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Médicos residentes do 2° Ano de Anestesiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) reclamam da contratação de profissionais inexperientes para a supervisão e até de ausência deles em plantões, o que prejudicaria o atendimento dos pacientes. Os residentes já falam em paralisação e denunciaram a situação em carta ao HC, ao Sindicato dos Médicos e ao Ministério Público. O HC afirma estar checando as informações e diz que as empresas contratadas são avaliadas diariamente.

A carta, apócrifa, diz que residentes sem supervisão chegaram a cuidar de quatro salas cirúrgicas simultaneamente, sendo que "mesmo um formado não poderia, ética e juridicamente, anestesiar mais de um paciente". Pacientes neurocríticos foram erroneamente sedados, afirmam, com sevoflurano (medicamento que dá perda de consciência suave) em doses altas, o que "comprovadamente piora o desfecho neurológico pelo aumento da pressão intracraniana".

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Os episódios envolveriam também crianças e recém-nascidos "anestesiados por assistentes que há anos não atuam em ambiente de urgência e emergência, e que podem incorrer em inúmeros erros de medicação e condutas". Segundo os residentes, os casos ocorreram no Pronto-Socorro Cirúrgico do Instituto Central, referência estadual. É neste local onde são realizados os plantões dos estudantes de primeiro e segundo ano de residência médica. "É uma experiência ímpar para nós e para os residentes de especialidades cirúrgicas, o que nos prepara para atender pacientes extremamente graves, principalmente politraumatizados", diz outro trecho da carta.

Nesse contexto, residentes afirmam que pacientes são prejudicados, pois não recebem a "assistência necessária, correta e merecida". O texto diz que foram feitos relatos à preceptoria da Residência Médica e aos chefes do serviço, e que outras áreas do hospital, como enfermagem, teriam testemunhado as irregularidades.

TERCEIRIZAÇÃO

O Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp) aponta que as reclamações dos médicos residentes do HC se tornaram mais comuns com o avanço da terceirização na contratação de anestesiologistas no local. Segundo a entidade, os anestesiologistas são profissionais que trabalham por plantão, sem prática laboratorial e que ficam à disposição para trabalhar nas cirurgias, o que facilita a terceirização.

Os representantes do sindicato também apontam um prejuízo educacional para os futuros médicos. Afirmam que os profissionais terceirizados não atuam como preceptores, com compromisso com o ensino, mas apenas como prestadores de serviços.

'Contratados são avaliados diariamente', afirma HC

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) afirma que as informações apontadas em carta apócrifa estão sendo checadas. Segundo a direção, o HC mantém quadro próprio de anestesiologistas, recentemente reforçado por outros profissionais de empresas terceirizadas para garantir a assistência à população, especialmente com a retomada dos procedimentos cirúrgicos eletivos após o período mais crítico da pandemia, em que estes tiveram de ser suspensos.

"As empresas contratadas são especializadas e avaliadas diariamente pela coordenação do HC, não havendo até o momento nenhuma evidência de queda da qualidade do atendimento prestado aos pacientes", diz o hospital. "O HC garante que todos os protocolos de segurança assistencial são adotados e o número de anestesistas é constantemente ajustado à demanda, prevendo que o profissional atenda um paciente por vez, conforme Resolução 2174/2017 do Conselho Federal de Medicina."

O centro médico paulistano é referência para todo o Estado de São Paulo e recebe casos de urgência e emergência, incluindo os pacientes transportados pelos helicópteros Águia da Polícia Militar.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Residentes do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, denunciam a ocorrência de cabelos, larvas e carrapato na comida servida nos restaurante universitário. Os estudantes de pós-graduação usaram as redes sociais para denunciar o problema que, segundo eles, teria começado após a troca da empresa terceirizada que produz e fornece as refeições no local. 

Uma residente, que preferiu não se identificar, relatou, em entrevista ao jornal O Popular, em outubro de 2022 percebeu que a comida estava com um aspecto de estragado e com o odor forte. Na ocasião, a jovem solicitou à nutricionista responsável para descartar a refeição. “Então, uma colega encontrou um cabelo, outro achou um carrapato na salada e outro achou uma larva no peixe. Esses episódios não foram no mesmo dia, foram eventos separados e com pessoas diferentes”, afirmou. 

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Por meio de nota enviada à imprensa, o Hospital das Clínicas de Goiás (HC/UFG) afirma que a produção e fornecimento de refeições são realizados pela empresa terceirizada Mais Sabor Gestão em Alimentação Ltda. A unidade alega que instaurou um processo administrativo para apurar a responsabilidade da empresa e aplicar as punições cabíveis. Já a empresa responsável pelo preparo da comida preferiu não se posicionar sobre o assunto.

Consultas, exames e as cirurgias eletivas do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) continuam suspensos nesta quarta-feira (1º). Ficam garantidos os atendimentos ambulatoriais nos setores de oncologia, transplante, hemodiálise e sala de infusão, bem como a realização das cirurgias de urgência.

O serviço administrativo será retomado de forma presencial. As chefias dos setores com funcionamento suspenso podem requisitar a presença de funcionários, observando as possibilidades de cada um para comparecer ao hospital. 

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Segundo a Superintendência do HC, a equipe de infraestrutura do hospital continua atuando para avaliar e minimizar os problemas causados pelas chuvas na unidade de saúde. A cada 24 horas, uma nova avaliação é feita tendo em vista a retomada integral dos serviços de assistência do hospital.

Reagendamento

Os pacientes com interconsultas ou exames agendados pela Central de Marcação do HC devem enviar um e-mail para o endereço  reagendamento.hcpe@gmail.com com as seguintes informações: nome, número do prontuário, especialidade ou exame perdido e número de telefone para contato.

