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 Até a próxima quinta-feira (23), Pernambuco será sede de um evento que reúne iniciativas de desenvolvimento sustentável. O encontro promovido pela Fundação Avina e Ambev conta com a presença de governantes, representantes de ONGs e iniciativas nacionais e internacionais para debater projetos que visam ampliar o acesso à água potável no semiárido, nas periferias, aldeias e territórios indígenas no país.

O evento, que teve início nessa terça-feira (21), no Hotel Luzeiros, localizado no Pina, Zona Sul do Recife, trouxe discussões sobre os aprendizados e a troca de experiências entre as organizações. Na programação do primeiro dia, ainda foram apresentados os históricos e as perspectivas futuras do projeto AMA, além de detalhes sobre as iniciativas em andamento no estado.  As ações incluem a construção de cisternas, a instalação de poços e a capacitação de comunidades para a gestão de sistemas de água. Além disso, o projeto também promove melhorias alimentares por meio do desenvolvimento de hortas nas escolas beneficiadas, utilizando o reuso de água para fortalecer a merenda escolar.

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“O objetivo do encontro é reforçar o compromisso com a região do semiárido e agradecer aos parceiros locais pelo trabalho conjunto. A ideia é que a partir dessas visitas, a gente consiga mais uma vez fomentar a discussão e trazer soluções inovadoras junto com esses parceiros que estão na ponta", detalhou Thayná Nascimento, gerente de Impacto Social da Ambev. 

Ela ainda destacou a importância de Pernambuco como sede do evento. “É o estado com o maior número de municípios no semiárido, o que torna simbólico o trabalho realizado na região. Além disso, foi um dos primeiros estados a implementar os projetos AMA desde o lançamento da marca em 2018", completou.

Os participantes também irão visitar as cidades de Pesqueira, no Agreste, e Arcoverde, no Sertão, para conhecer de perto o desenvolvimento do projeto no Estado.

*Da assessoria 

O Brasil tem mais de 400 mil indígenas sem acesso à água potável e 55% das aldeias do país não têm água de qualidade garantida. Por isso, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (10) o Programa Nacional de Acesso à Água Potável em Terras Indígenas. O plano prevê metas para alcançar, em até 20 anos, acesso universal a água tratada nas aldeias de todo país. 

No programa estão previstas a construção de novos sistemas de coleta e tratamento de água ou reforma e ampliação de sistemas já existentes. O ministro Marcelo Queiroga afirmou que o principal objetivo é oferecer aos indígenas acesso à água de qualidade e controlar doenças que causam diarreia, especialmente entre as crianças indígenas.

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“Esse programa é uma política pública que foi planejada com critérios técnicos e foi construída com a comunidade indígena”, disse.

As ilhas Tonga enfrentavam nesta sexta-feira (21) uma imensa escassez de água potável, quase uma semana após a erupção de um vulcão no arquipélago, cujo efeito foi comparado à explosão de uma "bomba atômica" por uma autoridade do serviço de resgate.

Em Tongatapu, a principal ilha de Tonga, "foi como uma bomba atômica", testemunhou por telefone à AFP o secretário-geral da Cruz Vermelha de Tonga, Sione Taumoefolau.

"Toda a ilha tremeu devido à erupção", afirmou.

Em 15 de janeiro, a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, que causou um tsunami, isolou esta pequena nação do Pacífico do restante do planeta, depois que o cabo de comunicação que ligava o arquipélago à rede de Internet se rompeu.

A situação continua difícil, devido à falta de ajuda humanitária e à operação titânica de limpeza das cinzas que os habitantes agora devem enfrentar.

"O pior para nós são as cinzas. Tudo está coberto pelas cinzas do vulcão", ressaltou Taumoefolau.

Jonathan Veitch, encarregado de coordenar as operações das Nações Unidas de Fiji, estimou que o principal problema é a água potável.

As reservas de água de dezenas de milhares de pessoas podem estar contaminadas pelas cinzas do vulcão, ou pela água salgada do tsunami que se seguiu.

