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No primeiro sábado de novembro (5), a Prefeitura de Guarulhos promove o Dia de Multivacinação em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no Ambulatório da Criança, das 8h às 16h. O objetivo é atualizar a carteirinha de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade para evitar a reintrodução de doenças já eliminadas no Brasil.

Uma das doenças eliminadas é a poliomielite, que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Também conhecida como Pólio ou Paralisia Infantil, ela é causada por um vírus chamado ‘poliovírus’, que invade o sistema nervoso e, nos casos mais graves, pode causar paralisia. O esquema vacinal é composto por doses aos dois, quatro e aos seis meses de idade, além do reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Além deste imunobiológico também estarão disponíveis todos os outros que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação, como as vacinas contra meningite, sarampo, caxumba e rubéola (SCR), febre amarela e hepatite B.  

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Pessoas com uma das doses contra a Covid-19 em atraso também poderão ser vacinadas nesta data. O Ambulatório da Criança se localiza na rua Osvaldo Cruz, 151 – Centro. Já os endereços das UBS podem ser consultados em https://www.guarulhos.sp.gov.br/unidades-basicas-de-saude-ubs.

Até esta sexta-feira (28), Guarulhos estará com a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação para a atualização da caderneta de menores de 15 anos. O encerramento, previsto para a segunda-feira (31), foi antecipado para a sexta-feira (28) devido à mudança do ponto facultativo, que foi transferido desta data para o dia 31.  

Foi inaugurado em Olinda, o Ambulatório de Saúde Integral Rafaella Cicarelly dedicado ao atendimento da população LGBTQI+. O espaço funciona na Policlínica da Mulher Sony Santos, Avenida Presidente Kennedy, em Peixinhos, de segunda a sexta, das 8h às 16h. 

O ambulatório conta com uma equipe composta por multiprofissionais, que possuem um olhar voltado para esse segmento, com escuta qualificada com atendimento médico, apoio psicológico, profissionais de enfermagem, testagens rápidas e farmácia, além de citologia e hormonoterapia.

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O atendimento é feito por demanda espontânea, mas é preciso apresentar documento de identificação com foto, cartão SUS, CPF e comprovante que reside em Olinda.

A militante e presidente da ONG Mães da Resistência, presente em 14 estados, Gi Carvalho, 49 anos, elogiou a iniciativa. “Nosso reconhecimento é de gratidão e conquista. Esse cuidado da Prefeitura de Olinda faz muita diferença na qualidade de vida dessa população”, afirmou.  

Para mais orientações a Secretaria de Saúde de Olinda disponibiliza o telefone (81) 9.9998.9268.

Como iniciativa voltada para atender os pacientes que tiveram covid-19, o município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, se torna o primeiro a contemplar um Centro de Atendimento Especializado para pacientes que desenvolveram sequelas após a doença. O Ambulatório Pós-Covid possui estrutura para receber até 30 pacientes diariamente, com expectativa de um fluxo de, em média, 600 pacientes todos os meses.

A iniciativa faz parte de uma série de medidas da prefeitura de Ananindeua, juntamente com a Secretaria de Saúde, para enfrentar a pandemia. Segundo o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, o ambulatório é uma alternativa de assegurar todos os cuidados necessários após o quadro de sintomas da doença. “Nós adotamos a estratégia de criar o primeiro Centro de Reabilitação Pós-Covid da RMB por saber que o nosso paciente que teve covid, muitas vezes, fica com sequelas musculares, sequelas respiratórias e precisa fazer uma reabilitação. A prefeitura de Ananindeua está se preocupando não só com diagnóstico e o tratamento precoce, mas também com algo de extrema importância que é o acompanhamento do nosso paciente até o fim do seu tratamento”, detalhou o prefeito.

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A unidade conta com profissionais de saúde em diversas especialidades de atendimento, oferecendo tratamentos voltados à reabilitação respiratória e cardiopulmonar, reabilitação músculo-esquelético, reabilitação de equilíbrio e coordenação motora, dentre outros procedimentos para promover melhor qualidade de vida.

O atendimento no ambulatório está sendo feito a partir de um encaminhamento prévio. Antes de se dirigir até o centro de referência, os pacientes devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou o Ambulatório Covid-19 fixo para uma triagem dos sintomas constatados e, posteriormente, ser encaminhado ao atendimento no Ambulatório Pós-Covid. “O paciente, ao chegar no Ambulatório Pós-Covid, passa por uma pré-consulta para ser avaliado e agendado o início do tratamento. O Ambulatório Pós-Covid veio no momento correto, pois estamos saindo de uma segunda onda muitas pessoas estão necessitando desse atendimento que vai ajudar na recuperação das pessoas”, explicou a gestora da secretaria de saúde, Dayane Lima.

