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O ditador Robert Mugabe, conhecido por ser o líder de Estado mais longevo do mundo, está "de saída" da presidência, afirmou neste domingo (19) Obert Mpofu, uma das lideranças do partido Comitê Central, que governa o Zimbábue.

Mpofu organiza neste domingo uma reunião do partido que deve anunciar a saída de Mugabe da liderança do país. O ditador de 93 anos está em prisão domiciliar desde terça-feira (14), por determinação das Forças Armadas, após uma série de protestos em massa. Os zimbabuenses estão descontentes com a situação da economia.

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A reunião deve também reconduzir o vice-presidente Emmerson Mnangagwa ao cargo. Mnangagwa foi exonerado por Mugabe cerca de duas semanas atrás. É esperado que ele forme um novo governo. Fonte: Associated Press.

Multidões eufóricas se reúnem na capital do Zimbábue para pedir a saída do presidente Robert Mugabe após quase quatro décadas de poder.

Em uma reunião cheia de cor e que há poucos dias teria gerado uma reação policial imediata, a população parecia tonta de alegria e corria para os cruzamentos, muitos levantando os braços em sinal de triunfo. Jovens gritavam, riam e se abraçavam.

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Alguns carregavam cartazes com a imagem do comandante militar que colocou soldados nas ruas esta semana e levou Mugabe para prisão domiciliar. Em marcha, manifestantes entregaram bandeiras a soldados, que aceitaram e acenaram.

"É como se fosse Natal", disse Fred Mubay, um manifestante que acredita que o povo do Zimbábue vem sofrendo há muito tempo.

Aos 93 anos, Mugabe é o mais velho chefe de Estado do mundo. No país, afirma-se que ele esteja pedindo mais tempo para negociações e que busca obter uma saída digna do poder.

No momento, no entanto, Mugabe está virtualmente sem poder e foi abandonado pela maioria de seus aliados. A multidão nas ruas deixa claro que o país está pronto para seguir sem ele.

Embora preocupações permaneçam sobre quem será o próximo nome a comandar o país e sobre que tipo de liberdades podem ser garantidas no caso dos militares continuarem no poder, as pessoas sentem que têm a rara chance de se expressar.

Os manifestantes, em um evento aprovado pelos militares, esperam que uma grande participação popular possa acelerar a saída de Mugabe. Ele é visto como o maior culpado pelo colapso econômico do país, que já foi um dos mais ricos da África.

Enquanto manifestantes se juntavam nas ruas, soldados começavam a se aproximar, orientando as pessoas a se dirigirem ao mesmo local onde, nos anos 80, multidões comemoraram o retorno de Mugabe do exílio.

As multidões se reuniam nas principais ruas da cidade enquanto carros buzinavam e pessoas comemoravam, ainda que muitos continuassem a seguir suas rotinas diárias.

Veteranos de guerra, antigos aliados de Mugabe, participaram dos protestos junto com ativistas da oposição. Um motorista estava tão contente que saiu de seu carro ainda em movimento e dançou na frente do veículo por alguns minutos. Alguns brancos se juntavam à multidão na praça da Liberdade, também conhecida como praça Robert Mugabe. Pessoas brancas e negras se abraçavam. Fonte: Associated Press.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, fez sua primeira aparição pública desde que os milhares tomaram o controle do país na última quarta-feira (15).

O mandatário, que segundo fontes está sendo forçado a renunciar ao cargo, foi a uma cerimônia de graduação de uma universidade de Harare, a capital do país, nesta sexta-feira (17).

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Mugabe não fez nenhum pronunciamento público e não foi acompanhado pela esposa, Grace, ou pelo ministro da Educação, Jonathan Moyo. Segundo a mídia local, ele ainda segue as ordens da "prisão domiciliar" imposta pelos militares.

Nessa quinta-feira (16), o ditador posou para uma foto ao lado do chefe das Forças Armadas, Constantine Chiwenga, protagonista do afastamento do presidente - que ele nega ser um "golpe de Estado".

Especula-se que a decisão de afastar o presidente de 93 anos, que está há 37 no poder, tenha sido uma manobra para evitar que o mandatário coloque a sua esposa no cargo de presidente.