"Antes da erupção, a maioria deles dependia da água da chuva", disse Veitch à AFP.

- "Golpe triplo?" -

"Se as cinzas tornaram tudo tóxico, isso é um problema, a menos que possam acessar fontes subterrâneas". Para ele, "agora é vital poder determinar sua localização".

As análises da água começaram, mas após a erupção do último sábado "todo país está coberto de cinzas", informou Veitch.

As operações de resgate começaram, de fato, apenas na quinta-feira, depois que a principal pista de pouso do arquipélago foi finalmente limpa da espessa camada de cinzas que a cobria.

Aviões militares australianos e neozelandeses transportando ajuda de emergência conseguiram pousar. Mas a distância, as dificuldades de comunicação e as medidas para evitar que a covid-19 afete este reino de 170 ilhas complicam as operações.

"Não é fácil. Está longe de tudo. Portanto, há restrições de acesso. E ainda tem o problema da covid, claro, assim como a falta de meios de comunicação", reconheceu o coordenador da ONU.

"Eu diria que é quase um golpe triplo".

À medida que as chegadas de ajuda externa se intensificam, a ONU está "preocupada" com os riscos ligados à covid, disse Veitch, referindo-se à variante ômicron que está se espalhando atualmente por vários arquipélagos do Pacífico, em particular nas Ilhas Salomão e Kiribati.

O governo procura uma maneira de trazer trabalhadores humanitários para o país sem correr o risco de contaminar a população.

O governo de Tonga concluiu a avaliação da extensão dos danos, especialmente nas ilhas que foram afetadas pelo tsunami causado pela erupção.

Três pessoas morreram, mas a extensão financeira ainda não foi estabelecida. "Nada sugere que o balanço humano seja maior, mas a destruição (material) é numerosa", de acordo com Veitch.

Muitas pessoas que vivem em ilhas remotas, e perderam suas casas, foram levadas para a grande ilha de Nomuka.

O navio neozelandês HMNZS Aotearoa atracou hoje em Tonga, carregando grandes suprimentos de água potável.

"Ele também tem capacidade para dessalinizar de 70 mil a 75 mil litros de água por dia, o que fará a diferença para as pessoas, pelo menos em Tongatapu", ressaltou Veitch.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) enviou um grande número de kits de água a bordo do navio humanitário australiano "HMAS Adelaide", que deixou Brisbane na noite de quinta-feira.

"Também enviamos muitos equipamentos para tratar a água", declarou Veitch.

A erupção vulcânica foi sentida até no Alasca, a mais de 9.000 km de distância. Um cogumelo de fumaça de 30 km de altura dispersou cinzas, gás e chuva ácida nas 170 ilhas de Tonga.

Essa erupção causou uma enorme onda de pressão que atravessou o planeta, movendo-se a uma velocidade de 1.231 km/h, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas sobre a Água e Atmosfera da Nova Zelândia.

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), empresa responsável pela distribuição de água no Grande Rio, divulgou uma nota nessa quinta-feira (28) informando que a água tratada pela estação de tratamento do Guandu, que abastece grande parte da região metropolitana, está dentro dos padrões de potabilidade de consumo, apesar da presença de geosmina (substância produzida por algas e bactérias que tem cheiro de terra).

Segundo a empresa, análises mostraram traços de geosmina em níveis muito baixos, o que explica alterações no gosto e odor. Ainda assim, a Cedae afirma que a água tratada em Guandu atende aos parâmetros do Ministério da Saúde.

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“O aumento da dosagem de carvão ativado utilizado de forma contínua na entrada da estação atua na remoção da geosmina/Mib. A Cedae também monitora a quantidade e espécies de algas na lagoa e aplica a argila ionicamente modificada com o objetivo de diminuir a proliferação das algas no local. Além da adoção desses protocolos, a Companhia solicitou aos laboratórios a redução do prazo no envio dos resultados de concentração de geosmina/Mib e gosto e odor, o que confere mais agilidade na operação de controle de qualidade”, diz a nota.