Para a fisioterapeuta do Ambulatório Gabriela Félix, é necessário um trabalho em conjunto para o restabelecimento das funções afetadas. “Os principais exercícios que a gente vai utilizar são os que incentivam a respiração e a expansão pulmonar para eliminar qualquer sequela que tenha sido deixada pela covid-19. Nós vamos recuperar também a questão cardiopulmonar que também é bastante afetada. Sabemos que há uma perda de massa muscular bem acentuada e que o paciente fica com alguns movimentos alterados e por isso vamos trabalhar com exercícios musculares, treino de marcha e de equilíbrio, além de outros exercícios importantes para a recuperação completa do paciente”, afirmou a especialista.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), o progresso dos pacientes será acompanhado de perto. A cada 15 dias serão analisadas as sequelas aparentes e a gravidade no quadro de cada paciente. O tratamento pode ser concluído após um mês do início do acompanhamento, mas em outros casos até dois ou três meses, de acordo com a evolução clínica de cada indivíduo.

O Centro de Atendimento Especializado de Ananindeua está localizado na rua Cláudio Sanders, 1.600, com horário de atendimento de segunda a sexta-feira, de 8 horas da manhã até às 18 horas da tarde.

Por Gabriel Pires.

 

 

A cidade de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, abriu processo seletivo para contratar 27 médicos em caráter temporário de um ano. Os profissionais vão atuar nas emergências de hospitais e postos de saúde, com salários que variam entre R$ 6.191,53 e R$ 15.654,69.

De acordo com o edital, a prefeitura guarulhense vai contratar profissionais para ampliar o quadro de urgência e emergência das clínicas públicas da cidade. Os contratados vão atuar em áreas como ambulatorial, clínica geral e pediatria. Outras vagas em aberto são para ginecologistas, obstetras ambulatoriais e médicos de saúde da família.

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As inscrições estão abertas até 11 de janeiro de 2021. Para formalizar a participação, os candidatos devem encaminhar os documentos (currículo resumido de uma página, cédula de identidade, comprovante de residência, cadastro no CRM-SP, diploma de medicina e comprovação da especialidade de acordo com a graduação exigida). Os classificados serão escolhidos pela nota final originada pela somatória de pontos dos títulos do profissional.

O edital está publicado no Diário Oficial do Município, disponível em www.guarulhos.sp.gov.br. O anúncio da classificação final será divulgado no site em 15 de janeiro de 2021.

Serviço

Processo Seletivo – Médicos Temporários em Guarulhos

Inscrições por e-mail: selecaosaude@guarulhos.sp.gov.br

Inscrições presenciais: Secretaria da Saúde de Guarulhos – Rua Íris, 320, sala 9, Gopoúva. Atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h até às 16h

Informações: (11) 2472-5049    

Em mais uma etapa do plano de flexibilização das atividades econômicas em Pernambuco, nesta quarta-feira (10), consultórios, clínicas, óticas, laboratórios e hospitais voltam a agendar consultas e receber pacientes. Após analisar os riscos da volta do setor, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) antecipou a retomada.

A decisão marca o retorno de consultas, procedimentos diagnósticos e terapêuticos ambulatoriais, além de cirurgias eletivas. Para oferecer o serviço com segurança, a SES determinou que apenas dois pacientes poderão ser agendados por hora e o limitou o número de acompanhantes.

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O uso obrigatório de máscaras de proteção e a distância mínima de 1,5 metros segue entre os pacientes, acompanhantes, profissionais da saúde e colaboradores. Espaços para lavagem adequada das mãos e álcool gel 70% para higienização devem ser disponibilizados no local.

Para as empresas com mais de 20 funcionários, além da sintomatologia, os trabalhadores devem medir a temperatura diariamente. O ambiente físico deve ser higienizado constantemente durante o expediente e após o fim das atividades. Os conselhos de saúde vão fiscalizar suas respectivas categorias, junto com a vigilância sanitária.

Durante o mês de setembro, 16 unidades de saúde da Prefeitura do Recife funcionarão, ao menos uma vez, em horário estendido – de segunda a quinta-feira, até as 21h. De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, a intenção da iniciativa é objetivo da Secretaria de Saúde do Recife é facilitar o acesso dos usuários do SUS aos serviços básicos, "sobretudo quem trabalha e não têm tempo de frequentar os postos durante o expediente convencional", garante o órgão.

O atendimento nessas unidades continua sendo exclusivamente para os moradores cadastrados em cada unidade. Além do acolhimento, os serviços disponíveis aos pacientes no horário alternativo são: consultas médicas e de enfermagem, confecção de cartão do SUS, atualização do cartão vacinal, aferição de pressão arterial e testes rápidos de HIV e sífilis, com distribuição de preservativos e atividades educativas. Como alguns procedimentos precisam ser agendados, os usuários devem procurar a unidade de saúde de referência para saber mais informações.

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Confira o calendário:

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*Com informações da assessoria

Funcionários passaram mal após vazamento de produto químico em galpão da Lear, empresa que fabrica bancos para automóveis no Polo Automotivo da Jeep, em Goiana, Região Metropolitana do Recife, nesta quarta-feira (24). O local precisou ser evacuado e funcionários que inalaram o produto foram atendidos em ambulatórios. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), algumas pessoas teriam sido transferidas para hospital.

