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Nelson Mandela chamava a rainha Elizabeth II por seu nome, um privilégio incomum no rígido protocolo da monarquia, lembrou nesta sexta-feira (9) a fundação do herói da luta contra o apartheid, ao compartilhar varias anedotas sobre sua amizade.

Mandela, que passou 27 anos na prisão antes de se tornar o primeiro presidente da jovem democracia sul-africana, e a rainha Elizabeth II, que morreu na quinta-feira (8) aos 96 anos, mantinham uma amizade próxima, explica a Fundação Mandela em nota.

"Eles se falavam com frequência ao telefone, chamavam-se pelos respectivos nomes, em sinal de respeito e afeto mútuos", afirma o texto.

"Como ele mesmo disse, Nelson Mandela era um anglófilo e, nos anos que se seguiram à sua libertação, cultivou um vínculo estreito com a rainha", acrescentou.

O líder sul-africano, que morreu em 2013, aos 95 anos, também deu à soberana o apelido de "Motlalepula", que significa "chegada com a chuva". Em uma visita de Estado em 1995, "Elizabeth" chegou ao mesmo tempo que chuvas torrenciais "como há muito não se viam" na ex-colônia britânica, explicou Mandela dois anos depois em um banquete em homenagem ao então príncipe Charles, hoje monarca.

Durante os últimos anos de sua vida, Madiba (o nome do clã de Mandela) se divertiu perguntando ironicamente a todo britânico ou pessoa que voltava do Reino Unido: 'Você conheceu a rainha?', antes de explicar suas próprias anedotas com a soberana.

A fundação se junta às demonstrações de dor ao redor do mundo para dizer "'hamba kahle' (vá em paz) à rainha".

O leilão de uma chave da cela onde Nelson Mandela ficou preso na África do Sul antes de se tornar o primeiro presidente negro do país foi suspenso, anunciou nesta sexta-feira (7) a casa Guernsey's.

A chave da cela da prisão de Robben Island, onde Mandela passou 18 de seus 27 anos de prisão durante o regime do apartheid, deveria ser leiloada no próximo dia 28, mas a casa anunciou hoje em seu site o adiamento da venda, que incluiria outros objetos relacionados a Mandela, até segunda ordem, após um pedido da Agência do Patrimônio da África do Sul (SAHRA, na sigla em inglês) para "verificações".

O ministro de Artes e Cultura sul-africano, Nathi Mthethwa, saudou a decisão de suspender o leilão. "A chave simboliza a história dolorosa de África do Sul, mas também representa o triunfo do espírito humano sobre o mal", declarou em comunicado. "Essa chave é a prova viva da longa marcha dos sul-africanos pela liberdade, e pertence ao povo da África do Sul. Por isso, deve ser legitimamente devolvida ao país."

Além da chave, estariam à venda uma camisa emblemática de Mandela, óculos de sol e canetas cerimoniais.

Policiais civis do Rio de Janeiro estouraram, na última sexta-feira (24) , um depósito clandestino de comida com mais de 400 quilos de alimentos impróprios para consumo. O dono do estabelecimento foi preso em flagrante.

De acordo com o delegado Mauro César da Silva, foram apreendidos mais de 350 quilos de queijo de diversos tipos e marcas, que estavam fora da validade, além de mais de 50 quilos de carne e linguiça que estavam estragadas, com mau odor e cobertas de insetos.

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Segundo o próprio dono do estabelecimento, toda a mercadoria seria revendida em feiras livres nas comunidades de Acari e do Mandela, além de pequenos mercados na região.

Ainda segundo o delegado, para enganar os clientes, as embalagens dos queijos que estavam vencidos eram retiradas e trocadas por outras embalagens. Em alguns casos, as datas de validade eram suprimidas das embalagens. Já a carne e a linguiça eram embaladas em sacos plásticos, sem qualquer especificação sobre a marca, tipo, pesagem ou validade do produto.

Grande parte da mercadoria era comprada por preços bem mais baratos, um ou dois dias antes de a data de validade expirar, e armazenadas em locais completamente insalubres.

Após a realização da perícia, que constatou a insalubridade do local e as condições impróprias da mercadoria, os alimentos foram apreendidos e encaminhados à vigilância sanitária.