O vice-líder do país, Emmerson Mnangagwa, havia sido destituído na última semana e expulso do partido governista Zanu-PF. Além disso, Mugabe iniciou uma campanha contra mais de 100 funcionários públicos de alto escalão acusados de apoiarem o vice.

Por conta dessa situação, o Exército ameaçou e cumpriu uma interferência no governo. Agora, as partes negociam para tentar fazer uma "transição suave" de poder. 

Da Ansa

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, foi confinado em sua casa, conforme militares reforçavam seu controle sobre o governo e instituições cívicas nesta quarta-feira. As Forças Armadas dizem que atuam contra o establishment político "degenerado" do país, embora neguem que tenham a intenção de depor Mugabe, no poder desde 1987.

No meio do dia (hora local), soldados haviam assumido o controle do aeroporto da capital, dos prédios do Parlamento, da televisão estatal e da residência presidencial. Importantes aliados de Mugabe, entre eles o ministro das Finanças, haviam sido detidos. Veículos militares bloquearam interseções estratégicas nos distritos central e comercial, enquanto a emissora estatal de rádio tocava apenas canções patrióticas.

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Mugabe disse em telefonema ao presidente sul-africano, Jacob Zuma, que estava confinado em sua casa, mas bem, de acordo com a presidência da África do Sul.

"Nós queremos deixar muito claro que essa não é uma tomada militar do governo", afirmou o general Sibusiso Moyo em seu estúdio, em roupas de combate. "O que as Forças de Defesa do Zimbábue fazem é pacificar uma situação política, social e econômica degenerada em nosso país."

Analistas políticos dizem que, apesar das declarações dos militares, o tempo de Mugabe no poder está perto do fim. "Pelos rumores, é o fim para Mugabe", afirmou Derek Matyszak, analista sediado em Harare do Institute for Securities Studies. "Eu não sei como ele pode recuar disso."

O Exército, a polícia e o governo não responderam a vários pedidos de declarações. As ações dos militares ocorrem horas após o chefe das Forças Armadas ser acusado de traição pelo partido do presidente, que dias antes demitiu seu poderoso vice-presidente. A medida contra o vice foi visto como um passo para Mugabe, de 93 anos, colocar a mulher dele, Grace, de 52 anos, como um dos dois vices e apontá-la como sucessora.

A perspectiva de uma possível dinastia Mugabe havia gerado uma ameaça do comandante das Forças Armadas, o general Constantino Chiwenga, que disse na segunda-feira que os militares poderiam intervir se a perseguição política não terminasse.

Potências regionais divulgaram comunicados nesta quarta-feira, com pedidos de calma. Na África do Sul, onde vivem entre 1 e 3 milhões de zimbabuanos, pediu calma e uma solução pacífica, que não viole a Constituição do país. Já embaixadas de nações ocidentais emitiram alertas para quem pretende viajar ao país.

Um dos pontos importantes para a crise é o caso do ex-vice-presidente Emmerson Mnangagwa, apelidado "O Crocodilo", afastado na semana passada, o que chocou muitos no país, que veem o comportamento do presidente como errático e também criticam as mostras de riqueza da primeira-dama, Grace Mubage, e de seus filhos. Não se sabe o paradeiro de Mnangagwa. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um caçador morreu esmagado por um elefante após o animal levar um tiro de outro homem, em Gway, Zimbábue. Ele era especialista na caça de leopardos e estava com o seu grupo durante o ocorrido.

Theunis Botha, de 51 anos, teria saído para caçar na tarde de sexta-feira (19) com o grupo, que avistou uma manada de elefantes e imediatamente começou a atirar. Segundo informou o portal do Daily Mail, os animais teriam começado a correr e um deles levantou Botha pela tromba.

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Um dos demais membros do grupo teria atirado no elefante, esperando que assim conseguisse livrar o outro caçador. Ao contrário do esperado, o animal caiu por cima de Botha que morreu esmagado.

O caçador era conhecido pela caça de leopardos e leões e tinha uma companhia de caça – a Game Hounds Safari. Na página de início do site, Botha é colocado como pioneiro no “tradicional estilo europeu de caça na África do Sul” e dedicado a oferecer o melhor aos clientes.