As pessoas que moram longe do Hospital das Clínicas e não tem acesso a internet, pode solicitar o envio pela secretaria municipal, por agentes de saúde e por profissionais de unidades básicas próximas às suas casas, por exemplo.

Quem mora próximo ao HC, pode comparecer ao hospital para a remarcação no mesmo local em que havia agendado anteriormente.

As pessoas agendadas para primeira consulta no HC (Regulação) devem entrar em contato com a Secretaria de Saúde do município. Já aquelas agendadas para consultas de retorno devem procurar o ambulatório específico para reagendamento por telefone.

Quem não souber o telefone do ambulatório pode ligar para a central (81) 2126.3633, que será redirecionado. 

*Com informações da assessoria

O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP informou nesta quarta-feira, 2, que está investigando um caso de mucormicose, doença conhecida como "fungo preto". O paciente está na faixa dos 30 anos e tem histórico de infecção pelo novo coronavírus.

O hospital disse que não vai divulgar detalhes sobre o caso porque ainda não foi autorizado a fazer isso pelo paciente ou por sua família. Segundo o HC, o Ministério da Saúde só será notificado sobre o caso se a doença for confirmada.

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Outro caso de fungo preto está sendo investigado em Santa Catarina. O paciente, de 52 anos, tem como comorbidades diabete e artrite reumatoide. Ele começou a ter sintomas gripais em 20 de fevereiro deste ano e, três dias depois, teve o diagnóstico para covid-19. Em março, no dia 19, ele precisou ser internado em um hospital particular por ter apresentado fraqueza generalizada relacionada com a covid-19 e teve alta no início do mês passado.

Casos de "fungo preto" foram detectados em pacientes na Índia e a relação da doença com pacientes imunodeprimidos diagnosticados com a covid-19 é investigada.

Especialistas acreditam que o fungo pode estar infectando pacientes com covid-19 com sistema imunológico já enfraquecido e que comorbidades, principalmente diabetes, fazem com que eles fiquem mais vulneráveis. Outra linha analisa se o uso de esteroides durante a internação por estar relacionada com a condição.

Xuxa Meneghel publicou em suas redes sociais, nesta quinta (25), um vídeo fazendo um verdadeiro apelo para que a população faça sua parte no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Relatando uma história fictícia, ela alertou para os riscos do não cumprimento dos protocolos de segurança neste que já é considerado o pior momento da crise sanitária no Brasil. 

No vídeo, Xuxa relata ter ido a uma festa e, na volta, encontrado com sua mãe idosa que acabou sendo infectada pelo coronavírus e morrendo em seguida. "Eu matei a minha mãe”, diz.  A história fictícia foi usada como mote para reforçar a importância de se prevenir e colaborar com a contenção da pandemia no país: “Isso acontece todo dia, toda hora. A gente não é só um número, temos nomes. Não é ‘mimimi’, fica em casa”. O companheiro da apresentadora, o cantor Junno, também participou da ação publicando um conteúdo semelhante em seu perfil.

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A campanha #canceleacovid está sendo levantada por médicos, infectologistas e diretores do Hospital das Clínicas de São Paulo, que pediram a ajuda de artistas e influenciadores para reforçar sobre a gravidade da situação junto ao público. Vários desses profissionais também participaram de um vídeo, no qual pedem a ajuda dos famosos. “Precisamos de vocês, todos os influenciadores, todas as celebridades que possam vir nesta jornada da vida, influenciando, comunicando, fazendo uma comunicação massiva”, diz Antonio José (Tomzé), CEO do HC. 

Após perder a guarda da filha adotiva nessa quinta-feira (25), a família de Vivi, de apenas nove anos, conseguiu um habeas corpus e permanece com a criança até novo julgamento no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Após aguardar anos na fila e cumprir os trâmites de adoção, a família a retirou de um abrigo, o qual ela havia sido acomodada por sofrer maus-tratos dos parentes biológicos.

A desembargadora Maria das Graças Silva Albergaria dos Santos Costa, da Vara de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), retomou a guarda de Vivi para a avó paterna. Ela mora com o pai biológico da garota, que cumpre prisão domiciliar devido à Covid-19, por envolvimento no assassinato do próprio pai, avô da criança. A mãe fugiu após o crime.

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A determinação de reinserir a criança na família biológica após seis anos foi duramente criticada por juristas, organizações de apoio à adoção e, inclusive, pela própria ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Com duas decisões negativas no TJMG, a batalha judicial foi elevada ao STJ e a família propõe que, caso não consiga a guarda definitiva na instância, vai levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles alegam que a legislação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi desrespeitada e o bem da criança está sendo negligenciado.

Os pais Carolina e Manuel advertem que a postura da Justiça enfraquece o processo de adoção no Brasil. Para mobilizar a população em apoio à causa, eles levantaram um abaixo-assinado virtual com objetivo de recolher 500 mil assinaturas. Até o momento, mais de 351.500 mil pessoas já se cadastraram.

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Um paciente com Covid-19 que veio de Manaus, Amazonas, na última terça-feira (26), para se tratar no Recife, não resistiu à infecção e morreu no Hospital das Clínicas (HC) nesta quarta-feira (27). Ao todo, desde o último final de semana, Pernambuco já recebeu 26 pacientes do Amazonas enviados pelo Ministério da Saúde.

A Secretaria Estadual de Saúde detalhou que dois pacientes que vieram de Manaus, e estavam internados no HC, foram transferidos para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Referência à Covid-19 unidade Boa Viagem, Zona Sul do Recife, antigo Alfa.

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São dois homens com 53 e 42 anos de idade. Eles estão passando por exames de avaliação e sendo acompanhados pela equipe multiprofissional do hospital. Os dois manauaras estão conscientes e com quadro de saúde considerado estável, recebendo suporte de oxigenação por máscara não reinalante.