O dono do estabelecimento responderá pelo crime de ter em depósito para venda mercadoria em condições impróprias para o consumo, podendo ser condenado a até cinco anos de prisão.

Da assessoria da PC-RJ

Zindzi Mandela, a filha mais nova do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, foi enterrada em Joanesburgo, nesta sexta-feira (17), vítima do novo coronavírus - informou a imprensa local.

Seu filho Zondwa Mandela contou que sua mãe, de 59 anos, deu positivo para coronavírus e morreu no mesmo dia, na segunda-feira (13) passada, em um hospital de Joanesburgo.

Em uma oração fúnebre na noite de quinta-feira, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, "agradeceu à família Mandela por este gesto muito importante de compartilhar esta informação com a nação".

"Isso também os doentes [de coronavírus] a serem aceitos pela sociedade", completou.

A África do Sul é o país mais afetado pela pandemia no continente, com mais de 324.000 casos confirmados, incluindo 4.669 mortes.

O Congresso Nacional Africano (CNA), partido de Nelson Mandela, que governa a África do Sul desde 1994, caminha para uma vitória cômoda nas eleições legislativas realizadas na quarta-feira, indicam resultados preliminares de ontem. A eleição foi o primeiro grande teste do presidente Cyril Ramaphosa, que tenta dinamizar seu partido, abalado por escândalos de corrupção.

Apurados 72% das 23 mil seções eleitorais, o CNA tinha 56,9% dos votos e deve obter maioria absoluta no Parlamento. Mas, se a tendência se confirmar, o resultado significará um retrocesso para o partido, que recebeu 62,1% dos votos nas eleições de 2014. A popularidade do CNA caiu durante a presidência de Jacob Zuma (2009-2018), afetada por escândalos.

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De qualquer forma, o CNA supera com folga a centrista Aliança Democrática, principal partido de oposição, que aparece com 22,2% dos votos. Em terceiro está o partido de esquerda radical Combatentes pela Liberdade Econômica, com 10% dos votos.

Os resultados confirmam a estabilidade do panorama político, mas também refletem um crescente desinteresse dos sul-africanos pela vida política, principalmente entre os 20 milhões de jovens. O índice de participação foi de 65,5%, muito abaixo do registrado em 2014 (73,5%).

Se a vitória da CNA for confirmada, Ramaphosa, no poder desde fevereiro de 2018, deve ser reeleito pelos deputados e tomar posse em 25 de maio para um novo mandato de cinco anos. Confiante, ele afirmou, na quarta-feira, que "os resultados da eleição representam um estímulo importante para os investidores", apesar dos problemas enfrentados pelo país, como desemprego, corrupção e pobreza.

As eleições coincidem com o 25º aniversário do fim do apartheid e das primeiras eleições livres no país, vencidas por Mandela, que fundou o CNA e liderou a luta contra o regime de segregação racial. O balanço de 25 anos de governo é ruim, com um índice de desemprego de 28,6%, casos de corrupção que envolvem a cúpula do partido e uma desigualdade crescente.

Ramaphosa prometeu que a África do Sul criará quase 300 mil postos de trabalho por ano. Para isso, ele pretende recuperar a confiança dos investidores para atrair receitas para o país. (Com agências internacionais)

As cartas que Nelson Mandela escreveu nos 27 anos que passou preso viraram livro. Intitulado “Cartas da Prisão de Nelson Mandela” conta com 255 cartas do líder da luta contra o Aparheid, que completaria 100 anos em 2018.  

As mensagens foram escritas entre o final de 1962, antes de ser levado para o presídio de segurança máxima de Robben Island (Cidade do Cabo), e 11 de fevereiro de 1990, quando saiu da prisão.

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As mensagens escritas têm como destino às filhas de Mandela, Zinzi e Zenai, e também para a segunda esposa Winnie - Madikizela – Mandela, além de políticos, autoridades da prisão, advogados e amigos.

“Cartas da Prisão de Nelson Mandela” é o primeiro volume de um total de três que a editora pretende publicar.

A cúpula do PT está organizando um ato de protesto em Curitiba, no próximo dia 18, para marcar os 100 dias de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Palácio do Planalto. Após a frustrada tentativa de tirar Lula da cadeia, que escancarou a divisão no Judiciário, a ordem do comando petista é para que os manifestantes associem a data do protesto ao aniversário do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. Morto em 2013, o líder da luta antiapartheid faria 100 anos em 18 de julho de 2018.