O fato ocorreu por volta das 9h30. O LeiaJá teve acesso a um comunicado da Lear afirmando que o vazamento ocorreu após uma mangueira se desprender de máquina. Equipes da Lear e do Supplier Park atuaram na evacuação do galpão, levando o grupo para local seguro. As pessoas afetadas foram para os ambulatórios médicos da Jeep e da Supplier Park. A rua que dá acesso ao galpão da Lear foi bloqueada até que o local estivesse em segurança e o restaurante da Supplier Park 1 teve a produção afetada, podendo resultar em atrasos no serviço de almoço. Conforme o comunicado, os demais galpões do polo não tiveram impactos com a ocorrência.

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O Sindmetal-PE pretende acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) para inspecionar a fábrica da Lear. De acordo com o presidente do Sindicato, Henrique Gomes, muitas mulheres teriam vomitado após a exposição. “Os demais funcionários foram levados para o refeitório e lá usaram máscaras. É importante a gente saber o risco inerente. Poderia ter sido um caos muito maior”,  reflete Gomes.

De acordo com o Sindmetal-PE, a Lear possui cerca de 1400 funcionários em Goiana, cerca de 70% do sexo feminino. A Lear Corporation confirmou detalhes do vazamento em nota:

A Lear Corporation confirma que, na manhã desta quarta-feira, 24 de julho, ocorreu um vazamento de uma substância volátil durante o processo produtivo do setor de espumas da sua unidade de Goiana, localizada no Parque de Fornecedores do Polo Automotivo Jeep. Os alarmes de detecção e segurança do sistema foram acionados e a planta foi prontamente evacuada. No momento do incidente, cerca de 500 colaboradores estavam na planta. Deste total, 37 receberam atendimento médico imediato no ambulatório local por apresentar sintomas leves como irritação nas vias aéreas superiores. Nenhum caso mais grave foi registrado. A operação da Lear foi retomada no final da manhã, após inspeção e validação pela equipe local de segurança e Corpo de Bombeiros. A Lear reforça seu compromisso com a saúde e segurança de seus colaboradores, por isso acompanhará de perto as investigações sobre as causas do incidente.

Pernambuco foi o primeiro estado do Brasil a instituir uma política de saúde LGBT dentro da secretaria de saúde estadual. Desde então, alguns avanços nessa área já podem ser observados. Para a população LGBT falta muito a ser alcançado, ainda mais se tratando de um grupo que muitas vezes foge das unidades de saúde por conta do preconceito - as melhorias, entretanto, também são reconhecidas.

Atualmente, apenas duas cidades possuem ambulatórios especializados para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo: Recife e Camaragibe, na Região Metropolitana. A capital pernambucana possui atendimento no ambulatório LGBT Patrícia Gomes da Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste do Recife, e no ambulatório LBT do Hospital da Mulher do Recife, que atende lésbicas, bissexuais e transexuais. Em Camaragibe, foi inaugurado em 2018 o Ambulatório LGBT – Espaço Darlen Gasparelle.

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Segundo o coordenador estadual de Saúde LGBT, Luiz Valério, novos ambulatórios especializados devem surgir também no interior do estado. “Provavelmente até o final do ano teremos um ambulatório municipal de Caruaru. E em Serra Talhada a discussão está bem avançada”, comenta. Além desses, Valério destaca que também está sendo discutida a criação de ambulatórios LGBT em Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Petrolina. Nesta última, já há um médico desenvolvendo trabalho de hormonoterapia em um ambulatório da cidade sertanense.

Além dessas unidades municipais, o Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), possui o Espaço de Cuidado e Acolhimento Trans e realiza a cirurgia de redesignação sexual ou mudança de sexo, como é popularmente conhecida. O HC é o único hospital que oferece este serviço em Pernambuco e apenas outros quatro hospitais fazem o mesmo procedimento no país. Segundo informações, a fila de espera é tanta que os últimos estão com agendamento para daqui a 15 anos.  De acordo com o HC, atualmente são atendidas 308 pessoas, sendo 202 mulheres trans, 89 homens trans, 13 travestis e quatro intersexo. Até o momento, foram realizadas 38 cirurgias de redesignação.

O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), da Universidade de Pernambuco (UPE), possui também um ambulatório direcionado para a população trans. Inicialmente, o espaço foi criado com o foco no atendimento a homens trans, mas já atende a mulheres transexuais. O Hospital Oswaldo Cruz (Huoc), também da UPE, realizou a primeira mastectomia, cirurgia para retirada da mama, em 2017. Desde então não houve novos procedimentos e a assessoria da UPE informou que não há outros agendados, se devendo ao fato de o interessado precisar de acompanhamento de dois anos. Informações colhidas são de que a ausência de um cirurgião plástico na equipe fez com que o projeto, ainda piloto, necessitasse ser repensado.