Seis crianças morreram durante um batizado organizado por uma seita cristã em um rio no leste do Zimbábue - informou a Polícia local nesta quarta-feira.

Os dois meninos e as quatro meninas faziam parte de um grupo de nove menores, com idades entre um e nove anos, que foram levados para ser batizados por dois membros de uma seita cristã.

"Seis crianças morreram na terça-feira (7) durante um batizado na cidade de Muriwo", na província de Mashonaland East, no leste do país, disse a porta-voz da Polícia, Charity Charamba, em um comunicado. "Recomendamos às pessoas não se prestarem a essas práticas perigosas", afirmou, acrescentando que um menino de quatro anos de idade conseguiu escapar do rio e alertou um transeunte.

"Após se dar conta de que as crianças estavam mortas, os culpados tentaram fugir, mas foram presos. Foram acusados de homicídio culposo", assinalou a Polícia. As circunstâncias da morte dos menores não são claras, mas eles podem ter sucumbido ao frio, segundo testemunhas citadas pela emissora pública ZBC.

O vice presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, disse que o país - atingido pela seca - precisa levantar US$ 1,5 bilhão em ajuda alimentar. Segundo Mnangagwa, mais de 70% das colheitas no sul do país foram atingidas pela seca trazida pelo fenômeno El Niño.

Ele disse que mais de 3 milhões de pessoas precisam de ajuda urgente nas províncias rurais e que 16.681 cabeças de gado morreram. Ontem, o vice fez um pedido semelhante à comunidade empresarial.

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O coordenador do Programa de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU), Bishow Parajuli, disse que a agência levantou US$ 60 milhões para programas de ajuda no país. Fonte: Associated Press.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, decretou estado de emergência no país, que enfrenta uma seca que afeta a região. Em comunicado divulgado na quinta-feira (5), Mugabe anunciou a notícia, que permite acelerar o fluxo da ajuda a comunidades em dificuldade.

O embaixador da União Europeia no Zimbábue, Philippe Van Damme, advertiu no mês passado que a demora do Zimbábue em declarar a seca como um desastre poderia limitar as chances de o país conseguir apoio internacional, em um momento no qual os doadores estão assoberbados com várias crises humanitárias simultâneas pelo mundo.

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O governante mais velho do mundo, o presidente zimbabuano Robert Mugabe, completa 91 anos e tem muito a celebrar, apesar das críticas por sua opulenta festa de aniversário em um país extremamente pobre.

"Estou muito feliz de ter esta idade. Estou muito feliz de que Deus tenha cuidado de mim", disse Mugabe. "Para falar sem rodeios, Mugabe venceu", declarou o diretor da Real Sociedade Africana, com sede em Londres, Richard Dowden.

Após anos de críticas, a União Europeia (UE) começou em 2013 a normalizar suas relações com o Zimbábue, deixando de lado a maioria das sanções impostas desde 2002, que consideravam Mugabe responsável pela violência política e violações dos direitos humanos.

Além disso, Mugabe, no poder desde a independência do Zimbábue em 1980, assumiu no início de janeiro a presidência da União Africana. Mugabe, nascido em 21 de fevereiro de 1924 na missão católica de Kutama, sempre foi descrito como um solitário. Estudante brilhante, colecionou sete títulos universitários, incluindo um Mestrado em Direito que concluiu na prisão.

Marxista no início, descobriu a política na Universidade de Fort Hare, a única aberta aos negros na África do Sul do apartheid, onde conheceu vários futuros líderes da região.

Ao retornar ao seu país em 1960, se alistou na luta contra o poder segregacionista e foi detido em 1964 por "subversão". Depois de passar 10 anos na prisão, reapareceu no comando da luta armada, que liderava a partir do vizinho Moçambique. Em 1980, depois dos acordos de independência de Lancaster House (1979), Mugabe foi eleito chefe de Governo.

Nos primeiros 10 anos do novo regime se tornou popular em todo o planeta por política de reconciliação, após a abolição do regime racista da ex-Rodésia e da ampliação do acesso à educação e saúde à maioria negra.

