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Os corpos dos seis jovens mortos por traficantes em Mesquita, na Baixada Fluminense, neste fim de semana, estão sendo velados no Ginásio Municipal de Nilópolis, também na Baixada, desde o início da manhã. Vizinhos, parentes e amigos lotam a quadra do ginásio e fazem orações e homenagens aos adolescentes.

Os jovens não tinham envolvimento com o tráfico. Clarissa Searles, de 15 anos, falou do comportamento tranquilo do primo Josias Searles, um dos adolescentes assassinados. Ela estudava na mesma sala que Josias e estava em aula quando recebeu a notícia. "Todo mundo entrou em desespero quando a professora contou o que tinha acontecido. Ele era um aluno dedicado aos estudos, mas também era muito brincalhão. Jogava bola e tinha muitos sonhos. Estamos todos muito tristes".

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A diretora da escola, Eliana Pereira de Oliveira, estava inconformada. "Ver o meu aluno e não reconhecê-lo é terrível. É uma barbárie inadmissível", disse, muito emocionada. O enterro dos seis jovens será realizado nesta terça-feira (12), às 14h, no cemitério de Olinda, também no município de Nilópolis.

A promotoria francesa matinha o foco nesta sexta-feira em uma disputa familiar entre dois irmãos como o possível motivo para quatro assassinatos que ocorreram no departamento da Haute-Savoie, envolvendo uma família britânica-iraquiana, nesta semana. Duas meninas, filhas de um casal britânico-iraquiano morto, sobreviveram ao ataque. Uma menina tem 4 anos e a outra tem 7. Entre os quatro mortos, além do casal, estão uma mulher sueca e um ciclista francês. As meninas, que aparentemente foram as únicas sobreviventes à matança, estão sob proteção policial.

O promotor de Annecy, Eric Maillaud, disse que a polícia britânica informou que o pai das meninas estava brigando com o irmão por causa de dinheiro. O suposto pai, o homem morto cujo corpo foi encontrado dentro da BMW com placas britânicas, seria Saad al Hilli, iraquiano nascido em Bagdá em 1962 e que vivia na Grã-Bretanha desde 2002. O pai de Saad e seu irmão Zaid, contudo, morreram recentemente na Espanha, disse Faisal El-Wailly, amigo da família no Reino Unido.

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O ciclista francês morto não tinha nenhuma ligação com a família morta na BMW perto do vilarejo de Chevaline, uma região bucólica dos Alpes franceses.

Maillaud confirmou que a BMW onde foram encontrados três corpos e a menina sobrevivente de 4 anos pertencia a um homem britânico nascido em Bagdá em 1962, identificado como Saad al Hilli. O promotor disse que aguarda os resultados dos exames de DNA para dar mais declarações sobre as investigações. A autópsia dos quatro corpos será feita nesta sexta-feira em Grenoble.

As informações são da Associated Press.

Islamabad, 28 - As tentativas dos Estados Unidos de reconstruir seu relacionamento com o Paquistão parecem estar paralisadas na questão do pedido de desculpa dos EUA pela morte de 24 soldados paquistaneses no fim de novembro na fronteira com o Afeganistão após um ataque das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Autoridades norte-americanas visitaram o Paquistão na sexta-feira para retomar conversações, mas saíram sem um acordo. Neste sábado, uma nota do gabinete do presidente paquistanês afirmou que Asif Ali Zardari disse às autoridades dos EUA que Washington precisava ajudar o país a alcançar uma "fechamento" sobre a morte dos soldados na fronteira com o Afeganistão seguindo as recomendações do parlamento paquistanês.

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O parlamento pediu que Washington se desculpasse pelo incidente. Os EUA expressaram sentimentos, mas se recusaram a pedir desculpas. O Paquistão fechou linhas de abastecimento dos EUA e da OTAN e cortou a maior parte do contato com Washington, além de ordenar que um avião não-tripulado deixasse uma base no sul do país. As informações são da Associated Press. (Equipe AE)

O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) divulgou nota nesta segunda em protesto contra a suspeita de que três integrantes do movimento assassinados no sábado teriam sido mortos em uma disputa pela liderança da entidade. A nota afirma ainda que, por causa da situação de tensão entre proprietários e sem-terra na região do Triângulo Mineiro, pelo menos outros três integrantes - Ismael Costa, Robson dos Santos Guedes e Vander Nogueira Monteiro - estariam "na lista de morte".

O clima tenso na região foi confirmado pelo superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas, Carlos Calazans. Ele contou que o maior problema é que empresas e proprietários de terra se recusam a negociar com o órgão, enquanto os sem-terra permanecem em terras ocupadas. "Os proprietários vão direto à Justiça pedindo a reintegração de posse. E não podemos fazer desapropriação, porque são áreas invadidas", disse.

