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Por muitos anos a Igreja considerou Satanás como a personificação do mal e o inimigo número 1 da humanidade. Apesar disto, a Comunidade Satanista sueca recebeu o status de denominação religiosa pela Agência de Serviços Administrativos, Financeiros e Legais do país, informou o jornal Dagen.

Registrar uma comunidade religiosa na Suécia não é uma tarefa simples. Ter sacerdotes, práticas como meditação e ter um nome que "não contradiga os bons costumes e a ordem" são requisitos. Para as autoridades locais, a comunidade satanista atendeu a todas as exigências.

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O grupo é liderado pelo casal Erik e Jenny Hedin, de Estocolmo. Ambos são acadêmicos em História das Ideias e Línguas, não tendo nenhum passado religioso. Segundo o casal, a comunidade já possui 100 seguidores.

O movimento foi inspirado pelo Templo Satânico, um grupo de ativistas de Massachusetts, EUA, conhecidos por rejeitar o discurso cristão, assim como a Sociedade Humanista da Suécia.

Apesar do nome, a Comunidade Satanista está bem longe dos ritos macabros, focando-se na ciência, Estado laico e em causas sociais.

Sua página no Facebook está cheia de conteúdo associado com movimentos de esquerda ou debates liberais, assim como o homossexualismo, o meio-ambiente e o aborto.

Além disso, o grupo promove ações sociais, como a distribuição de papel higiênico em um projeto chamado Menstruação com Satã.

O grupo coloca Satã como figura literária, mas que inspira eterna rebeldia para os que contradizem as autoridades, durante rituais como "a invocação de Lúcifer e Lilith". O objetivo primordial é colocar o ser humano no centro de tudo.

"O homem é perfeito como ele é. Nós não precisamos ouvir os outros, mas podemos acreditar em nós mesmos. Isso implica questionar normas arbitrárias e autoridades", explica Jenny Hedin.

Embora o reconhecimento não tenha ido longe a ponto de conceder à comunidade autoridade para casar ou receber ajuda do governo, o status de denominação religiosa foi um grande passo, algo inconcebível algumas décadas atrás.

No entanto, desde o rompimento da Igreja com o governo sueco em 2000, uma infinidade de sociedades religiosas foi registrada na Suécia, na tentativa de tratar todos os movimentos religiosos como iguais.

Da Sputnik Brasil

O músico de 61 anos Peter Murphy, vocalista do Bauhaus, foi expulso de seu próprio show após jogar garrafas na direção dos seus fãs. A confusão aconteceu em Estocolmo, na Suécia, e o cantor foi detido. Murphy e o baixista David J tocaram no Brasil em outubro. A turnê atual do vocalista celebra os 40 anos do grupo.

De acordo com os jornais suecos, o Peter Murphy ficou revoltado com problemas técnicos e chutou parte do cenário. Em seguida, arremessou garrafas e copos na intenção de acertar o técnico que estava na mesa de som da casa de show. Os objetos acabaram acertando um fã, que foi hospitalizado com ferimentos leves.

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Ainda de acordo com as publicações, antes de ser detido o cantor empurrou um dos policiais. "Com uma música faltando, o empresário e a equipe técnica do artista decidiram terminar o show. A mesa de som ficou danificada... Por enquanto, estamos investigando o que aconteceu. Se mais alguém da plateia estiver ferido, entrem em contato para que prestemos queixa na polícia", disse a produção do evento, em comunicado.

O enterro do sueco Avicii, considerado um dos melhores DJs do mundo, aconteceu de forma reservada na última sexta-feira (8) - informou seu agente à AFP nesta terça-feira.

"Tim Bergling (verdadeiro nome de Avicii) foi enterrado na sexta-feira no cemitério Skogskyrkogården de Estocolmo", disse o agente Ebba Lindqvist.

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"Apenas sua família e seus amigos mais íntimos estiveram presentes", acrescentou.