Mugabe também iniciou uma reforma agrária, mas a partir do ano 2000 começou a acusar jornalistas, opositores, ocidentais e agricultores brancos de serem inimigos do Estado. As relações com os países ocidentais se tornaram tensas.

Agentes de preservação ambiental do Zimbábue encontraram mais 11 carcaças de elefantes no interior do país. Com isso, chega a 102 o número de elefantes mortos por envenenamento no país africano.

Duas pessoas foram presas em um povoado próximo ao Parque Nacional de Hwange. A persistente caça pelas presas dos animais já causa uma crise na vida selvagem local.

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Os animais foram encontrados em uma cisterna há 40 quilômetros do campo turístico do parque, segundo nota da Autoridade Nacional de Parques a Vida Selvagem do Zimbábue.

Os elefantes, envenenados com cianeto, estavam mortos há menos de três semanas. Oito abutres também morreram após comerem parte das carcaças. A presença de aves de rapina com frequência indica a presença de animais mortos por caçadores. Fonte: Associated Press.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, ameaçou neste domingo (25) expulsar companhias estrangeiras do país devido ao que ele chamou de interferência internacional nas políticas da nação.

Durante um funeral de um alto chefe militar em Harare, Mugabe afirmou que não quer "nenhuma ideia de Londres, ou Washington". Ele alertou os poderes ocidentais que seu governo não tinha "feito nada para suas companhias, o tempo virá para dizermos olho por olho". Ele disse: "Você me atinge, eu atinjo você. Nós temos um país para liderar e nós precisamos ser livres para fazer isso".

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O Reino Unido, um ex-poder colonial, a União Europeia e os EUA se recusaram a endossar a vitória esmagadora de Mugabe nas eleições de 31 de julho, citando evidências de fraude eleitoral. Os países ocidentais mantêm restrições econômicas sobre Mugabe e líderes de seu partido no poder.

Desde que venceu as eleições, Mugabe prometeu avançar com um programa para forçar as empresas estrangeiras e controladas por brancos a cederem 51% de seu controle para os zimbabuanos negros. Alguns economistas alertam que o programa irá desencadear outra crise econômica, como a sofrida após o governo de Mugabe tomar terras de fazendeiros brancos em 2000.

Mugabe diz, por outro lado, que o novo plano vai criar empregos e crescimento econômico, que havia sido prejudicado pelo que chamou de "uma coalizão frágil e cheia de parceiros desconfortáveis" na oposição liderada pelo ex-primeiro-ministro Morgan Tsvangirai. O líder opositor era favorável a atrair investimentos ocidentais durante a coalizão de cinco anos forjada por líderes regionais após as últimas eleições disputadas em 2008. Fonte: Associated Press.

Robert Mugabe foi empossado como presidente do Zimbábue nesta quinta-feira. Frente a um estádio lotado, o líder de 89 anos prometeu "observar, promover e defender a Constituição do Zimbábue", em um juramento conduzido pelo chefe de Justiça, Godfrey Chidyausiku,

Mugabe deverá liderar o país em um novo mandato de cinco anos, estendendo seu governo que já dura 33 anos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O tribunal constitucional do Zimbábue afirmou nesta quinta-feira que a eleição presidencial no país foi livre e justa, rejeitando alegações de manipulação de votos. A disputa eleitoral resultou na vitória de Robert Mugabe, que recebeu mais cinco anos no poder.

"A eleição presidencial no Zimbábue ocorrida em 31 de julho de 2013 estava em concordância com as leis" nacionais, disse o chefe de Justiça do país, Godfrey Chidyausiku. Segundo ele, a eleição foi livre, justa e com credibilidade. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O Zimbábue assinou um acordo secreto para fornecer ao Irã a matéria prima necessária para desenvolver uma bomba atômica, em violação às sanções internacionais, informou neste sábado o jornal londrino The Times. "Vi (um memorando de acordo) para exportar urânio aos iranianos", disse ao jornal o vice-ministro de Mineração do Zimbábue, Gift Chimanikire.