Os 100 dias de Lula no cárcere, porém, se completam no próximo dia 15.

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O ex-presidente lidera as pesquisas de intenção de voto e já comparou sua situação à de Mandela. Em 24 de janeiro, por exemplo, horas depois do julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que ampliou sua pena para 12 anos e 1 mês de prisão, Lula fez um discurso inflamado, na Praça da República, no centro de São Paulo, dizendo que voltaria ao Palácio do Planalto.

"Prenderam o Mandela. Ele ficou preso por 27 anos, mas nem por isso a luta diminuiu. Ele voltou e foi eleito presidente", declarou Lula na ocasião. "Eu tenho que avisar a elite brasileira: esperem, porque nós vamos voltar."

O PT vai insistir no argumento de que Lula é "preso político", como foi Mandela, que após deixar a prisão governou a África do Sul de 1994 a 1999.

Dirigentes do partido preparam manifestações em todo o País. O calendário de mobilização, aprovado nesta segunda-feira, 9, pela cúpula do PT, prevê uma série de atividades até 15 de agosto, quando a sigla pretende registrar a candidatura de Lula - embora tudo indique que sua entrada no páreo será barrada pela Lei da Ficha Limpa. Para o dia da inscrição de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os petistas programaram um "grande ato", em Brasília.

Na sexta-feira, militantes do PT planejam se concentrar diante do TRF-4, em Porto Alegre, em mais uma tentativa de chamar a atenção para a prisão do ex-presidente. O ato foi batizado como "Dia Nacional de Luta por #LulaLivre" e deverá ocorrer também em outras capitais.

A estratégia do PT consiste em acumular força para chegar à eleição com a narrativa da perseguição contra Lula. A avaliação do partido é a de que, se ele não puder ser candidato, terá grande poder de transferência de votos como cabo eleitoral. Embora o discurso oficial do PT seja que não existe "plano B" para substituir Lula, o mais cotado para ser o seu herdeiro na chapa é o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Durante uma entrevista a uma rádio, nesta quarta-feira (17), o senador Magno Malta (PR) falou sobre o julgamento que acontece no próximo dia 24 e que tem como alvo Lula. O parlamentar não poupou críticas ao ex-presidente. “A pena dele [Lula] merece ser dobrada”, disparou. Em primeira instância, o juiz Sérgio Moro condenou o petista a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão relativo ao caso do triplex.

“O Brasil sabe quem roubou, quem cometeu indignidade. Agora o troço está invertido. Agora é o juiz que tem que ter medo do ladrão. Juízes do TRF-4, não tenham medo. Se Lula não fez nada, se Lula não roubou, se não existe prova, inocente ele, mas eu duvido que o doutor Moro iria sentenciar o Lula sem prova sendo uma investigação séria do Ministério Público e da Polícia Federal”, declarou. 

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Magno Malta chegou a afirmar que Lula “assaltou” o Brasil. “Vocês roubaram o Brasil. Lula assaltou o Brasil e é preciso ser julgado como qualquer cidadão. A penitenciária está cheia de gente que caiu com 300 gramas de maconha, com dois papelotes de cocaína. Tem mãe de família que serviu de mula para ganhar um mirreca e está presa amamentando filho na cadeia. A mulher de Sérgio Cabral está solta, que roubou bilhões do Rio de Janeiro. Está tudo invertido. Só falta chover para cima. Onde é que nós vamos parar?”, indagou. 

“Agora está o PT fazendo alarde, gritando. Vi um vídeo de um cidadão dizendo que iria bater na cara da presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, que vai dar um soco na cara da presidente. A que ponto nós chegamos? Quer dizer, um país assaltado, cheio de corruptos, uma corrupção desgraçada que eles fizeram e agora todo mundo vai ter medo porque eles vão mandar matar. Eles vão matar no meio da rua? Vão para lá com foice, com facão e com revólver? Vocês vão matar quem cambada de cara de pau. Vocês precisam lavar essa cara suja de vocês”, disparou o senador. 

O senador também falou que Lula nunca será Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul. “Nelson se fez pela luta e pela honradez, esse não tem honradez, é indigno, é mentiroso e assaltou o Brasil. Infelizmente, tem gente que ainda defende esse canalha”. 

