplares do Corão, terços de madeira ou de pérolas de plástico brilhantes, lenços, água de Zamzam (um poço) que supostamente tem virtudes milagrosas, relógios que emitem cantos de chamada à oração, estatuetas da Kaaba fabricadas na China, etc.

Mas também se encontra ouro saudita (muito cobiçado), relógios, roupas 'prêt-à-porter' ou produtos tecnológicos.

Mesmo que às vezes a comunicação entre os vendedores e os peregrinos seja difícil, devido à diversidade de idiomas, a barganha continua sendo possível: uma calculadora permite a compreensão entre as duas partes.

Perto da esplanada da Grande Mesquita, shopping centers climatizados recebem incessantemente milhares de fiéis. As lojas, incluindo as de luxo, sempre estão cheias ou quase - suas persianas estão fechadas apenas durante a oração.

A isto se somam os inúmeros restaurantes baratos e de fast food nas ruas estreitas e nas ruidosas artérias desta cidade do oeste saudita.

"A mesquita e o comércio"

Esta tendência ao consumo desenfreado não é nova: "Ao longo dos séculos, os peregrinos dividiam seu tempo entre a mesquita e o comércio", resume Abdellah Hamudi, antropólogo na universidade de Princeton nos Estados Unidos, em seu livro "Uma temporada em Meca".

"As dimensões mercantil e religiosa sempre estiveram relacionadas em Meca, [...] já estavam presentes na peregrinação pré-islâmica", afirma Luc Chantre, professor na universidade francesa de Rennes 2, autor de várias obras sobre o hajj na época contemporânea.

"O que é novo são essas imensas galerias comerciais de vários andares que substituíram os velhos souks (mercados) em volta da Grande Mesquita", explica à AFP.

Nos grandes lugares de peregrinação, como em San Giovanni Rotondo na Itália, em Lourdes na França ou em Nuestra Señora de Guadalupe no México, comércio e fé costumam caminhar juntos.

Mas "é um comércio ligado exclusivamente às lembranças e às oferendas", afirma o professor francês.

A porta de entrada de Meca, a cidade de Jidá, a menos de 90 km de distância, é o reduto histórico das famílias comerciantes, em parte devido a seu imenso porto.

Além do hajj, os muçulmanos podem realizar a peregrinação ao longo de todo o ano.

Este turismo religioso contribui com bilhões de euros ao ano. O reino rico em petróleo, que busca diversificar sua economia, aposta nele.

O papa Francisco inicia, neste sábado (30), uma breve visita ao Marrocos, país de maioria muçulmana, para falar do diálogo com o Islã, assim como de migração, dois temas-chave de seu pontificado.

O avião papal decolou às 10h45 (06h40 de Brasília) de Roma e deve aterrissar às 14h00 (10h00 de Brasília) em Rabat, a capital do Marrocos.

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O líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos foi convidado pelo rei marroquino, Mohamed VI, "comandante dos crentes", para esta visita centrada no "desenvolvimento do diálogo interreligioso", segundo as autoridades marroquinas.

"Cristãos e muçulmanos, irmãos no mundo que precisam de paz", disse o pontífice em uma mensagem por vídeo divulgada na véspera de sua 28ª viagem internacional.

O sumo pontífice quer manter laços de amizade com o mundo muçulmano e, ao mesmo tempo, está empenhado em visitar as menores comunidades católicas do mundo, que costumam ser esquecidas pela cúpula da Igreja.

Cerca de 30.000 católicos vivem no Marrocos. A maioria é composta de estrangeiros procedentes da África subsaariana, estudantes, ou migrantes a caminho da Europa.

Para receber o pontífice em Rabat, edifícios foram pintados, as ruas foram pavimentadas e os jardins arrumados.

O rei Mohamed VI vai recebê-lo aos pés do avião com tâmaras e leite de amêndoa, como marcas de tradição. Depois, os dois farão uma procissão para uma grande esplanada em Rabat, que deve reunir cerca de 25 mil pessoas para ouvir os discursos de ambos os líderes, que serão transmitidos em telas gigantes.