O acordo, supostamente assinado no ano passado, provavelmente causará preocupação entre as capitais ocidentais. O tema nuclear envenena há dez anos as relações do Irã com as grandes potências do chamado grupo 5+1 (China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e Alemanha), que suspeitam que Teerã utiliza seu programa nuclear civil como fachada para fabricar uma bomba atômica.

O país é alvo de várias rodadas de sanções da ONU e de um embargo petroleiro e financeiro dos Estados Unidos e da União Europeia, que provocam uma grave crise econômica no país. O presidente Robert Mugabe, que acaba de ser reeleito para um novo mandato de cinco anos, apoiou publicamente o programa nuclear do Irã.

Os advogados do primeiro-ministro Morgan Tsvangirai ingressaram com uma ação na Corte Constitucional do Zimbábue para contestar o resultado das eleições presidenciais de 31 de julho.

A autoridade eleitoral zimbabuana declarou o presidente Robert Mugabe, há 33 anos no poder, reeleito com 61% dos votos.

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Em frente à sede da Corte Constitucional, o advogado Chris Mhike disse a jornalistas que Tsvangirai quer que a votação seja anulada e um novo pleito seja realizado dentro de 60 dias.

Segundo o advogado, a oposição dispõe de provas de que houve compra de votos e outras irregularidades. Fonte: Associated Press.

Robert Mugabe foi declarado, neste sábado, vencedor da corrida presidencial do Zimbábue. Os resultados oficiais anunciados pela Comissão Eleitoral do país mostram que Mugabe recebeu 61% dos votos contra 34% do adversário Morgan Tsvangirai. Mugabe tem 89 anos e está há 33 anos no poder.

As eleições no país aconteceram na última quarta-feira, dia 31, mas a contagem oficial dos votos foi divulgada somente neste sábado. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O relatório da União Africana sobre o processo eleitoral no Zimbábue apresentou tanto aspectos negativos quanto positivos. O documento do bloco afirmou que a votação foi "livre e justa", contudo ressaltou também várias advertências.

"Sim, a eleição foi livre", disse Olusegun Obasanjo, ex-presidente da Nigéria e chefe da missão de monitoramento eleitoral da União Africana. "Houve incidentes, mas nada que pudesse colocar as eleições em perigo."

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Obasanjo afirmou, entretanto, que a sua equipe de monitoramento de 69 membros registrou um grande número de eleitores que não puderam votar, porque não estavam nos cadernos eleitorais. O ex-presidente nigeriano também declarou que, caso os dados mostrassem que, pelo menos, 25% dos eleitores registrados não tivessem sido autorizados a votar por causa deste problema, isso colocaria em questão a legitimidade dos resultados.

Em um relatório lido por Aisha Abdullahi, segunda na hierarquia de poder da missão, a UA também citou uma série de outras questões, principalmente em torno de registros de eleitores, assistência a eleitores na hora de votar e falta de transparência em conseguir acesso à lista de recenseamento eleitoral antes do dia da eleição.

O resultado da eleição de quarta-feira deve decidir se o presidente Robert Mugabe, de 89 anos, continuará seu governo de 33 anos ou se Morgan Tsvangirai, um ex-líder sindical de 61 anos de idade, tomará o controle. Mugabe está no poder desde que foi eleito pela primeira vez na independência do Zimbábue.

Resultados preliminares apresentados pela Comissão Eleitoral do Zimbábue mostram que o partido de Mugabe conseguiu 52 dos 62 assentos anunciados até agora na Assembleia da República. A Casa possui ao todo 210 cadeiras. Vários representantes do Movimento para a Mudança Democrática - o partido de Tsvangirai - perderam seus assentos.

"Nós não aceitamos os resultados desta eleição... os resultados foram cheios de fraude", disse Douglas Mwonzora, um dos apoiadores de Tsvangirai que perdeu seu posto no parlamento. Ele disse também que viu forças de segurança à paisana ajudando eleitores a votar e influenciando na decisão sobre os candidatos.

Na quinta-feira, Tsvangirai atacou a eleição, chamando-a de "fraude". Mwonzora afirmou que o partido deve realizar um encontro nesta sexta-feira para determinar como eles vão reagir ao resultado. Porta-vozes do partido Zanu-PF, do governo, negaram as alegações de manipulação e fraude eleitoral e declararam que as eleições foram realizadas de maneira livre.

