Tópicos | 8 de março

Oito de março, Dia Internacional da Mulher. Mas não queremos nada de festas, presentes, flores ou chocolate. Queremos e merecemos muito mais. A data, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, tem o intuito de relembrar as lutas sociais, políticas e econômicas travadas por nós, mulheres. Apesar de há alguns anos ser entendida pela sociedade como um dia de festa, apenas nós sabemos o longo caminho que precisamos, ainda, percorrer para que, de fato, celebremos o dia que nos "homenageia".

O Brasil continua sendo um dos lugares mais violentos do mundo para vivermos. E não estamos falando só de violência física. Preconceitos de vários tipos, machismo, assédio nas suas mais diversas formas, menosprezo e diferenças salariais são algumas das agressões as quais somos submetidas diariamente.  

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Para marcar esse dia de batalha, o LeiaJa.com separou a história de quatro mulheres, de diferentes perfis, mas que concordam em um aspecto: ainda falta muito para que o dia 8 de março seja, realmente, de comemoração. Para essas mulheres, a data representa luta, resistência e enfrentamento. 

Voz e arte contra o assédio

Isabella Marques, 29 anos, professora e militante da Marcha Mundial das Mulheres. Aos 12 anos sofreu o primeiro assédio e, a partir daí, se descobriu feminista. Aprendeu que não podia se calar, que precisava ter voz. No dia a dia da profissão, procura emponderar as alunas adolescentes da escola onde ensina para que elas conquistem seu espaço na sociedade. Como forma de nos homenagear nesse dia de luta, Isabella recitou o poema “Retratos”, da poetisa potiguar Graça Graúna. 

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Quando o feminicídio mata quem você ama

Ana Amelia Uchoa, 34 anos, policial civil e amiga da fisioterapeuta assassinada em 2017, Mirella Sena. Ana trava uma batalha diária para ser respeitada como mulher na sociedade e, em especial, no seu ambiente de trabalho, uma delegacia repleta de homens. Frases como “isso não é coisa de mulher”, “você deveria ter outra profissão”, fazem parte do dia a dia da policial civil. Apesar de trabalhar para manter a segurança da sociedade, Ana Amelia se viu impotente em 2017 ao receber a notícia de que uma das suas melhores amigas foi assassinada pelo vizinho. Mirella foi mais uma vítima de feminicídio, que é o crime de ódio motivado pela condição de gênero. Dados apontam que o número de mulheres mortas no Brasil só cresce. De acordo com levantamento do G1/USP, no ano passado foram 4.473 homicídios dolosos contra mulheres, sendo 946 feminicídios - um aumento de 6,5% em relação a 2016.

A mulher negra resiste

Biatriz Santos, 24 anos, estudante do curso de Serviço Social na UFPE e militante do Coletivo Juventude Negra Cara-Pintada. Ela se considera feminista desde que nasceu. Filha de auxiliar em serviços gerais e neta de empregada doméstica, Biatriz cresceu ouvindo frases racistas e preconceituosas, tanto por parte dos patrões da mãe e da avó, quanto pelos colegas na escola. Foi ensinada desde cedo a nunca se deixar abalar e sempre procurar se impor em todas as camadas da sociedade. Após muito esforço, conseguiu seguir um caminho diferente do da sua família e foi aprovada no vestibular da Universidade Federal de Pernambuco. A luta na Universidade também é diária, conta, mas Biatriz enxerga nisso uma oportunidade de ser exemplo para que outras meninas negras lutem pelo seu espaço e percebam que lugar de mulher e negra é onde ela quiser. 

Por um feminismo agregador

Natália Cordeiro, também 24 anos, é cientista política e atua no Fórum de Mulheres Pernambuco. De dentro da rede, busca estabelecer diálogos que permeiam desde a legalização do aborto ao enfrentamento ao racismo pelas mulheres negras. Crê num feminismo agregador, capaz de debater classe, raça e gênero de forma conjugada e não excludente. Ao examinar as questões referentes à mulher de um ângulo nacional, ela é crítica ao "desmonte das políticas públicas" e aos retrocessos que, ao seu ver, têm sido regra do governo Temer. Mesmo com muitos revezes, vê na articulação sócio-política ativa o único modo de angariar vitórias nas lutas diárias contra o machismo entranhado na sociedade brasileira.

