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A noite do peso do Abril pro Rock 2015, neste sábado (25), levou ao palco dois grandes nomes do hardcore nacional, Dead Fish e Ratos de Porão. Juntas as duas somam quase 55 anos de muito HC. Elas mostraram, com grandes apresentações esta noite, porque estão há tanto tempo na estrada arrastando cada vez mais fãs. 

A capixaba Dead Fish entrou no palco e encontrou uma plateia sedenta pelo seu som. A banda não deixou por menos, mandou uma música atrás da outra sem dar tenpo pra ninguém pegar fôlego. Zero e um abriu o setlist e a roda punk ficou cada vez maior no centro do Chevrolet Hall. Depois,Paz Verde, Mulheres Negras, Autonomia e Joga o Jogo, entre outras, fizeram trilha sonora para vários moshes.

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Alguns fãs mais exaltados se jogavam na área restrita em frente ao palco causando uma pequena confusão com os seguranças da casa. Uma das fotógrafas que trabalhava no espaço acabou se machucando ao levar alguns empurrões.

Mas nem este ligeiro transtorno nem um pequeno problema de som, ignorado pelo público que cantava em coro todas as canções e rapidamente solucionado pela produção, tirou o brilho e o vigor da apresentação do Dead Fish, encerrada com louvor com as músicas Afásia e Sonho Médio.

Ao sair do palco, o vocalista Rodrigo comemorou o retorno ao Recife: "Fazia uns 3, 4 anos que não tocávamos aqui. Recife é Recife, tem o público mais quente do mundo. É brutal, os moleques têm muita energia", disse, e brincou com o fato de ter dividido o público com grandes bandas de metal: "No meio dessa metaleira toda deve ter sido um desafio (pros fãs)".

Após o HC do Espírito Santo, foi a vez da Ratos de Porão dar seu show. Grande parte do público esperava principalmente pela banda. O casal Diogo Henrique e Kyssia Carla estavam ansiosos em assistir à apresentação da banda. "Esse é o meu 17º ano de APR, minha expectativa é ver o Ratos", disse Diogo. A banda não decepcionou os fãs e fez uma apresentação cheia de grandes clássicos.

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Neste sábado (25), a segunda e última noite do Abril pro Rock 2015 lotou o Chevrolet Hall de gente vestindo camisas pretas e calçando coturnos. Este é o dia de peso do festival e subiram ao palco grandes nomes do metal e do hardcore como Dead Fish, Ratos de Porão, Almah, Câmbio Negro HC e Marduk.

Psicodelia e rock´n´roll na primeira noite do APR 2015

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A pernambucana Lepra abriu a noite já em 220 volts. O público ainda era pequeno quando o grindcore da banda tomou conta do Chevrolet Hall, mas a energia do show já dava pistas do que viria a seguir. A segunda banda foi a potiguar Cätärro, que mandou seu som pesado.

A Hate Embrace assumiu o palco em seguida. Também de Pernambuco, a banda empolgou o público com seu death metal carregado de referências nordestinas e vocais guturais.

Em seguida foi a vez da Almah, projeto do cantor Edu Falashi, se apresentar pela primeira vez no APR. Os paulistas subiram ao palco ao som da trilha sonora de Darth Vader, enquanto a plateia gritava ansiosa. Com vocais agudos e consistentes, Edu Falaschi fez a alegria dos fãs do Angra, sua ex-banda, ao cantar a música Heroes of Sand.

Saravá metal

Uma roda punk logo se formou assim que os cariocas do Gangrena Gasosa - autodenominados como a primeira banda de 'saravá metal' do mundo - começaram a tocar. Aclamados pelo público, que esperou bastante pela primeira apresentação da banda no Nordeste, os músicos levaram a galera ao delírio aparecendo vestidos como entidades de religiões de matriz africana como Exu Tranca Rua e Zé Pelintra. No palco, aguidares com velas e farofa simulavam um despacho e o coro da plateia foi alto em todas as músicas do show.