Quem vive nas margens do Rio Paraopeba ainda enfrenta dificuldades para tocar a vida devido aos efeitos do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, tragédia que completou 20 meses nesta semana. O fornecimento de água depende de caminhões pipa em 16 comunidades situadas em Brumadinho (MG) e em cidades vizinhas. Isso porque a captação direta no trecho do rio mais poluído pelos rejeitos de mineração continua proibida pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), órgão vinculado ao governo de Minas Gerais.

Ao mesmo tempo em que ribeirinhos e produtores rurais tentam retomar suas produções, agricultores de áreas que não foram afetadas pela lama e que utilizam água de outros mananciais ainda enfrentam o receio em relação a contaminação de seus produtos. A área atingida não representa sequer 0,01% do território de Brumadinho. Em meio a uma variedade de situações e diversas reivindicações, a Vale responde anunciando programas de reparação e de compensação dos danos: o mais recente promete fomentar toda a cadeia produção e comercialização da agricultura familiar.

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"Meu pai não está fazendo mais irrigação. Está contando com água da chuva e não planta nem 10% do que plantava", lamenta a auxiliar administrativa e estudante Nayane França, filha do agricultor Eustáquio Gomes Pereira.

Após o rompimento da barragem ocorrido na mina Córrego do Feijão em 25 de janeiro do ano passado, uma onda de 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos destruiu comunidades e retirou a vida de 270 pessoas. Boa parte desse volume alcançou a calha do Rio Paraopeba, que margeia a propriedade de Eustáquio.

O terreno não chegou a ser invadido pela lama, mas o agricultor perdeu mudas que havia encomendado e pago, porque a estufa do fornecedor foi destruída. Sem poder captar água do rio, também não conseguiu manter o vigor da produção de mexerica, jiló e pimentão, entre outras culturas agrícolas.

Mesmo nas comunidades onde vem ocorrendo fornecimento por meio de caminhões pipa, a irregularidade incomoda. Há queixas relacionadas à perda de autonomia, uma vez que o trabalho se dá em função da periodicidade de abastecimento. Na comunidade da Reta do Jacaré, em Mário Campos, produtores chegaram a protestar alegando uma recente redução no volume do fornecimento, o que estaria ameaçando a plantação. Como alternativa, alguns atingidos tentaram furar poços artesianos. A captação subterrânea é autorizada pelos órgãos ambientais para quem está a mais de 100 metros da margem do rio. Mas nem sempre essas tentativas são bem sucedidas.

O fornecimento de água tem sido feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), empresa estatal responsável pelo abastecimento da maioria das cidades mineiras. Segundo a estatal, entre janeiro de 2019 e julho de 2020, foram distribuídos mais de 800 milhões de litros de água potável às 16 comunidades. Este volume, captado em três estações de tratamento situadas nos municípios de Juatuba, Pompéu e Curvelo, é transportado diariamente por meio de 50 caminhões pipas.

Entre as medidas que a Vale vem adotando para melhorar a qualidade da água, está a instalação de duas novas estações de tratamento de água. De acordo com a mineradora, as obras já foram concluídas e permitiram, até o julho de 2020, a devolução ao Rio Paraopeba de 15 bilhões de litros de água limpa. Também está sendo concluída a instalação de 250 filtros de alta performance para tratar a água de poços subterrâneos que atendem a 10 mil pessoas que vivem nas comunidades ribeirinhas. Exclusivamente para 70 produtores rurais que tiveram impacto na sua produção, a Vale se comprometeu a construir 120 poços exclusivos até o fim do ano. 

O mais novo programa se volta para a agricultura familiar nos municípios de Brumadinho e Mário Campos. Espera-se que sejam atendidas, em uma primeira fase, 50% das 583 propriedades dos dois municípios que foram mapeadas no último senso agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A adesão, no entanto, é voluntária. A Vale acredita na receptividade, pois afirma que a proposta leva em conta diálogos com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mário Campos, a Associação dos Produtores Rurais de Brumadinho (Asprub) e o Assentamento das Pastorinhas. Também foram ouvidas as secretarias de agricultura dos dois municípios e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), estatal do governo mineiro.