O coordenador estadual de saúde LGBT, Luiz Valério, pontua que apesar do número reduzido de serviços especializados, os principais hospitais de Pernambuco já receberam orientações e a conscientização continua ocorrendo. Ele cita entre as unidades já ‘sensibilizadas’: Hospital da Restauração, Hospital Barão de Lucena, Hospital Getúlio Vargas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e instituições de Serra Talhada, Arcoverde, Petrolina e Caruaru.

Valério está na função há um ano e seis meses e percebe municípios mais hesitantes em implementar a polícia de saúde LGBT desde a mudança no governo federal. “A gente está vivendo um novo momento político. Há uma crescente do ódio e do retrocesso político. A gente tem visitado muitos municípios, através das gerências regionais de saúde, que convocam os secretários. Em alguns momentos, temos percebido um aumento na descrença da importância por parte de alguns profissionais. Muitos prefeitos se negam porque essa seria uma mancha na gestão. Mas nós dialogamos e mostramos comprovação de dados”, afirma.

O assistente social Henrique Costa, do Instituto Boa Vista, Ong voltada para a luta LGBT, afirma que Pernambuco é uma das capitais mais avançadas em termos de equipamentos de saúde para trans e homossexuais. Ele, porém, elenca questões consideradas preocupantes. O primeiro quesito seria a insuficiência de profissionais. Costa destaca, por exemplo, que Luiz Valério é quem faz o trabalho de conscientização em todo o estado. “Também tem a questão orçamentária. Não está claro quanto do recurso total de um ambulatório como o Lessa de Andrade tem sido direcionado para garantir a operacionalização do serviço para a população LGBT. Há também um desconhecimento de muitos usuários da existência desse serviço, principalmente entre os mais pobres, negros e de periferia. Não tem sido incomum encontrarmos pessoas que desconhecem completamente. E são do Recife, ou seja, potenciais usuários. Por fim, é necessário que a política de saúde caminhe com outras políticas, que haja integralidade, universalidade. A gente percebe que há esforço dos profissionais mas fica muito no âmbito individual. Quantas campanhas públicas com grande publicidade a gente vê desses serviços?” questiona.

Atendimento no Ambulatório Patrícia Gomes

Costa acrescenta ouvir que muitas pessoas não comparecem ao agendamento por falta de dinheiro para a passagem de ônibus. O LeiaJá visitou o ambulatório Patrícia Gomes, do Lessa de Andrade, e apenas uma pessoa que estava agendada havia comparecido. Duas delas faltaram por não ter como pagar a passagem. “A questão financeira é um divisor de águas para essas pessoas. Muitas vezes eu escuto dizer que elas vêm andando de um lugar muito distante porque não têm o dinheiro da passagem, como também deixam de vir. A gente fica muito triste quando não consegue dar conta dessa situação”, lamenta Ricardo Rodrigues, coordenador do ambulatório. Conforme Ricardo, as mulheres trans são as que vivem em situação financeira mais crítica.

O baixo comparecimento de pacientes naquele dia foi considerado atípico, apesar de tudo, segundo a diretora do Lessa de Andrade, Priscila Ferraz. “Nós oferecemos somente dois dias de ambulatório com cota de oito paciente, mas existe uma demanda reprimida. Tenho certeza que se a gente tivesse médico todos os dias, todos os dias teria paciente”, ela resume. O acolhimento no Patrícia Gomes ocorre de segunda a sexta no período da tarde, mas as consultas médicas são realizadas apenas nas terças e quartas.

A saúde LGBT trava uma batalha contra a automedicação de hormônio, que pode gerar sérios problemas de saúde. Grande parte dos pacientes atendidos no Patrícia Gomes vivem essa realidade. “A última pessoa que acabei de atender, Lorena, começou aos 13 anos a se hormonizar. Existem os riscos que ela correu o tempo todo, mas também é uma reflexão que a gente vai precisar fazer. Lorena tem uma boa passabilidade [termo usado para se referir a quanto uma pessoa trans consegue ‘se passar’ por um homem ou mulher cisgênero] porque começou a mexer nos hormônios na adolescência, que seria o ideal, principalmente para as meninas. Mas ela tinha pouco estudo”, destaca Rodrigo de Oliveira, responsável pelo serviço ambulatorial e especializado na medicina da família e comunidade.

O coordenador Ricardo Rodrigues complementa: “Antes mesmo dessas pessoas conhecerem um local com especialidade, elas já buscaram profissionais para enxergar como funcionam esses processos, mas muitas vezes eram locais de violações de direitos. Muitas vezes os profissionais não sabem como dar esse acesso, como abordar através das especificidades. Existe também muito preconceito, que faz com essas pessoas cheguem nesses espaços e nunca mais retornem. Acabam buscando informações de outras pessoas que já fizeram, conseguem retorno de imediato, a mama cresce rápido, mas de forma errônea. Muitas pessoas quando chegam aqui já estão fazendo o tratamento e com certo tipo de sequela ou patologia inicial”.

