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Quase 10 anos após o desaparecimento misterioso do voo MH370 da companhia Malaysia Airlines, um tribunal de Pequim iniciou nesta segunda-feira (27) um processo para determinar uma eventual indenização às famílias das vítimas de nacionalidade chinesa.

O avião desapareceu em 8 de março de 2014 depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim.

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Alguns destroços que pareciam ser da aeronave foram encontrados no Oceano Índico, mas nenhum vestígio dos 239 passageiros, a maioria chineses.

A busca marítima, a maior da história, foi interrompida quase três anos após a tragédia, em janeiro de 2017.

As causas do desaparecimento, o maior mistério da aviação civil moderna, provocam várias especulações.

Na manhã desta segunda-feira, as famílias das vítimas e muitos jornalistas estavam na entrada do tribunal do distrito de Chaoyang, em Pequim.

Jiang Hui, que perdeu a mãe na tragédia do MH370, declarou à AFP que o início do processo é "reconfortante e um ponto de virada".

"Dez anos foram realmente insuportáveis para nós, os parentes", acrescentou Jiang, que citou a "deterioração das condições de vida" de algumas pessoas, que foram privadas do apoio econômico das vítimas.

"Eu espero que a ajuda jurídica possa acontecer o rápido possível", afirmou Jiang, que usava um chapéu branco com as palavras "Rezem pelo MH370".

Ele disse que processo deve prosseguir até meados de dezembro.

- "Nunca recebemos informações" -

Segundo o canal estatal CCTV, mais de 40 famílias de desaparecidos apresentaram denúncias contra a Malaysia Airlines, a fabricante do avião Boeing, a fabricante dos motores Rolls-Royce e contra a seguradora Allianz.

As denúncias exigem indenizações e a busca de explicações para o caso, afirmou Zhang Qihuai, advogado citado pela CCTV.

Cada família pede entre 10 e 80 milhões de yuanes (1,4 a 11,2 milhões de dólares, 6,8 a 54,7 milhões de reais), além de uma indenização por danos morais de entre 30 e 40 milhões de yuanes (4,2 a 5,6 milhões de dólares, 20,5 a 27,3 milhões de reais), informou a emissora estatal.

As famílias de mais de 110 passageiros alcançaram acordos com a defesa e receberam entre 2,5 e 3 milhões de yuanes (350.000 a 420.000 dólares, 1,7 milhão a 2,05 milhões de reais), segundo a mesma fonte.

Outro parente de uma vítima, que se identificou apenas como Fu - sem revelar o nome - disse que está "emocionado" com o fato de o tribunal analisar o caso, "depois de tantos anos".

"O mais importante para as famílias agora não é o resultado do processo de indenização", disse Fu - o irmão dele viajava no avião.

"Esperamos a retomada das buscas e do resgate, porque nunca recebemos informações precisas a respeito", acrescentou.

Em 2018, uma empresa privada americana retomou as buscas para encontrar o MH370 em uma nova região de 25.000 quilômetros quadrados, mas sem sucesso.

Com o passar dos anos surgiram várias teorias para tentar explicar o desaparecimento do avião, considerado algo "quase inconcebível" pelos investigadores australianos que coordenaram as primeiras buscas.

Entre as teorias estão o suicídio do piloto, um acidente no mar ou um disparo de míssil.

Algumas famílias das vítimas acusaram a companhia aérea e o governo malaio de ocultar informações sobre a tragédia, mas a empresa o Executivo da Malásia negam.

O diretor-geral da Aviação Civil da Malásia entregou o cargo nesta terça-feira (31), um dia depois da publicação de um relatório sobre o desaparecimento do avião da Malaysian Airlines que fazia o voo MH370 em 2014, com 239 pessoas a bordo.

O informe apresentado às famílias das vítimas nesta segunda-feira (30), no Ministério dos Transportes, concluiu que os investigadores foram "incapazes de determinar a verdadeira causa do desaparecimento do MH370".

O documento de 400 páginas aponta ainda as inúmeras falhas dos controladores aéreos na Malásia e no Vietnã, em particular na ativação do protocolo de "fases de emergência", depois do desaparecimento dos radares do Boeing 777 que havia decolado em 8 de março de 2014 de Kuala Lumpur rumo a Pequim.

O relatório afirma que o controle aéreo não respeitou os procedimentos operacionais habituais, declarou o diretor-geral da Aviação Civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman.

"Em consequência, é com pesar e depois de refletir que decido me demitir", acrescentou.

Não se encontrou nenhum rastro do avião nos 120.000 quilômetros quadrados varridos no oceano Índico. A investigação liderada pela Austrália, o maior mistério de toda história da aviação, foi suspensa em janeiro do ano passado.