"É um programa que ainda está bem no início. Temos participado das reuniões. Está tendo espaço de conversa para colocarmos as necessidades reais", pondera Elisa Milanez, produtora do Assentamento das Pastorinhas, que reúne 20 famílias de Brumadinho que plantam verduras e legumes.

Poderão ser beneficiadas tanto propriedades que estão na área diretamente afetada, como aquelas que estão distantes da mina Córrego do Feijão. Um dos destaques de Brumadinho hoje é a produção de mexerica. Já Mário Campos, tem uma produção considerável de verduras.

Os participantes contarão, ao longo de três anos, com uma consultoria direta de agrônomos, veterinários, engenheiros e outros profissionais. E receberão auxílio para melhoria do processo de produção e cumprimento de regras, por exemplo, em relação ao controle dos níveis permitidos de agrotóxicos.

"A redução do uso de defensivos agrícolas será inclusive uma meta, o que pode agregar valor aos produtos", diz Luiz Augusto Bronzatto, analista da gerência de fomento econômico da Vale.

O programa também se preocupará com a cadeia de comercialização, através da criação de marcas, rótulos, códigos de barra e embalagens para melhor acondicionamento. Prevê ainda estímulo para a organização de cooperativas, disponibilização de material de divulgação e apoio para participação em eventos gastronômicos.

Rastreabilidade

Todos os objetivos do programa estarão interligados na aplicação da rastreabilidade da produção agrícola das propriedades, que é uma exigência legal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2018. Ela possibilita, através de um QR Code, identificar a origem do alimento e acompanhar a sua movimentação.

A mineradora acredita que a mudança beneficia os agricultores, pois trará mais confiança em relação ao produto.

"Não adianta a Vale fazer milhões de análises do solo e publicar que as pessoas não vão acreditar. Existe uma questão de credibilidade dos dados gerados sobre contaminação que dificulta a desmistificação em torno da contaminação. A rastreabilidade traz mais segurança porque permite checar a qualidade daquele produto especificamente", avalia Flávia Soares, gerente de fomento econômico da Vale.

As prefeituras das cidades atingidas têm reivindicado, nas negociações em torno das indenizações, apoio da mineradora e do estado para diminuir a dependência da mineração.

Qualidade da água

A qualidade da água do Rio Paraopeba vem sendo monitorada pelo Instituo de Minério e Gestão das Águas (Igam). Desde a tragédia, boletins do órgão ambiental revelaram que níveis de chumbo e mercúrio, por exemplo, se elevaram embora não fizessem parte da composição do rejeito.

"O mercúrio total, que não tinha sido detectado historicamente na bacia do Rio Paraopeba, passou a ser identificado em valores também acima do permitido pela legislação logo após o rompimento da barragem. A presença desses contaminantes está associada ao arraste de materiais que se misturaram à lama durante a passagem da frente de rejeito", apontou relatório do Igam.

Para intensificar ações vinculadas à constatação, reparação ou compensação dos danos, o Igam e outros órgãos ambientais do governo mineiro costuraram um acordo com a Vale para contratação temporária de 40 profissionais. Paralelamente, a mineradora dá andamento ao programa Marco Zero anunciado no início do ano, que prevê a reconstituição das condições originais do Ribeirão Ferro-Carvão e a revegetação com plantas nativas da região das matas ciliares, além da recuperação do Rio Paraopeba.

No mês de agosto entrarão em funcionamento oito dessalinizadores no interior de Pernambuco, atingindo uma população de cerca de 208 mil pessoas que terão acesso a água potável. De acordo com o Governo de Pernambuco, quatro municípios receberão os equipamentos. 

O projeto contemplará a cidade de Bodocó e serão três sistemas em Cacimba Nova, Inhame e Lagoa Trancada. No município de Surubim serão beneficiados os povoados de Lagoa da Vaca e Capoeira do Milho. Já Venturosa receberá dois equipamentos, no Sítio Ouro Branco e na comunidade Pedra Fiche. Exu, por sua vez, terá o Sítio Barrilha contemplado.