Estrela da música eletrônica, Tim Bergling foi encontrado morto em 20 de abril em Mascate, capital de Omã, onde estava de férias com amigos.

Dias depois da morte de Avicii, sua família publicou uma carta aberta, dizendo que o artista "não podia mais" e "queria paz".

Questionada pela AFP, uma porta-voz do artista não quis comentar a causa da morte, ou se foi suicídio.

Nos últimos anos, o sueco não escondeu seus problemas de saúde, como sua pancreatite provocada por um consumo excessivo de álcool.

Há dois anos, surpreendeu ao anunciar que se retirava.

Durante sua carreira, Avicii colaborou com artistas de perfis tão diversos como Madonna, Coldplay, ou David Guetta.

Em 2012 e 2013, foi reconhecido como o melhor disc-jóquei do mundo pela revista "DJ Magazine".

Skogskyrkogården (Cemitério do Bosque) fica no sul de Estocolmo e faz parte do patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Nesse lugar, também está enterrada a atriz sueco-americana Greta Garbo.

O uzbeque Rajmat Akilov, julgado por ter matado cinco pessoas em abril de 2017 em Estocolmo, disse nesta quarta-feira (21) que não se arrepende de nada e manifestou grande surpresa ao saber que o grupo extremista Estado Islâmico (EI) não reivindicou o atentado.

"Sabia que o EI nunca reivindicou o atentando?", perguntou um advogado das vítimas durante a quarta audiência do julgamento que aconteceu nesta quarta-feira. "Não o reivindicaram?", perguntou Akilov, que, visivelmente contrariado, disse em russo: "É a vontade de Alá".

Desde sua prisão em 7 de abril de 2017, Rajmat Akilov permanece isolado, sem informações exteriores nem visitas, com exceção de seu advogado. Pouco antes do atendado com um caminhão em uma rua comercial de Estocolmo, Akilov divulgou um vídeo jurando fidelidade ao Estado Islâmico.

Rajmat Akilov, que se apresentou como um soldado do EI, parece não ter contado com a participação de nenhum cúmplice direto na preparação do ataque. Nesta quarta-feira, diante da insistência dos advogados, Akilov disse que não se arrependia do atentado que deixou cinco pedestres mortos - três mulheres suecas, uma belga e um britânico.

"Alá julgará se fizemos algo de ruim ou não", disse Akilov. Mas, logo após uma interrupção da audiência, disse: "Não quero ferir a sensibilidade dos feridos dizendo se me arrependo ou não". Akilov, um solicitante de refúgio, pai de quatro filhos, é julgado por ato terrorista e tentativa de ato terrorista, e pode de ser condenado à prisão perpétua.

O solicitante de asilo uzbeque que reivindicou o atentado com caminhão que deixou cinco mortos em abril de 2017 em Estocolmo e que jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico, preparava há meses seu ato e queria "esmagar infiéis", indicou a Procuradoria nesta terça-feira (30).

Rakhmat Akilov, que teve o pedido de asilo negado, lançou o caminhão que dirigia contra pedestres em uma rua comercial de Estocolmo em 7 de abril.

Três suecas, entre elas uma menina de 11 anos, um britânico de 41 anos e um belga de 31 morreram, enquanto outras dez pessoas ficaram feridas.

De acordo com a acusação apresentada nesta terça-feira, Akilov, de 39 anos, cometeu seu ato com a intenção de "incutir medo na população" e "forçar a Suécia a encerrar suas atividades de treinamento na coalizão internacional contra o Estado Islâmico no Iraque".

"Sua motivação era punir a Suécia por sua participação na guerra contra o EI", indicou o promotor Hans Ihrman em entrevista coletiva.

A investigação, de cerca de 9.000 páginas, revelou a existência de discussões datando, pelo menos, do mês de janeiro de 2017, em que o acusado indica a diferentes interlocutores, não identificados, querer "esmagar infiéis".

O julgamento deve começar em fevereiro, provavelmente no dia 13, em Estocolmo.