Na próxima quinta-feira (8), a Galeria Arvoredo recebe o Gera Buceta, evento produzido e protagonizado por mulheres da cena Hip Hop do Recife. Com o objetivo de celebrar o Dia das Mulheres, a festa contará com grupos locais, como 808 Crew, Femigang, Negrita MC e as DJs Brissa e Mayara Cajueiro, além da MC Carioca TAZ Mureb. Também haverá espaço para a poesia com o Recital Boca no Trombone e Slam das Minas PE.

"Vozes femininas e feministas berram por direitos, exigem respeito, subvertem e rompem com a estrutura patriarcal", diz a descrição da festa no Facebook. Assinado pela Aqualtune, coletivo independente criado para estimular a produção cultural das mulheres negras e fortalecer artistas da periferia, o evento traz a música produzida por MCs mulheres como ferramenta para o fortalecimento de pautas relevantes para o movimento feminista.

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Polêmica

O Gera Buceta tem causado algum barulho nas redes sociais desde seu anúncio. Comentários contra o nome que batiza a festa têm gerado discussão e, até mesmo, alguns ataques mais contundentes. Alguns usuários classificaram a expresão como "vulgar". Exemplo: "Essas bucetas não repreentam o RAP, muito menos a luta das mulheres de verdade"; "Nunca vi um homem do rap fazendo evento com essa falta de respeito. Não somos contra o evento de vocês, só não concordamos com a falta de respeito"; e "Feministas pornográficas, querem sujar o movimento".

A própria organização do evento se posicionou, no Facebook, contra os comentários de cunho machista e misógino que vem recebendo: "Desde que anunciamos a programação da festa #GeraBuceta - que acontece no próximo dia 8 de março, e que conta com line formada apenas por artistas mulheres independentes do movimento Hip Hop - alguns homens se esforçam em deslegitimar o evento. Aturamos uma série de insultos e até ameaças que trazem à tona o peso do patriarcado na vida das mulheres. O tom misógino, puritano, zombador e mesmo desrespeitoso nos mostra que ainda precisamos lutar muito para conseguirmos exercer a autonomia sobre os nossos corpos. Não é desejo da Aqualtune, uma produtora independente que visa contribuir para o fortalecimento de artistas negros, especialmente mulheres, incitar o ódio nem mudar um pensamento que nos rege apenas com uma festa - existe uma luta sendo construída muito antes de nós."

Em solidariedade, mulheres e homens têm se colocado a favor da festa com comentários como: "Tô sabendo que falar tudo que é palavrão nos raps pode, mas se as mulheres fizerem um evento no Dia da Mulher chamado GeraBuceta não pode, pois é 'vulgar', "coisa de pu**"; "A gente lida com uma sociedade falocêntrica (pênis no centro) desde que nascemos. Mas eles não aguentam uma festa chamada GeraBuceta."; e "Deixa as minas protagonizaram os corres delas e ao invés de ficar reclamando". 

Serviço

GeraBuceta

Quinta (8) - 21h

Galeria Arvoredo (Rua Gervásio Pires, 436 - Boa Vista)

R$ 10

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O Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta quarta-feira (8) com o propósito de conscientizar homens e a sociedade sobre igualdade de gênero em todos os âmbitos, bem como pregar mais respeito às mulheres.  

As agressões e assédios cometidas por homens às mulheres são consideradas crimes e, embora sejam combatidas, ainda existem no mundo vários casos que refletem o machismo. Na maioria dos casos, com esposas e namoradas, ocorridos em locais públicos ou até mesmo em casa. Somente no último ano, o Mapa de Violência de Mulheres no Brasil constatou que a cada cinco minutos uma mulher sofre agressão no Brasil.

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No mundo da fama, algumas celebridades masculinas também contribuem para essa estatística e escondem por trás de um sorriso amável a realidade de um ser machista, que desrespeita os direitos das mulheres e até a admiração e carinho de fãs.

A lista de homens famosos acusados de agredir e violentar mulheres por vezes passa despercebido, geralmente devido à fama dos envolvidos. O LeiaJá reuniu uma lista de alguns famosos que já agrediram ou assediaram mulheres e causaram polêmica, confira:

Chris Brown

O cantor já tem histórico recorrente de desrespeito e agressões a ex-namoradas.  A primeira vez ocorreu em 2009, com a cantora Rihanna, antes da festa de premiação do Grammy. Chris agrediu a estrela do pop, que divulgou uma imagem do seu rosto bastante machucado. Já no último mês, o astro americano de hip-hop foi proibido pela Justiça de se aproximar da modelo Karrueche Tran, depois que ela o acusou de tê-la agredido e ameaçado de morte.