Vandalismo e ameaças 

Ele ainda expôs, durante a entrevista, que estava “indignado” com a declaração da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, que polemizou ao falar que “para prender o Lula, vai ter que matar gente”.  “Ei, polícia, Ministério Público e Justiça, eles estão ameaçando. Qualquer pessoa que faz ameaça é chamada para depor, é preciso convocar. Vocês estão ameaçando quem? A população do Rio Grande do Sul? Os ambulantes que estarão lá? Quem vocês estão ameaçando? A polícia? Vai matar a polícia? Vai botar fogo em carro? Isso vai, vai botar fogo em ônibus, isso vai, vai botar fogo em patrimônio público, isso vai porque o vandalismo estará lá”, disse se referindo ao dia do julgamento. 

Magno Malta ainda falou que o Brasil está “orando” pelos juízes e que todos desejam um país longe “dos esquerdopatas que destroem valores de família, que não ama a família, que querem erotizar os nossos filhos e que querem legalizar as drogas e o aborto”. “Mas eles não vão voltar ao poder mais não. E se roubou, ele não está acima da lei ele não é inimputável. Ladrão é ladrão e vai ter que pagar”. 

 

 

 

 

 

 

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Nesta sexta-feira (18), o Google celebra o 96º aniversário do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. O revolucionário é sinônimo de justiça, sabedoria e resistência, ficando conhecido como o “Pai da Nação” em seu país. Além disso, neste dia 18 de julho também celebra-se o Dia Internacional Nelson Mandela, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). A gigante de buscas comemora o nascimento de Mandela com um Doodle interativo, que conta com diversas ilustrações e com as citações mais conhecidas do mártir da justiça africana.

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O Doodle mostra a aldeia onde Mandela cresceu, e segue sua jornada através de seu encarceramento até sua eleição como o primeiro presidente negro da África do Sul, em 1994. A primeira ilustração acompanha a frase de Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da pele, origem ou religião dela”. A citação continua em outro desenho.

“As pessoas certamente aprendem a odiar. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar já que o amor surge de forma mais natural no coração das pessoas que seu oposto”

Outra de suas frases famosas que aparece no Doodle é: “O que realmente conta na vida não é apenas o fato de termos vivido; é a diferença que fizemos nas vidas dos outros que determina importância da nossa própria vida”.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse nesta segunda-feira estar confiante na vitória do seu partido, Congresso Nacional Africano (CNA, na sigla em inglês), nas eleições gerais desta quarta-feira, as primeiras após a morte de Nelson Mandela. Zuma afirmou que, se for reeleito, vai acelerar a prestação de serviços básicos após os protestos das comunidades pobres do país, que se queixam de serem negligenciadas pelo governo.

Cerca de 2 mil militares irão ajudar a polícia a garantir a segurança durante as eleições de 7 de maio. Funcionários públicos já estão ajudando alguns sul-africanos, incluindo os doentes e os idosos, a votar antecipadamente.

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Zuma disse ainda que foi injustamente rotulado como corrupto por causa de um escândalo envolvendo gastos de mais de US$ 20 milhões de recursos do Estado em sua casa privada. A agência sul-africana de monitoramento de despesas públicas divulgou um relatório concluindo que Zuma se beneficiou de forma inapropriada de recursos estatais e deve devolver parte do dinheiro gasto em supostas melhorias de segurança na sua residência rural de Nkandla.

O relatório, insistiu Zuma aos jornalistas, em Johanesburgo, não concluiu que ele abusou de fundos do governo, apesar da crescente insatisfação pública com uma série de escândalos ligados ao presidente. Esse sentimento ficou mais evidente quando Zuma foi vaiado por alguns na multidão no velório de Nelson Mandela no estádio Soccer City em dezembro. "Eu não acho que é um tratamento justo para um cidadão", disse o presidente sul-africano, segundo a agência South African Press Associated, a respeito das críticas à sua conduta.

Embora o desconforto com Zuma tenha crescido, isso não deve reduzir o apoio ao CNA, que liderou o movimento contra o Apartheid e tem dominado a política desde Mandela tornou-se presidente em 1994. O partido tem cumprido a promessa de promover liberdades democráticas e fornecer moradia, água e eletricidade para milhões de pessoas, mas o país luta contra alto desemprego e um abismo entre pobres e ricos.