No domingo, muitos deles assistirão a uma missa em um complexo esportivo, algo que não se via desde a visita de João Paulo II em 1985, já que 99% da população é muçulmana sunita.

Como aconteceu durante sua viagem em janeiro aos Emirados Árabes Unidos, o papa se reunirá com os principais líderes religiosos muçulmanos, e visitará o mausoléu de Mohamed V - gestos a favor da tolerância religiosa.

Nesse mesmo dia, ele se reúne com migrantes na sede da Caritas de Rabat, onde pronunciará um importante discurso.

Com essa viagem, segundo o Vaticano, o papa deseja dar esperança às minorias cristãs e aos muçulmanos convertidos, que pedem para desfrutar plenamente da liberdade de religião consagrada na Constituição marroquina.

- Liberdade de culto incompleta -

"Sonhamos com um Marrocos livre que assuma sua diversidade religiosa", pediu, em uma nota, a Coordenadoria dos Cristãos Marroquinos.

A organização espera que a visita seja "uma oportunidade histórica" para que o Marrocos se comprometa a fundo com a questão.

Segundo a Constituição marroquina, "o Islã é a religião do Estado, o qual garante a todos o livre exercício dos cultos".

Diferentemente dos Emirados Árabes, o código penal marroquino não prevê pena de morte para os apóstatas do Islã e a regra em geral "é a discrição", explicou um religioso de Rabat.

O tema é delicado.

O ministro para os Direitos Humanos, o islamista Mustapha Ramid, garantiu recentemente que a liberdade de consciência representa "uma ameaça" para a "coesão" do Marrocos, o que abriu o debate.

A conversão voluntária não é um crime, mas fazer proselitismo ("abalar a fé de um muçulmano e querer convertê-lo a outra religião") pode custar até três anos de prisão.

"O que se condena é o proselitismo agressivo", explicou o embaixador do Marrocos em Paris, Chakib Benmoussa.

Para ele, "a visita do papa Francisco representa algo muito importante, porque se quer lutar contra o fanatismo (...) a intolerância, mas também (...) representa um momento para o diálogo positivo entre as religiões, os povos e as civilizações".

O papa Francisco e o grande imã de Al-Azhar se manifestaram juntos nesta segunda-feira (4) contra toda discriminação de minorias religiosas e pediram fraternidade, no segundo dia de uma visita histórica aos Emirados Árabes Unidos, a primeira de um líder da Igreja Católica à Península Arábica, berço do Islã.

Durante todo o dia, o papa, vestido de branco, e o grande imã sunita do instituto egípcio Al-Azhar, o xeque Ahmed al-Tayeb, de preto, apareceram juntos de forma fraterna, diante da grande Mesquita Zayed - uma das maiores do mundo - e se beijaram na tribuna da conferência inter-religiosa.

Este encontro e diálogo inter-religioso tinha sido impulsionado pelo papa e o grande imã de Al-Azhar, a instituição mais importante do Islã sunita.

Ao fim do encontro, Francisco e o imã Ahmed al-Tayeb assinaram uma declaração conjunta, na qual comprometeram os esforços das duas religiões para "lutar contra o extremismo".

"Al Salamò Alaikum!" ("Que a paz esteja convosco!"), afirmou Francisco em seu discurso, no qual reforçou a ideia da fraternidade, mas que incluiu referências diretas à realidade cotidiana dos habitantes do Oriente Médio.

Trata-se de um discurso de alto significado, já que foi afirmado em uma região onde ainda se constatam desigualdades evidentes e há muitas denúncias de discriminação religiosa.

A Arábia Saudita, por exemplo, proíbe a prática de qualquer religião que não seja o Islã, mas o papa fez uma forte defesa da necessidade de garantir a liberdade religiosa.

- Mais direitos -

Em sua participação no encontro inter-religioso, o pontífice fez um pedido para oferecer "o mesmo direito à cidadania" a pessoas de diversas religiões.