A secretaria aponta que esses dois pacientes se juntam aos outros 11 amazonenses que já estão sendo monitorados pela equipe que atua na terapia intensiva do serviço, sendo oito homens e três mulheres, com idades entre 35 e 64 anos. 

Três desses manauaras apresentaram piora e precisaram ser intubados; cinco estão estáveis, mas recebem suporte de oxigenação; três respiram sem ajuda de aparelhos e evoluem bem clinicamente. 

Desse grupo, seis foram levados para a unidade ontem, e os outros cinco, os primeiros a chegar do Amazonas, chegaram no serviço na noite do último sábado (23). Ao todo, 13 pacientes amazonenses estão internados no Hospital Alfa. Outros 12 amazonenses estão internados no Hospital das Clínicas.

Um salão do centro de convenções do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP se tornou o primeiro posto de imunização contra a covid-19 no País. Entre selfies e comentários animados, profissionais da linha de frente vacinam e são vacinados em ritmo que deve alcançar até mil doses por hora, com a meta de atender os cerca de 28 mil trabalhadores da saúde do local até quinta-feira, 21, segundo Leila Letaif, médica da diretoria clínica do complexo hospitalar. Nesta segunda-feira, 18, foram aplicadas 750 doses.

A enfermeira residente Laís Martins, de 32 anos, chegou ao local no início da tarde desta segunda. Foi vacinada e, na sequência, já vestiu o jaleco para trocar de turno com colegas que participavam da campanha desde as 7 horas. "Vim para cá no mesmo trajeto que fiz a pandemia inteira, mas agora pensando que talvez daqui a um tempo a gente comece a não usar mais máscara, que as coisas vão ficar mais diferentes."

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Atuando no setor de psiquiatria, ela teve de exercer a enfermagem de outro jeito na pandemia, com mais distanciamento e menos toque. O contato com o paciente mudou muito, enquanto o coronavírus se tornou o assunto onipresente de todos os dias, com a preocupação constante de se proteger e proteger os pacientes. A palavra que define esse momento é esperança", resume.

Entre a equipe que vacinou Laís, estava a auxiliar de enfermagem Claudia Oliveira, de 53 anos, que emendou o plantão noturno com o voluntariado na campanha. Animada, com as unhas compridas e pintadas de rosa, pediu a uma colega para ser fotografada segurando o frasco da Coronavac. "Eu já me aposentei. Estou deixando um legado histórico, uma satisfação muito grande", comenta.

Ela critica aqueles que não estão convencidos da necessidade da imunização ou da gravidade da pandemia. "Se ficassem um dia no meu lugar, iriam valorizar, não iriam mais sair de casa", diz. "A gente não parou. Não teve o privilégio de fazer home office. A gente anda de máscara na rua e parece que é a gente que está errado. Onde moro, parece que não tem covid, tem uma festa atrás da outra, churrasco...", lamenta.

Claudia não entra na casa da mãe, Maria Aparecida, de 72 anos, desde o início da pandemia, embora ambas morem no mesmo terreno. Ela se descreve como o "orgulho da família" pelo ofício que exerce e, com o avanço da imunização, sonha com poder voltar a ficar pertinho da genitora e participar de eventos esportivos. "Também vou correr a São Silvestre pela quinta vez em 2021, se Deus quiser."

Outra profissional que atua na campanha é a enfermeira Cibele Gomes, de 35 anos, profissional do setor de educação continuada do complexo hospitalar. Há 12 anos no ofício, ela somente havia participação de imunizações quando estava na faculdade. Agora, se dividia com outras duas colegas entre aspirar as dose e aplicar a injeção. "É emocionante."

Campanha envolve diferentes trabalhadores da linha de frente

Entre os vacinados, há trabalhadores de diferentes setores da linha de frente, como a administradora Angelita Maximino, de 53 anos, que trabalha no Instituto de Psiquiatria. Voluntária na campanha de vacinação, veio com toda a equipe ser imunizada. "É uma coisa que vai ficar marcada." Já a oficial administrativa Maria Gorete Costa, de 47 anos, pediu para a equipe de enfermagem fotografasse o exato momento em que recebeu a primeira dose. "Quero mandar para a família. Quis me vacinar porque é uma forma de me proteger", comenta ela, que também é voluntária na campanha de vacinação.

O médico infectologista Marcello Magri, de 47 anos, disse também ter ficado emocionado com a experiência. "Vai dar mais segurança. A gente estava muito preocupado em pegar ou passar para alguém e, agora, tem a possibilidade de se imunizar, de se proteger e proteger os pacientes", descreve.

Sensação semelhante é descrita pelas enfermeiras Monica Rodrigues, de 28 anos, e Bruna Gonzales, de 32 anos, que começaram a trabalhar no hospital no mesmo dia, há três anos, e hoje também dividiram a experiência da imunização. "A vacina é um sopro de esperança para a gente, que viu tanta coisa pesada", comenta Monica.

Ambas trabalham na obstetrícia, em um setor que era mais habituado a boas notícias antes da pandemia e que teve que se adaptar para receber gestantes com covid-19. Até o momento da mãe pegar o recém-nascido no colo precisou mudar. "No início, principalmente, foi muito difícil, porque a gente não sabia o quanto afetava as gestantes", recorda Bruna.

Ao todo, a expectativa é vacinar cerca de 400 pessoas nesta segunda-feira, 18, como um piloto da megaoperação de terça-feira. No domingo, 112 profissionais de saúde receberam a Coronavac no complexo hospitalar, dos quais alguns tiveram a experiência como uma surpresa bem-vinda. "Era uma coisa que eu nem esperava. Eu vim ajudar a organizar", comenta Solange Fusco, enfermeira da gestão assistencial da diretoria clínica do HC. "Mas estava tão segura da importância, que nem senti nada (da injeção)."

