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Fabrício Queiroz foi visto no estacionamento do Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, na semana passada. Cláudio Castro, que é o governador em exercício, é aliado de Flávio Bolsonaro, para quem Fabrício Queiroz trabalhava como assessor parlamentar quando o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), era deputado estadual. 

Ao UOL, o Palácio da Guanabara afirmou que não há registro de entrada de Fabrício no prédio. "O local é um complexo onde trabalham cerca de 1.800 pessoas", disse o governo em nota. 

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Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como operador de um esquema de devolução de salário dos trabalhadores do gabinete de Flávio Bolsonaro. O assessor foi preso na casa de Frederick Wassef, advogado do senador Flávio, em junho do ano passado. 

A sua esposa, Márcia Aguiar, chegou a ficar foragida por mais de um mês após sua prisão ter sido decretada. Fabrício e Márcia estão soltos desde que conseguiram no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o fim da prisão domiciliar. 

Nesta quarta-feira (24), em visita ao Acre por conta da situação calamitosa que o Estado vive, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abandonou a coletiva de imprensa após ser questionado sobre a anulação da quebra do sigilo bancário do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.

Irritado com a pergunta do jornalista, o presidente disse: "acabou a entrevista". A debandada aconteceu mesmo antes da conclusão da pergunta. 

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Na tarde desta última terça-feira (23), maioria da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) votou para acolher um dos pedidos da defesa do senador, anulando a quebra do sigilo bancário do parlamentar - investigado pelas rachadinhas na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, quando era deputado.

O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa após a conclusão da primeira etapa da investigação que apura indícios de desvios de salários de funcionários em seu antigo gabinete na Alerj.

William Bonner e Renata Vasconcelos, apresentadores do Jornal Nacional, da TV Globo, foram intimados a depor na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), por suposto crime d desobediência a decisão judicial. 

A Justiça havia proibido que a TV Globo publicasse informações sigilosas sobre o caso das "rachadinhas" no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos) na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, na época em que era deputado estadual do Rio de Janeiro, e o seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

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Segundo o UOL, os mandados de intimação contra os apresentadores do Jornal Nacional foram emitidos na tarde da última quarta-feira (2). Foi a defesa de Flávio que entrou com notícia-crime contra William e Renata  na DRCI, que abriu o inquérito.

William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do Jornal Nacional, devem ser chamados à depor na Delegacia de Repreensão aos Crimes de Informática (DRCI) nos próximos dias. Isso porque os advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) protocolaram uma notícia-crime contra os jornalistas da TV Globo.

A defesa alega que William e Renata descumpriram uma ordem judicial ao veicular informações e detalhes da denúncia do Ministério Público referente ao esquema de corrupção que acontecia no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro enquanto ele ainda era deputado estadual do Rio de Janeiro.

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Segundo a Veja, a notícia-crime cita, entre outras coisas, o fato da TV Globo ter divulgado dados sobre o depoimento da Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, ao MP do Rio de Janeiro, confirmando a existência do esquema de transferência de parte dos salários recebidos pelos servidores do gabinete do então deputado. Fabrício Queiroz é apontado como operador do esquema das "rachadinhas".

Os advogados de Flávio pedem que a TV Globo seja multada em R$ 500 mil toda vez que reportagens sobre o esquema que envolve o senador sejam veiculadas. O primogênito de Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz e mais quinze pessoas foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. 

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Mensagens colhidas do celular de Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, mostram que a mulher estava emocionalmente abalada com toda a operação que envolve o seu marido, que é ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). "A nossa família está desmoronando", disse Márcia. Além disso, a esposa do Queiroz, que também é investigada no esquema de "rachadinha" da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), alegou que não está aguentando mais a situação gerada pelas investigações.

“Só que eu não estou aguentando, você está entendendo? Não estou aguentando. Está muito difícil, amiga, está muito difícil. Só Deus sabe. Só Deus para me ajudar a seguir porque não tenho vontade de fazer nada", disse Márcia em mensagens trocadas com a advogada Ana Flávia Rigamonti que, segundo a revista Veja, foi contratada por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro e quem escondeu Queiroz em um dos seus imóveis localizado no Atibaia, São Paulo. 

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Márcia diz em uma dessas mensagens que Queiroz era obrigado a viver escondido e insinua que o marido era coagido a se manter longe dos holofotes, das explicações e dos esclarecimentos necessários. Esses áudios divulgados pela Veja, foram colhidas do celular de Márcia, que sofreu uma busca e apreensão em dezembro do ano passado.

A esposa do Queiroz também aponta que "Anjo" era quem ditava as regras sobre o que a sua família poderia ou não fazer. O Ministério Público do Rio de Janeiro acredita que esse "Anjo" seja Wassef, que neja. 

"A gente não é foragido. Isso está acabando comigo, amiga, acabando. De boa mesmo. Está acabando. Está me destruindo por dentro. Eu estou aqui me desabafando, porque não consigo passar isso para ele. Porque se eu passar o estado emocional que estou, como estou falando com você, para o Queiroz, ele vai ficar desesperado porque a força dele é em mim", destaca a mulher.