Protestos em comunidades pobres irrompem periodicamente. Na segunda-feira, pelo menos 5 mil pessoas se manifestaram por melhores serviços públicos na área de Nsuze, na província de KwaZulu-Natal, bloqueando uma estrada com pneus e pedras, segundo a polícia. Não houve registro de feridos, também de acordo com a South African Press Associated. Fonte: Associated Press.

A viúva de Nelson Mandela, Graça Machel, renunciou oficialmente a metade da herança do ícone da luta antiapartheid, estimada em 46 milhões de rands (3,1 bilhão de euros), indicou nesta terça-feira (25) um de seus executores testamentários.

O prêmio Nobel da Paz 1993, falecido no dia 5 de dezembro aos 95 anos, deixou vários bens à viúva do ex-presidente de Moçambique Samora Machel, com quem se casou pela terceira vez no dia de seus 80 anos, com a condição de que renunciasse à metade da herança que lhe corresponderia.

"Machel aceitou formalmente e por escrito os bens legados pelo último testamento do antigo presidente", indicou à agência Sapa o juiz constitucional Dikgang Moseneke. Graça Machel, de 68 anos, receberá, entre outros, quatro propriedades em Moçambique, carros, obras de arte e joias, adquiridas pelo casal desde seu casamento.

Nelson Mandela deixou dinheiro aos seus filhos e netos - mas não para sua ex-mulher Winnie - aos filhos e netos de Graça, aos seus antigos colaboradores, a diferentes instituições de ensino e ao Congresso Nacional Africano (ANC), o partido do qual foi o mais famoso militante.

Nelson Mandela passou 27 anos nas prisões do regime racista do apartheid, contra o qual lutou. Após sua libertação, conseguiu acalmar as tensões entre negros e brancos na África do Sul e se converteu no artífice da reconciliação no país - do qual foi o primeiro presidente negro, entre 1994 e 1999 - e no mundo inteiro.

A CBF está preparando várias homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela na partida desta quarta-feira da seleção brasileira contra a equipe da casa, a ser disputada no Estádio Soccer City, em Johannesburgo. Uma placa destacando a importância mundial de Mandela será entregue ao presidente do país, Jacob Zuma, e os jogadores também poderão entrar em campo com uma faixa homenageando o líder morto em 5 de dezembro, aos 95 anos.

O amistoso, aliás, faz parte das comemorações pelos 20 anos do fim do apartheid, o regime de segregação racial que, entre outras consequências, manteve Mandela na prisão por 27 anos. Ele será lembrado em imagens nos telões do Soccer City e a África do Sul, agora patrocinados pela Nike, a mesma fornecedora de material esportivo da seleção brasileira, usarão camisa especial homenageando o grande líder do país.

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Quando o jogo foi marcado, no final do ano passado, o presidente da CBF, José Maria Marin, disse que seria uma belíssima homenagem a Mandela. Mas ele desistiu da viagem a Johannesburgo e não estará presente.

O presidente da Federação Sul-Africana de Futebol, Danny Jordaan, disse que o amistoso também servirá como uma espécie de "entrega das chaves" do país que organizou a última Copa ao que realizará a próxima. Os mascote das duas competições, Zakumi (2010) e Fuleco (2014) se apresentarão no gramado e irão interagir antes do início da partida.

O espólio de Nelson Mandela chega a cerca de US$ 4,1 milhões, excluindo royalties e outros valores, e dentre os beneficiários de seu testamento estão familiares, funcionários, escolas onde ele estudou e o Congresso Nacional Africano, o movimento que lutou contra o governo dos brancos na África do Sul e que agora governa o país, informaram os executores de seu testamento nesta segunda-feira.

A terceira mulher de Mandela, Graça Machel, é a principal beneficiária do testamento porque o casamento dos dois foi em regime de comunhão de bens e, portanto, ela tem o direito à metade do espólio, contanto que se pronuncie em 90 dias, informou o executor Dikgang Moseneke, que também é vice-presidente do Tribunal Constitucional. O primeiro marido de Graça Machel, o presidente de Moçambique Samora Machel, morreu num acidente de avião em 1986.

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A ex-mulher de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, não é mencionada no testamento.