De maneira geral, todos defendem que os avanços na área são oriundos da luta de ativistas. “Essa política LGBT não se daria se não fossem os movimentos que resistem e resguardam essa população. As lutas existem porque a população LGBT está morrendo, sendo maltratada e machucada. Nós pagamos nossas contas, investimos nosso dinheiro, compramos pipoca no sinal, compramos carro, ar condicionado, pagamos imposto, também geramos dinheiro para essa nação e precisamos receber de volta cuidado e respeito. Vamos continuar resistindo a todo esse processo”, argumenta Luiz Valério.

Os nomes dos ambulatórios

Patrícia Gomes era uma travesti que residiu por mais de 20 anos no bairro da Guabiraba, no Recife. Com 28 anos conheceu o Grupo Gay Leões do Norte, iniciando a trajetória no movimento social LGBT de Pernambuco. Ela morreu no dia 23 de maio de 2011 aos 33 anos no Hospital da Restauração (HR) dias depois de ter participado de uma sensibilização com profissionais de saúde sobre respeito ao nome social e identidade de gênero no mesmo local. Foi enterrada como homem.

Darlen Gasparelle é fundadora do movimento trans de Pernambuco, conforme a Prefeitura de Camaragibe. Ela abandonou os estudos por conta do preconceito que sofria. Na época em que estudava, ela tinha que usar o banheiro dos professores, pois os estudantes não permitiam que ela usasse nem o de menino nem o de meninas. Ela queria cursar enfermagem, mas não conseguiu terminar o ensino médio.

Serviço

Espaço de Acolhimento e Cuidado Trans do HC

Avenida Professor Moraes Rego, 1235. Segundo andar do bloco E do HC, na sala 236, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

(81) 2126.3587

 

Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE)

(81) 3182-7708 e 0800-081-1108

Endereço: Rua Visconde de Mamanguape, S/N, Encruzilhada

 

Ambulatório LGBT Patrícia Gomes, da Políclínica Lessa de Andrade

Estr. dos Remédios, 2416, Madalena

Acolhimento de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. Atendimento médico na terça e quarta-feira.



Ambulatório LGBT Darlen Gasparelli

Rua Joaquim Cavalcante de Santana, no Bairro Novo do Carmelo, Camaragibe. Segunda à sexta-feira, das 8h às 17h

 

Os médicos da rede municipal do Recife deflagraram greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (21). Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a votação em assembleia, realizada nesta quinta-feira (20), foi unânime.

A categoria está em paralisação de advertência de 72 horas até o final desta quinta. Durante a assembleia, os médicos criticaram a ausência de respostas da Prefeitura. Eles criticam uma quebra de contrato firmado com a gestão municipal em janeiro, tratando de reajuste salarial, avanços na área de segurança, recomposição de escalas médicas, melhorias das estruturas físicas e abastecimento adequado de medicamentos. Uma nova assembleia está agendada para a próxima quarta-feira (26), às 10h.

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Quando questionada sobre a paralisação de 72 horas, a Prefeitura do Recife disse ao LeiaJá que estava surpresa com a mobilização, afirmando que mantém agenda regular com Grupos de Trabalho para discutir todos os itens de pauta, tendo ocorrido duas reuniões em agosto. Segundo a Secretaria de Saúde, os médicos servidores do município tiveram aumento acumulado de 32,95% de 2013 até a data atual. Também houve nomeação de 846 médicos no mesmo período.

No quesito segurança, a rede de saúde conta com 233 guardas municipais, além de vigilantes e câmeras de monitoramento. “Recentemente, foi implantada a Ronda da Saúde com quatro veículos e 36 Guardas Municipais, realizando monitoramento 24 horas, especificamente das unidades de saúde. Também conta com o suporte da Central da Guarda Municipal por meio do número 153”, diz a nota.

Na próxima segunda-feira (28) será inaugurado o primeiro ambulatório LGBT de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR). No ambulatório serão oferecidos cuidados em saúde com ações de promoção, prevenção e tratamento aos agravos, além de uma rede de especialistas com psicólogos, assistentes sociais entre outros, à disposição.

O Ambulatório LGBT - Espaço Darlen Gasparelle, nome em homenagem a uma das fundadoras do movimento trans de Pernambuco, será o segundo do estado a oferecer atendimento especializado a esta população. O funcionamento será de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, a partir de encaminhamentos ou demanda espontânea.

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“Nós não estamos apenas abrindo um ambulatório para atendimento às pessoas LGBT, mas iniciando um programa de saúde para essa população. Essas pessoas têm certa dificuldade e muitas vezes são vítimas de discriminação por onde andam. Muitas vezes esse público se recusa a ir ao ambulatório com receio de como será recebido pelas pessoas que estão esperando consulta e até por alguns profissionais que ali trabalham. Por isso, estamos colocando profissionais em sua maioria pertencente ao próprio público LGBT para que as pessoas possam ter um atendimento adequado, sendo recebidas com carinho, onde vão se sentir mais acolhidas e mais à vontade para se tratarem de suas patologias ou seus problemas”, detalha o secretário de saúde, Dr. Hely Farias.