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Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, Milton Santos Nunes da Silva, de 52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48, foram mortos a tiros na MGC-455, altura do distrito de Miraporanga, próximo a Uberlândia, no sábado (24). Um neto de Clestina e Milton, de 5 anos, também estava no carro com os sem-terra quando o veículo foi fechado pelo carro dos criminosos, mas não foi ferido. No domingo (25), uma equipe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) chefiada pelo delegado Kleyverson Rezende seguiu para Uberlândia para auxiliar nas investigações.

Segundo a direção do MLST, o crime pode estar ligado à disputa pela fazenda São José dos Cravos, no município de Prata, onde há um acampamento da entidade. Milton e Clestina já haviam sido beneficiados com um lote em um assentamento, mas continuavam vivendo na área invadida. Uma usina de beneficiamento de cana-de-açúcar recorreu à Justiça pedindo a reintegração de posse da área, que teria sido arrendada. No último dia 8, foi realizada uma audiência para tentativa de conciliação, mas não houve acordo.

Já a Polícia Militar informou que há denúncia de que havia atrito entre os sem-terra pela liderança do movimento, hipótese também em apuração. Para o frei Gilvander Moreira, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), é preciso agilizar as investigações para que "os jagunços e mandantes sejam presos, julgados e condenados". "Precisamos aguardar o andamento das investigações, que ainda estão no início", afirmou o chefe do DIHPP, delegado Edson Moreira. Nesta terça, Carlos Calazans se reúne com integrantes da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para verificar como o Incra pode auxiliar no caso.

Uma disputa com proprietários de uma usina de beneficiamento de cana-de-açúcar pode estar por trás dos assassinatos de três integrantes do Movimento para Libertação dos Sem Terra (MLST) ocorrido ontem no Triângulo Mineiro. No entanto, a Polícia Civil afirma que ainda não descartou nenhuma hipótese e investiga a possibilidade de os sem-terra terem sido mortos por causa de uma briga por poder dentro do próprio movimento. Apenas a possibilidade de eles terem sido vítimas de latrocínio - roubo seguido de morte - não é levada em conta, já que foram encontrados no local cartões de crédito, dinheiro e outros pertences dos mortos.

Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, Milton Santos Nunes da Silva, de 52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48, foram executados com tiros na cabeça na MGC-455, altura do distrito de Miraporanga, próximo a Uberlândia. Eles haviam saído de carro de Prata, onde o movimento mantém acampamento na fazenda São José dos Cravos, quando foram fechados por um veículo cinza. Ferreira e Silva foram atingidos ao descerem do carro para verificar o que ocorria. Clestina nem teve tempo de sair do veículo.

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A única sobrevivente do crime foi uma criança de 5 anos, neta de Milton e Clestina, que a polícia ainda não sabe se foi poupada ou se não foi vista pelos criminosos. A Polícia Militar levantou a hipóteses de rixa interna para o crime porque as vítimas teriam se desentendido com outros integrantes do movimento, do qual Milton era um dos líderes. No entanto, o menino afirmou que não conhece a dupla que executou os sem-terra.

O secretário de Estado de Defesa Social (Seds) de Minas, o procurador de Justiça Rômulo Ferraz, determinou "prioridade absoluta" para a apuração do caso, que está a cargo da Delegacia de Homicídios de Uberlândia, mas cuja investigação também terá a participação de integrantes do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Belo Horizonte. Até o fim da tarde de hoje, porém, ninguém havia sido preso.

João Henrique Morais Brilhante, 29 anos, e Santino Manoel dos Santos, de idade não revelada, eram funcionários do supermercado Carrefour de Boa Viagem e foram assassinado a tiros, por volta das 18h50, dessa quarta-feira (1°), na avenida Sul, próximo a comunidade de Beira Rio.

Segundo testemunhas, a dupla voltava para casa quando um veículo de modelo Celta se aproximou dos rapazes e os homens efetuaram os disparos. Até o momento, os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados.

A investigação do caso ficará a cargo da Delegacia de Boa Viagem. Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), no Recife.

Dados do Ministério da Saúde indicam que 35.233 brasileiros morreram, em 2010, vítimas de armas de fogo. O número corresponde a 70,5% dos 49.932 assassinatos cometidos no País, no ano passado. Se forem considerados os suicídios, os acidentes e mortes de causa indeterminada, as armas de fogo foram os instrumentos responsáveis pela morte de mais de 38 mil pessoas.

Os números, que ainda são preliminares, são inferiores aos registrados em 2009 (39,6 mil mortes violentas, sendo 36,6 mil homicídios provocados por armas de fogo), mas segundo o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, as taxas de 2010 ainda são consideradas "altas taxas", mesmo levando-se em conta que as comparações devem ser feitas com cuidado pelo fato dos dados serem preliminares.