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Ao todo, o estado somará 230 sistemas de dessalinização, alcançando a produção de um volume superior a 140 mil litros de água potável por hora. Com isso, a população rural terá acesso a esse benefício. 

Cerca de 750 milhões de pessoas no mundo vivem sem acesso à água potável, o que resulta na morte de mais de 500 mil crianças por ano, informa comunicado divulgado hoje (18) pela organização Plan Internacional.

Por ocasião do Dia Mundial da Água, que será comemorado domingo (22), a organização não governamental (ONG) de proteção aos direitos da infância lembrou que o recolhimento de água é um trabalho de mulheres e, sobretudo, de crianças, na maioria dos países em desenvolvimento da África, Ásia e América.

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A falta de água de qualidade e potável "agrava a pobreza dos países em desenvolvimento" e causa "subnutrição e morte", comenta. "Uma criança morre por minuto devido à falta de acesso à água limpa", destaca o comunicado.

No ano passado, a Plan Internacional investiu mais de 42 milhões de euros em projetos de água e saneamento e na melhoria de instalações sanitárias de mais de 800 mil famílias. "Embora a meta fixada pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), de 89% de cobertura de água potável em nível mundial, tenha sido alcançada em 2012, ainda há 45 países que não conseguiram chegar a esse objetivo e não deverão atingí-lo até 2026", de acordo com os cálculos da ONG.

A diretora-geral da Plan Internacional na Espanha, Concha Lopez, garantiu que "o acesso à água potável em uma comunidade melhora de forma decisiva aspectos como a educação e a igualdade de gênero".

Lopez acrescentou que ter um ponto de água próximo de casa "melhora os índices de presença na escola e contribui para o cumprimento de outro ODM: garantir a educação primária universal".

Os programas dessa organização estendem-se a projetos contra doenças como a malária ou a cólera em vários países, como a região de Kayes, no Mali, onde uma de suas iniciativas, financiada pela União Europeia, contribui atualmente para a distribuição de água de qualidade a cerca de 20 mil pessoas.

Da Agência Lusa

O bilionário americano, cofundador da Microsoft e filantropo Bill Gates anunciou, nesta semana, que investiu na construção de uma máquina que permite extrair água potável a partir de fezes humanas. Segundo Gates, este reaproveitamento do que hoje é tratado como lixo pode salvar um grande número de vidas.  

A máquina responsável por transformar fezes em água, batizada de Omniprocessor, foi desenhada e construída pela Janicki Bioenergy, que recebeu recursos da Fundação Bill & Melinda Gates. Atualmente, o processo está em fase de testes em Seattle, nos Estados Unidos, mas logo deverá ser reproduzido também no Senegal.

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Por lá, o Omniprocessor poderá processar dejetos de até 100 mil pessoas e produzir até 86 mil litros de água potável por dia, além de gerar 250 kw de eletricidade.

A máquina aquece o excremento humano a uma temperatura de 1.000ºC para extrair água do material. Depois, o líquido é submetido a outros tratamentos para se tornar potável.

Ao fim do processo, as fezes humanas desidratadas são queimadas, produzindo energia em forma de calor. Esta força elétrica pode ser reutilizada para que o processo de extração de água comece novamente. Segundo Gates, a Omniprocessor atende a todos os padrões de emissão estabelecidos pelo governo dos Estados Unidos. 

Gates fez questão de provar a água resultante do processo. “A água tem um gosto tão bom quanto a extraída de qualquer outra garrafa. E, tendo estudado a engenharia por trás do processo, eu ficaria feliz de bebê-la todos os dias. É uma fonte muito segura”, afirmou em seu blog

Confira o processo:


Um total de 748 milhões de pessoas não tem acesso a água potável de forma sustentada em todo o mundo e calcula-se que outros 1,8 bilhão usem uma fonte que está contaminada com fezes, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo mostra que 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento adequado e que 1 bilhão defecam ao ar livre, nove em cada dez, em áreas rurais. Os dados constituem as principais conclusões do relatório Glass 2014, estudo feito a cada dois anos pela OMS cujo título, este ano, é investir em água e saneamento, aumentar o acesso e reduzir as desigualdades.