Atualmente, além de Camaragibe, apenas o município do Recife possui um centro direcionado ao público LGBT. O Ambulatório LGBT - Darlen Gasparelle ficará localizado na Rua Joaquim Cavalcante de Santana, no Bairro Novo do Carmelo.  

Com informações da assessoria

A Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste do Recife, ganhou um ambulatório LGBT nesta quinta-feira (16). A partir da próxima segunda-feira (20), o serviço começará a funcionar, com a promessa de promover saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis. 

O ambulatório tem capacidade para realizar 20 atendimentos por semana e funcionará de segunda a quinta-feira, das 13h às 17h. Inicialmente, o espaço funcionará por demanda espontânea, ou seja, sem necessidade de marcação. 

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Os pacientes serão assistidos por equipe multiprofissional, com médico, enfermeiro, psicólogo e de residentes do Programa Multiprofissional de Saúde da Família. Segundo a Secretaria de Saúde do Recife, haverá exames clínicos e tratamento adequado à necessidade do usuário.

O espaço ganhou o nome de Ambulatório LGBT - Patrícia Gomes. O nome é uma homenagem a uma transativista que foi uma das sócio-fundadoras da Articulação e Movimento para as Travestis e Transexuais de Pernambuco. 

Ambulatório LBT - Recife também possui o ambulatório LBT, no Hospital da Mulher do Recife. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, no período da manhã e da tarde, para diversas especialidades. Porém, a primeira consulta começa sempre pela ginecologia, com atendimento nas segundas e quartas-feiras. 

Patrícia Gomes – o nome do ambulatório é em homenagem a uma transativista que foi uma das sócio-fundadoras da Articulação e Movimento para as Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE) e que atuou na promoção dos direitos e cidadania das mulheres trans.

Funcionários do Ambulatório Especializado da Mulher (Amem), no Recife, realizaram um ato na última quarta-feira (24), contra a falta de condições estruturais para o trabalho. Por conta da necessidade de reforma no telhado, eles tiveram que deixar a sede e se mudar para uma sala improvisada na Policlínica Albert Sabin. Tanto a Amem quanto a policlínica ficam localizadas no bairro da Tamarineira, na Zona Norte da capital.

Segundo os funcionários, a Prefeitura do Recife havia prometido reformar o local, mas depois da inauguração do Hospital da Mulher estaria informando que está sem recursos para a obra. Eles temem que a morosidade com a qual a prefeitura tem tratado a questão seja um sinal de futuro fechamento da unidade. 

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Entre os trabalhos realizados pelo Amem estão colposcopia, vulvoscopia, biópsia de colo, inserção de DIU, ginecologia, enfermaria, mastologia e atendimento psicológico. São atendidas, principalmente, pacientes dos bairros dos Aflitos, Espinheiro, Jaqueira, Parnamirim, Derby e Graças. 

De acordo com a agente administrativa, Helena Cunha, responsável pela regulação do Amem, o ambulatório foi retirado do sistema nacional de regulação. Com isso, os atendimentos na unidade caíram porque o Amem não está mais sendo visualizado no sistema para agendamentos. “A nossa proposta é que seja feita a reforma do telhado de imediato para que possamos retornar ao ambulatório e dar continuidade aos serviços prejudicados. Queremos visualizar nossa agenda novamente no sistema”, cobra Helena.

Ainda segundo Helena, em uma reunião na terça-feira (23), a gerente do Distrito Sanitário III, área que engloba o ambulatório, propôs que os 33 funcionários do Amem aguardassem até dezembro e pediu para que fosse elaborado um novo projeto junto com a equipe médica e a coordenação de saúde da mulher para os serviços do Amem. Um projeto de arquitetura para a reforma do prédio estaria sendo pensado, mas a longo prazo.

O LeiaJá entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Saúde do Recife por telefone e por email, mas não obteve um posicionamento até o fechamento da matéria.  

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) disponibiliza um novo ambulatório que beneficia pacientes com asma, imunodeficiências, rinite e conjuntivite alérgicas. O serviço era, há mais de 15 anos, parte integrante do Ambulatório de Pediatria da unidade e agora passa a ter um funcionamento independente no HC. O objetivo é que com esse atendimento à população vinculado ao ensino e a pesquisa, o ambulatório possa atender à crescente demanda de pacientes para essa área.

“Com o crescimento da procura por atendimento em Alergia e Imunologia, e admissão de novos médicos assistentes, houve a necessidade de oficializarmos a existência do serviço junto ao hospital, identificando a equipe responsável e apresentando os procedimentos especializados que oferecemos”, explica a alergologista Ana Caroline Dela Bianca, que é uma das responsáveis pela emancipação do serviço.

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Além dos exames, no local são também realizados procedimentos como realização de imunoterapia, oscilometria de impulso e infusão de imunoglobina.