"Desejo que, não apenas aqui, mas em toda a amada e neurálgica região do Oriente Médio, haja oportunidades concretas de encontro: uma sociedade onde pessoas de diferentes religiões tenham o mesmo direito de cidadania", manifestou.

Em seu discurso, Francisco insistiu na justiça em geral: "uma justiça dirigida apenas a membros da própria família, compatriotas, crentes da mesma fé, é uma justiça que manca, é uma injustiça disfarçada", indicou.

O pontífice também evocou a não violência, a paz e o desarmamento, expressando firme oposição à utilização da religião para fins que não sejam pacíficos.

"Em nome de Deus Criador, é preciso condenar sem vacilação toda forma de violência, porque usar o nome de Deus para justificar o ódio e a violência contra o irmão é uma grave profanação", afirmou.

Para Francisco, "não há violência que encontre justificativa na religião".

"A fraternidade humana nos exige, como representantes das religiões, o dever de exilar todos os matizes de aprovação da palavra guerra", declarou.

Na visão do pontífice, a guerra é sinônimo de "miséria" e "crueldade".

Por isso, chamou a atenção sobre quatro países que sofrem "as consequências nefastas" de conflitos: Iêmen, Síria, Iraque e Líbia.

"Juntos, irmãos da única família humana querida por Deus, comprometemo-nos contra a lógica do poder armado, contra a mercantilização das relações, dos armamentos das fronteiras, o erguimento de muros, o amordaçamentos dos pobres", disse.

"Nos opomos (a tudo isso) com o doce poder da oração e o com empenho diário do diálogo", acrescentou.

- Visita sem precedentes -

O líder de 1,3 bilhão de católicos teve, nesta manhã, uma reunião privada com o príncipe herdeiro em Abu Dhabi, Mohamed bin Zayed Al-Nahyan, que se orgulha da "coexistência pacífica" das religiões em seu país.

O pontífice entregou ao príncipe um medalhão representando uma reunião em 1219, em plena Cruzada, entre São Francisco de Assis e o sultão Malek al-Kamel, no Egito, um marco de 800 anos no diálogo entre muçulmanos e cristãos.

Francisco também participou de uma cerimônia militar na segunda-feira, na qual caças dos Emirados sobrevoaram o gigantesco palácio presidencial, lançando ao ar uma fumaça amarela e branca, representando as cores da bandeira do Vaticano.

Na reunião com o príncipe herdeiro, Francisco abordou a situação no vizinho Iêmen, palco da pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, causada por uma guerra que começou há quatro anos.

Antes de embarcar em sua viagem aos Emirados no domingo, o papa pediu para "favorecer com urgência o cumprimento dos acordos firmados" para uma trégua na cidade portuária de Hodeida, no Iêmen, crucial para o acesso à ajuda humanitária.

Na terça-feira, Francisco celebrará uma missa multitudinária que se apresenta como a maior manifestação já organizada neste país, com a presença de mais de 130.000 fiéis.

A cantora irlandesa Sinead O'Connor, 51 anos, envolvida em várias polêmicas ao longo de sua carreira, anunciou no Twitter que se converteu ao islamismo.

"Isto é para anunciar que eu estou orgulhosa de ter me tornado muçulmana. Esta é a conclusão natural da jornada de qualquer teólogo inteligente", escreveu a cantora no Twitter, em uma mensagem na qual aparece com a cabeça coberta com o véu islâmico.

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Ela também anunciou que recebeu um novo nome, Shuhada. O'Connor já havia modificado seu nome para Magda Davitt.

A cantora também mudou seu avatar no Twitter para uma imagem em preto e branco do logo da Nike Swoosh e a frase: "Wear a hijab. Just do it" (Use um hijab. Apenas faça isto).

A artista irlandesa se tornou famosa em todo o planeta em 1990 com a canção "Nothing Compares 2 U", uma composição de Prince.

Conhecida pela cabeça raspada, O'Connor também protagonizou muitas polêmicas.

Acusou a mãe de maus-tratos durante a infância e criticou a Igreja Católica por não ter protegido os menores de idade vítimas de abusos sexuais. Em 1992, ela rasgou uma fotografia do papa João Paulo II no programa de televisão Saturday Night Live.