Netinho de Paula

O cantor de pagode agrediu sua ex-mulher Sandra Mendes, com socos, por ela se recusar a assinar sem ler documentos em que ela concordava em desistir de seus direitos conjugais. O caso aconteceu em 2005, e o próprio artista admitiu ter batido na esposa alegando ter sido um “momento de fúria”.

Kadu Moliterno

O ator e surfista foi acusado de agressão por duas de suas companheiras. Brisa Ramos. A ex-namorada de Kadu chegou a afirmar ao Uol, em 2014, que foi agredida três vezes por ele, chamando-o de machista e ciumento. 
Em 2006, a ex-mulher dele, Ingrid Saldanha, divulgou na capa de uma revista semanal o rosto machucado pelo espancamento que sofreu pelo artista. Kadu chegou a comentar do assunto justificando-o como acidente, alegando que o prejudicou muito.

Dado Dodabella

O ator foi acusado duas vezes por suas ex-companheiras de agressão física. Em 2008, ele foi gravado pela câmera de segurança de uma boate empurrando a então namorada, Luana Piovani, que levou o caso à polícia. Na ocasião, uma camareira de teatro, amiga de Luana, também foi empurrada e teve de enfaixar os braços. Em 2010, Viviane Sarahyba, que tem um filho com o ator, também o acusou de agressão. Dado foi inocentado em 2012, depois que a Justiça aceitou o argumento de que ele teria apenas segurado o braço da ex-mulher para impedi-la de tirar o filho dos dois da casa dele.

MC Biel

Apesar de bastante jovem, Biel também já deu o que falar e assediou uma jornalista. Durante uma entrevista, o cantor teen disse a repórter "se te pego, te quebro no meio", a xingou de "cuzona" e depois lhe pediu um beijo. Biel persistiu no erro e disse em uma entrevista que a repórter que o acusou “prejudicou muito sua carreira”. 

Victor

O cantor da dupla Victor e Leo, foi acusado no último mês, pela sua esposa, Poliana Bagatine, de agressão física. Grávida do artista, ela disse ter sido jogada no chão e agredida com chutes por ele, mas dias depois, por meio de uma carta no Instagram, ela negou  a agressão e disse que o marido “nunca a machucaria”, alegando que a situação ocorreu devido a um "um grande desentendimento familiar" a abalou "profundamente" e que a discussão foi com a sogra. 

 

LeiaJá também

-->Em carta, esposa de Victor diz: 'ele não me machucaria'

--> Victor nega agressão e diz querer preservar família

-->Justiça proíbe Chris Brown de se aproximar de ex-namorada

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, alguns clubes brasileiros de futebol utilizaram as suas redes sociais para parabenizá-las e reforçar a importância da luta pelos seus direitos nesta data. Equipes de todo o Brasil como Corinthians, Flamengo, Santos, Fluminense, Internacional, entre outros, se utilizaram das suas contas para celebrar o dia. As equipes pernambucanas também fizeram referência com um vídeo divulgado pelo Santa Cruz e imagens publicadas por Sport e Náutico.

O Flamengo, inclusive, lançará neste dia 8 de março uma camisa comemorativa que troca a listra vermelha do uniforme por uma rosa. O rubro-negro carioca, assim como outras equipes, ainda tem preparado para data outras homenagens antes de entrar em campo pelas rodadas dos campeonatos desta quarta-feira.

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O Dia Internacional da Mulher é celebrado desde o início do século XX tendo como precursores os EUA e a Europa. A data celebra as lutas dos movimentos femininos e teve como ideais iniciais as exigências melhores condições de vida e trabalho e o direito de voto.

Confira algumas das homenagens dos clubes:

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A luta pela igualdade dos direitos entre homens e mulheres no Brasil tem perpetuado a cada 8 de março. Neste ano, a pauta central dos movimentos feministas traz a paridade das regras previdenciárias como foco de discussão e o principal mote das manifestações previstas para ocorrer nesta quarta-feira em todo o país.  