Também nesta segunda-feira, 18, está previsto o início da aplicação em cinco hospitais-escola de Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto, Marília e São José do Rio Preto, no interior paulista. Essa etapa de vacinação no Estado de São Paulo é focada inicialmente em profissionais de saúde, indígenas e quilombolas. O cronograma original de vacinações do governo paulista previa que idosos acima de 75 anos comecem a ser imunizados a partir de 8 de fevereiro, mas o governo já admitiu que pode haver mudanças.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), está com 171 vagas abertas para o processo seletivo das Residências em Saúde 2021. Para participar, os interessados devem se inscrever até o dia 27 de dezembro por meio do site da banca organizadora da prova.

Estão sendo ofertadas oportunidades para os programas de alergia e imunologia, alergia e imunologia pediátrica, acupuntura, cirurgia bariátrica, ecografia vascular com doppler e reumatologia, obstetrícia e ginecologia, medicina da família e comunidade, enfermagem obstetrícia, enfermagem em emergência geral, entre outras. A taxa de participação varia de R$ 290 a R$ 490.

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O processo seletivo será composto por uma prova objetiva e análise curricular. Ao serem selecionados, os residentes trabalharão em uma carga horária de 60 horas semanais e ganharão uma bolsa de R$ 3.330,43. Para obter mais detalhes, acesse os editais no site da banca organizadora.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) está pedindo que o habeas corpus (HC) concedido ao padre Robson de Oliveira Pereira seja anulado e as investigações sejam retomadas. O HC foi concedido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e as investigações da Operação Vendilhões, iniciadas em agosto deste ano, foram trancadas em 6 de outubro.

Na época, o desembargador Nicomedes Borges, do TJGO, entendeu que a Associações Filhos do Pai Eterno (Afipes) era uma entidade privada e que não havia provas suficientes de que o dinheiro doado pelos fiéis era desviado para outras finalidades.  

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"Além de impedir o prosseguimento das investigações relacionadas aos recursos das Afipes, a decisão do HC acabou por trancar um procedimento investigativo que não tinha qualquer relação com o caso. Trata-se do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) nº 3/2018, que envolvia suspeita de conduta criminosa por parte de integrantes da Polícia Civil no caso da extorsão envolvendo o padre Robson, ocorrida em 2017", diz o MPGO. 

O órgão salienta ainda que, no seu entendimento, "este foi um dos efeitos mais graves decorrentes do julgamento do habeas corpus, em especial porque a decisão foi tomada sem a oitiva do MP. Ouviu-se apenas a juíza, que não tinha conhecimento do caso".

Além disso, o Ministério Público de Goiás afirma que novas provas produzidas ao longo das investigações foram desconsideradas. Os embargos de declaração foram direcionados ao relator do habeas corpus, o desembargador Nicomedes Borges.

Operação

O padre Robson é apontado como o líder de uma organização criminosa que chegou a desviar milhões de reais doados pelos fiéis. Ele estava sendo investigado pelos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica. 

O Ministério Público de Goiás chegou a apontar que estava sendo analisada uma movimentação financeira equivalente a R$ 1,7 bilhão. 

Pelo sexto ano seguido, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) irá promover uma ação para realizar cirurgias de reconstrução mamária em mulheres submetidas à mastectomia para o tratamento de câncer de mama.

A semana de Reconstrução Mamária será realizada a partir da próxima terça-feira (13), seguindo até o dia 17 deste mês, pelo Serviço de Cirurgia Plástica. A empresa Motiva Implantes, que irá fornecer as próteses. 

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Cinco mulheres que realizaram a mastectomia como parte do tratamento do câncer de mama serão acompanhadas pelo serviço. "A cirurgia de reconstrução mamária é um direito da mulher assegurado por lei e, além disso, integra o tratamento do câncer e lhe devolve a autoestima e qualidade de vida”, explica o chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HC, Rafael Anlicoara.

A Semana de Reconstrução Mamária integra uma série de ações em celebração ao Outubro Rosa no HC. Nos dias 14 e 15, acontecem ações educativas na Portaria 4 e em diversos outros locais do HC, com distribuição de material informativo, exibição de vídeos, distribuição de laços cor-de-rosa, além de uma campanha de arrecadação de lenços e produtos de higiene e de beleza a serem doados às pacientes.

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão virtual finalizada na sexta-feira (21), determinou o fim da superlotação em unidades do sistema socioeducativo de cinco estados: Pernambuco, Bahia, Ceará, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A decisão foi unânime, concedendo o que foi solicitado em Habeas Corpus (HC) de 2017 da Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES). Defensorias de outros estados pediram a inclusão na ação, por isso a decisão atinge cinco estados.

Em seu voto, o ministro relator Edson Fachin apresenta alternativas para diminuir a superlotação nas unidades que operam acima da capacidade. São elas: adoção de capacidade máxima, sendo preciso liberar um adolescente para entrar outro quando a unidade estiver lotada; reavaliação de adolescentes internados por infrações sem violência ou grave ameaça; transferência para unidades que não estejam lotadas.

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Caso as medidas anteriores sejam insuficientes ou não sejam possíveis, os adolescentes deverão cumprir medidas socioeducativas em meio aberto, como aplicação de advertência, regime de semiliberdade ou prestação de serviços comunitários. Se ainda assim não for possível encerrar a superlotação, o ministro sugere as internações domiciliares com monitoramento.

Além de decretar o fim da superlotação, Fachin estabeleceu o limite de 100% da lotação das unidades socioeducativas. Anteriormente, o mesmo ministro havia definido este número em 119%.