Uma explosão do lado de fora de uma estação de metrô em Estocolmo deixou duas pessoas feridas neste domingo. De acordo com a polícia local, um homem de 60 anos e uma mulher de 45 se feriram após um deles ter tocado no explosivo para checar o que era o objeto. O homem se encontra em estado grave. A explosão aconteceu do lado de fora da estação Varby Gard no bairro residencial de Huddinge, na região metropolitana de Estocolmo.

Autoridades disseram não acreditar que a explosão na capital sueca esteja relacionada a ato terrorista. A polícia está investigando a origem do explosivo. Fonte: Associated Press.

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Estocolmo, na Suécia, está aquecendo as casas dos moradores com o calor criado pelos centro de dados que armazenam as informações de redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp. Segundo informações da BBC, a iniciativa, chamada Stockholm Data Parks, funciona em parceria com o governo da cidade e outras instituições.

O programa incentiva as empresas a transferirem seus centros de dados para a cidade como uma solução barata e positiva para a sua necessidade de esfriar as estruturas, que aquecem enquanto são utilizadas.

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O excesso de calor geralmente é um problema para os centros de dados. Isso porque o processo de manter os servidores resfriados usa muita eletricidade, o que o torna tanto caro quanto ruim para o meio ambiente.

Como resultado, mais de 30 empresas conectaram seus centro de dados à rede de aquecimento urbano da cidade, incluindo a Interxion, Bahnhof, Ericsson e H&M. Estocolmo visa obter 10% do seu calor destas estruturas como parte de seu objetivo de ser livre de combustíveis fósseis até 2040.

O maior desafio foi encontrar o espaço certo para os parques de dados de Estocolmo. Os parceiros precisavam encontrar terrenos que atendessem às necessidades dos clientes e possuíam capacidade para hospedar uma grande quantidade de infraestrutura de energia e calor.

Apesar disso, o esquema de transporte do calor é simples. A água fria entra nos centros de dados por meio de canos e evita o superaquecimento dos servidores. Depois, o líquido que acabou sendo aquecido no processo segue para as dependências da agência Fortum, onde é distribuído às residências da cidade.

Um centro de dados com capacidade de 10 megawatt produzirá calor suficiente para aquecer 20 mil apartamentos da cidade. Segundo a BBC, a Suécia não é o único país a adotar essa ideia. O mesmo está acontecendo em projetos menores em nações como a Finlândia, nos EUA, Canadá e França.

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Pesquisadores da Suécia desenvolveram um drone que é capaz de carregar um aparelho desfibrilador no intuito de socorrer as vítimas de ataques cardíacos o mais rápido possível.

A pesquisa foi realizada por um grupo de cientistas do Instituto Karolinska que, para testar a invenção, colocaram equipamentos de primeiros socorros no robô e o levaram para uma região rural próxima a Estocolmo. Os drones comprovaram sua velocidade e eficiência: conseguiram percorrer aproximadamente 10 quilômetros em cerca de cinco minutos. De acordo com dados coletados pelo grupo, as ambulâncias demoram cerca de 22 minutos para prestarem socorro.

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Jacob Hollenberg, líder do projeto, acredita que se os resultados de testes em situações reais forem positivos, os novos socorristas mecânicos poderão ser implantados no sistema de resgate em cerca de dois anos.

O próximo passo do grupo de pesquisa será desenvolver um equipamento capaz de salvar vítimas de afogamento.

O cidadão do Uzbequistão, de 39 anos, detido como suposto autor do atentado de sexta-feira passada (7) com um caminhão no centro de Estocolmo, admitiu nesta terça-feira (11) a um tribunal ser o autor do ataque. A informação é da Agência EFE.

Rakhmat Akilov, cuja identidade já foi confirmada pelas autoridades e que permanece detido desde a madrugada do sábado (8), admitiu ser culpado da acusação de delito terrorista com assassinato. Ele compareceu à presença de um juiz, em uma audiência para decidir se será preso preventivamente.