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"Várias políticas de segurança pública têm sido levadas a cabo pelo Ministério da Justiça, mas, todos os dias, vemos casos de pessoas que sofrem acidentes domésticos com armas de fogo, de uma pessoa que se envolve em briga de bar e mata a outra por estar com uma arma de fogo, brigas de trânsito, brigas de vizinhos. São pessoas que não eram criminosas e passam a ser por estar com uma arma de fogo em suas mãos", disse.

Segundo Barreto, para reverter esse quadro, é preciso reduzir o número de armas de fogo nas mãos de civis. Entre as políticas voltadas para esse objetivo estão as campanhas de desarmamento. A campanha mais bem sucedida foi a realizada entre os anos de 2004 e 2005, logo após a aprovação do Estatuto do Desarmamento em 2003, quando mais de 500 mil armas foram entregues voluntariamente por cidadãos ao Estado e, posteriormente, destruídas.

Dados do Ministério da Saúde mostram que as mortes por armas de fogo caíram de 39,3 mil, em 2003, para 37,1 mil, em 2004, e 36 mil, em 2005. Na campanha deste ano, que começou há sete meses e se encerra no dia 31, já foram recolhidas 35 mil armas.

O coordenador das ações de desarmamento da organização não governamental Viva Rio, Antônio Rangel Bandeira, no entanto, cobra uma melhor fiscalização das autoridades governamentais sobre a venda de armas no país. "O que precisamos, de fato, é aplicar a lei [Estatuto do Desarmamento]. A lei existe e ela é boa. O Estatuto do Desarmamento está sendo copiado por oito países no momento, como uma das leis mais avançadas do mundo. Mas o Brasil legal não tem nada a ver com o Brasil real", disse Bandeira.

Bandeira cita, como exemplo, a facilidade para se comprar armas de fogo nas lojas do Rio de Janeiro. Já Barreto diz que há, sim, um controle efetivo realizado pela Polícia Federal e pelo Exército, que vai desde a fabricação da arma até a venda ao cidadão. "A arma tem um controle desde a indústria, com numeração, código de série, vendedor, comprador. No Brasil, tudo isso é rastreado. O que acontece é que, muitas vezes a arma que o cidadão tem em casa, é roubada", afirma.

As informações são da Agência Brasil.

Homens armados usando uniformes militares retiraram, na noite de segunda-feira, sete pessoas de uma mesquita sunita ao sul de Bagdá e em seguida as executaram a tiros, elevando para 70 o número de mortos no país ontem, até agora o dia mais sangrento do ano no Iraque.

Esses assassinatos ocorreram no final de um dia em que uma série de ataques violentos foi registrado no país, abrangendo eles ataques suicidas, bombas à margem de estradas e disparos. A violência lembra o derramamento de sangue diário registrado no país alguns anos atrás e representa uma forte advertência de que a Al-Qaeda no Iraque ainda é uma força que não pode ser desconsiderada

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O fato de militantes terem conseguido provocar uma onda de violência é bastante preocupante quando se leva em conta que as forças norte-americanas devem sair do Iraque até o final do ano, deixando a segurança nas mãos das forças iraquianas, ainda em fase de estruturação.

Autoridades iraquianas anunciaram no início deste mês que discutiriam com os Estados Unidos a possibilidade de manter um pequeno grupo de oficiais para treinar seus militares após 31 de dezembro, mas nenhum acordo foi fechado.

No ataque da noite de segunda-feira, os homens caminharam até uma mesquita sunita da cidade de Youssifiyah durante as orações da noite, levaram sete homens para fora e atiraram contra eles, segundo informações de funcionários do Ministério do Interior e do hospital da cidade, que falaram em condição de anonimato.

Os homens eram todos integrantes de uma milícia criada durante o pico do conflito sectário e já haviam sido aliados da Al-Qaeda, mas posteriormente se voltaram contra o grupo.

Youssifiyah fica a cerca de 20 quilômetros ao sul de Bagdá e já foi uma das regiões mais violentas do país, tendo ganhado o apelido de Triângulo da Morte. Trata-se de uma área dominada por sunitas que também abriga muitas famílias xiitas.

Após os assassinatos, os homens gritaram que eram combatentes do Estado Islâmico do Iraque, um grupo ligado à Al-Qaeda. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela onda de ataques da segunda-feira, mas poucos têm a capacidade de organização para realizar ataques tão sofisticados e abrangentes. O uso de suicidas e o fato de que muitos alvos eram civis xiitas e forças de segurança iraquianas também indicam que a Al-Qaeda no Iraque foi responsável pela onda de violência. As informações são da Associated Press.

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