Moseneke disse não ter ciência de qualquer objeção às disposições do testamento. Mandela, que foi prisioneiro durante o governo de supremacia branca na África do Sul e o primeiro presidente negro do país, morreu em 5 de dezembro, aos 95 anos. O executor destacou que um "inventário provisório" indica que os recursos de Mandela somam 46 milhões de rands, ou US$ 4,1 milhões, mas lembrou que a quantia pode mudar, na medida em que o testamento for estudado com mais cuidado.

O documento foi escrito em 2004 e as disposições foram atualizadas em 2005 e 2008. Os dois outros executores são George Bizos, um advogado de direitos humanos que foi amigo de Mandela durante muitos anos, e Themba Sangoni, juiz da província de Cabo Ocidental, local de nascimento de Mandela.

Mais cedo, Moseneke disse que o testamento fora lido em sua totalidade aos membros da família de Mandela. "Foi tudo bem", disse ele. "Houve alguns pedidos de esclarecimentos."

No ano passado, enquanto a saúde de Mandela piorava, sua família se envolveu numa série de disputas por causa de seus bens. Alguns familiares tentaram destituir Bizos e outros diretores de duas empresas cujos rendimentos deveriam beneficiar a família de Mandela.

Em outro caso, Mandla Mandela, neto do líder contra o apartheid, se desentendeu com os familiares porque havia autorizado a tranferência dos restos mortais de três filhos de Mandela para outro túmulo. Uma ordem judicial o obrigou a levar os restos morais de volta a Qunu, onde Mandela cresceu e foi enterrado, no dia 15 de dezembro. Fonte: Associated Press.

O programa “A semana em 10 minutos” desta última semana de 2013 está especial: representantes de todas as editorias do LeiaJá trataram sobre os assuntos que foram mais repercutidos durante o ano que se encerra.

Os protestos que pararam o País no mês de junho. O incêndio da boate Kiss, no Rio Grande do Sul e as prisões do caso do mensalão foram alguns dos destaques do podcast. Os jornalistas  também lembraram das pessoas que faleceram em 2013. As mortes de Nelson Mandela, Dominguinhos, Reginaldo Rossi e dos integrantes da banda Charlie Brown Jr (Chorão e Champignon) foram lembrados.

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No esporte, os acessos dos times do Sport e do Santa Cruz e a queda do Náutico para a segunda divisão do Brasileiro foram destacados. Ouça o podcast:

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A África do Sul inaugurou nesta segunda-feira em Pretória uma estátua gigante de Nelson Mandela. A inauguração foi acompanhada de festa e cantoria apenas dez dias depois do falecimento, aos 95 anos de idade, do líder da luta contra o apartheid. Uma banda militar tocava enquanto caças da Força Aérea sul-africana sobrevoavam o local.

A inauguração ocorre no Dia da Reconciliação, feriado nacional na África do Sul e um dia depois do sepultamento de Mandela em Qunu, onde nasceu. O monumento de nove metros de altura situa-se no Union Buildings, onde Mandela fez seu discurso de posse depois de ter sido eleito presidente em 1994.

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Na estátua de bronze, Mandela é retratado com os braços abertos. "É como se ele estivesse abraçando toda a nação", declarou o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, na inauguração. Fonte: Associated Press.

O falso intérprete que na semana passada ficou próximo de líderes mundiais como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, na missa campal em homenagem a Nelson Mandela é suspeito de ter feito parte de uma turba que dez anos atrás linchou e queimou vivos dois homens por causa do roubo de um televisor.

Um primo e três amigos do falso intérprete, identificado na semana passada como Thamsanqa Jantjie, asseguraram à Associated Press que ele participou do episódio no qual, depois de linchados, os dois homens foram presos em pneus e queimados vivos.

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De acordo com o familiar e os amigos, Jantjie foi identificado como um dos suspeitos de participação no crime, mas não foi julgado porque a justiça sul-africana o considerou "mentalmente incapaz" de responder pelo ato. Ele teria passado pouco mais de um ano em uma instituição psiquiátrica.

As fontes pediram à AP para que não fossem identificadas. Fonte: Associated Press.

O arcebispo aposentado da Igreja Anglicana, Desmond Tutu, mudou os planos e irá participar do funeral de Nelson Mandela, afirmou um porta-voz de Tutu, Roger Friedman.

