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Diante do polêmico estímulo feito pelo presidente Jair Bolsonaro ao uso da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas acometidas pela covid-19, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia divulgou, nesta quinta (9), seu posicionamento oficial sobre sobre o assunto. A instituição alertou para o risco de toxicidade cardíaca oferecido pela substância, que pode levar ao colapso cardivascular.

“Considerando as inúmeras publicações científicas enfatizando a alta frequência e gravidade das manifestações cardíacas da COVID-19, este é um importante sinal de alerta contra o uso indiscriminado da hidroxicloroquina nos casos leves e ambulatoriais da doença. Além disso, existe o aumento do risco de sua toxicidade devido à interação com outras drogas, morbidades cardíacas subjacentes e lesão renal aguda, cenários clínicos frequentemente observados em pacientes, particularmente os idosos, com covid-19”, diz o texto.

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A associação chamou, assim, de “precipitada” a defesa do uso da substância, mas lembrou os estudos científicos e ensaios clínicos que estão sendo realizados em torno da hidroxicloroquina. “Revisão sistemática rápida recente realizada por pesquisadores brasileiros, analisou 54 estudos avaliando o uso off-label de hidroxicloroquina da COVID-19. A conclusão baseada nos achados destes estudos apontou que ‘a eficácia e a segurança da hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes com COVID-19 ainda é incerta e seu uso de rotina para esta situação não deveria ser recomendado até que os resultados dos estudos em andamento possam avaliar seus efeitos (benefícios e riscos) de modo apropriado’”, informou a nota.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) disponibiliza um novo ambulatório que beneficia pacientes com asma, imunodeficiências, rinite e conjuntivite alérgicas. O serviço era, há mais de 15 anos, parte integrante do Ambulatório de Pediatria da unidade e agora passa a ter um funcionamento independente no HC. O objetivo é que com esse atendimento à população vinculado ao ensino e a pesquisa, o ambulatório possa atender à crescente demanda de pacientes para essa área.

“Com o crescimento da procura por atendimento em Alergia e Imunologia, e admissão de novos médicos assistentes, houve a necessidade de oficializarmos a existência do serviço junto ao hospital, identificando a equipe responsável e apresentando os procedimentos especializados que oferecemos”, explica a alergologista Ana Caroline Dela Bianca, que é uma das responsáveis pela emancipação do serviço.

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Além dos exames, no local são também realizados procedimentos como realização de imunoterapia, oscilometria de impulso e infusão de imunoglobina.

O Serviço de Alergia e Imunologia já está em atividade no HC e funciona no 2º andar da unidade, nas salas 212 e 213, ao lado do Ambulatório de Pediatria. As vagas são oferecidas pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio do sistema de regulação, ou através de encaminhamento interno (chamado de interconsultas).

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