O relator não estabelece uma data específica para o fim da superlotação, mas sugere a criação de um Observatório Judicial de socioeducação para monitorar o cumprimento da decisão.

Em seu voto, Fachin traz dados de 2018 apontando que nove das 27 unidades da Federação têm taxa de ocupação acima dos 100%. São as seguintes: Acre (153%), Bahia (146%), Ceará (112%), Espírito Santo (127%), Minas Gerais (115%), Pernambuco (121%), Rio de Janeiro (175%), Rio Grande do Sul (150%) e Sergipe (183%).

"Nesse sentido, ainda que existam clamores ou sentimentos sociais na contramão do que se vem de assentar, pelo que já se expôs, é inafastável concluir que os deveres estatais de proteção nessa seara não podem ser simplificados, reduzidos e/ou perspectivados como mera exigência de ampliação do rigor e da severidade na imposição e execução das medidas socioeducativas aos adolescentes em conflito com a lei", escreveu Fachin.

O voto do relator foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. O quinto integrante da Turma, Celso de Mello, está afastado por motivos de saúde.

A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, seguiu o colega Edson Fachin e votou contra a concessão de habeas corpus em favor do ministro da Educação, Abraham Weintraub, no inquérito das fake news.

O recurso está sendo analisado em sessão virtual que teve início na semana passada e deve ser finalizada na próxima sexta, 19. Até lá, os ministros podem apresentar seus votos, que ficam disponíveis no sistema do STF. Por enquanto, apenas a dupla votou.

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O próprio Planalto, através do ministro da Justiça, André Mendonça, enviou o HC ao Supremo. O pedido veio após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ter sido chamado a prestar esclarecimentos sobre as declarações contra o STF na reunião ministerial de 22 de abril, mas se estende "a todos aqueles que tenham sido objeto de diligências" no âmbito das investigações.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comemorou nesta quarta-feira (20) os resultados do Hospital das Clínicas (HC), em funcionamento na capital paulista, que hoje alcançou a marca de mil pacientes graves recuperados após contaminação pelo novo coronavírus.

Segundo Doria, o HC irá dobrar de 10 para 20 a capacidade de leitos da UTI cardiológica dentro das próximas duas semanas. O governador anunciou também que o hospital terá, até o final do mês, 200 novos leitos de UTI dedicados ao coronavírus graças às doações de R$ 24 milhões em equipamentos e recursos financeiros de instituições privadas e à transferência de 100 respiradores oferecidos pelo Ministério da Saúde.

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De acordo com o governador de São Paulo, "inicialmente eram 200 leitos de UTI e 700 ambulatoriais" no prédio inaugurado para atender exclusivamente pacientes com o novo coronavírus.

A operação de guerra montada no Hospital das Clínicas de São Paulo para enfrentar a crise da covid-19 será intensificada a partir desta quinta-feira (9). Uma parceria do HC com a iniciativa privada deve garantir o funcionamento do esquema emergencial montado no Instituto Central do HC, com reforço de 900 leitos, para atendimento a pacientes com a covid-19. Um grupo de empresas, reunidas pelo banco BTG Pactual num projeto de investimento social, vai pagar o serviço de 140 anestesistas para viabilizar o funcionamento do novo complexo preparado na semana passada contra o novo coronavírus. O investimento no projeto social emergencial do banco para o HC já está na casa dos R$ 7 milhões.

"A previsão é de que o pico da crise seja atingido nos próximos dias", disse o superintendente do HC, Antônio José Rodrigues Pereira ontem. "Montamos um comitê para fazer a gestão das doações", explicou. Ele contou que a operação com o BTG Pactual vai permitir o funcionamento de mil plantões extras por mês, quase 12 mil horas de serviço dos profissionais.

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"O valor desse investimento social do banco já chega a R$ 55 milhões, R$ 50 milhões do banco, mais R$ 5 milhões que já captamos com parceiros", disse o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti. "Mas queremos que mais clientes nossos liguem para podermos ajudar mais gente", adiantou Sallouti, que coordena o esforço de ajuda ao sistema emergencial de combate à covid-19. Segundo ele, as empresas que já estão no projeto são Alupar, Cosan, HDI Seguros, Advent, Aegea e Perfin.

"Contratamos uma empresa de mão de obra qualificada de anestesistas, que podem atuar com a gente porque foram canceladas as cirurgias eletivas nos hospitais privados onde eles atendem normalmente", explicou Sallouti. O projeto de ações contra a expansão da covid-19 prevê quatro pontos: doação de materiais, ampliação de leitos de hospital, apoio à população carente e testagem em massa.

Com o auxílio dos anestesistas que hoje atendem nos hospitais Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Samaritano, o HC espera colocar o serviço em funcionamento no hospital montado na semana passada, quando o Instituto Central do HC foi preparado para atender os 900 pacientes, 200 deles em UTI. "Queremos ampliar isso para 350 leitos de UTI", disse o médico William Nahas, do HC. Segundo ele, diversas doações já chegam ao hospital. "É de emocionar, por exemplo, você ver que a pessoa chega ao HC para doar três caixas de luvas", disse. "Estão doando EPIs (equipamento de proteção individual), e até ovos de Páscoa para os servidores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (23), o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou a criação de uma rede de apoio e acolhimento em saúde mental voltada aos profissionais que estão trabalhando no enfrentamento ao novo coronavírus.

De acordo com a UFPE, entre os serviços de apoio aos funcionários do HC, estão atendimento psicológico e psiquiátrico, além de práticas integrativas e complementares em saúde, como reiki, por exemplo, entre outras. Informações sobre o fluxo de atendimento e instruções de como participar ainda serão divulgadas.