Friedman disse que Tutu irá viajar no domingo pela manhã para Qunu. Ele não declarou, no entanto, o que fez o Prêmio Nobel da Paz mudar de ideia.

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Mais cedo, Desmond Tutu disse que não iria ao funeral, porque não havia sido convidado. "Por mais que eu teria gostado de ir à cerimônia para dizer um adeus final a alguém que eu amava e tinha em grande conta, teria sido desrespeitoso com Tata (Mandela) ir sem ser convidado ao que foi anunciado como um funeral familiar privado", disse Tutu, em comunicado divulgado neste sábado. O governo da África do Sul afirma que o arcebispo foi convidado. Fonte: Associated Press.

O caixão carregando os restos mortais de Nelson Mandela chegou ao vilarejo de Qunu, onde nasceu o líder sul-africano, neste sábado (14), um dia antes do enterro, que ocorrerá no local. O carro fúnebre carregando o caixão de Mandela, coberto com a bandeira nacional, chegou à propriedade da família de Mandela sob céu nublado às 16 horas (horário local). Ele foi escoltado por um enorme comboio de veículos policiais, militares, entre outros, muitos piscando luzes de emergência. Um helicóptero militar sobrevoou a casa.

Na jornada final até a aldeia natal, a trajetória de Madiba havia recebido tributo em uma cerimônia realizada na manhã de sábado na base aérea de Waterkloof, em Pretória, antes de os restos mortais dele serem transportados a bordo de um avião militar. No aeroporto de Mthatha, o caixão de Mandela foi recebido por uma guarda militar e colocado em um comboio para a viagem de 32 quilômetros em direção a Qunu. Moradores e pessoas que tinham viajado por horas lotaram a estrada para Qunu, cantando e dançando.

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A viúva de Mandela, Graça Machel, e a ex-mulher, Winnie Madikizela-Mandela, se abraçaram aos prantos no aeroporto de Mthatha quando o caixão chegou. Mandela ficou preso por 27 anos por se opor ao apartheid racista no país e saiu da prisão em 1990 para forjar uma nova África do Sul. Tornou-se presidente em 1994, depois das primeiras eleições democráticas multirraciais no país.

Soldados em equipamento completo, homens e mulheres, estavam parados de pé de cada lado da estrada nas proximidades do aeroporto de Mthatha. Alguns civis também estavam na rota, se protegendo do sol com guarda-chuvas.

Houve uma surpresa entre os planos para o funeral, quando o arcebispo aposentado aposentado Desmond Tutu disse que não participaria da cerimônia porque não tinha recebido um convite. Autoridades do governo, por outro lado, insistem que ele está na lista de convidados. "Por mais que eu teria gostado de ir à cerimônia para dizer um adeus final a alguém que eu amava e tinha em grande conta, teria sido desrespeitoso com Tata (Mandela) ir sem ser convidado ao que foi anunciado como um funeral familiar privado", disse Tutu, em comunicado divulgado neste sábado. "Se eu ou meu gabinete tivéssemos sido informados de que eu seria bem-vindo, não há nada na Terra que me faria faltar."

Em Qunu, moradores expressaram profunda afeição. "Viva a espírito de Nelson Mandela", cantou uma multidão em uma estrada perto da propriedade da família. Khanyisa Qatolo, 28 anos, nasceu em Qunu e relatou ter participado das festas promovidas por Mandela na casa da família quando era criança, na década de 1990. "Eu me lembro de seu sorriso", disse ela. "Sinto falta de seu sorriso."

Milly Viljoen, 43 anos, dirigiu 12 horas durante a noite com um amigo para ficar à beira da estrada com vista para o complexo dos Mandela em Qunu. "É dignificante vê-lo no seu lugar de descanso final", afirmou. Milly, que era ativista estudantil durante o apartheid, viu Mandela pela primeira vez quando ele apareceu diante de uma multidão na Cidade do Cabo depois de ser libertado em 1990. Ela o conheceu mais tarde, quando ele visitou a escola municipal onde ela dava aulas. "Você não podia evitar amar este homem e se emocionar com todas as suas palavras", afirmou. Fonte: Associated Press.

Os restos mortais de Nelson Mandela foram transferidos para uma base área após cerimônia de despedida promovida pelo partido Congresso Nacional Africano no início deste sábado (14), antes de serem transportados para o vilarejo onde Madiba nasceu para o enterro no domingo (15).