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A pedido do promotor, que apelou para a investigação em andamento, o depoimento continuará a portas fechadas.

A polícia da Suécia confirmou neste sábado (8) que o detido como suposto autor do atentado de ontem (7) com um caminhão no centro de Estocolmo é um uzbeque de 39 anos, mas não esclareceu se o mesmo é simpatizante do Estado Islâmico (EI), como apontaram alguns veículos de imprensa. A informação da agência EFE.

"Nada indica que detivemos a pessoa errada, ao contrário disto, as suspeitas ficam mais evidentes na medida em que a investigação avança. Mas ainda não podemos descartar o envolvimento de mais pessoas", declarou o chefe da polícia nacional, Dan Eliasson, em entrevista coletiva para informar sobre o ataque, no qual morreram quatro pessoas e outras 15 ficaram feridas.

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A cúpula policial se negou a confirmar, no entanto, se o indivíduo confessou ser o motorista do caminhão roubado, quando chegou à Suécia e seus supostos motivos.

Eliasson informou que a polícia está analisando um objeto encontrado no interior do caminhão, mas também não quis esclarecer se seria uma bomba de fabricação caseira que não chegou a explodir, como antecipou a emissora pública de televisão "SVT", citando fontes policiais.

"Encontramos um dispositivo no veículo que não deveria estar ali. Se é uma bomba ou algum tipo de explosivo, nós não sabemos. Há investigações técnicas em andamento", afirmou Eliasson.

O chefe do serviço de inteligência da Suécia (SÄPO, sigla em sueco), Anders Thornberg, informou durante a entrevista coletiva que o detido não figura em nenhum de seus registros, mas que, há um ano, o órgão recebeu informações sobre ele vindas do exterior que não puderam ser contrastadas.

A polícia também não quis oferecer detalhes sobre os mortos, já que a identidade dos mesmos ainda não foi determinada.

Um caminhão avançou ontem pouco antes das 15h local (10h de Brasília) sobre a principal rua de pedestres de Estocolmo e, após percorrer um trecho atropelando pedestres, se chocou contra a entrada principal de uma conhecida loja de departamentos da capital sueca.

O caminhão, um veículo de distribuição de cerveja roubado minutos antes do atentado, foi rebocado durante a madrugada para ser analisado pelos técnicos.

A Suécia decidiu fortalecer os controles nas fronteiras nos próximos dias para impedir que "o autor e eventuais colaboradores possam deixar o país", segundo o ministro do Interior, Anders Ygeman.

*Da Agência EFE

A câmera de segurança de uma loja de Estocolmo registrou o instante em que um caminhão atropelou várias pessoas na capital da Suécia, nesta sexta-feira (7). O veículo avança contra várias pessoas. O ataque deixou ao menos quatro mortos, além de 15 feridos, sendo nove em estado grave.

A imagens flagram os pedestres fugindo em direção ao estabelecimento e, logo em seguida, o veículo passa em alta velocidade. As autoridades suecas tratam o caso como um provável ataque terrorista. O suposto atentado aconteceu próximo a uma das ruas de pedestres mais movimentadas de Estocolmo. 

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Um homem, que não teve a identidade revelada, foi detido nesta sexta-feira (7), suspeito de envolvimento no caso. O caminhão utilizado foi roubado de uma cervejaria. Veículos da polícia circulavam pedindo às pessoas para irem para suas casas, evitando grandes aglomerações e helicópteros sobrevoavam o centro da cidade.

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Em Estocolmo, capital da Suécia, um caminhão atropelou várias pessoas nesta sexta-feira (7). Segundo a imprensa local, dois pedestres foram mortos e existe um número ainda não declarado de feridos. 

O atropelamento ocorreu em uma das ruas mais frequentadas por pedestres na capital, a Drottninggatan (Queen Street). A BBC reportou que, de acordo com testemunhas, o caminhão invadiu uma loja de departamento e pessoas foram vistas no chão. A área foi isolada e interditada pela polícia.

