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A cantora Elisangela Silva usou suas redes sociais para expor o racismo no mundo gospel, na noite da sexta-feira (5). Os vídeos ganharam repercussão no Twitter nesta sexta-feira (6) e internautas apontaram que os casos citados por Elisangela, aconteceram no grupo gospel Kemuel, qual ela fez parte.

 Nos vídeos, Elisangela contou que no mundo gospel muitos usam o talento de pessoas negras para ganhar notoriedade e depois os descartam. Além de diversas situações de preconceito, a cantora ainda citou que ouviu do pastor líder do grupo “eu vou fazer uma formação só de gente branca, só de pessoas bonitas”, disse ela.

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 A cantora dividiu relatos sobre as piadas com os seu cabelo, nariz e traços negros. “Eu era tratada de uma forma e quando eu colocava o cabelo cacheado, o mega eu era hostilizada... Eu sou negra, eu tenho características de uma negra”, disse ela.

 O cantor cristão, Isaias Saad se manifestou em seu perfil do Twitter sobre o caso e convidou a cantora para participar da sua próxima gravação “Acabaram de me enviar o Instagram de uma mulher negra que está expondo que sofreu diversos atos racistas dentro de uma banda gospel, por conta do tamanho do seu nariz e pelo seu cabelo. Não entendo como tem gente que consegue cantar sobre Jesus sendo racista”.

 Isaías, ainda enviou uma mensagem de apoio nas redes sociais da cantora. Elisangela agradeceu as mensagens e desabafou: “Obrigada pelas mensagens de apoio, isso é muito importante para mim e para todo mundo que passou pelo mesmo que eu… Espero que vocês entendam que o racismo em qualquer lugar, e principalmente na casa do Senhor não deve existir. Pessoas que usam nossa imagem e enriquecem e a gente acaba se prejudicando, emocionalmente, financeiramente e de todas as formas”, disse.

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"Começou a se insinuar. Me recusei várias vezes, até o dia em que me deu um zero na minha primeira prova". Assim como outras estudantes do Gabão, Melania denuncia o "assédio sexual" de professores que utilizam as notas para abusar de suas alunas.

A jovem Melania (nome fictício), aluna da Universidade Omar Bongo de Libreville, lembra o ocorrido com um de seus professores do colégio ocultando o rosto ante a câmera da AFP. Agora diz estar orgulhosa de "ter resistido" ao assédio.

Outra estudante conta sob anonimato que teve que mudar de especialização após se negar a aceitar as insinuações de um professor que tornou sua vida "impossível".

Nas aulas da universidade e das escolas, o tema alimenta rumores há décadas, sem causar nenhum escândalo na opinião pública. O problema é conhecido de todos e já foi objeto de reportagens na imprensa que denunciavam esses professores "predadores".

Valéry Mimba, chefe do departamento de Estudos Ibéricos, fala de "rumores", embora reconheça que "o fenômeno existe".

"Quando a nota de alguma estudante volta a subir, logo se pensa que ela dormiu com o professor", lamenta.

Mas os docentes também acusam estudantes de utilizar meios de pressão para conseguir boas notas.

"Propuseram dormir comigo para que eu aumentasse uma média", se queixa um chefe de departamento sob anonimato.

Para a administração, é difícil demonstrar a existência do assédio sexual por parte dos professores. Para isso, as estudantes teriam que denunciar os fatos aos chefes de departamento, afirmam estes últimos.

"Entendo as estudantes que não se atrevem a apresentar uma denúncia" por medo de represálias, reconhece um professor, que opina que a administração universitária tende a minimizar o fenômeno do assédio sexual.

Franck Matoundou, membro da liga estudantil dos direitos humanos, pede a criação de uma estrutura especializada com o objetivo de quebrar o "tabu" e acabar com o medo de denunciar os abusos.

Os fotógrafos da moda de rua, que trabalham à margem dos desfiles para registrar os "looks" interessantes dos que comparecem a esses eventos, lançaram uma campanha para denunciar o fato de que as blogueiras utilizem suas imagens sem o seu consentimento.

Este movimento, intitulado #NoFreePhotos ("Fotos grátis não"), foi iniciado na Semana de Moda de Milão por cerca de 30 fotógrafos, aos quais se somaram, desde então, "muitos outros", explicou à AFP um deles, o francês Nabile Quenum.