Obasanjo disse que não poderia comentar sobre as alegações de Tsvangirai e afirmou que a organização vai continuar a acompanhar o resultado da votação. Ele elogiou o ambiente, "em geral", pacífico e livre de intimidação, que antecedeu a votação de quarta-feira.

Após a eleição de 2008, cerca de 200 pessoas morreram por causa de uma onda de violência política. "Em comparação a 2008, Zimbábue fez uma transição", disse Abdullahi. Fonte: Dow Jones Newswires.

A votação para presidente realizada nesta quarta-feira no Zimbábue já foi encerrada na maior parte do país. Alguns poucos postos de votação continuaram abertos depois das 19h locais, apenas para acomodar os eleitores que ainda faziam fila. A apuração começou pouco depois do fechamento das urnas, mas o resultado final é esperado para segunda-feira.

Ao longo do dia, os eleitores zimbabuanos enfrentaram longas horas de filas para participar das eleições que vão determinar se o presidente do país, Robert Mugabe, vai ampliar seu governo de 33 anos no país africano.

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Muitas pessoas já se alinhavam antes mesmo do amanhecer para votar nas eleições locais, parlamentares e presidenciais que colocam Mugabe, de 89 anos, contra seu antigo rival político, o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai.

"É importante que eu vote. É o único momento em que posso dizer algo", declarou Samson Mashaire, de 58 anos, enquanto aguardava do lado de fora de uma barraca, armada como sessão eleitoral na capital Harare.

Os eleitores foram às urnas em massa apesar das suspeitas de que a contagem dos votos será manipulada. Ativistas acreditam que o grande comparecimento deve favorecer Tsvangirai, ofuscando o impacto de qualquer eventual manipulação dos votos.

Ontem, Mugabe negou que seus partidários estejam envolvidos em preparativos de fraude eleitoral, em resposta a denúncias de irregularidades ocorridas com a aproximação da data da votação. "Não fizemos nenhuma trapaça, nunca, jamais", disse ele.

O líder garantiu, ainda, que respeitará o resultado das urnas e deixará a presidência caso perca a disputa, respondendo ao rumor de que, na hipótese da vitória de Morgan Tsvangirai, militares e policiais partidários de Mugabe não permitiriam que seu adversário assuma o cargo se vencer nas urnas. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, promulgou nesta quarta-feira uma nova Constituição para o país e prometeu a realização de um processo eleitoral pacífico e limpo num pleito esperado para o segundo semestre.

Em cerimônia solene, Mugabe disse que a nova Constituição, aprovada em referendo realizado em março, mostra que os zimbabuanos estão unidos, independentemente de filiações políticas e sem interferência externa.

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A constituição estipula novos procedimentos eleitorais e reformas que deverão ser realizadas antes da próxima eleição. A expectativa é de que os zimbabuanos vão às urnas em setembro. As informações são da Associated Press.

Os cidadãos do Zimbábue comparecem às urnas neste sábado para aprovar uma nova Constituição mais liberal, que deve representar mais democracia após três décadas de poder ininterrupto do presidente Robert Mugabe.

A lei fundamental submetida a referendo reduz os poderes do presidente e limita os mandatos ao máximo de 10 anos. Mas não pode impedir que Robert Mugabe, de 89 anos e no poder desde a independência em 1980, volte a ser candidato, pois a lei não tem caráter retroativo.

O texto suprime ainda o cargo de primeiro-ministro, ocupado atualmente por Morgan Tsvangirai, principal opositor de Mugabe, com o qual tem uma convivência difícil em um governo de união nacional imposto há quatro pelos países vizinhos para impedir uma guerra civil, que chegou perto de explodir após a violenta campanha eleitoral de 2008.

A vitória do "Sim" é certa, pois tanto Mugabe como Tsvangirai defenderam a aprovação do texto, fruto de uma árdua negociação entre os dois lados.

Vários incidentes foram registrados e preocupam o Movimento pela Mudança Democrática (MDC), o partido do primeiro-ministro.

Homens armados sequestraram neste sábado um dirigente regional do MDC, o secretário do distrito de Headlands.

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