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A imprensa também relatou que as autoridades suspeitam de ataque terrorista, segundo Towe Hagg, porta-voz da polícia local.

Com informações da Agência Ansa

O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, condenou nesta terça-feira a "segregação" praticada em um colégio particular muçulmano de Estocolmo, acusado de separar as meninas dos meninos no ônibus escolar e nas áreas de recreação.

A emissora TV4 divulgou nesta terça-feira vários fragmentos de um documentário sobre a escola de educação primária Al-Azhar, onde pode-se ver os meninos entrando pela porta da frente do ônibus e as meninas pela porta traseira.

Os estudantes, entre seis e 10 anos de idade, pegam o veículo pela manhã e à tarde, pois ele os transporta de e até seus domicílios. "Acho execrável. Isso não tem cabimento aqui, na Suécia", reagiu Löfven, acrescentando que pediu ao seu ministro da Educação uma investigação sobre o que qualificou de "segregação" nesta escola.

Por enquanto, a direção do colégio não quis responder às perguntas da AFP.

Indivíduos não identificados atacaram uma mesquita em Estocolmo na manhã de sábado (26) logo após a oração, pintaram suásticas com spray nas paredes e atiraram explosivos, informou a polícia.

Todos os fiéis tinham deixado o templo no momento do ataque exceto um, que foi atingido, mas não ficou ferido, informaram os funcionários da mesquita à agência sueca de notícias TT.

A polícia informou que está investigando o incidente como ato de vandalismo e crime de ódio. Não ocorreram detenções nas horas que se seguiram ao ataque.

"Isto não é algo que se pudesse esperar [...] Custa entender o que está acontecendo na sociedade, tanto em nível internacional quanto no nosso país. Não reconheço mais a Suécia", declarou à agência TT Mustafá Tumturk, um representante da comunidade muçulmana em Estocolmo e um dos fundadores da mesquita, que data de 1985.

A Suécia tem assistido a uma enxurrada de ataques contra mesquitas e centros de refugiados nos últimos anos, ao mesmo tempo em que bateu recordes na quantidade de refugiados recebidos: 245.000 em 2014 e 2015.

Cinco pessoas foram detidas, e duas ficaram feridas na manifestação de um movimento neonazista em Estocolmo, neste sábado (12), ato que sofreu a oposição de militantes antifascistas.

Milhares de pessoas contrárias a esse protesto organizado pelo Movimento de Resistência Nórdica (NMR) se reuniram ao meio-dia de hoje no centro da capital sueca. A Polícia conseguiu instalar um cordão de isolamento em torno de centenas de manifestantes que protestavam contra o que chamam de "invasão dos estrangeiros" na Suécia.

As detenções foram de manifestantes antifascistas que se chocaram com os neonazistas e enfrentaram os policiais. Na dispersão da manifestação, houve breves confrontos que deixaram duas pessoas levemente feridas, disse o porta-voz da Polícia Lars Byström à agência de notícias TT.

Um policial foi agredido pelos manifestantes, e uma outra pessoa ficou ferida em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Segundo a revista Expo, especializada na extrema-direita, o NMR nunca havia conseguido reunir tantas pessoas - foram pelo menos 600 - desde sua criação em 1997.

Filhos de mães que produzem excesso de hormônio masculino têm o risco consideravelmente mais elevado de desenvolver transtornos autistas, segundo um estudo do Instituto Karolinska de Estocolmo, publicado na revista Molecular Psychiatry.

O estudo demonstra pela primeira vez o vínculo entre a Síndrome de Stein-Leventhal ou Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e os Transtornos do Espectro Autista (TEA).

As mulheres afetadas por esta síndrome, ou seja entre 5% e 15% das que possuem idade de ter filho, segregam uma quantidade anormalmente elevada de hormônios andrógenos, inclusive durante a gravidez.

Depois de estudar os relatórios médicos relativos a todas as crianças entre 4 e 17 anos nascidas na Suécia entre 1984 e 2007, os pesquisadores estabeleceram um vínculo estatístico entre esta patologia e a TEA.