O Serviço de Alergia e Imunologia já está em atividade no HC e funciona no 2º andar da unidade, nas salas 212 e 213, ao lado do Ambulatório de Pediatria. As vagas são oferecidas pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio do sistema de regulação, ou através de encaminhamento interno (chamado de interconsultas).

A população que buscou atendimento em diversas especialidades médicas já foi atendida nesta terça-feira (26) no novo Ambulatório do Hospital Barão de Lucena (HBL), localizado no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. A inauguração do prédio, construído na área externa do hospital, aconteceu nessa segunda-feira (25) e faz parte de várias obras de melhoria da unidade.

“O atendimento está normal, começou desde cedo, estamos terminando de deslocar os equipamentos de cada especialidade para as novas salas”, disse a enfermeira Coordenadora do Ambulatório, Gizelda Gomes Maia, que acredita que estas mudanças sejam finalizadas até a quarta-feira (27). Pela manhã, uma palestra sobre Planejamento e Aleitamento Materno foi feita no auditório do prédio.

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Ambulatório – O novo prédio possui 27 consultórios, cinco salas de coleta, auditório, área de aleitamento materno, salas de espera, fraldário, lanchonete e copa.

O novo ambulatório do Hospital Barão de Lucena (HBL), no bairro de Iputinga, Zona Oeste do Recife, foi inaugurado nesta segunda-feira (25) e já começa a funcionar amanhã. O novo setor vai ampliar em 70% a capacidade de atendimento da unidade de saúde.

"Esta é mais uma etapa do Plano Diretor de Obras do HBL. Até março de 2014, será entregue a nova emergência, para que a gente possa, desta forma, entrar na reforma do prédio antigo. Porque o nosso objetivo com toda essa reforma é acolher e cuidar melhor da população que aqui chega, humanizando a área de saúde, que é o grande desafio do SUS hoje", garantiu o governador Eduardo Campos.

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A estrutura foi construída numa área de 670 metros, e possui 27 consultórios (sete a mais que o anterior), cinco salas de coleta, um auditório com 42 lugares, área de aleitamento materno com três poltronas, além de três salas de espera modernizadas, serviço de ostomizados, fraldário, lanchonete e copa.

Com o novo ambulatório, o atendimento será ampliado passando das atuais 15 mil consultas/mês para 25 mil atendimentos mensais. Na ocasião, ainda foi entregue o primeiro vestiário do hospital. 

Com informações da assessoria

Os pacientes do Hospital Barão de Lucena, localizado na Iputinga, na Zona Oeste do Recife, contarão com um novo ambulatório. A estrutura, que contou com o investimento total de mais de R$ 3,4 milhões, será entregue nesta segunda-feira (25).

A inauguração do novo ambulatório integra o Plano Diretor de Obras do Barão de Lucena, orçado em mais de R$ 36 milhões. O projeto prevê ainda a reforma de todo o espaço físico do hospital e a construção de novas áreas, como as emergências pediátrica e obstétrica, e a ampliação das enfermarias. 

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O novo ambulatório conta com 670 metros de área e contempla 27 consultórios, um auditório com 42 lugares, área de aleitamento materno com três poltronas, três salas de espera modernizadas, serviço de ostomizados, fraldário, lanchonete e copa. A entrega será realizada pelo governador Eduardo Campos.

Com informações da assessoria

JOÃO PESSOA (PB) - O Complexo Hospitalar Clementino Fraga comemora 54 anos de fundação com a abertura do ambulatório de saúde para travestis e transexuais, na Paraíba. A inauguração será nesta quarta-feira (23), às 15h, e contará com a presença do coordenador geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin.

A nova unidade de saúde prestará atendimento em endocrinologia, ginecologia e cirurgia plástica. Além disso, o público contará com testes de glicemia; verificação de pressão arterial, testagem rápida de hepatites B e C; vacinação e distribuição de material educativo; preservativos e gel lubrificante.

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“São 54 anos de muitas conquistas e projetos concretizados. O novo laboratório vai contar com toda uma estrutura de profissionais e equipamentos para podermos dar uma maior assistência aos usuários”, explicou a diretora geral do Hospital Clementino Fraga, Adriana Teixeira.

Ainda na programação de aniversário da instituição, o hospital disponibilizará serviços como testagem rápida de hepatite B e C e vacinação contra a hepatite B, na quinta (25) e sexta (26). Ainda vão ser realizadas palestras e mesas redondas.

Já o encerramento, no domingo (28), contará com atividades pelo Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, na praia do Cabo Branco, nas imediações da avenida Beira Rio, na Capital.  

 

 



 

 






O Ambulatório de Enfermagem em Lesão Medular do Hospital Pelópidas Silveira (HPS) realizou um estudo onde foi traçado um perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com lesão medular atendidos na unidade. Desde que o serviço, pioneiro no SUS em Pernambuco, foi iniciado, em outubro de 2012, mais de 120 pacientes passaram por tratamento especializado. Desses, 85% são do sexo masculino e 83% estão na faixa etária entre 16 e 50 anos, ou seja, no auge da capacidade produtiva.