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"Algumas blogueiras acham que têm direito a publicar uma foto sem citar o nome do autor, é uma falta de respeito", disse durante a Semana de Moda de Paris este fotógrafo do chamado "street style" (moda de rua), que trabalha há oito anos neste setor em plena expansão graças às redes sociais e ao "boom" dos blogs.

"É uma minoria crescente e temos que acabar com isso", acrescentou, explicando que o movimento começou a germinar na Semana de Moda de Nova York, no início do mês.

Os fotógrafos reprovam que estes 'influencers' e blogueiros, assim como algumas marcas, utilizem as fotos em que aparecem sem pedir autorização, violando assim os direitos autorais.

Os 'influencers', muito seguidos nas redes sociais, publicam estas fotos em que aparecem a fim de cumprir suas obrigações contratuais com as marcas que lhes emprestam roupas e acessórios.

Estes fotógrafos se comprometeram a não mencionar o nome dessas pessoas nas fotos, colocando no lugar a 'hashtag' #NoFreePhotos.

"Queremos ressaltar que se trata do nosso trabalho e que devem nos pagar em caso de uso comercial" das fotos, afirma Nabile Quenum, que cobre as Semanas de Moda em várias capitais.

"Algumas garotas são famosas graças a nós", acrescentou. "Fotografamos as pessoas que achamos descoladas, não fazemos isso ao acaso, somos árbitros neste sentido. As marcas podem inclusive detectar o que está na moda e isso pode ser uma vantagem para chegar ao consumidor".

A campanha provocou a reação do blogueiro de moda Bryan Grey Yambao, que tem 640.000 seguidores no Instagram e 580.000 no Twitter.

"Entendo a necessidade dos fotógrafos de serem compensados economicamente", mas "imaginem se todos os 'influencers', jornalistas e fashionistas começassem a se queixar de que tiram suas fotos e as vendem sem sua autorização", questionou no Instagram.

A queda do francês Michel Platini teria sido orquestrada por Jérôme Valcke e pela direção da Fifa, como uma revanche pelas revelações sobre como o ex-secretário-geral da entidade esteve envolvido no esquema de venda de entradas para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Isso é o que revelam, nesta sexta-feira, executivos da empresa JB Sports, a autora da acusação sobre o envolvimento de Jérôme Valcke nas vendas de entradas no mercado negro. Em 2015, a companhia trouxe à tona documentos e e-mails apontando que o francês participou do esquema e ganhou uma comissão durante a Copa do Mundo.

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Agora, em uma nova onda de revelações, a JB Sports revela que, três dias antes do vazamento dos e-mails, Jérôme Valcke os teria ameaçado e com um recado bastante claro: se Benny Alon, dono da empresa, não cancelasse a publicação de seus dados confidenciais, seu aliado - Michel Platini - seria o alvo de uma revanche.

Benny Alon foi adiante e a um grupo de jornalistas em Zurique, entre eles o jornal O Estado de S.Paulo, entregou documentos e e-mails provando o envolvimento de Jérôme Valcke no esquema de entradas avaliadas em milhões de dólares. A resposta não demoraria para ocorrer. Sete dias depois, a Justiça suíça anunciaria que havia recebido documentos de uma fonte confidencial mostrando que Michel Platini recebeu pagamentos de US$ 2,2 milhões por parte de Joseph Blatter, em um esquema considerado como irregular.

Michel Platini justificou que o dinheiro se referia a um salário atrasado. Mas nem o Comitê de Ética da Fifa e nem a Corte Arbitral dos Esportes (CAS, na sigla em inglês) deram razão ao francês, o punindo com anos de suspensão e o retirando da corrida para a eleição presidencial na Fifa.

Segundo Benny Alon, a ameaça veio direto de Jérôme Valcke. O francês ligou para dois assessores de Michel Platini para os ameaçar e "pedir que o vazamento fosse impedido". "Segundo ele, se o plano continuasse, sérias consequências ocorreriam", declarou Alon. "Alguém na Fifa decidiu que Platini não poderia ser presidente", disse.

O executivo admite que Michel Platini assinou os balanços financeiros da entidade que escondiam o pagamento. Mas alega que ninguém dentro da entidade o alertou que não poderia receber. "Por quatro anos, ninguém disse nada sobre isso", disse Benny Alon. "O fato de o documento ter reaparecido não foi por acaso. Foi uma tentativa desesperada para atacar Platini", acusou o dono da JB Sports. "Quando levamos tudo em consideração, não há como não pensar que houve alguém que não queria que ele fosse presidente", completou.

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