A crítica, entretanto, é justamente contra a igualdade prevista pelo texto da reforma da Previdência, encaminhada ao Congresso Nacional pelo presidente Michel Temer (PMDB). A matéria prevê, entre outras mudanças, o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria dos dois sexos e, com a jornada dupla feminina, este foi um dos motivos, de acordo com os movimentos ouvidos pelo LeiaJá, para a organização de uma pauta comum entre eles visando o combate a aprovação da PEC. 

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Para uma das organizadoras da Parada Brasileira de Mulheres e educadora do SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia, Analba Brazão, a revisão das regras é negativa para o gênero. “A questão da reforma da previdência atinge diretamente as mulheres, principalmente negras e pobres. É uma igualdade [proposta pelo texto] totalmente desigual”, argumentou.

Corroborando, a militante da Marcha Mundial de Mulheres em Pernambuco, Elisa Maria, considerou ser “a principal falácia da reforma da previdência dizer que haverá igualdade”. “É uma reforma que anuncia uma vida de morte e de humilhações para mulheres. Ela desconsidera, por exemplo, as nossas desigualdades em relação ao mercado de trabalho. Com a proposta em análise no Congresso o mínimo de dignidade na velhice é irreal”, salientou.

A pauta única dos movimentos

Apesar do avanço das tecnologias e de outros setores da sociedade, de acordo com os movimentos, o retrocesso das pautas feministas têm sido maior do que as conquistas. 

“Mesmo que tenhamos comemorado a Lei Maria da Penha ou a Lei das Empregadas Domésticas, o governo Temer trouxe o fim das políticas públicas. Ele só fez medidas que cortam gastos. Se uma mulher não tem uma creche para deixar o filho não vai entrar na política, pleitear seus direitos e lutar pela igualdade de gênero. Isso é reflexo do corte de recursos para a educação. Até se olharmos lá para trás [nas gestões do PT] políticas sérias e consistentes a gente nunca teve”, observou Elisa. 

Para Analba, a “perda dos direitos está atingindo o mundo com esta onda ultraconservadora”, mas isso tem sido um peso para o fortalecimento dos movimentos que defendem o setor. “Veja esta paralisação das mulheres prevista para 54 países, isso comprova cada vez mais a força política das mulheres. Os movimentos no Sertão de Pernambuco estão ligados aos da Argentina ou da Tailândia, por exemplo”, grifou. 

Em consonância, segundo Elisa a Marcha Mundial das Mulheres considera como um dos anseios dos movimentos que o sentimento de empoderamento político social das mulheres não seja individualizado. “O eu me empodero sozinha não dá certo”, cravou. “Para sermos ouvidos, não dá mais para cada setor e categoria fazer uma luta sozinho. Por isso, nos juntamos, por exemplo, a Frente Brasil Popular, para defender as nossas pautas que são comuns aos dos movimentos que integram o grupo”, acrescentou. 

Falta de diálogo em Pernambuco

No contexto mais local, a maior crítica do seguimento é a “falta de diálogo” entre os movimentos e o Governo de Pernambuco. A ausência de articulações foi ponderada pela coordenadora do Fórum de Mulheres de Pernambuco, Aline Fagundes.

“Faz tempo que o Governo de Pernambuco não dialoga com os movimentos de mulheres, mais de oito anos que não há um diálogo. Se você pegar o Conselho Estadual, por exemplo, não tem nenhum movimento componente dele. Resolvemos sair porque não nos sentíamos representadas e questionar as políticas públicas”, denunciou. “Tivemos só retrocessos e avanços que é bom nenhum, em todas as áreas”, acrescentou.                         

No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A data foi escolhida como marco das reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho e dos direitos sociais e políticos. De fato, muita coisa mudou desde então, mas, as mulheres ainda estão longe de dizer que há igualdade entre os sexos.

Há inúmeros desafios para atingirmos a igualdade entre homens e mulheres. Na política, por exemplo, a maioria dos cargos é ocupado apenas por homens. Nas eleições municipais de 2016, o percentual geral de mulheres que disputaram cargos eletivos chegou a ultrapassar 30%. Isso significa dizer que a cada 10 candidatos que disputaram as eleições em 2016, apenas 3 eram mulheres.

