Tópicos | votação do relatório

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades em empréstimos do BNDES foi prorrogada até o próximo dia 25. Os trabalhos do colegiado estavam previstos para ser encerrados nessta quinta-feira (18). O anúncio foi feito pelo presidente da comissão, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), que disse ter obtido o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Rotta disse que o prazo era curto para a apreciação e votação do relatório final da comissão, apresentado há pouco pelo deputado José Rocha (PR-BA). O relatório tem 247 páginas, não pede indiciamentos e faz sugestões de mudanças legais e na gestão do BNDES com o objetivo de dar mais transparência e permitir mais fiscalização nas operações de crédito do banco.

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“Além do relatório ser extenso e muito técnico, na próxima quinta teremos sessão do Congresso Nacional, o que poderia impedir a votação”, explicou o presidente.

O relatório final da CPI teve a apreciação inciada nesta terça-feira (16). O texto não prevê indiciamentos, mas recomenda mudanças na gestão do BNDES e remete para o Ministério Público e Tribunal de Contas da União (TCU) documentos obtidos durante as investigações - inquéritos e auditorias do próprio TCU relativas a operações de crédito que beneficiaram o grupo JBS/Friboi, a construtora Odebrecht, as empresas de Eike Batista, assim como o financiamento do metrô de Caracas (Venezuela) e o porto de Muriel (Cuba).

*Com a Agência Câmara

 

Um pedido de vista coletivo adiou, na tarde desta terça-feira (24), a discussão e votação do relatório preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) que recomenda o prosseguimento da representação do PSOL e da Rede no Conselho de Ética contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Após a concessão de vista, deputados discordaram sobre o melhor momento de pronunciamento da defesa. O advogado de Cunha, Marcelo Nobre, pediu para fazer a sua apresentação na próxima terça-feira (1). Pinato chegou a apresentar uma complementação de voto na qual argumenta que não é prevista manifestação da defesa nesta fase do processo.

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Pouco antes do pedido de vista, Pinato concluiu a leitura do paracer e  justificou que o processo contra Cunha é apto e de justa causa. “Nesta fase do procedimento, que trata de juízo da admissibilidade da representação, verifica-se apenas a existência da materialidade e de indícios mínimos de autoria para prosseguimento do fato. Sendo assim, conclui-se que, para o prosseguimento do processo disciplinar, é necessário apenas estar convencido de que há elementos mínimos que indicam a existência de fato contrário ao decoro parlamentar”, afirmou Pinato.

De acordo com o relator, o arquivamento inicial da representação seria extremamente temerário e passaria a impressão à sociedade brasileira de que o Parlamento não atua com cuidado, cautela e espírito público de transparência. Pinato afirmou ainda que, “em tese, os fatos imputados constituem falta de decoro parlamentar”. Segundo ele, há pronunciamento oficial por parte da Procuradoria-Geral da República afirmando peremptoriamente que o representado é, de fato, possuidor de contas na Suíça. “Restaria configurada a quebra de decoro parlamentar, além de possível crime eleitoral, uma vez que da declaração prestada [por Cunha], quando do pedido de candidatura, consta somente uma conta corrente”, explicou Pinato.

*Com informações da Agência Câmara

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