“Eu sei que ele não está bem. Igual você falou: ele tenta mostrar que ele está bem e tudo. Mas a gente sabe que ele está preocupado. E não é para menos, né? Ele se distrai aqui, cozinhando, arrumando a casa, essas coisas. (…) Ele mesmo falou para o Anjo: ‘Olha, eu não estou aguentando mais. Quero ir para minha casa’”, responde Ana Flávia Rigamonti, advogada que acompanhava Queiroz em Atibaia.

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O empresário do setor de ônibus Jacob Barata Filho disse nesta sexta-feira (24) que as empresas de ônibus pagavam, mensalmente, R$ 6 milhões a políticos do Rio. O objetivo era garantir apoio a projetos de interesse do setor e impedir que iniciativas contrárias pudessem prosperar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ele foi interrogado hoje pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, no âmbito da Operação Cadeia Velha. Segundo Barata, o valor era viabilizado através de pagamento de um percentual extra de 1% do faturamento das empresas de ônibus à Federação das Empresas Transportadoras de Passageiros (Fetranspor), que viabilizava o repasse do dinheiro.

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Parte deste valor era entregue, segundo Barata, ao presidente afastado da Alerj, deputado Jorge Picciani (MDB), que chegou a ser preso durante a operação, mas depois foi beneficiado a cumprir medidas cautelares em sua residência.

Houve também, segundo ele, pagamento ao deputado Paulo Melo (MDB), que já ocupou a presidência da Alerj, e que atualmente está preso. No início do interrogatório, Barata disse a Bretas que abria mão de R$ 80 milhões seus, que já haviam sido bloqueados pela Justiça, ao longo da operação. Esta é a última audiência antes de Bretas anunciar sua sentença. 

A defesa de Picciani, presente ao interrogatório, questionou se o valor comentado por Barata seria propina ou contribuição política por caixa dois, mas não obteve resposta, pois o juiz entendeu que o réu já havia respondido a isso. A defesa negou que ele tenha recebido qualquer tipo de recursos ilicitos de empresários do setor de transportes, e admite apenas ter recebido doações legais de campanha.

Agência Brasil aguarda o posicionamento da defesa de Paulo Melo sobre as declarações de Barata Filho. 

Na abertura do ano legislativo nesta quarta-feira (1º) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), servidores estaduais que protestam contra o pacote de medidas do governo e a tropa de choque da Polícia Militar (PM) que cerca o prédio da Alerj entraram em confronto. 

O confronto entre a tropa de choque da Polícia Militar e os manifestantes estão concentrados na Rua Primeiro de Março, onde fica localizado o prédio da Alerj. A PM usou gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta para dispersar a manifestação. Os manifestantes revidam com pedras e rojões e atearam fogo em um ônibus, que ficou totalmente destruído.

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Alguns manifestantes, com os rostos cobertos e integrantes dos black blocs, incendiaram latas de lixo, placas e retiraram placas de compensado de obras e contêineres e atearam fogo. Eles também retiraram pedras portuguesas do calçamento e atiram contra policiais militares. 

Cerca de 500 homens da Polícia Militar com apoio da Força Nacional de Segurança fazem a segurança dos parlamentares e do prédio da Alerj, que está cercado com grades de proteção para manter os manifestantes distantes. Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também foram acionados.

Em nota, a PM informou que policiais militares que faziam o cordão de isolamento em frente à Assembleia Legislativa foram atacados com pedras e manifestantes tentaram derrubar a grade de segurança, que isola o Palácio Tiradentes. De acordo com a polícia, a ação dos manifestantes foi reprimida para preservar a integridade dos policiais militares e restabelecer a ordem no local.

Comércio fecha as portas

Com o enfrentamento, comerciantes das ruas Primeiro de Março e São José, Avenidas Almirante Barroso e Presidente Antonio Carlos fecharam as portas com medo de depredação. Muita gente que retornava do almoço das empresas e escritórios na região central do Rio procurou se abrigar nas marquises dos prédios e reclamam que o gás lacrimogêneo entrou pelos corredores causando irritação nos olhos, tosse. Algumas pessoas passaram mal. Os prédios comerciais das Ruas Primeiro de Março e Assembleia estão fechados, por medida de segurança, e as pessoas não conseguem deixar os escritórios.

Com a manifestação, o tráfego de veículos foi interrompido na rua Primeiro de Março, Presidente Antonio Carlos e Avenida Graça Aranha. O terminal rodoviário Menezes Côrtes, na rua São José, está parado, porque os motoristas não conseguem sair com os ônibus do terminal. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) suspendeu as atividades devido às manifestações e o corre-corre de pedestres na Avenida Rio Branco e ruas transversais.

A concessionária Metrô Rio informou que a movimentação dos trens continua normal, sem interrupção. A concessionária Barcas também informou que as barcas estão saindo nos horários programados da Estação Praça XV.

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