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No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é comum que os estudantes se sintam nervosos a ponto de ficarem com as mãos suadas. Mas o suor excessivo pode não ser apenas sintoma de nervosismo ou ansiedade. Existe uma patologia chamada 'hiperidrose' que causa a transpiração em demasia nas mãos e em outras regiões do corpo, como as axilas.

Causas e consequências

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O médico dermatologista Francisco Almeida explica que esse problema provém de um distúrbio nas glândulas sudoríparas, que são justamente as glândulas responsáveis pela produção de suor nos seres mamíferos. Segundo o especialista, essa alteração pode gerar dois tipos de hiperidrose.  “As primárias (as mais comuns) e secundárias (menos frequentes). A hiperidrose primária afeta a região das palmas das mãos, plantas (“solas”) dos pés e axilas. Ela é desencadeada principalmente por emoção ou estresse intenso. Geralmente surge nos momentos em que a pessoa se encontra em suas horas mais ativas do dia, e independe da temperatura ambiente, apesar dos estímulos térmicos poderem agravar a situação, principalmente nas regiões axilares”, esclarece.

Com o suor exagerado, muitas pessoas se sentem constrangidas em fazer coisas simples no dia a dia, como cumprimentar alguém com um aperto de mão, por exemplo. O que pode evoluir até para uma questão psicológica. Contudo, a patologia tem tratamento que pode ser realizado desde com substâncias farmacêuticas até com elementos naturais, como plantas. De qualquer forma, o paciente pode recorrer a um médico especializado.

Dia a dia

Marco Lustosa fará o Enem pela segunda vez este ano. Ciente de que possui hiperidrose, o candidato conta que o suor já o atrapalhou enquanto redigia o texto, tendo até molhado a folha de redação. “Faz anos que tenho esse problema, mas só vim ter conhecimento este ano. No Enem, geralmente fico nervoso e isso já me prejudicou muito. Não com as questões objetivas, porque é mais tranquilo. Mas com a redação, meu suor já molhou a folha no momento em que eu estava escrevendo”, conclui o estudante. Partes ilegíveis são desconsideradas na redação do Enem, o que pode acarretar na perda de pontos na prova. 

O dermatologista Francisco Almeida reitera que com a aproximação da prova, ficar ansioso pode mesmo dificultar. “Neste momento onde os ‘feras’ estão na reta final para a execução das avaliações do Enem, a ansiedade pode ser um fator bastante presente e agravar esta condição, podendo prejudicar o desempenho nas avaliações. Torna-se importante buscar ajuda profissional a fim de que a situação possa ser controlada com segurança”, reforça.

Atendimento específico para o Enem

O que muitos participantes podem não saber é que é permitido levar consigo um material próprio que ajuda na redução da transpiração, como luvas ou uma toalha, no dia da prova do Enem. De acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o caso está inserido no atendimento específico como “outra condição específica”, onde deve ser informado o CID de hiperidrose no sistema de inscrição. A única exigência feita pelo Inep é os objetos passem por uma vistoria nos dias do exame.

No atendimento específico oferecido pelo Inep, é assegurado ao participante recursos de acordo com a necessidade do estudante. Para quem não solicitou o atendimento específico durante o prazo de inscrição, pode abrir um chamado no ‘Fale Conosco’ na página do estudante no site do Enem ou ligar no telefone 0800-616161 e relatar o problema. O processo deve ser feito o mais rápido possível nessa última semana para a aplicação do Enem.

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-> Quem tem direito a atendimento especializado no Enem 2019?

Um total de 76.676 feras terá atendimento especial nos dias 8 e 9 de novembro, durante a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Já o atendimento especializado foi solicitado por 92.972 candidatos. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), mais de 8,7 milhões de pessoas devem participar das provas.

Segundo o MEC, o atendimento especializado serve para os feras com baixa visão, cegueira, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual, surdo-cegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo, discalculia (dificuldade ao calcular) ou outra condição especial. Alguns dos recursos que serão oferecidos para esse público são sala de fácil acesso, prova superampliada e auxílio para transcrição.

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O atendimento específico é direcionado a gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar. São incluídos também nesse grupo os sabatistas, que por crença religiosa reservam os sábados.

No primeiro dia de provas do Enem os estudantes terão quatro horas e meia para responder questões de história, geografia, filosofia, sociologia, química, física e biologia. No segundo dia do Exame, os candidatos terão cinco horas e meia para fazer as provas de matemática, língua portuguesa, literatura, arte, educação física, tecnologias da informação e comunicação, além de língua estrangeira e redação. As avaliações iniciarão às 13h, levando em consideração o horário de Brasília.

Saiba mais

De acordo com o MEC, para as provas do primeiro dia, o estudantes que reservam os sábados devem chegar ao local do Exame no mesmo horário que todos os participantes (entre 12h e 13h) e esperar, em local específico, até às 19h. Sobre os sabatistas do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, esses farão a prova a partir das 19h, sendo 18h em Brasília, por causa do Horário de Verão.

Nos dias do Enem 2014, os candidatos deverão apresentar um documento de identidade com foto e preencher o caderno de respostas com caneta esferográfica de cor preta. Os estudantes apenas poderão deixar o local da prova duas horas após o início do Exame e somente será permitido levar o caderno de questões nos 30 minutos finais das provas. Mais informações podem ser obtidas no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), instituição responsável pela organização do Exame.

 

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