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Pernambuco foi o primeiro estado do Brasil a instituir uma política de saúde LGBT dentro da secretaria de saúde estadual. Desde então, alguns avanços nessa área já podem ser observados. Para a população LGBT falta muito a ser alcançado, ainda mais se tratando de um grupo que muitas vezes foge das unidades de saúde por conta do preconceito - as melhorias, entretanto, também são reconhecidas.

Atualmente, apenas duas cidades possuem ambulatórios especializados para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo: Recife e Camaragibe, na Região Metropolitana. A capital pernambucana possui atendimento no ambulatório LGBT Patrícia Gomes da Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste do Recife, e no ambulatório LBT do Hospital da Mulher do Recife, que atende lésbicas, bissexuais e transexuais. Em Camaragibe, foi inaugurado em 2018 o Ambulatório LGBT – Espaço Darlen Gasparelle.

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Segundo o coordenador estadual de Saúde LGBT, Luiz Valério, novos ambulatórios especializados devem surgir também no interior do estado. “Provavelmente até o final do ano teremos um ambulatório municipal de Caruaru. E em Serra Talhada a discussão está bem avançada”, comenta. Além desses, Valério destaca que também está sendo discutida a criação de ambulatórios LGBT em Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Petrolina. Nesta última, já há um médico desenvolvendo trabalho de hormonoterapia em um ambulatório da cidade sertanense.

Além dessas unidades municipais, o Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), possui o Espaço de Cuidado e Acolhimento Trans e realiza a cirurgia de redesignação sexual ou mudança de sexo, como é popularmente conhecida. O HC é o único hospital que oferece este serviço em Pernambuco e apenas outros quatro hospitais fazem o mesmo procedimento no país. Segundo informações, a fila de espera é tanta que os últimos estão com agendamento para daqui a 15 anos.  De acordo com o HC, atualmente são atendidas 308 pessoas, sendo 202 mulheres trans, 89 homens trans, 13 travestis e quatro intersexo. Até o momento, foram realizadas 38 cirurgias de redesignação.

O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), da Universidade de Pernambuco (UPE), possui também um ambulatório direcionado para a população trans. Inicialmente, o espaço foi criado com o foco no atendimento a homens trans, mas já atende a mulheres transexuais. O Hospital Oswaldo Cruz (Huoc), também da UPE, realizou a primeira mastectomia, cirurgia para retirada da mama, em 2017. Desde então não houve novos procedimentos e a assessoria da UPE informou que não há outros agendados, se devendo ao fato de o interessado precisar de acompanhamento de dois anos. Informações colhidas são de que a ausência de um cirurgião plástico na equipe fez com que o projeto, ainda piloto, necessitasse ser repensado.

O coordenador estadual de saúde LGBT, Luiz Valério, pontua que apesar do número reduzido de serviços especializados, os principais hospitais de Pernambuco já receberam orientações e a conscientização continua ocorrendo. Ele cita entre as unidades já ‘sensibilizadas’: Hospital da Restauração, Hospital Barão de Lucena, Hospital Getúlio Vargas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e instituições de Serra Talhada, Arcoverde, Petrolina e Caruaru.

Valério está na função há um ano e seis meses e percebe municípios mais hesitantes em implementar a polícia de saúde LGBT desde a mudança no governo federal. “A gente está vivendo um novo momento político. Há uma crescente do ódio e do retrocesso político. A gente tem visitado muitos municípios, através das gerências regionais de saúde, que convocam os secretários. Em alguns momentos, temos percebido um aumento na descrença da importância por parte de alguns profissionais. Muitos prefeitos se negam porque essa seria uma mancha na gestão. Mas nós dialogamos e mostramos comprovação de dados”, afirma.

O assistente social Henrique Costa, do Instituto Boa Vista, Ong voltada para a luta LGBT, afirma que Pernambuco é uma das capitais mais avançadas em termos de equipamentos de saúde para trans e homossexuais. Ele, porém, elenca questões consideradas preocupantes. O primeiro quesito seria a insuficiência de profissionais. Costa destaca, por exemplo, que Luiz Valério é quem faz o trabalho de conscientização em todo o estado. “Também tem a questão orçamentária. Não está claro quanto do recurso total de um ambulatório como o Lessa de Andrade tem sido direcionado para garantir a operacionalização do serviço para a população LGBT. Há também um desconhecimento de muitos usuários da existência desse serviço, principalmente entre os mais pobres, negros e de periferia. Não tem sido incomum encontrarmos pessoas que desconhecem completamente. E são do Recife, ou seja, potenciais usuários. Por fim, é necessário que a política de saúde caminhe com outras políticas, que haja integralidade, universalidade. A gente percebe que há esforço dos profissionais mas fica muito no âmbito individual. Quantas campanhas públicas com grande publicidade a gente vê desses serviços?” questiona.

Atendimento no Ambulatório Patrícia Gomes

Costa acrescenta ouvir que muitas pessoas não comparecem ao agendamento por falta de dinheiro para a passagem de ônibus. O LeiaJá visitou o ambulatório Patrícia Gomes, do Lessa de Andrade, e apenas uma pessoa que estava agendada havia comparecido. Duas delas faltaram por não ter como pagar a passagem. “A questão financeira é um divisor de águas para essas pessoas. Muitas vezes eu escuto dizer que elas vêm andando de um lugar muito distante porque não têm o dinheiro da passagem, como também deixam de vir. A gente fica muito triste quando não consegue dar conta dessa situação”, lamenta Ricardo Rodrigues, coordenador do ambulatório. Conforme Ricardo, as mulheres trans são as que vivem em situação financeira mais crítica.