Os militares entregaram o caixão de Mandela ao CNA, partido formado a partir do movimento de libertação que Mandela liderou, em uma cerimônia solene na base aérea de Waterkloof, em Pretória, que foi transmitida ao vivo por redes de televisão sul-africanas. A atividade incluiu uma celebração com ritos de várias religiões e um tributo musical a Mandela.

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Enquanto isso, no aeroporto próximo ao vilarejo de Qunu, onde Mandela nasceu, no leste da África do Sul, havia um burburinho de atividade, com veículos militares circundando o local em meio à expectativa sobre a chegada do corpo.

O funeral começará às 6h de domingo (horário local) e o enterro ocorrerá às 8h, informou o governo sul-africano neste sábado. Em Waterkloof, o presidente sul-africano Jacob Zuma elogiou Mandela em um relato detalhado da luta contra o domínio racista branco. Ele disse que Mandela tinha a rara capacidade de colocar a teoria em prática. Também descreveu a chegada de Mandela a Johannesburgo vindo do interior do país quando jovem, trazendo disciplina e visão para o movimento antiapartheid.

Zuma liderou o grupo em uma música após o discurso. A cerimônia de despedida contou com a presença do ex-presidente Thabo Mbeki, da viúva, Graça Machel, e da ex-esposa Winnie Madikizela-Mandela, como bem como do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta. Outros membros da família de Mandela também compareceram. O poema favorito de Mandela, "Invictus", foi impresso na parte de trás do programa da cerimônia.

Os restos mortais do líder sul-africano foram devolvidos para controle militar ainda no sábado pela manhã. O corpo será levado para o Cabo Oriental em preparação para o funeral de Mandela no dia seguinte. O caixão de Mandela deve chegar em Mthatha, no Cabo Oriental, na tarde de sábado e ser recebido com uma cerimônia militar completa.

Rituais também serão realizados durante a passagem de uma carreata que levará o caixão de Mthatha até o vilarejo de Qunu, onde Mandela será enterrado. O público foi convidado a ver o cortejo a caminho de Qunu. O corpo será levado para a fazenda da família Mandela, onde ocorrerão outros rituais.

Uma vigília noturna do CNA está prevista na Walter Sisulu University, em Mthatha, no sábado, com líderes partidários e representantes do governo honrando Mandela na véspera de seu sepultamento.

O governo sul-africano disse que iria restringir a entrada no funeral na casa de Mandela em Qunu aos 4.500 convidados, incluindo o presidente Jacob Zuma e dignitários estrangeiros, como vários presidentes africanos e o príncipe Charles. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Mais de cem mil pessoas fizeram fila, nesta sexta-feira (13), para ver o corpo de Nelson Mandela no terceiro e último dia do velório do histórico líder da luta contra o apartheid na capital Pretória.

Segundo o governo, cerca de 50 mil pessoas já estavam enfileiradas às 7h30 (horário local, 3h30 em Brasília) e o número cresceu durante o dia. Um jornalista da Associated Press disse nesta sexta-feira que as filas ao redor dos Union Buildings, sede do gabinete e residência oficial da presidência sul-africana, eram de vários quilômetros.

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Como mais pessoas continuavam chegando, o governo advertiu que não podia garantir que todas conseguiriam entrar no velório. No fim do dia, autoridades estimavam que metade das cerca de 100 mil pessoas que fizeram fila no último dia de velório conseguiram passar pelo corpo de Mandela.

Frustrados, muitos dos presentes choravam por não terem conseguido se despedir de Mandela como pretendiam. Outros se despediram com danças e músicas. Encerrado o velório, o corpo do ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz foi levado para um hospital militar de Pretória.

"Foi lindo", disse Keneilwe Mohapi, de 27 anos, quando o cortejo levando o corpo de Mandela passou por ela e pela mãe. "Não podíamos pedir um desfecho mais adequado. É uma honra poder dizer adeus a ele", afirmou.

Amanhã, o corpo de Mandela será levado de avião para a vila rural de Qunu, no sudeste do país, onde será sepultado no domingo. A família do principal líder contra o apartheid pediu que rituais tradicionais Xhosa sejam realizados durante o funeral no final de semana. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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