Nos últimos anos, Sinead O'Connor demonstrou seu estado de ânimo nas redes sociais, com ameaças de processos judiciais contra ex-colaboradores e, em alguns casos, expressando pensamentos suicidas.

O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, condenou nesta terça-feira a "segregação" praticada em um colégio particular muçulmano de Estocolmo, acusado de separar as meninas dos meninos no ônibus escolar e nas áreas de recreação.

A emissora TV4 divulgou nesta terça-feira vários fragmentos de um documentário sobre a escola de educação primária Al-Azhar, onde pode-se ver os meninos entrando pela porta da frente do ônibus e as meninas pela porta traseira.

Os estudantes, entre seis e 10 anos de idade, pegam o veículo pela manhã e à tarde, pois ele os transporta de e até seus domicílios. "Acho execrável. Isso não tem cabimento aqui, na Suécia", reagiu Löfven, acrescentando que pediu ao seu ministro da Educação uma investigação sobre o que qualificou de "segregação" nesta escola.

Por enquanto, a direção do colégio não quis responder às perguntas da AFP.

Um dinamarquês que incinerou o Alcorão em um vídeo publicado no Facebook será julgado por blasfêmia, algo que não ocorria no país desde 1971, anunciou nesta quarta-feira a Procuradoria.

A Procuradoria-geral argumentou em um comunicado que "a destruição por fogo de livros santos como a Bíblia ou o Alcorão pode constituir uma violação da lei sobre a blasfêmia" por meio de "injúria pública ou ultraje a uma religião". "As circunstâncias neste assunto nos conduzem a decidir o requerimento de uma acusação que facilitará se pronunciar ao tribunal", afirmou o procurador-geral Jan Reckendorff.

Em dezembro de 2015, o acusado de 42 anos, cuja identidade não foi revelada, queimou um exemplar do Alcorão em seu jardim, antes de enviar o vídeo pela conta do Facebook de um grupo chamado "Sim à liberdade, não ao Islã". O artigo 140 do Código Penal dinamarquês sobre a blasfêmia prevê uma pena de prisão de, no máximo, quatro meses, mas a Procuradoria recomenda aplicar uma simples multa.

O processo acontecerá em Aalborg em uma data indeterminada. Esta é a quarta vez em cerca de 80 anos que a Justiça dinamarquesa processa alguém pelo artigo 140. Em 1938, quatro pessoas foram condenadas por escritos antissemitas. Em 1946, duas pessoas foram multadas por celebrar uma imitação de batizado em um baile de máscaras.

Em 1971, dois responsáveis da rádio pública foram sancionados por divulgar uma canção onde é mencionada a sexualidade de uma mulher e sua recusa a toda autoridade divina.

Em um domingo, Saeed, Veronica, Farida e Matin se converteram ao cristianismo. O pastor Matthias Linke, da igreja evangélica livre de Kreuzberg, em Berlim, foi quem batizou os quatro refugiados iranianos e afegãos, vestidos de branco para a ocasião.

"Vocês creem do fundo de seus corações que Jesus Cristo é o seu Senhor e Salvador e querem segui-lo pelo resto de suas vidas? Se sim, digam sim", perguntou o pastor. Todos eles responderam "Sim!", sob os aplausos dos fiéis. Em seguida, um por um, submergiram-se da cabeça aos pés em uma espécie de piscina.

"Sinto-me muito, muito feliz, me sinto... como posso explicar?", declarou Matin logo após o batismo, com a mão no coração. Foi na Grécia que este iraniano de 20 anos conheceu o cristianismo. Assim que chegou à Alemanha, entrou em contato com esta igreja.

Sua irmã, Farida, seguiu seus passos e em outubro os dois começaram a se preparar para o batismo, em alemão e farsi. Farida queria escolher sua religião "livremente" e "estava à procura de uma igreja".