O baixo comparecimento de pacientes naquele dia foi considerado atípico, apesar de tudo, segundo a diretora do Lessa de Andrade, Priscila Ferraz. “Nós oferecemos somente dois dias de ambulatório com cota de oito paciente, mas existe uma demanda reprimida. Tenho certeza que se a gente tivesse médico todos os dias, todos os dias teria paciente”, ela resume. O acolhimento no Patrícia Gomes ocorre de segunda a sexta no período da tarde, mas as consultas médicas são realizadas apenas nas terças e quartas.

A saúde LGBT trava uma batalha contra a automedicação de hormônio, que pode gerar sérios problemas de saúde. Grande parte dos pacientes atendidos no Patrícia Gomes vivem essa realidade. “A última pessoa que acabei de atender, Lorena, começou aos 13 anos a se hormonizar. Existem os riscos que ela correu o tempo todo, mas também é uma reflexão que a gente vai precisar fazer. Lorena tem uma boa passabilidade [termo usado para se referir a quanto uma pessoa trans consegue ‘se passar’ por um homem ou mulher cisgênero] porque começou a mexer nos hormônios na adolescência, que seria o ideal, principalmente para as meninas. Mas ela tinha pouco estudo”, destaca Rodrigo de Oliveira, responsável pelo serviço ambulatorial e especializado na medicina da família e comunidade.

O coordenador Ricardo Rodrigues complementa: “Antes mesmo dessas pessoas conhecerem um local com especialidade, elas já buscaram profissionais para enxergar como funcionam esses processos, mas muitas vezes eram locais de violações de direitos. Muitas vezes os profissionais não sabem como dar esse acesso, como abordar através das especificidades. Existe também muito preconceito, que faz com essas pessoas cheguem nesses espaços e nunca mais retornem. Acabam buscando informações de outras pessoas que já fizeram, conseguem retorno de imediato, a mama cresce rápido, mas de forma errônea. Muitas pessoas quando chegam aqui já estão fazendo o tratamento e com certo tipo de sequela ou patologia inicial”.

De maneira geral, todos defendem que os avanços na área são oriundos da luta de ativistas. “Essa política LGBT não se daria se não fossem os movimentos que resistem e resguardam essa população. As lutas existem porque a população LGBT está morrendo, sendo maltratada e machucada. Nós pagamos nossas contas, investimos nosso dinheiro, compramos pipoca no sinal, compramos carro, ar condicionado, pagamos imposto, também geramos dinheiro para essa nação e precisamos receber de volta cuidado e respeito. Vamos continuar resistindo a todo esse processo”, argumenta Luiz Valério.

Os nomes dos ambulatórios

Patrícia Gomes era uma travesti que residiu por mais de 20 anos no bairro da Guabiraba, no Recife. Com 28 anos conheceu o Grupo Gay Leões do Norte, iniciando a trajetória no movimento social LGBT de Pernambuco. Ela morreu no dia 23 de maio de 2011 aos 33 anos no Hospital da Restauração (HR) dias depois de ter participado de uma sensibilização com profissionais de saúde sobre respeito ao nome social e identidade de gênero no mesmo local. Foi enterrada como homem.

Darlen Gasparelle é fundadora do movimento trans de Pernambuco, conforme a Prefeitura de Camaragibe. Ela abandonou os estudos por conta do preconceito que sofria. Na época em que estudava, ela tinha que usar o banheiro dos professores, pois os estudantes não permitiam que ela usasse nem o de menino nem o de meninas. Ela queria cursar enfermagem, mas não conseguiu terminar o ensino médio.

Serviço

Espaço de Acolhimento e Cuidado Trans do HC

Avenida Professor Moraes Rego, 1235. Segundo andar do bloco E do HC, na sala 236, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

(81) 2126.3587

 

Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE)

(81) 3182-7708 e 0800-081-1108

Endereço: Rua Visconde de Mamanguape, S/N, Encruzilhada

 

Ambulatório LGBT Patrícia Gomes, da Políclínica Lessa de Andrade

Estr. dos Remédios, 2416, Madalena

Acolhimento de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. Atendimento médico na terça e quarta-feira.



Ambulatório LGBT Darlen Gasparelli

Rua Joaquim Cavalcante de Santana, no Bairro Novo do Carmelo, Camaragibe. Segunda à sexta-feira, das 8h às 17h

 

Respirar o ar de São Paulo por duas horas no trânsito é o mesmo que fumar um cigarro. Ao longo de 30 anos na capital, o pulmão dessa pessoa pode ficar igual ao de um fumante leve (que consome menos de dez cigarros por dia).

É o que revelam dados preliminares, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, de uma pesquisa inédita que busca comparar a exposição do paulistano durante sua vida à poluição do ar com os impactos do cigarro. O trabalho, liderado pelo médico patologista Paulo Saldiva, analisa corpos que foram levados ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) e mede a quantidade de carbono no pulmão, ao mesmo tempo em que investiga a vida do paciente.

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"Antigamente, quando em uma necropsia a gente via um pulmão cheio de carbono, preto, o mais provável é que se trataria de um fumante. Hoje não dá para dizer isso. E o que esse estudo está mostrando é o quanto respirar o ar de São Paulo é equivalente a fumar e tem impacto cumulativo", explica a bióloga Mariana Veras, do Laboratório de Poluição do Ar da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Entrevistas feitas com parentes estão ajudando a compor esse quadro de como se dá a exposição dos paulistanos. São questões como: onde vivia, onde passou a maior parte da vida, qual era a atividade profissional, quanto tempo levava em deslocamentos no trânsito, se fumava ou era fumante passivo. "Um motorista de caminhão ou um guarda de trânsito vai ter um quadro diferente de quem só se expõe de casa ao trabalho e passa o dia inteiro no ar condicionado com janela fechada. Estamos buscando a correlação entre a quantidade de preto no pulmão, o padrão de vida e o tempo em transporte", diz Mariana.