As 641 mulheres eleitas ao cargo de prefeita nas eleições municipais 2016 representam 11,57% do total de prefeitos no Brasil. O número apresentou queda em relação ao pleito de 2012, quando elas somavam 659 prefeitas eleitas, o que correspondia a 11,84% do total. Apenas 9,9% dos cargos da Câmara dos Deputados e 5% do Senado são ocupados por mulheres. Estes números são desproporcionais ao total da população brasileira, que possui 51% de mulheres.

Segundo o documento “Mulheres no Parlamento: Revisão Anual”, publicado em 2016 e elaborado pela União Interparlamentar (IPU), em uma lista de 193 países, o Brasil ocupa a 155ª posição em representatividade feminina no Legislativo.  Vale ressaltar, também, que em 27 unidades federativas, há apenas uma mulher como governadora. Na comparação com a situação mundial, o Brasil tem uma das piores taxas de presença de mulheres do Congresso Nacional.

Ser mulher no mercado de trabalho brasileiro também não é fácil. Em média, no mundo, o salário das mulheres é 24% menor que o dos homens. No Brasil, o salário das mulheres equivale a 72,3% do salário dos homens, isso de acordo com a última pesquisa da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O nosso país está  em 124º lugar, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários. É o penúltimo das Américas, ficando à frente apenas do Chile.

Nas 500 maiores empresas do Brasil, menos de 14% dos cargos de diretoria são ocupados por mulheres. Infelizmente, esses números não são restritos ao Brasil. Em 40% das empresas do G7, os países mais ricos do planeta, não há mulheres em cargos de liderança e nessas economias, apenas 22% dos cargos seniores das empresas são ocupados por mulheres.

Reconhecer que existe uma discrepância é o primeiro passo para entender onde está a disparidade. O relatório do Fórum Econômico Mundial afirma que a igualdade de gêneros só será possível em 2095 e que a disparidade, quando se trata de participação econômica e oportunidades para as mulheres, gira em torno de 60%.

Para mudar esse cenário é preciso, em primeiro lugar, promover uma mudança cultural na sociedade como um todo e, mais uma vez, a educação é a chave principal para que isso aconteça. É preciso ressaltar o protagonismo da mulher. Não há outra maneira de conseguirmos alcançar a igualdade de gêneros se não mudando a noção que existe entre as competências das mulheres e o seu papel na sociedade. Afinal, em mais de 40% dos lares brasileiros, as mulheres são as chefes da família.

Temos que deixar de sermos machistas e reconhecer a necessidade de um maior empoderamento das mulheres em todas as áreas da sociedade brasileira, principalmente, no mercado de trabalho, afinal,  a busca  pela igualdade de gênero, defendida pela mulheres brasileiras,  é um direito constitucional. Basta ver que entre as 1.000 maiores empresas dos EUA, as que são dirigidas por mulheres deram um retorno médio de 339% entre 2002 e 2014, de acordo com a pesquisa da plataforma de negociação Quantopian, com sede em Boston.

Nesta terça-feira (8), é celebrado mundialmente o Dia da Mulher. Muito embora a presença feminina na sociedade esteja cada vez mais forte, este dia ainda é celebrado e lembrado como uma forma de marcar a força feminina. Na Região Metropolitana do Recife, diversos eventos comemoram a data, durante toda esta semana, oferecendo serviços, informação e entretenimento para a mulherada. 

No North Way Shopping, em Paulista, a Semana da Mulher vai reunir espaços de saúde, beleza e kids com serviços gratuitos até o próximo sábado (12). Serão oferecidas aulas de aerodance, alongamento, avaliações físicas, limpeza de pele, spa para pés e mãos, além de um espaço especial para as crianças brincarem enquanto as mães aproveitam suas atividades. A programação pode ser conferida no site do centro de compras

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Serviço

Semana da Mulher

Segunda (7) a sábado (12) | 16h às 19h

Paulista North Way Shopping (Rodovia PE-15, 242 - Centro, Paulista )

Gratuito

Já o Ernesto Café, localizado no bairro das Graças, oferece três dias de atividades gratuitas para contribuir com o auto-conhecimento e empoderamento feminino através de suas produções nos campos das artes, educação e outros ofícios. O 'Tornar-se Mulher' promove aulas de Ioga, dança, exposição de artes e fotografia, feira de jovens artesãs e exibição de vídeos sobre a mulher e o protagonismo feminino. As atividades iniciam nesta terça (8), às 8h, com um aulão solidário de Ioga ministrado por Camila Leal. Mais informações sobre a programação podem ser obtidas pelo telefone (81) 9.9692 6053.