"Descobrimos que um diagnóstico de SOP na mãe aumentava em 59% o risco de TEA na criança", explicou a psiquiatra Kyriaki Kosidou, do departamento de ciências da saúde pública do Instituto Karolinska.

"O risco é ainda mais importante entre as mães afetadas pela SOP e a obesidade, uma afecção comum se houver um excesso marcado de produção de hormônios andrógenos", acrescenta.

O estudo, em compensação, não pôde elucidar por que a TEA afeta quatro vezes mais os meninos do que as meninas.

Os pesquisadores enfatizam, além disso, que as causas subjacentes do vínculo entre a SOP e a TEA não "estão completamente claras e que são necessários estudos mais profundos, por isso é muito cedo para fazer recomendações específicas".

O autismo é um trastorno do desenvolvimento que se manifesta principalmente na dificuldade de estabelecer interações sociais e se comunicar.

Os prêmios Nobel de Literatura, Medicina, Química e Economia foram entregues nesta terça-feira (10) em Estocolmo, em cerimônia que contou com homenagem a Nelson Mandela. O evento também foi marcado por um incidente envolvendo quatro homens nus que tentaram interromper a solenidade em ato pelo dissidente chinês Liu Xiaobo.

Celebrada na Sala de Concertos de Estocolmo, no 117º aniversário de morte de Alfred Nobel, a cerimônia não contou com a presença da princesa herdeira, Victoria da Suécia, que estava na África do Sul no funeral de Mandela. O líder da luta contra o apartheid recebeu o Nobel da Paz em 1993, com o então presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk.

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Pouco antes do início do evento, quatro homens nus tentaram passar pelos cordões de segurança para protestar a favor do dissidente chinês Liu Xiaobo - premiado com o Nobel da Paz em 2010 e desde 2009 cumprindo uma pena de 11 anos de encarceração. "Quatro pessoas não conseguiram entrar na área restrita ao redor da sala de concertos", afirmou a polícia, confirmando informações fornecidas pela televisão, sem fornecer maiores detalhes.

Os premiados de 2013 receberam seus prêmios das mãos do rei Carlos Gustavo da Suécia, após o discurso do presidente da Fundação Nobel, Carl-Henrik Heldin, que destacou a importância das ciências e da pesquisa em tempos de crise. "Como consequência dos problemas econômicos que o mundo sofre atualmente, muitos países reduziram seu apoio à pesquisa (...) Isso é algo lamentável. Hoje em dia, é mais importante do que nunca continuar e aumentar o apoio à pesquisa, em particular à pesquisa de base", destacou Heldin, que também lembrou Mandela.

Vencedora do Nobel de Literatura e 13ª mulher a ser premiada, a canadense Alice Munro, de 82 anos, não estava presente na cerimônia e foi representada pela filha Jenny, que recebeu a distinção em seu nome. Três acadêmicos americanos - Robert Shiller, Eugene Fama e Lars Peter Hansen - receberam o Nobel de Economia por sua pesquisa em mercados financeiros, concretamente sobre os preços dos ativos financeiros, ajudando a explicar boa parte da crise atual.

Hansen alertou para a necessidade "de ensinar economia às crianças e jovens". O prêmio de Medicina foi entregue a outro trio de cientistas americanos, um deles de origem alemã. James Rothman, Randy Schekman e Thomas Suedhof dividiram o Nobel por seu trabalho pioneiro sobre o sistema de transporte das células no corpo, o que permitiu avançar nas pesquisas sobre a diabetes, transtornos imunológicos e outras enfermidades.

O britânico Peter Higgs e o belga François Englert foram premiados com o de Física, pela descoberta, em 2012, da partícula chamada de 'bóson' de Higgs, que explica a origem da massa das partículas elementares. O prêmio de Química foi para Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel, de origem austríaca, britânica e israelense, respectivamente, embora o trio também se considere americano. Seu trabalho premiado estuda modelos multi-escala para sistemas químicos complexos, com o qual, graças a computadores, é possível prever reações químicas.