"É uma razão muito importante para tornar-se cristão", diz Matthias Linke. "Na maioria dos casos (dos refugiados que se convertem), há um forte desejo de decidir por si mesmos, de forma livre e pessoal, a orientação da sua vida".

'Cada vez mais'

Muitos refugiados muçulmanos se convertem ao cristianismo na Alemanha, país que recebeu quase 900 mil demandantes de asilo em 2015. As igrejas não fornecem estatísticas, mas reconhecem que este é um fenômeno notório, senão maciço.

"Em nossa diocese, existem vários grupos de refugiados que estão se preparando para o batismo e há uma demanda crescente", diz Felix Goldinger, um padre católico de Spire, no Palatinado (sudoeste). Muitos vêm do Irã e do Afeganistão e alguns da Síria e da Eritreia.

"Atualmente sou responsável por um grupo de 20 pessoas, mas não sei quantos vão ser batizados", diz ele. Nesta diocese, a preparação dura quase um ano. "Durante este período, é importante que examinem a sua religião original, o Islã, e as razões que os levaram a querer mudar", explica Felix Goldinger.

"Ficamos felizes, obviamente, que as pessoas queiram ser batizadas, mas para nós é importante que tenham certeza e clareza de sua decisão", ressalta. Este padre observa que "muitos falam sobre o que viveram em seu país, sobre os atos terroristas cometidos em nome da religião. Eles veem no cristianismo uma religião que fala de amor e respeito à vida".

Alguns iranianos estiveram em contato com igrejas não reconhecidas no Irã - onde a conversão é proibida - e que precisaram fugir, explica Matthias Linke.

Outros conheceram cristãos durante sua peregrinagem para a Europa. Como Saeed, engenheiro aeronáutico afegão de 31 anos que viveu quatro meses na Turquia na casa de um cristão e que se interessou por sua religião. A leitura da bíblia o "ajudou nos momentos difíceis", assegura.

Desejo de integração

As igrejas reconhecem que alguns desejos de conversão são motivados por um desejo de integração ou para reforçar um pedido de asilo, pois a apostasia ou blasfêmia são crimes puníveis com penas de prisão, morte ou tortura em países muçulmanos como o Irã, Mauritânia, Arábia Saudita ou Afeganistão.

Os grupos extremistas como o Estado Islâmico consideram a conversão um pecado punível com a morte. "Há refugiados que pensam que a conversão ajudaria para que ficassem aqui, quando na verdade não é algo sistemático", diz Felix Goldinger.

"Mudaram de religião para ficar na Alemanha? É uma questão importante para as autoridades", afirma Matthias Linke, que é consultado com frequência pelo Serviço Federal de Migração e Refugiados (BAMF). "Eu não tenho nenhuma garantia. Só posso perguntar se é uma decisão de coração. Depois do batismo, a maioria deles vivem como cristãos e vem à igreja", diz ele.

Fora do templo, os convertidos tentam passar despercebidos e falam sob condição de anonimato. "Eles podem se ver em situações difíceis nos centros de refugiados, onde a maioria das pessoas são muçulmanas", explica Thomas Klammt, encarregado das questões de migração na União das Igrejas Evangélicas Livres da Alemanha (BEFG).

"Também é possível que temam por seus parentes que ficaram em seus países", ressalta. Matin permanece em contato com a sua família, especialmente com sua mãe, que "aceitou" a sua conversão. "Ela me telefona todos os domingos para perguntar se eu fui à missa", ele ri.

Três mesquitas da Califórnia receberam, nos últimos dias, cartas com ameaças ao Islã, garantindo que o presidente eleito Donald Trump "vai limpar" os Estados Unidos - de acordo com denúncia feita neste domingo (27) pela principal associação de muçulmanos no país, o Cair.

Dirigidas aos "filhos do Satanás", as cartas lançam insultos contra o Islã e afirmam que Trump "vai limpar os Estados Unidos e lhe devolver seu esplendor", denunciaram os responsáveis pelo Council on American-Islamic Relations (Cair), na Califórnia, que exigiu mais proteção policial nos arredores das mesquitas.