Serviço

Tornar-se Mulher

Terça (8) a quinta (10) 

Ernesto Café (Rua Abelardo, 58 - Graças)

Gratuito

A Terça Negra também entra no clima de comemoração e realiza uma edição especialmente voltada para o Dia da Mulher. Nesta terça (8), as atrações são predominantemente grupos formados majoritariamente por mulheres. Abrindo a noite, o Afoxé Oyá Tokolé se apresentará, seguido pelo projeto Arrete, Maracatu Baque Mulher e, encerrando, o Coco Besouro Mangangá.

Serviço

Terça Negra especial Dia da Mulher

Terça (8) | 20h

Pátio de São Pedro (Bairro de São José)

Gratuito

A Casa do Cachorro Preto, em Olinda, abre na próxima quinta (10) a terceira edição da Mostra das Mulheres - Delas. A exposição é composta por 17 artistas mulheres que abordam temas como direito ao corpo, relações afetivas, acesso ao trabalho e aos espaços de poder, entre outros assuntos relativos às questões das mulheres e de gênero. Na abertura, haverá apresentação musical de Aninha Martins, intercalada por DJ e performance da Vaca Profana. A mostra fica em cartaz até o dia 27 de março. 

Serviço

Mostra das Mulheres - Delas

De 10 a 27 de março

Quinta a domingo | 16h às 21h

A Casa do Cachorro Preto (Rua 13 de Maio, 99 - Cidade Alta, Olinda)

Gratuito

No Shopping RioMar, na Zona Sul do Recife, o evento 'RioMar Entre Elas' celebra o Dia da Mulher com a presença de grandes profissionais da moda, beleza e outros segmentos. O maquiador Fernando Torquatto, o stylist Yan Acioli, a personal trainer Cau Saad e a blogueira Mica Rocha estarão no centro de compras realizando palestras gratuitas para o público. Mais informações podem ser vistas no site do shopping. 

Serviço

RioMar Entre Elas

Terça (8) a quinta (10) 

Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251 - Pina)

Gratuito

A Caixa Cultural do Recife também celebra a data. Nesta terça (8), haverá um Concerto de Câmara da Orquestra Criança Cidadã, às 19h30, e o prédio do equipamento cultural recebrá uma iluminação especial na cor lilás.

Serviço

Concerto de Câmara da Orquestra Criança Cidadã

Terça (8) | 19h30

Caixa Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)

Gratuito

Confira estes e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Segundo um estudo realizado pela Serasa Experian, o Brasil possui 5.693.694 mulheres empreendedoras. O número é equivalente a 8% da população feminina do País e nostra qu 43% dos donos de negócios são mulheres. Pensando nisso, a Secretaria de Desenvolvimento e Empreendedorismo da Prefeitura do Recife, o Instituto Brasileiro de Direito da Informática (IBDI) e a Rede Ela Empreendedora promovem, em comemoração ao dia da mulher, o evento "Mulheres que fazem a diferença: o mundo do empreendedorismo feminino". O evento, que é voltado para mulheres empreendedoras, vai contar com painéis de debate e será realizado na próxima terça-feira (8), das 14h às 17h, no auditório do Banco Central, localizado na Rua da Aurora, 1259, Santo Amaro, área central do Recife.

O evento conta com dois painéis. O primeiro terá a presença da primeira-dama do Recife, Cristina Mello, e da secretária de Desenvolvimento e Empreendedorismo do Recife, Roseana Amorim. A proposta  é abordar o empreendedorismo feminino no mundo dos negócios e terá como participantes a diretora de jornalismo da Rede Globo Nordeste, Jô Mazzarolo; a diretora da Cia do Cacau do Grupo Souza, Magaly Sousa; e a publicitária Marta Lima, sócia da agência de comunicação que leva o seu nome. Já o segundo foca no papel da mulher no empreendedorismo social, contando com as participações da diretora executiva da Junior Achievement, Rosane Schereschewsky; Polyanna Magalhães, da Plan International; e da presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Informática, Alyne Andrade. Após os paineis, haverá uma fala da fundadora e presidente da Rede Ela Empreendedora, Íris de Cássia, sobre o empreendedorismo feminino em Pernambuco.