O Prêmio Nobel consiste em uma medalha de ouro, um diploma, e uma concessão de oito milhões de coroas suecas (cerca de 890.000 euros, ou seja, pouco mais de um milhão e duzentos dólares). À noite, os premiados foram recebidos com um banquete presidido pelo rei, com a presença de cerca de 1.300 convidados. Em Oslo, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em pleno processo de desmantelamento do arsenal químico sírio, que deve começar a ser destruído antes do final de janeiro.

A "síndrome de Estocolmo", que surgiu com uma tomada de reféns na Suécia em 1973, conserva, passados quarenta anos, muito de seu mistério, embora tenha virado uma referêcia popular.

Um homem pode descrever exatamente as manifestações desse fenômeno hoje reconhecido pela psicologia: Jan-Erik Olsson, que se lembra bem da estranha guinada que seu assalto a uma agência Kreditbnaken, no centro da capital sueca, tomou no dia 23 de agosto de 1973. Armado com uma pistola automática, este então detento - ele estava em liberdade graças a uma autorização judicial - fez reféns quatro funcionários do banco. "Os reféns ficaram, mais ou menos, do meu lado, me protegendo em algumas situações para que a polícia não me matasse", contou à AFP Olsson, agora com 72 anos.

Durante cinco dias, os suecos acompanharam fascinados a transmissão ao vivo do incidente. Na ocasião, o sequestrador exigiu e conseguiu fazer com que a polícia tirasse da prisão um dos criminosos mais perigosos do país, o assaltante Clarkl Olofsson, que foi se juntar ele no banco.

O assaltante iniciante chegou a aterrorizar os reféns com sua famosa frase em inglês: "A festa está só começando!". "Era possível ver o medo em seus olhos. Queria apenas assustá-los. Nunca fui condenado por nada particularmente violento", contou à AFP.

Depois dessa angústia inicial por parte dos reféns, a experiência os fez vivenciar sensações menos conhecidas. Uma refém, Kristin Enmark, explicou isso em uma inesperada entrevista telefônica: "Não tenho o mínimo medo de Clark e do outro cara. Tenho medo da polícia. Vocês entendem? Acreditem ou não, mas passamos bons momentos aqui".

A rendição de Olsson e de Olofsson e a libertação dos reféns estava longe de ser o fim deste assalto excepcional. Os reféns, libertados, se mostravam reticentes em acusar seu sequestrador e alguns chegaram a visitá-lo na prisão.

A partir disso seria cunhado o termo e conceito "Síndrome de Estocolmo", mencionado pelo criminologista sueco Nils Bejerot durante uma entrevista na ocasião do sequestro, e desenvolvido por um psiquiatra americano, Frank Ochberg.

Convertido em uma autoridade no assunto, Ochberg recentemente testemunhou no processo de Ariel Castro, que sequestrou durante 10 anos três mulheres em sua casa de Cleveland (Estados Unidos).

Ele definiu três critérios para a síndrome: "atração, inclusive amor" do refém por seu sequestrador, reciprocidade da parte do sequestrador e finalmente desprezo de ambos pelo mundo exterior. Este laço pode levar os negociadores a favorecer o desenvolvimento da síndrome, já que reduz o risco de violência. As tomadas de reféns começam normalmente de maneira brutal, com reféns totalmente paralisados que só pensam na morte. "Muito em breve eles têm negado o direito de se falar, se mover, ir ao banheiro, comer. Depois estas possibilidades lhes são oferecidas e, quando eles as obtêm, experimentam (...) o que se sente quando somos recém-nascidos e próximos da nossa mãe", segundo Ochberg.

A existência da síndrome é amplamente reconhecida. No entanto, sua frequência continua sendo polêmica. A princípio, houve uma tendência a considerá-la algo sistemático. Mas negociadores do FBI colocaram em xeque sua prevalência, e a síndrome "voltou, creio, ao seu lugar", considera Ochberg.