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A primeira carta foi recebida na quinta-feira passada (24) na mesquita de Evergreen, de San José, no norte da Califórnia. As outras duas foram deixadas hoje nos templos de Long Beach e Claremont, perto de Los Angeles.

A Polícia "deve investigar esta campanha islamofóbica contra os lugares de oração na Califórnia, pois se trata de um ato de intimidação religiosa", afirmou Hussam Ayloush, do Cair (Conselho de Relações Islâmico-Americanas), em Los Angeles.

"Os dirigentes do nosso estado devem rejeitar a crescente intolerância contra os muçulmanos", acrescentou Ayloush, em um comunicado.

Em 2015, a Polícia registrou um aumento de 67% dos atos contra os muçulmanos americanos. Eles representam 1% da população.

O Cair disse ter constatado um "aumento dos atos contra muçulmanos americanos desde a eleição presidencial", em 8 de novembro passado.

Outras associações que lutam contra o racismo e o Partido Democrata também denunciaram uma escalada da violência contra as minorias após a vitória do republicano Donald Trump. Sua campanha foi marcada por um discurso especialmente refratário a muçulmanos e a imigrantes.

O cohecido escritor e chargista jordaniano Nahed Hattar foi assassinado neste domingo (25), em Amã, quando saía de um tribunal onde era julgado pela difusão de uma caricatura considerada ofensiva ao Islã, informou a agência oficial Petra. O assassino, de 49 anos, um morador de Amã, foi detido pelas forças de segurança. Ele disparou três vezes contra Hattar, de 56 anos, quando ele subia as escadaria do tribunal de Abdali (centro da capital), onde devia comparecer.

O escritor, atingido na cabeça, morreu ao chegar ao hospital. Segundo testemunhas, o assassino era um homem barbudo que usava uma "thawb" - uma túnica tradicional até os tornozelos - de cor cinza. Disparou contra a vítima antes de se render aos policiais presentes frente ao tribunal.

Nahed Hattar, de religião cristã, foi detido em 13 de agosto depois de postar em sua página no Facebook uma charge na qual debochava dos extremistas do grupo sunita Estado Islâmico (EI). No desenho, é visto um jihadista no paraíso, cercado de duas mulheres, e que se dirige a Deus como se Este fosse um servo. O jihadista pede um copo de vinho e nozes e ordena que Deus mande alguém limpar a casa, advertindo-O que deve bater na porta antes de entrar.

A caricatura tinha por título "Deus de Dawaesh", em alusão aos jihadistas do Dáesh, acrônimo em árabe do grupo Estado Islâmico (EI).

- 'Insulto' al islam -

Hattar havia sido acusado pelas autoridades de "incitação ao ódioconfessional e insulto ao Islã". Em setembro passado, Hattar foi colocado em liberdade sob fiança, à espera do julgamento que aconteceria este domingo.

O Islã proíbe qualquer tipo de representação de Deus. Depois de ter causado grande comoção nas redes sociais, o escritor tirou a charge - que não é de sua autoria - de sua página.

Hattar explicou que a charge criticava "os terroristas e a forma que se imaginam no paraíso, e que de forma alguma ofende Deus". O governo jordaniano denunciou o assassinato do escritor como "um crime odioso" e prometeu processar o assassino.

A Irmandade Muçulana, primeira força de oposição na Jordânia, e a Dar al Ifta, a maior autoridade religiosa do país, também condenaram o crime. "A religião muçulmna é inocente deste crime odioso", indicou Dar al Ifta em um comunicado e pediu unidade aos jordanianos para combater "o terrorismo e a sedição".

A Jordânia é membro ativo da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e combate o grupo EI no Iraque e na Síria. O reino, que há anos teme um contágio da ameaça extremista em seu território, foi cenário nos últimos tempos de dois atentados, um contra seus serviços secretos (5 mortos) e outro, reivindicado pelo EI, contra guardas da fronteira (7 mortos).

A quarta-feira está sendo movimentada para a Juventus. Além de apresentar o jovem atacante croata Marko Pjaca, o clube italiano negociou o lateral-direito Mauricio Isla com o Cagliari. O valor da transação não foi revelado. O chileno assinou contrato por três temporadas com o novo time.