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Serviço

Pauta: Mulheres que fazem a diferença: o mundo do empreendedorismo feminino.
Data: 08/03(terça-feira). 
Horário: 14h às 17h.
Local: Auditório do Banco Central (Rua da Aurora, nº 1259, Santo Amaro).
Inscrições pelo site www.eventick.com.br/mulheres-que-fazem-a-diferenca
Entrada: 1kg de alimento não perecível.

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A chegada do Dia Intenacional da Mulher sempre levanta o debate da posição da mulher na sociedade. De como mudaram nas últimas décadas os padrões de comportamento feminino e as expectativas em relação ao que seria feminilidade. A moda é um destes campos em que diferentes visões se encontram, e cada vez mais as mulheres têm tomado para si a missão de produzir moda.

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No Recife, são várias as grifes mantidas por elas, criando roupas com uma visão feminina e autoral. Cada vez mais as mulheres têm usado a roupa como uma ferramenta de expressão para colocar-se no mundo e afirmar sua voz. Nisto concordam as estilistas pernambucanas Keila Benício, Magna Coeli e Mariana Almeida, três profissionais que trabalham para o sexo feminino com a preocupação e a delicadeza de quem se reconhece no seu próprio público alvo.

Mariana Almeida, estilista da Soslayo, está no mercado há um ano. Ela valoriza uma moda confortável na hora de produzir e não abre mão da autenticidade em suas coleções. A versatilidade também é palavra de ordem em sua criação. "Tento investir em peças que sejam ideais tanto para baladinhas quanto para o trabalho", diz.

Mariana nunca sofreu qualquer tipo de dificuldade no mercado de trabalho por ser mulher e acredita no potencial da moda como meio de expressar-se. "A roupa é uma extensão do corpo, através dela a mulher transmite a sua personalidade e a sua mensagem para o mundo", diz a estilista.

Já Magna Coeli, da Refazenda, e Keila Benício, da Blu K, atuam na área há 35 e 31 anos, respectivamente. As duas conseguem enxergar mudanças na realidade da presença feminina no mercado de trabalho. "Logo quando iniciei minha carreira enquanto empresária e estilista, havia certa deturpação na imagem da mulher que trabalha. Existia uma interpretação equivocada de que tratava de um sexo abordável", diz Magna.

Quanto a produzir moda para o público feminino, ambas concordam que o conforto deve ser priorizado. "Quando crio minhas coleções, penso em elevar a autoestima feminina. Que a peça ressalte os predicados naturais da mulher e que alie conforto e bem-estar a referências de moda", diz Magna. Keila complementa: "Minha preocupação é que essa mulher fique elegante e confortável. Como nós 'somos' a mulher para a qual trabalhamos, sabemos que tipo de roupa vai unir esses dois adjetivos e facilitar o dia-a-dia dela".

A ex-ministra Marina Silva disse neste sábado, 8, em seu perfil nas redes sociais, que vê o Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, não só como um dia de luta, mas de celebração à capacidade de realização do público feminino. Em seu post, ela destaca a necessidade de as mulheres seguirem na luta pela igualdade social com os homens.

Em cerca de dez minutos, a mensagem de Marina já havia recebido mais de mil "curtidas". "Datas simbólicas muitas vezes nos lembram questões não resolvidas que nos são caras. Que continuemos nesta luta para estabelecer a igualdade social com os homens sem perder o direito à diferença. O direito à igualdade e o direito à diferença são inalienáveis", destacou ela, em seu perfil no facebook.

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A presidente Dilma Rousseff (PT) antecipou as comemorações ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, durante o Café com a Presidente, veiculado nesta segunda-feira (3). A petista salientou que as mulheres avançaram muito na conquista de direitos e de uma vida melhor no Brasil. Mas ainda assim, segundo Dilma é preciso "valorizar cada vez mais a força e o talento da mulher". 

“Quero dar os parabéns a todas as mulheres brasileiras por esse dia tão especial e dizer que nós, mulheres, avançamos muito na conquista de direitos e de uma vida melhor no Brasil", antecipou. "Para sermos uma nação mais justa e desenvolvida, o Brasil precisa valorizar cada vez mais a força e o talento de cada uma de suas mulheres. Por isso, o governo trabalha com firmeza para romper barreiras, combater os preconceitos e as desigualdades, e incentivar a autonomia das mulheres. Foi com essa determinação que nós decidimos, por exemplo, que as mulheres devem ser, prioritariamente, as titulares do cartão do Bolsa Família. E hoje 93% dos cartões do Bolsa Família estão no nome das mulheres", ressaltou a presidente.