Foram encontrados apenas três fragmentos confirmados do MH370, todos eles na costa do oceano Índico ocidental, e houve grande quantidade de teorias sobre o sumiço do avião: de um acidente a sequestro, passando por um ataque terrorista.

Dois fragmentos encontrados na África do Sul e nas Ilhas Maurício pertencem "quase certamente" ao voo MH370 da Malaysia Airlines, disse nesta quinta-feira (12) o Bureau Australiano de Segurança no Transporte (ATSB).

Os destroços foram analisados pelo laboratório da entidade pública, como parte das investigações para determinar o que ocorreu com o avião que desapareceu quando seguia de Kuala Lumpur para Pequim no dia 8 de março de 2014.

No ano passado, um primeiro fragmento surgiu na Ilha da Reunião, no Oceano Índico, próximo às Ilhas Maurício.

A partir de então, foram analisados dois fragmentos encontrados em Moçambique, em dezembro de 2015 e fevereiro passado. Em março, a ATSB avaliou que os dois pertencem "quase seguramente" ao Boeing 777 que desapareceu com 239 passageiros a bordo.

Uma das partes encontradas na África do Sul, na baía de Mossel, foi identificada graças à marca da Rolls-Royce impressa.

A ATSB afirmou que este tipo de marca é a mesma utilizada nos aviões da Malaysian Airlines.

O outro fragmento, que apareceu na Ilha Rodrigues, no arquipélago de Maurício, é uma lâmina de uma mesa da cabine só utilizada nos Boeings 777 da Malaysia Airlines.

Os fragmentos de asa de avião encontrados na ilha francesa de Reunião em julho procedem "com certeza" do voo MH370 da Malaysia Airlines desaparecido em março de 2014 quando viajava de Kuala Lumpur a Pequim, anunciou a justiça francesa nesta quinta-feira (3).

As perícias permitem "afirmar com certeza" que o fragmento de asa "encontrado em Reunião em 29 de julho de 2015 corresponde ao do voo MH370", afirma um comunicado da procuradoria de Paris. As autoridades malaias haviam afirmado no início de agosto que a peça era procedente do avião desaparecido.

A justiça francesa demonstrou prudência e citou apenas "suspeitas muito fortes". As análises realizadas posteriormente em laboratórios do ministério da Defesa francês revelaram "três números dentro do leme.

Dados técnicos e declarações de um funcionário da empresa permitem "associar formalmente um dos três números com o número de série do leme do MH370", anunciou a procuradoria. O Boeing 777 da Malaysia Airlines desparecido em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo continua sendo um dos grandes mistérios da história da aviação.

A operação de busca foi considerada a mais importante do setor.

Os destroços encontrados em uma ilha do Oceano Índico pertencem ao voo MH370, declarou nesta quinta-feira (horário local) o primeiro-ministro malaio, confirmando, pela primeira vez, que o avião que desapareceu misteriosamente há 17 meses caiu.

"Hoje, 515 dias após o desaparecimento do avião, é com o coração pesado que preciso dizer que uma equipe internacional de especialistas confirmou conclusivamente que os destroços da aeronave encontrados na Ilha Reunião pertencem de fato ao MH370", declarou o primeiro-ministro Najib Razak à imprensa.

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A confirmação de que o voo MH370, da Malaysia Airlines, teria caído no Oceano Índico ainda não convenceu a maioria dos familiares dos tripulantes da aeronave. Uma prova disso é que, nesta terça-feira (25), um grupo de parentes e amigos de passageiros chineses protestaram em frente à embaixada da Malásia em Pequim, capital da China. Os manifestantes questionam sobre a veracidade da versão apresentada desde ontem (24) pelo governo malaio.

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"Não há evidências. Se algo for encontrado nós aceitaremos, mas não existe nada", comentou Steve Wang, parente de uma das vítimas.

A versão da queda do avião no Oceano Índico foi confirmada nesta segunda-feira (24) pelo primeiro-ministro da Málasia, Najib Razak. A constatação foi alcançada, principalmente, por meio de informações captadas por satélites da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido (AAIB) e da companhia Inmarsat.

Pela localização em que a aeronave teria caído, ficou descartada qualquer chance de existir sobreviventes. Desde ontem, o governo chinês também pede explicações sobre a queda do avião. A Malaysia Airlines afirmou que está trabalhando para tentar atender a todas da melhor maneira. De acordo com a empresa, uma ajuda financeira de US$ 5 mil foi fornecedia aos familiares mais próximos das vítimas. Devido ao mal tempo, as buscas pelos destroços foram interrompidas, mas devem ser retomadas nesta quarta-feira (26).

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