"Com Isla entra em nossas fileiras um elemento vencedor e com grande experiência. 'El Huaso' dará sua contribuição em dedicação e consistência. Nós o saudamos e... Sorte, Mauricio!", festejou o Cagliari em seu site oficial.

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Campeão da Copa América Centenário com o Chile, Isla tem 28 anos e chegou a Juventus em 2012, contratado da Udinese. Ele até teve um bom início no novo clube, mas logo foi emprestado ao Queens Park Rangers e, na última temporada, ao Olympique de Marselha.

Já o croata Pjaca, apresentado pela Juventus nesta quarta, chegou do Dínamo Zagreb por um valor de 22,5 milhões de euros (cerca de R$ 78,5 milhões). Seu contrato é válido por cinco temporadas.

"Eu vim para a Juventus porque é um clube com uma grande história. Quero crescer como jogador e me tornar melhor em cada treino e jogo. Vim aqui para jogar a Liga dos Campeões e ajudar a equipe a conquistar troféus. Não tenho a menor dúvida de que meu destino será esse", comentou o atacante da seleção croata.

Ainda nesta quarta-feira, a Juventus informou que o meio-campista Rolando Mandragora passou por uma cirurgia no pé e será desfalque por até quatro meses. O jovem de 19 anos foi contratado do Genoa no início deste ano.

O papa Francisco rejeitou, neste domingo (31), associações automáticas entre Islã e violência, alegando que católicos também podem ser violentos, e advertiu que a Europa está empurrando parte de sua juventude para o radicalismo.

"Não acho que seja justo associar Islã e violência", declarou o pontífice argentino, após o assassinato de um padre na França, vítimas de dois extremistas, ao ser questionado sobre sua escolha de nunca mencionar o Islã quando condena esse tipo de atentado.

"Todos os dias quando abro os jornais vejo a violência na Itália. Alguém que matou a namorada, outro matou a sogra, e são católicos batizados", apontou o papa, em entrevista coletiva a bordo do avião que o levava de volta ao Vaticano, após viagem à Polônia.

"Se tiver de falar da violência islâmica, também tenho de falar da violência cristã. Em quase todas as religiões, sempre há pequenos grupos fundamentalistas. Nós também temos", insistiu. O papa Francisco garantiu que a religião não é o verdadeiro motor dos atos violentos.

"Podemos matar com a língua, da mesma forma que com uma faca", advertiu, referindo-se aos partidos populistas que estimulam o racismo e a xenofobia. O terrorismo "prospera quando o deus do dinheiro se põe na frente" e quando "não há outra opção", afirmou.

"Quantos dos nossos jovens abandonamos sem ideais, sem trabalho? É, então, quando se voltam para as drogas, para o álcool, e se metem com grupos fundamentalistas", alertou.

Um intelectual erudito da Arábia Saudita emitiu um decreto religioso, conhecido como fatwa, contra o uso do Wi-Fi de outra pessoa sem permissão, uma vez que o ato é considerado roubo, e este crime não é tolerado no Islã. Qualquer provedor ou usuário que paga por um serviço de internet deve ser consultado sempre que terceiros quiserem se conectar à sua rede. As informações são do jornal Gulf News.

"Tirar vantagem do serviço Wi-Fi ilegalmente ou sem que os outros beneficiários ou proprietários saibam não é permitido", disse Ali Al Hakami, o saudita responsável pelo decreto. Ele ainda explica que usar a conexão pública de locais como parques, cafeterias e hotéis é permitido, uma vez que esta se destina a ser utilizada livremente.

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A fatwa é um pronunciamento legal emitido por figuras religiosas islâmicas. Em 2010, o falecido rei Abdullah, da Arábia Saudita, decretou que apenas os membros do conselho e alguns outros clérigos poderiam emitir este tipo de decreto. 

Na Indonésia, por exemplo, alguns emojis LGBT chegaram a ser censurados dos aplicativos de mensagens. O conteúdo foi proibido por princípios culturais e normas religiosas, disse um porta-voz do Ministério da Comunicação e Informação.