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Dilma frisou o aumento na participação feminina em programas como o Pronatec e o ProUni, garantindo acesso ao ensino e à qualificação profissional. Foi registrado, também, o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho formal. O Brasil criou 4,5 milhões de empregos nos últimos três anos e, desse total, mais da metade das vagas foram ocupadas por mulheres: foram 2,4 milhões de mulheres que tiveram suas carteiras assinadas.

A presidente lembrou ainda que começa no dia 10 de março a vacinação contra o HPV para meninas de 11 a 13 anos de idade. Esta vacina oferece proteção contra o câncer do colo de útero e será oferecida na rede pública de saúde.

A estreia do Campeonato Pernambucano de Futebol Feminino foi antecipada para o dia 8 de março. Anteriormente, a abertura da competição seria no dia 9 do mesmo m}es, mas a data foi modificada para ficar na mesma data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. O primeiro jogo será entre o Vitória, atual tetracampeão e o Náutico, estreante na competição.

A abertura será realizada no estádio Severino Cândido Carneiro, o Carneirão, em Vitória de Santo Antão, às 15h. "Aproveitamos para fazer um jogo entre as atuais campeãs e uma equipe que está retomando os trabalhos justamente em um dia especial para as mulheres", afirmou Elias Coelho, diretor de competições femininas da Federação Pernambucana de Futebol. 

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Além do tricolor das tabocas e do time alvirrubro, também integram a competição mais oito equipes. Sport, América, Íbis, Barreirense, Jaguar, Codif, Chã Grande e Revelação também disputam o Pernambucano de 2014. 

Oficinas e palestras para as presidiárias que cumprem pena em regime aberto serão realizadas nesta segunda-feira (11) e se estendem até a próxima quinta (14). A medida ainda é em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado na última sexta (8), através do Tribunal da Justiça de Pernambuco (TJPE).

A partir das 13h30, cerca de 90 egressas serão divididas em duas turmas, com a apresentação da exposição “Uma questão de Justiça” sob o ponto de vista feminino na escravidão, no cangaço e na capoeira. Violência doméstica, saúde da mulher e Lei Maria da Penha também serão temas abordados.

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Depois das atividades, as mulheres vão participar de oficinas, dinâmicas e debates. A parceria é entre o TJPE, Núcleo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Tribunal, o Patronato Penitenciário de Pernambuco, a Secretaria da Mulher da Cidade do Recife e a Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco.

Com informações da assessoria

O Projeto Caminhos vai orientar as mulheres vítimas de violência doméstica e sexista contra a mulher. O plano será lançado pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), às 15h desta sexta (8).

As mulheres que registraram denúncia por lesão corporal em delegacia, vão receber orientações sobre a relação entre Justiça e Cidadania e também da Lei Maria da Penha. A medida promete realizar palestras quinzenais, com caráter elucidativo e educativo com enfoque nos trâmites processuais, ciclo de violência subjacente e relação conjugal.

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O lançamento do projeto foi programado para esta sexta-feira (8) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, assim como o aniversário de um ano da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Recife, iniciada em 2007.

Com informações da assessoria

Nesta terça-feira (5), será debatido o tema "Estigma, Violência e Exclusão das Mulheres Jovens e Adolescentes: uma análise das Políticas Públicas de Inclusão do Governo Atual”, realizado na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), às 19h. A programação segue até a próxima sexta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher.

Há 11 anos, o debate é promovido por uma semana, destinado à discussão de temas relacionados ao gênero feminino, como parto domiciliar e autonomia da mulher, saúde, violência doméstica, dentre outros tópicos.

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O evento contará com a participação da secretária da Mulher do Recife, Sílvia Cordeiro, secretária Especial da Mulher do Estado de Pernambuco, Cristina Buarque, a ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, e a doutora em Direito Penal pela Universidad Complutense de Madrid (Espanha) – especialista em Relações Internacionais na Era da Globalização pela Unicap – Dra. Vanessa Alexsandra de Melo Pedroso. 

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