Ao fim da apresentação, o vocalista Angelo explicou a proposta da Gangrena: "É a tradução do metal para o Brasil. Nosso objetivo é trazer a galera para dentro da cultura brasileira". Sobre tocar em Pernambuco, lugar de forte tradição de Xangô e outras religiões de matriz africana, Angelo confessou que houve um certo "frio na barriga" mas ficou impressionando ao ver a resposta positiva da plateia: "Por aqui estas religiões são muito fortes então tentamos fazer nosso melhor, felizmente o público entendeu", disse.

O deathmetal baiano da Headhunters manteve a energia do sábado em alta voltagem depois da apresentação da Gangrena Gasosa. Em seguida os paulistas da Project 46, também muito aguardados pelo público, mostraram a força do seu new metal.

OS MAIS ESPERADOS

Foram três 'lapadas', uma atrás da outra. Como se os shows anteriores não tivesse sido suficiente para fazer o suor dos metaleiros e punk rockers pingar, as bandas mais esperadas da noite, Dead Fish e Ratos de Porão, apresentaram-se em sequência.

Os capixabas da Dead Fish destruíram com o seu hardcore afiado. A roda logo se formou e os fãs fizeram coro com os sucessos como Mulheres Negras, 3º mundo, Joga o Jogo e Afásia. Em seguida, João Gordo e a Ratos de Porão fizeram a maior parte dos presentes no Chevrolet Hall se espremerem junto ao palco. E o hardcore clássico da Câmbio Negro HC fechou a tríade do hardcore do sábado. 

Coube às gringas Coroner, da Suiça, e Marduk, da Suécia, encerrarem a segunda noite da 23ª edição do Abril pro Rock. Este ano, o festival, que teve três noites de grandes shows comprovou porque é considerado um dos maiores festivais de música do Brasil. E ainda marcou um feito respeitável: alcançou a marca de 500 shows realizados.

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As bandas representantes do som pesado de Pernambuco provaram, na segunda e última noite do Abril pro Rock 2015, neste sábado (25), que a música do Estado vai muito além do frevo e do maracatu. Lepra, Hate Embrace e a veteraníssima câmbio Negro HC mostraram todo o peso de seu som e agradaram ao público dos camisas pretas que compareceu ao Chevrolet Hall.

A Lepra mostrou o seu grindcore, um som rápido, ríspido e caótico, como a própria banda define. Influenciada pelo hardcore dos anos 1980 e no som anárquico do movimento punk, a Lepra abriu a segunda noite do APR e conseguiu empolgar o público que ainda chegava no Chevrolet Hall. Após o show, Marcelo S. Ximenes, baterista da banda, comemorou a participação no festival: "Viemos do underground e hoje o pessoal está abrindo este espaço pra gente, isso é massa", disse. A Lepra completou 10 anos de carreira em abril de 2015 e tocar no festival foi o presente, "Comemoramos hoje, aqui.", disse Marcelo.

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Já o Hate Embrace levou ao palco do APR todo o vigor do seu death metal. Formada em 2008, o som da banda chama atenção por abordar temas históricos, lendas e folcores com uma roupagem pesada e vocais guturais. "O APR sempre é o ponto alto para uma banda underground", disse após o show o vocalista George Queiroz. A resposta do público superou as expectativas dos músicos. "A gente tem tocado mais fora do que aqui no Recife, mas a resposta do público foi melhor que o esperado", completou George.

Referência

A Câmbio Negro HC já tem o nome firmado na história do underground nacional. Ela foi uma das primeiras bandas de hardcore de Pernambuco. Formada em 1983, fez história e escola dentro do segmento. No show do APR 2015, a Câmbio Negro HC celebra os 25 anos do seu primeiro disco, gravado ainda no formato LP, Espelho dos Deuses.

Na apressentação, o disco foi tocado na íntegra para um público que, talvez em sua maioria, ainda nem tinha nascido quando os caras da banda já instigavam muitas rodas de pogo nos shows do cenário undergorund. Para a apresentação comemorativa no Abril pro Rock, o baterista Nino - único integrante da formação original - convocou Ajax, da banda Os cachorros, para assumir os vocais, e Marco Antônio e Jean Duarte, ambos da Decomposed God, para a guitarra e o baixo, respectivamente.

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