A Suprema Corte de Bangladesh rejeitou nesta segunda-feira um pedido de ativistas seculares de retirar do islã o status de religião do Estado, uma dia depois de uma convocação de protestos a nível nacional de grupos islamitas radicais.

Um comitê composto por três juízes rejeitou o pedido, em um processo sem audiências. A solicitação, que foi apresentada pela primeira vez há 28 anos, provocou protestos de grupos islamitas em todo o país. "Estamos muito tristes. É um dia triste para as minorias de Bangladesh", disse Subrata Chowdhury, que representa os defensores do Estado secular.

Bangladesh foi declarado um Estado laico após sua independência em 1971, quando se separou do Paquistão. Mas em 1988, durante o governo militar do general Husain Muhamad Ershad, o islã foi declarado a religião do Estado.

O principal partido islamita do país, uma nação onde 90% da população é muçulmana, chamou a decisão de "vitória para 160 milhões de pessoas".

Simples fiéis ou viciados no Youtube, trabalhadores humildes ou imãs conhecidos, muçulmanos franceses condenaram nesta sexta-feira, dia de oração semanal nas mesquitas, os atentados terroristas ocorridos há uma semana em Paris, realizados por "impostores sem pensamento ou doutrina", disseram.

"O muçulmano, por definição, não é alguém que mata, é alguém que busca a paz", afirmou, em tom firme, o imã Mohammed El Mahdi Krabch, citando versículos do Alcorão, na mesquita El Bujari, de Avignon. Em uma sala lotada, homens o escutaram atentamente.

Após os ataques em Paris, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI), a instância que representa 5 milhões de muçulmanos na França, o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), propôs às 2,5 mil mesquitas do país que usem um "texto solene que condene sem ambiguidade toda forma de violência".

No islã sunita não há clero, e ele é dividido segundo a origem dos fiéis (marroquinos, argelinos, turcos).

"O terrorismo não possui doutrina, não tem um projeto", disse em seu sermão o imã de Bordeaux Tareq Oubrou, um conhecido teólogo.

"Não estamos à margem desta violência. Amanhã ou depois, algo pode acontecer aqui na mesquita", advertiu, após lembrar que "o terrorismo dos grupos jihadistas no mundo matou mais muçulmanos do que não muçulmanos".

Após a oração na mesquita As Salam, em Metz, Ismail, um estudante de 17 anos, mostrou-se satisfeito com a lição doutrinal. "Era importante o ponto de vista religioso, ter citações do Alcorão."

"Não é necessária uma mensagem religiosa para entender o que aconteceu, atos bárbaros motivados por outras razões", explicou Moustapha, 30. "São ex-delinquentes, gente perdida, é isso."

Fora das mesquitas, muitas das quais ainda são controladas por muçulmanos da primeira geração, moderados, outros fiéis mostraram um ponto de vista mais enérgico nas redes sociais.

"Dirijo-me a todos os muçulmanos da França: temos que proteger nossa bela religião, vamos perseguir esses impostores que se fazem passar por muçulmanos matando gente", declara Bassem Braiki, ou "Chronic 2 Bass", em um vídeo com mais de 5,7 milhões de visualizações no Facebook.

Em outro vídeo, um jovem parisiense de apelido "Anasse", de barba aparada, não faz rodeios para definir os jovens que protagonizaram o pior massacre na França desde a Segunda Guerra Mundial.

"São marginais dos subúrbios que não têm nada melhor para fazer. Achavam que estavam em um videogame", comenta. "Se você não gosta da França e blá-blá-blá, colega, vá embora daqui."

Em Duchère, região popular perto de Lyon, Hachim, 43, acompanhou com atenção o sermão. Centenas de fiéis assistiram, e alguns tiveram que se instalar do lado de fora do templo, por falta de espaço.

"Muçulmanos ou não, vivemos todos na mesma casa. Se o teto cai, vamos todos nos encontrar na rua", comentou.

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