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O texto informa que o acesso a água potável e ao saneamento adequado tem implicações num amplo leque de aspectos, desde a redução da mortalidade infantil, passando pela saúde materna, o combate às doenças infecciosas, a redução de custos sanitários e no meio ambiente.

O estudo mostra que, nas duas últimas décadas, 2,3 bilhões de pessoas conseguiram ter acesso às fontes de águas melhoradas. No mesmo período, o número de mortes de crianças devido às doenças diarreicas – relacionadas com o saneamento precário – caiu de 1,5 milhão em 1990 para 600 mil em 2012.

“Claro que podemos dizer que se melhorou muito, mas 600 mil crianças continuam a ser um número muito elevado”, disse, em entrevista, Maria Neira, diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS.

Segundo dados da OMS, se o acesso a água potável fosse melhorado e se fossem implementados serviços de saneamento adequado, as mortes por diarreia poderiam ser reduzidas em cerca de 70%. O estudo calcula que a cada dólar investido em serviços de água e saneamento pode-se obter um retorno de 4,3 dólares, com a redução dos custos de saúde, o aumento da produtividade no trabalho e a criação de novos empregos em indústrias relacionadas com a gestão de resíduos.

“A água e o saneamento são temas básicos de direitos humanos e têm um componente de gênero essencial. No mundo são, majoritariamente as meninas que vão buscar água, o que as impedem muitas vezes de frequentarem à escola”, disse Maria Neira.

Tem início nesta terça-feira (11) uma nova fiscalização na qualidade da água dos carros pipa, visando a garantia de segurança para quem for receber o produto. A ação faz parte do Programa de Monitoramento e Fiscalização da Água de Carros Pipa – Água Pura, que visa fortalecer a vigilância sanitária em ações de fiscalização de produtos e serviços de interesse à saúde, como as atividades relacionadas ao abastecimento de água através de veículos.

As ações serão realizadas através de barreiras sanitárias instaladas nas principais rodovias do Estado, e hoje será no trevo da BR 232 com a PE 180, em Belo Jardim. O programa é desenvolvido e coordenado pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) com apoio das Vigilâncias Sanitárias Municipais, Polícia Militar de Pernambuco, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Exército Brasileiro e CODECIPE.

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“O principal objetivo do programa é desenvolver ações de vigilância sanitária relacionadas à inspeção, rastreamento e monitoramento da qualidade da água fornecida através de carros pipa, fortalecendo a segurança do produto ofertado, e garantindo à população da região do semi-árido pernambucano o acesso à água com padrão de qualidade compatível com o estabelecido na legislação vigente”, explica o Gerente-Geral da Apevisa, Jaime Brito.

Seca – Após um período de seca considerado o pior há 40 anos, registrado em 2012, Pernambuco conta com 128 municípios em Situação de Emergência pela Seca 2012/2013, atingindo 1.427.681 habitantes. Essa situação tem elevado a ocorrência de casos, surtos e óbitos por Doenças Diarreicas Agudas (DDA) na população, e Pernambuco apresentou-se em zona epidêmica. 

A operação Água Legal está sendo realizada pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) nesta quinta-feira (9), em parceria com a Delegacia de Prevenção e Repressão aos Crimes Contra o Consumidor. Onze equipes da órgão compostas por 22 técnicos e 11 policiais civis estarão no combate à comercialização errada de água potável.

“A operação visa combater o envase de água potável em chafarizes, utilizando botijões para água mineral. A lei proíbe o envasamento, distribuição ou comercialização de água potável natural em garrafões de dez ou vinte litros”, afirma Jaime Britto, gerente geral da Apevisa.

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Onze localidades de Recife, Jaboatão e São Lourenço da Mata, situadas na Região Metropolitana do Recife (RMR), serão visitados. “Os locais onde estejam sendo realizada essa prática, serão interditados e autuados pela Apevisa e os responsáveis serão conduzidos à delegacia, pois trata-se de crime contra o consumidor”, afirma ainda Britto.

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