Na linguagem corrente e na imprensa, o termo pode parecer já fora de moda ou utilizado de maneira inadequada. Foi mencionado quando, em 2006, Natascha Kampusch, austríaca sequestrada, estuprada e maltratada durante oito anos, fugiu da casa na qual estava detida. Chorou ao saber que seu sequestrador morreu, e teve relações muito difíceis com seus pais.

"Depois que a pessoa é libertada, pode se sentir mais próxima de seu sequestrador do que dos que eram seus amigos e sua família antes. Eu não chamaria isso de Síndrome de Estocolmo", disse Ochberg.

Em relação a Jan-Erik Olsson, recebeu na prisão a visita de dois de seus reféns. Libertado em 1980, começou a vender carros e passou 15 anos na Tailândia. Agora é incapaz de afirmar se a Síndrome de Estocolmo existe realmente. "O que é uma síndrome? Não sei nada disso".

Pelo menos nove veículos foram incendiados, ao mesmo tempo que duas escolas e uma delegacia foram cenários de distúrbios, na madrugada desta sexta-feira, na quinta noite consecutiva de incidentes na periferia pobre de Estocolmo.

Oito pessoas foram detidas nos incidentes, informou a polícia sueca à agência de notícias TT.

No bairro de Rinkeby, que registrou muitos incidentes desde o início da semana, seis veículos foram queimados.

Três carros foram queimados em Norsborg. Um princípio de incêndio na delegacia de polícia de Aelvsjoe foi rapidamente controlado.

Duas escolas, uma em Tensta e outra em Kista, perto de Husby, local de origem dos distúrbios, também registraram princípios de incêndio.

A polícia foi recebida a pedradas em Sodertaelje, zona sul de Estocolmo.

A violência provoca um debate na Suécia sobre a integração dos imigrantes, que representam quase 15% da população, se concentram nos bairros pobres das grandes cidades do país e têm um índice de desemprego maior que o do restante da população.

Em Husby, a taxa de desemprego foi de 8,8% em 2012, contra 3,6% em Estocolmo.

Os distúrbios explodiram depois que a polícia matou na semana passada um homem de 69 anos que, segundo as autoridades, teria ameaçado os agentes com um facão.

Husby, um bairro pobre com grandes prédios de residências populares em estado de degradação e índice alto de desemprego, fica relativamente próximo de uma área que concentra o setor de alta tecnologia em plena expansão.

O primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt considerou "importante recordar que queimar o carro do vizinho não constitui um exemplo de liberdade de expressão, e sim constitui vandalismo".

Em entrevista à agência TT, o chefe de Governo pediu calma, no momento em que os protestos violentos começam a afetar outros bairros pobres de Estocolmo e seus subúrbios.

Um quadro do pintor francês Henri Matisse roubado há 25 anos do Museu de Arte Moderna de Estocolmo reapareceu no Reino Unido, onde um marchand esperava vendê-lo em nome de um cliente polonês.

"Le Jardin", um óleo de 1920 avaliado em 760 mil euros foi localizado quando o marchand Charles Roberts consultou a base de dados mundial sobre arte roubada, uma prática habitual antes de se vender um quadro de procedência ignorada.

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A equipe do Art Loss Register rapidamente identificou a obra como roubada de um museu sueco em 11 de maio de 1987.

Roberts, que dirige a galeria Charles Fine Art, em Essex, na região de Londres, revelou que o cliente polonês possuía o quadro desde os anos 90, após comprá-lo de "boa fé".

"Realmente, não esperava que fosse roubado. É uma surpresa", explicou Roberts à AFP. "Teria sido um bom negócio para todos, mas não deu. Quando me informaram a situação apenas poderia devolvê-lo".

A obra foi entregue ao especialista Christopher Marinello, que devolverá o quadro ao Museu de Arte Moderna de Estocolmo.

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