A coordenadora do Ambulatório de Enfermagem em Lesão Medular, Valdenice Rumão de Melo, ressalta que a maior parte dos pacientes estão economicamente ativos. “É notório o impacto socioeconômico da lesão medular sobre estes indivíduos economicamente ativos, que estão no auge de sua inserção na sociedade. A presença de limitação ou incapacidade de voltar a exercer uma atividade remunerada resulta na perda da produtividade para família e a comunidade, somada ao ônus financeiro da reabilitação”. 

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Em relação às causas da lesão medular, houve predomínio dos traumas, principalmente, as quedas de altura (de árvores, telhados, pontes, andaimes, etc), responsável por 34,9% dos casos. Em seguida aparecem os acidentes de trânsito (34,8%), e mergulhos em águas rasas (6,8% dos casos). Dentre as causas não traumáticas, os tumores de coluna apresentam 15,6% do total, seguido das doenças degenerativas da coluna (1,6 %).

Os dados apontam, ainda, que 82% dos pacientes que dão entrada no Hospital Pelópidas Silveira com lesão medular, precisam se submeter a procedimentos cirúrgicos. Além disso, 29% dos pacientes ficaram paraplégicos ou tetraplégicos e 20% apresentaram algum outro tipo de déficit neurológico. Dentre as alterações decorrentes da lesão medular, estão a perda total ou parcial dos movimentos e da sensibilidade superficial ou profunda dos membros, incontinência ou retenção de fezes e urina, além de disfunção sexual.

O coordenador de Neurocirurgia do HPS, Jefferson Sousa, alerta para os cuidados para evitar o trauma raquimedular. “Nós percebemos que a maioria dos acidentes ocorreu, principalmente, devido à mistura entre o álcool e atividades perigosas, como subir em uma árvore ou o conserto de um telhado, além do fator direção, pois as pessoas, mesmo com toda a fiscalização e sensibilização, ainda cometem a imprudência de dirigir após consumir bebida alcoólica. Outro fator preocupante é o mergulho em águas rasas: é importante alertar que a população deve, antes de imergir, verificar a profundidade do local, e sempre mergulhar de pé, nunca de cabeça”.

“Os lesados medulares são pacientes que demoram muito tempo no hospital, principalmente aquele com sequela, e, além dos custos hospitalares, são pessoas que vão representar um custo permanente ao Estado, pois, serão agregados ao INSS, vão necessitar de serviços de reabilitação e, ocasionalmente, serão reinternados. Por isso o trabalho do Hospital Pelópidas Silveira é minimizar o risco de déficit neurológico nesses casos. Para isso, trabalhamos para que o paciente com traumatismos raquimedulares, após o encaminhamento do Hospital da Restauração, seja operado nas primeiras 48 horas da entrada no HPS. Isso nos dá maior chance de recuperação, reduz o tempo de internação e minimiza, consideravelmente, os casos de infecção e sequelas”, destaca o neurocirurgião.

AMBULATÓRIO 

No Pelópidas Silveira, os pacientes com lesão medular recebem o acompanhamento especializado já nas enfermarias, com o encaminhamento da equipe médica, e, após a alta, são orientados a retornar ao Ambulatório de Enfermagem em Lesão Medular da unidade. A reabilitação, nestes casos, é um processo de desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes para que os pacientes possam viver com dependência mínima e se sintam capazes como seres humanos produtivos.

Uma reforma no Hospital dos Servidores Públicos, localizado na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, zona norte do Recife, irá transferir o atendimento do ambulatório a partir da próxima segunda-feira (22), para a Rua do Paissandu, n° 328, na Ilha do Leite, área central. O horário de funcionamento continuará o mesmo, das 7h às 19h.

Na reforma, que contará com a melhoria na estrutura física da emergência, alas dos pacientes crônicos, ambulatório e enfermarias, o Governo do Estado está investindo R$ 4 milhões na requalificação do HSE.

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O primeiro ambulatório especializado no atendimento aos travestis e transexuais de Pernambuco deverá ser inaugurado em seis meses, mas ainda não foi definido o local de instalação. A medida foi anunciada nessa sexta-feira (24), pelo secretário estadual de Saúde, Antonio Carlos Figueira, durante o I Seminário Estadual de Saúde da População LGBT.

Na ocasião, o secretário também assinou portaria instituindo o Comitê Técnico Estadual de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) para garantir a igualdade do acesso à saúde para esses grupos sociais. O ambulatório será o segundo do Brasil a receber especificamente esse público, já que somente a cidade de São Paulo possui serviços voltados à população LGBT.

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A unidade terá equipe multidisciplinar formada por assistentes sociais, urologistas, proctologistas, endocrinologistas e psicólogos. O uso dos nomes sociais e a internação dos travestis nas enfermarias femininas também estarão garantidos nos serviços oferecidos.

Com informações da assessoria de imprensa.

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