Pelo menos 2 mil pulmões já foram avaliados e cerca de 350 selecionados para compor o estudo - são os que contam com entrevistas mais detalhadas. Os dados ainda estão sendo tabulados e devem ser concluídos nas próximas semanas, mas foram antecipados em razão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que começou ontem e vai até amanhã, e tem como tema a luta antipoluição.

Segundo a ONU Meio Ambiente e a Organização Mundial de Saúde, cerca de 7 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência de poluição do ar (e metade é interna, como a de fogões a lenha e aquecimentos caseiros a carvão). Segundo as entidades, mais de 80% das cidades têm níveis de poluição acima dos recomendáveis.

A análise de São Paulo aponta que os níveis de partículas finas inaláveis (material particulado ou MP 2,5) está 90% acima dos níveis seguros, de 10 microgramas/m³. A concentração média anual da cidade é de 19 microgramas/m³. A ONU Meio Ambiente elegeu o combate à poluição como principal ação para se atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável e no combate às mudanças climáticas.

"A poluição é o problema que está mais perto das pessoas. Elas sentem, respiram, é imediato. É mais provável ter impacto sobre a vida das pessoas enquanto andam ou fazem compras do que as mudanças climáticas. É uma das coisas que mais matam hoje no mundo", disse ao Erik Solheim, diretor executivo da ONU Meio Ambiente, durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, na Alemanha, em novembro. "Por outro lado, tudo o que se faz para reduzir a poluição também é benéfico no combate às mudanças climáticas."

Na prática

Não é de hoje que poluição afeta a rotina dos paulistanos. A gestora ambiental Annabella Andrade, de 50 anos, pedala todos os dias até o trabalho, mas, quando o tempo está seco, usa máscara como as de hospitais para se proteger da fuligem. "Dependendo do lugar, ainda coloco lenço por cima", diz ela, que mora perto do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, e trabalha na Avenida Paulista, ambos na região central.

Para reduzir o impacto da poluição, Annabella trabalha como voluntária de uma associação que quer transformar o Minhocão em um parque. "Quando o elevado está fechado, podemos abrir as janelas."

Dona de uma banca próxima da Estação Marechal Deodoro do Metrô, Mainara Bortolozzo, de 25 anos, também sente o impacto. "Saio imunda daqui - no rosto, nas mãos", conta.

Obesidade

Pouco relacionada com a poluição, a obesidade, também está sendo observada pelo grupo de pesquisa do laboratório da USP. Já havia a suspeita de que a poluição provoca desarranjo hormonal e estudos epidemiológicos relacionam os poluentes a uma redução do metabolismo. Como isso é muito difícil de isolar e medir no nível individual, os pesquisadores trabalharam com camundongos expostos a uma concentração de MP 2,5 - semelhante à medida em média por dia em São Paulo.

Descobriram que afeta a saciedade. "Os animais, e sugerimos que o mesmo deve ocorrer com humanos, não ficavam saciados mesmo com a quantidade habitual. A poluição diminui a sensibilidade ao hormônio leptina, que regula a saciedade", diz Mariana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três pessoas, um pai e dois filhos, estão internados no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, com doença infecciosa até então nunca notificada no estado. Moradores de Serra Talhada, no Sertão pernambucano, os pacientes foram diagnosticados com coccidioidomicose, doença fúngica geralmente confundida com pneumonia comunitária ou tuberculose pulmonar. 

A doença é causada pelo fungo Coccidioides immitis e pode acometer tecidos moles, articulações, ossos e meninges. Ela é relatada no México e sul e no oeste dos Estados Unidos, em localidades como Califórnia, Texas, Utah, Novo México, Arizona e Nevada. 

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Os pacientes, todos agricultores, foram encaminhados do serviço de saúde de Serra Talhada para o HC, onde recebem tratamento com antifúngicos. O quadro clínico é estável e, após alta, eles deverão ser acompanhados por vários meses no ambulatório de infectologia da unidade.

Segundo o chefe do Serviço de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP) do HC e professor da UFPE, Paulo Sérgio Ramos, a forma mais comum de contágio é pela inalação do fungo em suspensão no solo seco. Os internados são agricultores, lidam com o manejo da terra e praticam caça de tatus, o que pode ter contribuído. 

Geralmente, a doença é leve e limitada, exceto quando a pessoa possui comprometimento da imunidade. "A coccidioidomicose é uma doença emergente no nosso estado e devemos ficar atentos e vigilantes quando nos deparamos com pacientes que venham da área rural com quadros clínicos semelhantes", diz o chefe do serviço de DIP.  Na década de 1990, foram diagnosticados os primeiros casos no Brasil, sobretudo no Ceará e no Piauí. 

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recebeu, na terça-feira (2), o investimento de R$ 5.618.052,16. Valor foi liberado por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), criado para ajudar na revitalização dos hospitais universitários federais, integrados ao Sistema Único de Saúde. 

De acordo com o HC, dos cerca de R$ 5,6 milhões, R$ 3.932.636,51 serão para pagamentos de fornecedores, compra de materiais e medicamentos. Enquanto R$ 1.685.415,65 serão alocados para investimentos. 

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A meta é que, com a verba de investimento, seja reaberta a 'Cirurgia Ambulatorial', espaço destinado à realização de cirurgias de pequeno e médio porte, e a reativação de quatro salas do Bloco Cirúrgico. 

"Com a reabertura da Cirurgia Ambulatorial e a reativação de quatro salas do Bloco Cirúrgico, poderemos ampliar o número procedimentos a serem realizados, seja de pequeno, médio ou grande porte”, explicou o superintendente do HC, Frederico Jorge Ribeiro.

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